sábado, 27 de setembro de 2025

Papa Leão XIV e a Teologia da Libertação

 











Müller e a Teologia da Libertação “normalizada”

Pobre e para os pobres”. As palavras do Papa são também o título do mais recente livro de Gerhard Ludwig Müller, prefeito da Congregação para a Doutrina da Fé. Um texto que parece ser o passo definitivo para uma Teologia da Libertação “normalizada”. O volume, que conta com o prólogo de Francisco, foi apresentado em um auditório do Vaticano, a alguns passos da Praça de São Pedro, e com um relator surpresa: Gustavo Gutiérrez.

Müller é o principal artífice dessa “normalização” de uma corrente de pensamento que ainda provoca ardentes debates na América Latina. Ele é, há décadas, amigo pessoal de Gutiérrez, “pai” dessa teologia. Após a apresentação do livro, o recente cardeal alemão explicou aos jornalistas a razão pela qual a apoia sem hesitar.

A entrevista é publicada por Vatican Insider, 27-02-2014 . A tradução é do Cepat.

PRECE A COSME E DAMIÃO

Louvados sejam São Cosme e São Damião!



Que esses gêmeos crianças da Síria, mártires do cristianismo nascente e rebelde, mortos pelo imperador romano Diocleciano no ano 303 da nossa era, nos infundam coragem e fé! 

Que os poderes de qualquer império das trevas não prevaleçam sobre nós!

Que os ibejis, filhos de Xangô e Iansã, reacendam em nós a alegria de ser e de viver. Que estejamos sempre mais pros guris que pros falsos messias e gurus!

Curai-nos, gloriosos médicos Cosme e Damião, de todas as nossas dores e doenças. E ajudai-nos a suportá-las sem desespero, quando inevitáveis. Como vocês na perseguição e no martírio, fazendo de cada estocada um lírio.

Abram, Cosme e Damião, as portas do nosso coração, para que sintamos sempre como escândalo vil as muitas crianças abandonadas do Brasil. 

Velai por elas, Santos infantis Cosme e Damião! E garantam a todas, pelas nossas iniciativas e orações, escola, afeto, cuidado e proteção.

Fazei, Damião e Cosme, com que a toda a meninada - daqui, de Gaza, do mundo inteiro! - só cheguem balas de mel, guloseimas de alegria, e não as balas e bombas letais, de fel. Balas destruidoras e "perdidas", quase sempre achadas em corpos inocentes.

Livrai-nos, Cosme e Damião, dos dementes que, só vendo inimigos ao seu redor, se armam até os dentes - espalhando o veneno do ódio e da violência.

Louvados sejam, Cosme e Damião! E que nossas vidas se teçam como um dia a dia de generosa solidariedade, com doces passos de transformação e bondade, em qualquer idade!

(C.A.)

Arte: Del Nunes

Onde está dando doce?

Os dias 26 e 27 de setembro são dedicados às homenagens a São Cosme e São Damião no Brasil. Esses irmãos gêmeos, santos mártires da tradição cristã católica e ortodoxa, praticavam a cura de doentes sem exigir nada como recompensa. Por isso, são considerados padroeiros dos médicos e dos farmacêuticos. Os cultos a São Cosme e São Damião perpassam distintas matrizes religiosas, tendo diferentes datas e marcos.

Os festejos aos santos gêmeos e o dia 27 de setembro estão enraizados na cultura popular, momento no qual são oferecidas às crianças balas e doces. Já nas festas de umbanda e  de terreiro, o dia 27 é marcado pelas celebrações aos Ibejis, orixás gêmeos, quando são ofertadas comidas como caruru, vatapá, bolinhos, doces e pipocas a todos, crianças ou não.

Nas imagens:

1 - Crianças pegam doces nas celebrações a Cosme e Damião, no Rio de Janeiro, em setembro de 1967. Fundo Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05485_0043

2 - Crianças ganham as ruas em busca de doces de São Cosme e Damião em setembro de 1971. Fundo Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05485_0041

3 - Menino pega saquinhos de doce de São Cosme e Damião em setembro de 1969. Fundo Correio da Manhã. BR_RJANRIO_PH_0_FOT_05485_0047




mais Cosme e Damião no blog. AQUI


A ascensão do fascismo no mundo e no Brasil. Por Leonardo Boff

26/09/2025 Leonardo Boff


          Nota-se no mundo inteiro e também no Brasil a ascensão de ideias fascistas ou de atitudes autoritárias que rompem todas as leis e acordos como se nota claramente na política do presidente dos EUA Donald Trump com seu ufanismo MAGA (Make Amerika Great Again). As promessas feitas pelas grandes narrativas modernas fracassaram. Produziram uma enrome insatisfação e depressão mais ou menos generalizadas e ondas de raiva e de ódio. Cresce a convicção,especialmente devido ao clamor ecológico, que assim como o mundo está não pode continuar. Ou mudamos de rumo ou vamos ao encontro de uma catástrofe bíblica.É neste contexto que vejo o fenômeno sinistro do fascismo e autoritarismo se impondo em nossa história.

A palavra fascismo  foi usada pela primeira vez por Benito Mussolini em 1915 ao criar o grupo “Fasci d’Azione Revolucionaria”. Fascismo se deriva do feixe (fasci) de varas, fortemente amarradas, com um machado preso ao lado. Uma vara pode ser quebrada, um feixe, é quase impossível. Em 1922/23 fundou o Partido Nacional Fascista que perdurou até sua derrocada em 1945. Na Alemanha  se estabeleceu a partir de 1933 com Adolf Hitler que ao ser feito chanceler criou o Nacionalsocialismo, o partido nazista que impôs ao país dura disciplina, vigilância e o terror dos SS.

A vigilância, a violência direta, o terror  e o extermínio dos opositores são características do fascismo histórico de Mussolini e de Hitler  e entre nós de Pinochet no Chile, de Videla na Argentina e no governo de Figueiredo, de Médici e como tendência, de Bolsonaro no Brasil.

         O fascismo originário é derivação extremada do fundamentalismo que tem larga tradição em quase todas as culturas. S. Huntington em sua discutida obra Choque de civilizações(1997) denuncia o  Ocidente como um dos mais virulentos fundamentalistas e nas guerras coloniais mostrou  claros sinais de fascismo. Imagina-se o melhor dos mundos, junto com os EUA, o que lhe confereria,segundo eles, a sua excepcionalidade. Quando o presidente Donald Trump afirma “America first” está entendendo “só a América” e o resto do mundo que se lasque.

Conhecemos o fundamentalismo islâmico com seus inúmeros atentados e crimes e outros, também de grupos da Igreja Católica atual.Estes creem ainda ser ela a única e exclusiva Igreja de Cristo, fora da qual não há salvação. Tal visão errônea e medieval, oficialmente publicada ainda no ano 2000 pelo então Card. Joseph Ratzinger, depois Papa Bento XVI, num documento “Dominus Jesus”, humilhou todas as igrejas,negando-lhes o título de igrejas, sendo apenas comunidades com elementos eclesiais.Graças a Deus  o Papa Francisco, cheio de razoabilidade e de bom senso, invalidou tais distorções e favoreceu o mútuo reconhecimento das igrejas, todas unidas, no serviço da humanidade e na salvaguarda do planeta seriamente ameaçado.

Todo aquele que pretende ser portador exclusivo da verdade está condenado a ser fundamentalista, com mentalidade fascistoide e sem diálogo com os outros.Dalai Lama bem disse: não insista em dialogar com um fundamentalista. Apenas tenha compaixão dele.

Aqui vale recordar as palavras do grande poeta espanhol António Machado, vítima da ditadura de Franco na Espanha:”Não a tua verdade. Mas a verdade. Vem comigo buscá-la. A tua guarde-a para ti mesmo”. Se juntos a procurarmos, ela  será então mais plena.

O fascismo nunca desapareceu totalmente, pois sempre há grupos que, movidos por um arquétipo fundamental desintegrado da totalidade,  buscam a ordem de qualquer forma. É o proto fascismo atual.

No Brasil houve uma figura mais hilária que ideológica que propôs o fascismo em nome do qual justificava a violência, a exaltação da tortura e de torturadores, da homofobia,da misogenia e dos LGBTQ+1. Sempre em nome de uma ordem a ser forjada contra a pretensa  desordem vigente, usando de violência simbólica e real.

Sob o condenado Jair M.Bolsonaro o fascismo ganhou uma forma assassina e trágica: se opôs à vacina contra o Covid-19,estimulou as conglomerações e ridicularizou o uso da máscara e, o que é pior, deixou morrer mais de 300 mil dentre os 716.626 vitimados, sem qualquer sentido de empatia pelos familiares e próximos.Foi a expressão criminosa de desprezo pela vida de seus compatriotas. Deixou um legado sinistro.

Mas finalmente o líder desse proto fascismo rude, Jair Messias Bolsonaro, forjou uma organização criminosa com militares de alta patente e outros, tentando dar um golpe de estado com o eventual assassinato das mais altas autoridades a fim de impor sua visão tosca do mundo. Mas foram denunciados, julgados e condenados e assim nos livramos de um tempo de trevas e de crimes hediondos.

O fascismo sempre foi criminal como se viu recentemente  em Utah nos EUA com o assassinato de um fundamentalista Charlie Kirk,supremacista, antiislâmico e   homofóbico, proclamado falsamente de mártir. Sob Hitler criou-se a Schoah (eliminação de milhões de judeus e de outros). Usou a violência como forma de se relacionar com a sociedade, por isso nunca pode nem poderá se consolidar por longo tempo. É a perversão maior da sociabilidade essencial nos seres   humanos.

Combate-se o fascismo com mais democracia e povo na rua. Deve-se enfrentar as razões dos fascistas com a razão sensata e com a coragem de reafirmar os riscos que todos corremos. Deve-se combater duramente quem usa da liberdade para eliminar a liberdade.Devemos unirmo-nos pois não temos um outro planeta nem um outra Arca de Noé.

Leonardo Boff escreveu: Fundamentalismo e terrorismo,Vozes 2009.


COMUNICADORES DEFENDEM VEÍCULOS PROGRESSISTAS CONTRA A EXTREMA DIREITA | PLANTÃO

 Há uma onda de podcasts que deram espaço para extrema direita. Desde a pandemia, teve gente que abriu microfones para terraplanistas e até para negacionistas científicos. Que tal proteger a esquerda, os progressistas e a comunicação popular? O Meteoro defende essa ideia. Vamos entender com Pedro Zambarda no Meteoro?

Para assinar: https://docs.google.com/forms/d/e/1FAIpQLScG6jxOF9a2BYh54lvaVYw-Rd6bmj5841UKhsUXYCmHZ_oYTA/viewform?fbzx=-9077259253145171609



Carta aberta em defesa do fortalecimento da mídia progressista e de esquerda frente à escalada fascista
À sociedade brasileira e às companheiras e companheiros da luta democrática e antifascista

Nós, veículos de comunicação e comunicadores historicamente comprometidos com a luta antifascista, a justiça social e a construção de um projeto popular de democracia, dirigimo‑nos ao público em geral e, especialmente, a todas e todos que contribuem com a luta progressista, para expressar nossa preocupação com a conjuntura atual e com o papel da comunicação neste momento decisivo.

Um contexto de escalada autoritária

O mundo assiste à rearticulação de forças de extrema direita e a um processo de fascistização que se espalha por diversos países. Nos Estados Unidos, por exemplo, o presidente Donald Trump anunciou neste mês (setembro de 2025) a intenção de classificar o movimento antifascista como “organização terrorista”: um gesto que visa criminalizar movimentos de oposição e que ecoa práticas autoritárias do passado. Na Europa, partidos ultranacionalistas e xenófobos têm aumentado sua representação no Parlamento Europeu e conquistado vitórias em eleições nacionais, pressionando governos a adotarem agendas regressivas — e o mesmo se dá no contexto brasileiro. Esses episódios mostram que a agenda fascista não é uma ameaça distante: trata‑se de uma tendência global, que alimenta o racismo, o supremacismo e a violência contra povos e minorias.

O enfraquecimento da mídia progressista

No Brasil, esse cenário se soma a um processo de concentração midiática que sufoca vozes alternativas e dificulta o acesso da população a informações plurais. Como afirmou Elmar Bones, fundador do Jornal JÁ, durante evento em comemoração aos 40 anos do periódico, “esses pequenos jornais, esses pequenos projetos, têm uma importância vital porque garantem a diversidade e a pluralidade das opiniões”. Bones enfatizou que, se não fossem os esforços de veículos independentes, viveríamos uma situação de discurso único, já que “os grandes veículos hoje estão alinhados em uma espécie de discurso único”. A editora‑chefe do Brasil de Fato no Rio Grande do Sul, Katia Marko, reforçou a ideia ao lembrar que o jornalismo independente é uma “batalha cotidiana” para construir uma narrativa séria e relevante; ela destacou que, enquanto a grande imprensa criminaliza movimentos sociais e a pobreza, mídias populares possibilitam que essas vozes marginalizadas sejam ouvidas.

Embora exista um mosaico de rádios comunitárias, web TVs, jornais locais e podcasts progressistas espalhados pelo país, tais iniciativas operam com poucos recursos, dependem de trabalho militante e/ou lutam para sobreviver em um ambiente dominado por conglomerados de mídia. Em um momento de disputa ideológica tão intensa, a falta de apoio financeiro, de audiência e de infraestrutura enfraquece a capacidade dessas mídias de disputar corações e mentes e de oferecer contrapontos às narrativas reacionárias.

A reconfiguração do debate público e como ela nos interpela

Enquanto as mídias independentes do campo progressista e de esquerda enfrentam dificuldades permanentes para garantir sustentabilidade e ampliar seu alcance, outros programas, alheios a esse ecossistema, são agraciados com a presença de aliados políticos e alcançam grande audiência ao oferecer, simultaneamente, visibilidade a narrativas conservadoras, reacionárias e excludentes.

Um exemplo emblemático é o do podcast Três Irmãos, que desde o ano passado vem crescendo consideravelmente e contou recentemente com a presença de diversas figuras ligadas ao campo progressista. Em 2023, o programa foi palco de declarações do deputado bolsonarista Gustavo Gayer (PL-GO), que afirmou que países da África viveriam sob “ditaduras” porque a democracia não conseguiria prosperar em sociedades africanas e brasileiras, classificando seus povos como destituídos de “capacidade cognitiva para entender entre o bom e o ruim, o certo e o errado”. Em seguida, um dos apresentadores reforçou a fala do deputado ao dizer: “Sabia que tem macaco com QI de 90? 72 o QI na África. Não dá para a gente esperar alguma coisa da nossa população”. A Procuradoria-Geral da União foi acionada pelo Ministério da Igualdade Racial para investigar a gravidade da declaração. 

Além disso, o podcast em questão é patrocinado por uma escola preparatória de carreiras policiais que utiliza como logomarca a caveira do Justiceiro. Criado pela Marvel em 1974, o personagem Frank Castle é um vigilante que age fora da lei, usando a violência como forma de impor sua visão de justiça. Com o tempo, o símbolo foi apropriado por setores ligados à segurança e ao armamentismo, sobretudo em ambientes de extrema direita. Nos Estados Unidos, o emblema também ganhou espaço em instituições e manifestações. A polícia do Kentucky chegou a estampar a caveira em viaturas oficiais, e o símbolo esteve presente em Charlottesville, em 2017, durante uma marcha de nacionalistas brancos marcada pela exibição de referências fascistas e nazistas. O próprio criador, Gerry Conway, já afirmou que considera “irônico e equivocado” o uso da caveira por policiais e militares, justamente porque o personagem representa a falha do sistema legal e a recusa em cumprir a lei. Essa apropriação foi tão problemática que chegou a gerar reações institucionais: em 2020, a Polícia Civil de São Paulo divulgou uma orientação para que seus agentes retirassem o emblema de seus uniformes, ressaltando que a caveira não representa os valores da corporação.

Quando um programa dessa natureza, ao mesmo tempo, cresce notavelmente por atrair a presença de figuras progressistas, não se trata apenas de diversidade de vozes. A questão central é: quais espaços e narrativas, ao final, se consolidam e ganham força?


Um apelo por coerência e fortalecimento de nossas mídias

Não nos cabe determinar onde cada parlamentar, militante ou comunicador deve estar. O que se coloca, diante da conjuntura atual, é uma questão de responsabilidade ética: refletir sobre quais escolhas contribuem para o fortalecimento de um debate público comprometido com valores democráticos e populares.

Mais do que ampliar audiências em ambientes adversos, é fundamental investir no fortalecimento de um ecossistema próprio de mídias de esquerda e progressistas. Conclamamos governos, movimentos sociais, sindicatos, partidos e cidadãs e cidadãos a apoiar, de forma concreta, os veículos populares e independentes — seja por meio de financiamento, de políticas públicas de comunicação, de formação de novos comunicadores ou da valorização cotidiana desses canais. A Constituição Federal já reconhece a complementaridade entre os sistemas público, privado e estatal de comunicação; transformar esse princípio em prática efetiva é condição indispensável para uma democracia plural e substantiva.

Conclusão

A escalada fascista global exige que a luta antifascista esteja à altura dos desafios. Isso implica enfrentar o autoritarismo onde quer que se manifeste, inclusive nas esferas da cultura e da comunicação. Em vez de alimentar plataformas que transformam a polêmica em capital, é essencial que lideranças e criadores de conteúdo priorizem e fortaleçam o ecossistema de mídias progressistas e de esquerda. Nesse caminho, a pluralidade de opiniões, a defesa dos direitos humanos e o combate ao racismo permanecem como princípios inegociáveis.




sexta-feira, 26 de setembro de 2025

SINTESE repudia fala racista e negacionista de músico em atividade com estudantes e professoras

O SINTESE repudia veementemente a cena infeliz que alunos do Colégio Estadual Acrísio Cruz acabaram presenciando, na tarde do último dia 25 de setembro, dentro da programação da 19ª edição da Primavera dos Museus, no Memorial de Sergipe Professor Jouberto Uchôa, durante a apresentação do Grupo Renantique.

O projeto ‘Concertos Didáticos Interativos’ acabou se transformando num ‘Concerto de Horrores’ quando o fundador e diretor artístico do grupo, Emmanuel Vasconcelos Serra, começou a proferir um discurso negacionista, etarista e racista, afirmando que não há racismo no Brasil, negando a pandemia da Covid-19, que matou mais de 700 mil brasileiros, atacando professores e toda a obra de Paulo Freire e ainda debochando de idosos que estavam presentes àquele momento deplorável.

A Universidade Tiradentes (Unit), mantenedora do Memorial de Sergipe, uma instituição de ensino, produtora de ciência e conhecimento, que deveria ter interrompido todo aquele discurso de ódio, que constrangeu os presentes e humilhou os estudantes, até o momento, ainda não se pronunciou sobre o lamentável episódio. Mesmo com toda a revolta e reação do público presente, a direção do Memorial gerido permitiu que o ‘Concerto de Horrores’ continuasse.

O SINTESE está buscando providências cabíveis para que discursos como este não mais maculem nossa sociedade. Diante de tudo vivido, esperamos o bom senso de todos os envolvidos, que o Emmanuel Vasconcelos se retrate de suas falas carregadas de violências, como negacionismo, racismo e etarismo.

É uma pena que um artista use um projeto como este, financiado por verbas públicas, para propagar desinformação e violência. As palavras de Emmanuel feriram a democracia e a cidadania, ultrajaram a memória do educador Paulo Freire, além de reforçarem preconceitos e estereótipos contra idosos, estudantes pobres e o trabalho dos professores das escolas públicas.

O SINTESE solicita o posicionamento público da Unit, da Secretaria de Estado da Educação, do Ministério Público de Sergipe e a retratação pública do músico Emmanuel Vasconcelos.                   https://www.instagram.com/p/DPFA_Rjjw7p/?igsh=eWNnZXA5cmNhanNw 

Como foi a 7ª reunião da Rede Sergipe de Pontos de Cultura em 25 de Setembro de 2025?

 


A discussão central da sétima reunião virtual realizada em 25 de Setembro de 2025,  focou  na organização e planejamento da Teia Estadual dos Pontos de Cultura  e de um fórum subsequente, envolvendo os Pontos de Cultura, além de questões administrativas e logísticas sobre o evento.

1. Reunião e Articulação com a SECULT:

·         Necessidade: Contatar a Secretaria de Estado da Cultura (SECULT) para entender seus planos para a "Teia" e coordenar as ações nos marcos da gestão compartilhada. Obter informações sobre o orçamento disponível para a realização da Teia Estadual

·         Data da "Teia": Originalmente prevista para o final de outubro, foi remarcada para a primeira semana de novembro, segundo informações da Secult. A mudança visa integrar a programação com a visita do Ministério da Cultura a estados vizinhos (Bahia, Alagoas).

·         Pauta da Reunião com a SECULT:

o    Confirmar a data exata da "Teia" em novembro.

o    Entender a alocação do orçamento estadual (25% do dinheiro é destinado à organização estadual da "Teia", enquanto a maior parte do fundo PNAB 2 custeará delegados, passagens, alimentação e cachê para grupos selecionados).

o    Discutir a programação e os tópicos da Teia Estadual  e do fórum.

·         Comissão para Reunião com a SECULT: Será composta por seis pessoas: três membros antigos e três novos.

o    Membros Confirmados: Zezito, Messias, José Alves, Luísa, Curuminho e  Isabela. Danilo foi sugerido como suplente para Curuminho, caso este não possa comparecer. Da mesma maneira  Givanildo para Isabela

o    Disponibilidade: A comissão sugeriu terça-feira (30/09) à tarde ou quinta-feira (02/10)  pela manhã para o encontro com a SECULT, considerando a disponibilidade dos membros.

2. Estrutura Proposta para o Fórum Estadual dos Pontos de Cultura:

·         Temas e Mediadores Sugeridos:

o    Governança e Cultura Viva: Alisson Couto - Alemão (com experiência no setor público e na sociedade civil).  

o    Justiça Climática : Givanildo (pela sua relação com o tema).

o    Política e Cultura Viva (10 anos e perspectivas futuras): Zezito.

o    Quarto tema: Trabalhadores da CulturaVirgínia Lúcia  (sugerido por Isabela, será sondada a disponibilidade).

·         Formato das Apresentações: 15 minutos de explanação para cada tema.

·         Subgrupos: Após as explanações, serão formados subgrupos.

o    Inscrição: Os participantes deverão se inscrever previamente para os subgrupos, a fim de balancear a quantidade de pessoas em cada um.

o    Facilitadores: Cada subgrupo será acompanhado pelo  mediador/facilitador que fez a abordagem inicial, e que orientará a discussão e trará perguntas-chave.

o    Relatório: Cada grupo elaborará um relatório das suas discussões.

o    Tempo: 40 minutos para discussão nos subgrupos.

·         Plenária: Apresentação dos relatórios dos subgrupos e discussão.

o    Tempo: 40 minutos a 1 hora para a plenária.

·         Duração Total: O encontro terá uma duração de aproximadamente 3 a 4 horas (um turno inteiro).

·         Logística: Será solicitada à SECULT a provisão de almoço , lanches e outras necessidades a ser conversada na reunião.

·         Sugestão: A "Teia" ocorreria pela manhã, com a presença de um representante da Comissão Nacional dos Pontos de Cultura e outro da Secretaria da Diversidade e Cidadania (MINC) , seguida pelo fórum no turno da tarde, podendo ter inicio na parte da manhã, caso haja tempo. A eleição dos delegados aconteceria ao no final da tarde.

3. Eleição de Delegados e Criação de Grupos de Trabalho (GTs):

·         Eleição de Delegados: A seleção dos delegados continuará sendo por território (oito territórios com Pontos de Cultura), com representantes e suplentes.

·         Criação de GTs:

o    Os GTs são criados durante a "Teia" por proposta dos participantes e aprovação em plenária.

o    Cada GT deve ser composto por no mínimo 3 a 5 Pontos de Cultura.

o    Há um prazo de seis meses para o GT apresentar um projeto de trabalho; caso contrário, será extinto.

4. Pesquisa Nacional de Economia da Cultura:

·         Alerta: Foi reiterada a importância de preencher o questionário sobre mapeamento nacional de economia e cultura.

·         Urgência: O Nordeste e Sergipe apresentam baixos índices de resposta, o que foi criticado pela Comissão Nacional dos Pontos de Cultura.

·         Benefício: Ao preencher, os participantes recebem um certificado.

A reunião foi considerada produtiva, resultando em definições claras sobre as próximas etapas e a organização dos eventos futuros.

 🎨🎭 MinC divulga calendário de pagamentos do segundo ciclo da Aldir Blanc 📚🏛  Os estados e o Distrito Federal começam a receber os valores a partir de 6 de outubro. Já os municípios terão os repasses realizados a partir de 24 de novembro.

🗞 Leia a notícia completa em https://www.gov.br/cultura/pt-br/assuntos/noticias/minc-inicia-pagamentos-do-segundo-ciclo-da-aldir-blanc-em-outubro 

sábado, 20 de setembro de 2025

domingo, 14 de setembro de 2025