domingo, 2 de novembro de 2025

Fim da trilogia dos textões. Como ajudar a Rede Sergipe de Pontos de Cultura a não repetir o passado?

"Eu vejo o futuro repetir o passado

Eu vejo um museu de grandes novidades

O tempo não para" Cazuza

 Esse texto conforma e encerra uma trilogia iniciada com "Apontamentos sobre reunião formativa e de articulação rumo Teia Estadual e Nacional dos Pontos de Cultura realizada em 29/10/2025 de forma virtual"  seguida por "A quem interessa manter Sergipe como uma terra de cegos em matéria de políticas culturais democráticas e inclusivas?", nesse terceiro e último da trilogia, buscamos responder de  forma mais concreta e pragmática a três grandes desafios ou necessidades colocadas por alguns companheiros (as) agentes culturais cultura viva, que estiveram presentes ao primeiro encontro Secult e Pontos de Cultura, o qual foi realizado em 11 de Outubro no Centro de Criatividade.

Três palavras chaves foram repetidas em forma de críticas ou sugestão e as três  já estavam em parte  contempladas no processo de retomada/reconstrução da Rede Sergipe de Pontos de Cultura , porém a terceira carece de mais tempo para ser amadurecida e explicitada , como estamos fazendo agora,  até  porque esteve e ainda está em disputa, e conseguir um acordo para avançarmos rumo a uma visão mais democrática e inclusiva se faz necessário porque método  é palavra síntese, já que contém as duas primeiras,  comunicação e sistematização.  Essas três foram as palavras destacadas no encontro citado.

Ao explicitar ou destacar a terceira palavra,  método ou metodologia, quero deixar claro que a compreensão da importância de um acordo com relação ao método, cuja participação e transparência tem sido uma das marcas fundantes deste modelo aplicado , definirá a minha continuidade no papel de um dos  protagonistas da retomada/reconstrução da Rede Sergipe de Pontos de  Cultura

Na impossibilidade de um acordo, não nos importamos em assumir  papel de ator coadjuvante ou secundário no processo, o que aliás foi o nosso propósito inicial, até porque como confidenciei a alguns companheiros mais próximos, estranhei bastante o fato de outros agentes cultura viva em nosso estado não terem tomado a iniciativa de retomada/reconstrução da Rede Sergipe, até porque dispunham de melhor estrutura como Ponto ou Pontão de Cultura, se comparado a Ação Cultural.

Como o  método  está norteando nossas ações? Primeiro,  estamos  baseados principalmente nas premissas de participação, transparência e de formação cultural, como pode ser constatado na sequência abaixo:

1) Convite público a agentes cultura viva integrantes de Pontos de Cultura certificados para integrar um grupo no whatsapp, ou em processo  porque foram  aprovados em editais da Lei Aldir Blanc (via estado ou municipios de Sergipe).

2) Estes convites foram  encaminhados de forma individual e postados em grupos do whatsapp do campo da cultura, como Comitê Paulo Gustavo, Fórum do Audiovisual,  Literatura e Sociedade, entre outros.

3) No dia do encontro da Secult com os Pontos de Cultura em 11 de Outubro, este grupo duplicou o número de participantes, em razão do alargamento dos critérios ,  e hoje temos agentes territoriais de cultura, um técnico da Secult, representantes de grupos culturais e afins interessados em se tornar Ponto de Cultura e etc.

4) No grupo desde o inicio as reuniões semanais são  sempre marcadas por meio de enquete onde os integrantes podem colocar dia e horário de sua preferência. A pauta das reuniões surge da necessidade manifestada nas conversas internas e em função do calendário e/ou instruções divulgadas pela Comissão Nacional dos Pontos de Cultura e Secretaria da Cidadania e Diversidade Cultural (MINC).

5) As reuniões são gravadas, transcrita com Inteligência Artificial e os relatórios são publicados no blog da Cultura.

6) Mais recentemente,  para dar mais consequência prática ao que foi discutido/estudado/analisado  e em razão da aproximação do dia de realização da Teia Estadual, neste caso em dezembro foi proposto e aprovado, não sem resistência, a criação de um Grupo de Trabalho Operacional, tendo em vista estarmos em um novo ciclo de pré  produção do evento Teia, embora de certa maneira, podemos dizer que até agora estivemos na fase de pré produção 1, fase de nivelamento/alinhamento sobre Cultura Viva, Pontos de Cultura, Teia, Fóruns de Pontos de Cultura e etc., já nesse fase de pré produção 2, entramos na fase mais estrutural, logística, orçamentária.

7) A lembrar, o critério de escolha dos participantes para o Grupo de Trabalho Operacional foi o de participação qualificada nas reunião on-line e na reunião presencial da SECUL|T com os Pontos de Cultura, participação qualificada aqui quer dizer, contribuição com questionamentos e sugestões pertinentes e colaboração em ações práticas.  A ideia inicial foi criar um grupo mais enxuto para facilitar a dinâmica das reuniões e o fluxo de trabalho, mas o grupo foi ampliado, inicialmente contava com seis integrantes, atualmente está com nove  e deverá ser ampliado para dez componentes. Conforme foi explicado para justificar os nomes convidados, não é um grupo de ouvintes, é um grupo  para quem quer e pode colocar a "mão na massa", desde que cumpra os pré requisitos definidos para entrada no grupo geral inicialmente , Pontos de Cultura certificados  ou aprovado em  editais da Lei Aldir Blanc.

8) Na última conversa via whatsapp,  foi proposto a formação de dois subgrupos, depois quatro e finalmente três, porém sem uma manifestação dos componentes do subgrupo até o momento, dessa maneira, é esse o acordo que falta para definir como pretendo continuar participando  desse processo de preparação da Teia Estadual, se como um dos atores protagonistas ou como um dos atores coadjuvantes .

9) O subgrupo 1 irá trabalhar com a organização do cadastro dos Pontos de Cultura junto à SECULT, FUNCAJU e outras secretarias ou fundações que abriram editais para Pontos de Cultura.  Nesse caso entre outras atribuições que podem inicialmente serem definidas pelo próprio subgrupo. Será um grupo mais para cadastro, para a organização de um cadastro geral estadual, para ver quem está apto a participar como delegado e etc. A ser formado por quatro  componentes do GT Operacional .

10 - O subgrupo 2 irá trabalhar  com a organização dos temas das mesas e oficinas, cuidará da organização do regimento interno estadual,,  tomando como base o regimento nacional, coordenará  o processo de escolha dos delegados para o Fórum Nacional dos Pontos de Cultura. A ser formado por quatro  componentes do GT Operacional.

11 - O subgrupo 3  grupo irá trabalhar com produção em termos de programação artística cultural . A ser formado por dois componentes do GT Operacional com experiência em produção cultural.

12 Pronto, ao fim e a cabo, apresento  uma espécie de plano de trabalho construído durante o processo, portanto um plano de trabalho em movimento que possa nos guiar nesse processo até dezembro e após.  Aqui pensando e propondo uma saída para ajudar a virar essa página da politica cultural sergipana que abordamos no segundo textão, o que traz como  mote o ditado popular “Em terra de cego quem tem um olho é rei”.

Zezito de Oliveira




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