quarta-feira, 26 de dezembro de 2018

Conversando sobre depressão e sucidio.

Antônio da Cruz
O suicídio, um assunto muito evitado.

Despertado pela curiosa afirmativa de um comentarista feicibuquiano de que a Islândia tem uma das mais altas taxas de suicídio do mundo, porque na noite de natal naquele país o habito é ler, levou-me a buscar informações.
O inverno naquele país é longo e tempestuoso. Outros países com menor rigor meteorológico, como a Polônia, têm muito mais suicídio. A partir do que colhi em algumas fontes, podemos chegar a três dados importantes: o frio, o isolamento e a frustração podem ser (não há da minha parte a certeza. Quem pode afirmar são a Psiquiatria e a Psicologia), as causas imediatas de suicídio. As raízes patológicas a ciência parece não as ter por completo.
A esta altura se sabe que a depressão, causa maior do suicídio, é complexa, dolorida para o paciente e para quem tem de conviver com e cuidar dele. Sua origem é diversa: vai da genética à questão granular, que deixa de produzir certas substâncias por outros tantos motivos.
O paciente não tem controle sobre sua própria vontade e vive no limiar entre a vida e a vontade de abandoná-la. Abaixo estão alguns dados sobre o suicídio no Brasil, um tema que, para muita gente é tabu.
“Os homens são os que apresentam as maiores taxas de mortalidade, 79% do total, enquanto o número de mulheres é 3,6 vezes menos, 21%. Viúvos, solteiros e divorciados também foram os que mais morreram por suicídio (60,4%).
Os dados mostram que os indígenas são os que mais cometem suicídio (15,2), se comparados com brancos (5,9) e negros (4,7).
Os moradores da região do Sul do Brasil morreram mais por conta de suicídio, enquanto os índices do Nordeste são os mais baixos.” O nordestino preserva correntes de solidadriedade. Mas existem outros fatores.
O Rio Grande do Sul é o estado com mais suicídios do país.
Ler não é chato. A expansão da mente pelo hábito da leitura amplia também as possibilidades de prolongar a vida. Se as pessoas sofrem de depressão e se isolam, o risco de cometerem suicídio é maior. Isto, em um clima frio deve ser muito mais desesperador. Observando os dados acima, podemos suspeitar que, além da solidariedade, a garra na luta pela sobrevivência, o senso de humor, a vitamina D fornecida pelo sol no Nordeste ajude a diminuir muito este flagelo aqui na região.
Na Islândia, viver mais de seis meses em um clima de inverno, cuja temperatura média é de menos dez graus Celsius e apenas a luz, e não o calor, ser sinônimo de verão, a oito graus positivos, é de fato motivo para ler muito.

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