sábado, 3 de fevereiro de 2024

Lula defende mobilização de base e PT mais presente nas periferias



A fala de Lula no ato de refiliação da Marta Suplicy ao PT,  merece um recorte e ser compartilhada amplamente. As escolhas internas de candidaturas do PT precisam levar em conta muito mais a liderança real e potencialidade eleitoral de militantes, em especial  dos movimentos sociais, do que a vontade individual apenas ou as imposições dos caciques partidários, também conhecidos no jargão petista como capas pretas.
O mais interessante é Lula ser melhor do que o PT, assim tal como o Papa Francisco, melhor do que a  igreja católica. Como afirma o professor Romero Venâncio quando se refere ao Papa Francisco.
Nessas horas não tem como não lembrar um verso da canção Bete Balanço "O teu futuro é duvidoso, eu vejo grana, eu vejo dor..."
Em Aracaju,  no caso do PT , será que chegamos a este futuro?
ZdO


 "A gente está indo conversar com a juventude da periferia? A gente está conversando com aquelas pessoas que são pobres e não votam na gente?", questionou

BRASÍLIA (Reuters) – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva aproveitou evento de filiação da ex-prefeita de São Paulo Marta Suplicy ao PT para puxar a orelha de militantes de seu partido e de outras siglas de esquerda para que foquem em eleitores do outro campo político em vez de conversarem apenas entre si.

Após fazer a ressalva de que falaria o que vinha a seguir por já ter idade para isso e por não se importar com eventuais desagrados, Lula argumentou que não adianta pregar para convertidos.

"Vocês, companheiros militantes de esquerda, muitas vezes vocês perdem muito tempo olhando o que o governo está fazendo... O nosso papel quando a gente ganha as eleições não é ficar olhando o defeito do governo. Porque o defeito do governo é o defeito de vocês", disse o presidente no evento partidário.

"O nosso desafio é saber o seguinte: a gente está indo para a periferia desse país conversar com as pessoas que foram enganadas pelo bolsonarismo? A gente está indo conversar com as pessoas que se deixaram levar pelas fake news todo dia? A gente está indo conversar com a juventude da periferia? A gente está conversando com aquelas pessoas que são pobres e não votam na gente? A gente está conversando com aquelas pessoas que são evangélicas e que acreditam na mentira deslavada de alguns pastores?", questionou o presidente.

Lula lembrou que o PT nasceu da vontade de "dar vez e voz" ao povo e frisou a necessidade de "falar com os outros".

"Eu tenho que ganhar com quem ainda não participa conosco dessa luta. Pelo amor de Deus, vamos multiplicar os pães. Vamos multiplicar a consciência política, vamos mexer com a inteligência desse povo para ele não acreditar em mentira."

Não é a primeira vez que Lula reconhece as dificuldades do PT em conversar com extratos da sociedade. Há pouco menos de dois meses, na Conferência Eleitoral PT 2024, o presidente bateu na mesma tecla.

Um dos panos de fundo dessa dificuldade de diálogo é um forte sentimento antipetista alimentado no passado por acusações de corrupção. Foi nesse contexto, há cerca de 9 anos, que Marta Suplicy deixou o partido.

Agora, formalizou o retorno ao PT, tendo sua ficha de filiação assinada por Lula durante o evento, no palco. Em suas palavras, "mais madura" e mais experiente, Marta Suplicy será vice de Guilherme Boulos (PSOL) na disputa pela prefeitura de São Paulo.

Ao comentar a eleição municipal que se avizinha, Lula reconheceu que "não é fácil" a vitória na capital paulista, mas "plenamente possível".



Lula critica identitarismo e defende que PT escolha líderes reais como candidatos

“Eu quero me lançar porque eu sou branco, porque eu sou mulher, porque eu sou negro, porque eu sou indígena. Está errado!”, disse o presidente

3 de fevereiro de 2024, 04:27 h

247 – No evento de filiação de Marta Suplicy ao Partido dos Trabalhadores (PT), opresidente Luiz Inácio Lula da Silva fez uma crítica contundente ao identitarismo e defendeu que o partido escolha como candidatos “lideranças reais” dos movimentos sociais. Em um discurso enfático, Lula expressou sua preocupação com a crescente tendência de atribuição de identidades como critério primordial para a seleção de candidatos políticos.

"Eu quero me lançar porque eu sou branco, porque eu sou mulher, porque eu sou negro, porque eu sou indígena. Está errado!", afirmou o presidente, destacando sua discordância com a ideia de que a mera identidade pessoal seja justificativa suficiente para buscar cargos políticos de destaque.

Durante o ato de filiação de Marta Suplicy, ex-prefeita de São Paulo e ex-ministra de Estado, Lula reforçou a importância de escolher candidatos com base em suas experiências, históricos e compromissos reais com as causas populares e progressistas. Ele ressaltou a necessidade de que os representantes políticos do PT tenham uma conexão autêntica com os movimentos sociais e uma trajetória de luta pelos direitos do povo brasileiro.

O identitarismo é uma corrente política e social que coloca as identidades individuais no centro das preocupações políticas e sociais. Ele defende que a raça, gênero, orientação sexual, etnia e outras características pessoais devem ser consideradas como fatores primordiais na análise das desigualdades e na formulação de políticas públicas. O identitarismo critica a visão de que as identidades devem ser neutralizadas em favor de uma suposta igualdade universal, argumentando que é importante reconhecer e valorizar as experiências e perspectivas específicas de cada grupo social. No entanto, ele também enfrenta críticas por sua tendência a fragmentar movimentos sociais e por sua potencial dificuldade em promover uma coesão social ampla. 


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