Projeto de Lei da construção civil e engenharia altera a Política Nacional Aldir Blanc/Aldir Blanc2 & MINHA SEDE MINHA VIDA.

 Mais de 300 mensagens nos grupos de whatsapp da cultura que eu participo, com o setor em polvorosa diante de uma alteração na Lei Aldir Blanc 2. Vamos entender?

Poli Brasil



As obras com o dinheiro da LAB2 não poderia ficar destinado para aquisição de terrenos, construção e reformas direcionada a pontos e pontões de cultura? Como chegou a ser discutido antes do golpe de 2016 e que pode ser sintetizado na frase "Minha sede minha vida" O que não precisa de tanto dinheiro assim...

Zezito de Oliveira

O texto abaixo foi escrito por Leandro Santanna em 2014

MINHA SEDE MINHA VIDA - O sonho da casa própria!

Não é de hoje que coletivos como o Grupo Código  de Japeri, a Cia de Arte Popular de Caxias a Orquestra de São João de  Meriti, e tantos outros coletivos culturais e artísticos sonham com um  espaço para chamar de seu, onde possam investir mais e melhor no  processo de democratização do acesso à arte em que militam há anos.

         Muitos  grupos conseguem um pequeno conforto de se estabelecer dentro de alguma  ou outra instituição / ponto de cultura ou projeto social, mas a grande  maioria divide seu acervo entre os participantes, que “entulham” suas  casas com figurinos, instrumentos, e fragmentos de cenários ou partem  para a audácia de viver de aluguel, tirando de recursos próprios ou  criando subterfúgios para custear sedes através de escassos editais.

          Em  vários encontros como fóruns, seminários e conferências centenas de  representantes externam o desejo de contar com um levantamento sério de  ações contundentes desenvolvidas por coletivos de notório fazer no campo  cultural, que possibilite financiamento público para adquirir imóveis  próprios, que sejam pagos com duas moedas: dinheiro e ações culturais  gratuitas! Os Queimados Encena, por exemplo, seguem dividindo o aluguel  as diversas taxas para manter as portas de sua sede aberta, vez por  outra um apoio, ou a conquista de um edital, amenizam os gastos mensais,  mas o fantasma do despejo ameaça quem atrasa o aluguel, quem depende de  boa vontade proprietário do imóvel para permitir a continuidade do  projeto ou até mesmo a continuidade do imóvel.

          Em  inúmeras cidades onde pontos de cultura ainda não se firmaram, ou ainda  em Municípios em que as atividades dos pontos de cultura dialogam  perfeitamente com as atividades de coletivos culturais que não são  ponto, o MinC poderia desenvolver o programa MINHA SEDE MINHA VIDA.  Diversos coletivos estão se organizando para buscar uma forma de  apresentar oficialmente uma proposta e descobrir as viabilidades desta  ação.

          Um projeto que beneficiasse principalmente os moradores dos conjuntos habitacionais do programa Minha casa Minha vida,  ofertando acesso a atividades culturais gratuitas aos moradores destes  condomínios, celebrando parceria direta com as cidades contempladas e  com as instituições sérias que já desenvolvam trabalhos nos referidos  municípios.

           Em  parceria com as Escolas Públicas / Secretarias Municipais de Educação,  as atividades ali desenvolvidas atenderiam em parte à demanda dos  estudantes de cada cidade, e os Conselhos Municipais de Cultura,  poderiam ser aliados na avaliação das instituições e no desenvolvimento  de suas atividades.

          A  Casa Civil e o Ministério da Cultura criariam um financiamento junto ao  BNDES ou Caixa Econômica Federal para que cidades de pouco ou nenhum  acesso à Arte / Cultura pudessem aderir ao programa em parceria com as  instituições custeando parte dos gastos do projeto. Desta feita  ampliaríamos o quantitativo de espaços que poderiam ser chamados Pontos  de Cultura, e a utilização do VALE CULTURA.



Pergunta realizada por  Leandro Santanna em 1 de novembro de 2015  no facebook, e agora em 2023?

  E nas novas construções do Programa Habitacional MINHA CASA MINHA VIDA, continuam as obras sem um espaço de Cultura para moradores dos territórios populares?



A crise da cultura

Nesta série publicaremos a apuração que mostra o impacto da pandemia nos setores culturais. Revelamos o sofrimento silencioso de trabalhadores que paralisaram suas atividades, receberam promessas de recursos da Lei Aldir Blanc, mas os benefícios não chegaram para a ampla maioria, que amarga uma crise sem precedentes. Dados revelam a exclusão e indícios de contradições e até irregularidades na aplicação das verbas. Série especial feita em parceria com Rodrigo Juste Duarte e rede de pesquisadores do Observatório da Cultura do Brasil. Arte do destaque de Klaus Koti


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