E se isso não é feito como deve, acontece por meio das redes sociais.
Para além do mais do mesmo do Forrocaju. (2)
Pensando como
público ou platéia, acredito que não devamos defender a proposta de uma
programação do Forrocaju, exclusivamente com artistas sergipanos,
podemos ampliar para os artistas nordestinos que não fazem parte do
“mainstream” (*)da indústria jabazeira cultural (**). Porque para o gestor e
para quem for patrocinar o evento, quem arrasta multidões, na sua
maioria estão ligadas ao “mainstream”. E isso faz parte do script da
festa.
Precisamos lembrar que
quem patrocina a festa, incluindo as empresas, não irá abrir mão disso. O
que podemos defender é um percentual de presença maior de artistas do
ciclo junino ligados a cultura mais tradicional ou de "raiz". Um forte
argumento em tempos de pouca grana .
Por outro lado, não vejo como restringir a programação do Forrocaju
apenas para a linguagem da música ou da dança. Importante ampliar o
investimento para a participação de grupos da cultura popular e artistas
ligados as artes plásticas, as artes visuais, a produção de espetáculos
temáticos de dança e/ou de teatro, não apenas quadrilhas, bem como aos ligados a
produção temática do audiovisual, assim como exibição.
Também
há necessidade de se investir em oficinas de produtos alusivos ao São
João, incluindo quadrilha tradicional e de forró, para quem não sabe ou
quer melhorar sua performance. Assim também como concursos diversos,
como de redação, fotografia, artigos acadêmicos e etc.
Incentivar a
gastronomia tradicional, assim como a organização de brincadeiras
tradicionais para crianças e adolescentes. Muito do que falo acima, pode
ser realizado nos horários ociosos do arraial do Forrocaju,
especialmente a tarde.
Também pode-se estender muito do que está
sugerido acima para todo o ano. Porque isso é um problema para quem está
ligado a cadeia produtiva do forró e para a cultura em geral em nosso
estado. Sergipe só consegue ser o o país do forró durante dois meses.
P.S.: - (*) Mainstream é um conceito que expressa uma tendência ou moda
principal e dominante. A tradução literal de mainstream é "corrente
principal" ou "fluxo principal". Em inglês, main significa principal
enquanto stream significa um fluxo ou corrente.
Significado de Mainstream - O que é, Conceito e Definição
https://www.significados.com.br/mainstream/
P.S.: (**) Jabá ou Jabaculê, ou simplesmente jabá, é um termo utilizado na indústria da música brasileira para denominar uma espécie de suborno em que gravadoras pagam a emissoras de rádio ou TV pela execução de determinada música de um artista. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
P.S.: (**) Jabá ou Jabaculê, ou simplesmente jabá, é um termo utilizado na indústria da música brasileira para denominar uma espécie de suborno em que gravadoras pagam a emissoras de rádio ou TV pela execução de determinada música de um artista. Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Zezito de Oliveira - Educador, professor de História e especialista em arte-educação, produtor cultural. Foi diretor do Complexo Cultural "O Gonzagão" no periodo de 2007 a 2009, além de idealizador e coordenador de produção da Caravana Cultural Luiz Gonzaga vai à escola (2012 e 2013).
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O primeiro texto publicado em 30 de maio do corrente. (1)
O Forrocaju é uma grande sacada carregada de alguns equívocos. O
principal deles é a dependência de uma quantidade vultosa de recursos
para a sua realização. O Forrosiri também segue a mesma onda.
Foi
por causa disso que o forró de Areia Branca não se sustentou por muito
tempo, ressurgindo vez ou outra, assim como eventos semelhantes.
O
vereador Iran Barbosa que deu entrada em um pedido para transformar o
FORROCAJU em patrimônio imaterial da cidade, bem que poderia promover
uma audiência pública para debater as possibilidade de um FORROCAJU mais
sustentável, inclusive para a cadeia produtiva da cultura local.
Novos posts. Incluído em 15/06/2017.
A não realização do FORROCAJU este ano, nos dá a chance para aproveitarmos a oportunidade no sentido de repensarmos o modelo ou formato do próximo ano.
Leia mais: Guia dos Festejos Juninos em Sergipe 2017
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" Forró caju não me representa. O que tinha de tradicional era um palquinho fuleiro. Enquanto os palcões... Era dos cachê milionários de não sergipanos." Leon Carlos Newrox
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"Não há confirmação oficial se o Forró Caju vai ocorrer ou não, mas podemos aproveitar a oportunidade para debater a política cultural da cidade e o orçamento do município. É importante ter verba específica para este tipo de evento? Qual a relação do evento com a cadeia sergipana de música e dança? Como sair do lugar comum que pretende manter as verbas das áreas sociais como educação, saúde e segurança em um eventual detrimento das ações culturais? É claro que é importante garantir verba pra posto de saúde, escola e creche, pra pagar folha em dia e com todos os direitos, mas defender saúde e educação em detrimento das ações do calendário cultural é equivocado, além de reproduzir uma moral punitivista, como se as demais pastas fossem a "obrigação" e a cultura fosse a "diversão". Não, cultura é um direito e devemos discuti-la neste marco. Qual o impacto da dívida pública da prefeitura? Qual o impacto dos cargos comissionados? Como a política de isenção fiscal às empresas de ônibus afetam o orçamento do município? De resto eu não tenho saco nem pra alimentar as bocas miúdas do colunismo jabazeiro nem de Amorim/Vavazinho e seus satélites da situação na prefeitura e governo do Estado. Torcendo pra Praça do Mercado Central ter a diversão que todos nós merecemos."
A não realização do FORROCAJU este ano, nos dá a chance para aproveitarmos a oportunidade no sentido de repensarmos o modelo ou formato do próximo ano.
"A
maioria da programação junina das cidades do nordeste são um verdadeiro
"horror" cultural , mas já assimilado. Socorro e o FORROSIRI é um dos
exemplos. A cota para o forró pé de serra é para dizer que fica uma
"laminha" para o mais autêntico. Isso ajuda a assimilar o "horror"
cultural.
Questão para ser entendida e enfrentada no âmbito do debate que cruze cultura, politica, economia, educação e comunicação.
Sem isso, estaremos fadado a ficar igual cachorro, quando fica correndo atrás do rabo.
Insisto em um fórum permanente com esse viés sistêmico, para pensarmos e realizarmos estratégias e ações."
Zezito de Oliveira
Questão para ser entendida e enfrentada no âmbito do debate que cruze cultura, politica, economia, educação e comunicação.
Sem isso, estaremos fadado a ficar igual cachorro, quando fica correndo atrás do rabo.
Insisto em um fórum permanente com esse viés sistêmico, para pensarmos e realizarmos estratégias e ações."
Zezito de Oliveira
André Moura: “O Forró Caju em 2017 não será realizado”
Nesta quarta-feira (14), durante entrevista no programa
Balanço Geral, da TV Atalaia, o deputado federal André Moura (PSC),
afirmou que o Forró Caju em 2017 não será realizado. Segundo o deputado,
a prefeitura de Aracaju não poderá receber recursos do Governo Federal
por estar inadimplente junto à União. Ainda segundo o deputado, a
ausência de uma certidão negativa impediu o repasse.
Moura complementou que a verba de R$ 1,4 milhões do Ministério do
Turismo será destinada para municípios sergipanos que estão adimplentes e
irão realizar festas no período junino.
A Prefeitura de Aracaju informou que o que impediu o repasse dos
recursos foi que a gestão passada deixou de aplicar os 25% dos recursos
em Educação, como é obrigatoriamente determinado pela Lei de
Responsabilidade Fiscal. Segundo a prefeitura, a gestão anterior, ao
invés de realizar aplicação obrigatória, inseriu pagamentos de
aposentados e pensionistas na conta, o que foi identificado pelo
Ministério da Educação como irregular, em análise realizada no último
mês de maio, o que impediu o recebimento dos recursos que seriam
voltados para a realização do Forró Caju.
Com informações do Portal A8, Jornal da Cidade e Expressão Sergipana.
Leia mais: Guia dos Festejos Juninos em Sergipe 2017
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" Forró caju não me representa. O que tinha de tradicional era um palquinho fuleiro. Enquanto os palcões... Era dos cachê milionários de não sergipanos." Leon Carlos Newrox
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"Não há confirmação oficial se o Forró Caju vai ocorrer ou não, mas podemos aproveitar a oportunidade para debater a política cultural da cidade e o orçamento do município. É importante ter verba específica para este tipo de evento? Qual a relação do evento com a cadeia sergipana de música e dança? Como sair do lugar comum que pretende manter as verbas das áreas sociais como educação, saúde e segurança em um eventual detrimento das ações culturais? É claro que é importante garantir verba pra posto de saúde, escola e creche, pra pagar folha em dia e com todos os direitos, mas defender saúde e educação em detrimento das ações do calendário cultural é equivocado, além de reproduzir uma moral punitivista, como se as demais pastas fossem a "obrigação" e a cultura fosse a "diversão". Não, cultura é um direito e devemos discuti-la neste marco. Qual o impacto da dívida pública da prefeitura? Qual o impacto dos cargos comissionados? Como a política de isenção fiscal às empresas de ônibus afetam o orçamento do município? De resto eu não tenho saco nem pra alimentar as bocas miúdas do colunismo jabazeiro nem de Amorim/Vavazinho e seus satélites da situação na prefeitura e governo do Estado. Torcendo pra Praça do Mercado Central ter a diversão que todos nós merecemos."
Henrique Maynart - Jornalista
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SÃO JOÃO 100% SERGIPANO
MÊS DE JUNHO SE APROXIMA
FORROZEIRO GUERREIRO GARIMPANDO
POR ONDE PASSA OUVE QUE A CRISE TÁ AFETANDO
PARO UM POUCO E ME PERGUNTO
JÁ QUE O MOMENTO É DIFÍCIL
E DINHEIRO TÁ FALTANDO
POR QUE NÃO ECONOMIZAR E REALIZAR
UM SÃO JOÃO 100% SERGIPANO?
A TRADIÇÃO ATRAI E DÁ LUCRO
A NOSSA É NO MEIO DO ANO
COM COMPROMISSO E INVESTIMENTO
O RETORNO SÓ VAI AUMENTANDO
CADA VEZ VÊM MAIS TURISTAS
E TODOS SAEM GANHANDO
PARA ESSA FOGUEIRA NÃO APAGAR
POR QUE NÃO CONTINGENCIAR E REALIZAR
UM SÃO JOÃO 100% SERGIPANO?
AQUI NÓS TEMOS DE TUDO
PARA GRANDES EVENTOS POUPANDO
ARTISTAS CONSAGRADOS E NOVOS TALENTOS
DOS TRADICIONAIS AOS CONTEMPORÂNEOS
TODOS FILHOS DESTA TERRA
COM SEUS VOTOS E IMPOSTOS HONRANDO
SE O MOMENTO É DE PRIORIZAR
POR QUE NÃO OLHAR PRA NÓS E REALIZAR
UM SÃO JOÃO 100% SERGIPANO?
MANTENDO A CULTURA, ESQUECENDO A FARRA
MEDIDAS AUSTERAS VÃO SE APLICANDO
NÃO TRAZ NINGUÉM DE FORA SEM ARRUMAR A CASA
E O NOSSO ARTISTA VAI SEU PÚBLICO AMPLIANDO
INVESTINDO POUCO E GANHANDO MUITO
E O DINHEIRO AQUI MESMO FICA CIRCULANDO
SE EM MOMENTOS RUINS PRECISAMOS INOVAR
POR QUE NÃO NOS VALORIZAR E REALIZAR
UM SÃO JOÃO 100% SERGIPANO?
NAS FESTAS DE FORTALEZA, NATAL, BARRETOS
NÃO TÊM NOSSOS ARTISTAS TOCANDO
NÃO POR FALTA DE TALENTOS
PARA NÓS ESTÃO POUCO SE LIXANDO
NÃO TENHO NADA CONTRA OS DE LÁ
MAS POR NOSSO ESPAÇO MORREREI LUTANDO
JÁ TÁ MAIS DO QUE NA HORA DE MUDAR
DE SE FAZER JUSTIÇA COM OS DE CÁ
APROVEITAR O MOMENTO E IMPLANTAR
UM SÃO JOÃO 100% SERGIPANO
Alberto Marcelino, cantor, compositor e radialista do Bairro Suíssa, Aracaju/SE.
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Deixe junho pro São João
Deixe o batuque do axé
Pro carnaval da Bahia
E a insana pornografiaNão troque no arrasta-pé.
Rapariga e cabaré?
Em nenhuma ocasião.
E o forró da ostentação
Reinando o falso interesse?
Não faça um negócio desse,
Deixe junho pro São João.
Pelo menos uma vez
Esqueça Michel Teló
E deixe eu dançar forró
Os trinta dias do mês.
Um disco de Marinês,
O gogó de Assisão
E o nosso Rei do Baião,
Cantando Zé Marcolino,
Só esse mês é junino,
Deixe junho pro São João.
Com seu povo tenha zelo,
Respeite nossa raiz,
Não ouça o cantor que diz
Que o melhor é o desmantelo.
Deixe a escova do cabelo
De Wesley Safadão
Pro Programa do Faustão
Que aqui é outra lisura,
Não mate nossa cultura,
Deixe junho pro São João.
Deixe a tal da muriçoca
Se enganchar no mosqueteiro,
Contrate Alcimar Monteiro
Que nossa música toca.
Deixe o funk carioca
Tremendo seu paredão
Pra quando uma guarnição
Passar baixando o volume,
Perca esse fútil costume,
Deixe junho pro São João.
Nós precisamos parar
A superficialidade,
Pois cultura de verdade,
Jamais pode se apagar.
É triste se constatar
Essa covarde inversão,
E o povo sem ter noção
Do próprio valor que tem:
Faça a você esse bem:
DEIXE JUNHO PRO SÃO JOÃO!
E VIVA SÃO JOÃO, MEU POVO!
Bráulio Tavares - Jornalista, escritor e compositor.
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