O modelo de educação predominante na maioria de nossas escolas aprisiona corpos e mentes, o contrário do caminho da arte, espaço-tempo de libertação, desde que não seja uma arte voltada apenas para gerar lucro, para o consumo, o que também predomina nestes tempo confusos. A redução dos conteúdos curriculares de arte a apenas uma hora semanal dão bem um indicativo dessa realidade e da intenção.
E falar em liberdade como prática artística e cultural, é falar no desenvolvimento de outras inteligências negligenciadas pela escola que aprisiona, além das duas primeiras que constam na lista abaixo, as que são mais reconhecidas como importante pelos sistemas de ensino atual com marcadores bem definidos para preparar mão de obra ajustada ao trabalho repetitivo, estafante, pouco criativo, em suma, o trabalho alienado e precário realizado por um trabalhador conformado e a ajustado ao trabalho sub-remunerado e sem condições dignas em na maioria dos casos.
• Linguística: Habilidade com palavras, seja na escrita ou na fala.
• Lógico-matemática: Capacidade de raciocínio lógico, cálculos e resolução de problemas.
• Musical: Habilidade com sons, ritmo, melodia e apreciação musical.
• Corporal-cinestésica: Uso do corpo para expressar ideias e sentimentos, como em dança ou esportes, e para manipular objetos com destreza.
• Espacial: Habilidade de perceber o mundo visual e espacial de forma precisa.
• Interpessoal: Capacidade de compreender e interagir bem com outras pessoas.
• Intrapessoal: Autoconsciência, entendimento das próprias emoções, motivações e habilidades.
• Naturalista: Habilidade de reconhecer, classificar e se relacionar com a natureza e o meio ambiente.
• Existencial (ou espiritual): Capacidade de refletir sobre questões profundas da existência, como o sentido da vida, a morte e o lugar do ser humano no universo.
As inteligência múltiplas apresentadas acima na definição de Howard Gardner colaboram para o desenvolvimento do nosso potencial existencial e criativo, assim uma educação com arte e intencionalmente voltada para afirmar a nossa liberdade inventiva também permite nos recriarmos, nos ressignificarmos, reexistirmos, nos tornando pessoas melhores colaborando para fazer o mundo a nossa imagem e semelhança, e isso não pode prescindir da educação pela arte, dentro e fora da escola.
A canção abaixo nos ajuda a lembrar sobre o que causa uma escola sem espaços e tempo suficientes para práticas artisticas e culturais de uma maneira mais ampliada e consistente, ou seja, as consequências que impactam a saúde mental e também fisica.
Fora o quanto agrava o problema da falta de práticas do exercício da cidadania, incluindo aqui a participação social, porque as práticas artistica-culturais é um exercicio de trabalho em equipe, de respeito pelo diferente, da prática da negociação, auto aceitação, do exercicio da argumentação, do acesso a informações sobre politica, direitos humanos e etc.
Zezito de Oliveira

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