16 de Dez de 2021, 21h26
Fonte: JLPOLITICA
E não se espante se nessa fisiologia própria da política o prefeito de Aracaju, Edvaldo Nogueira, PDT, um assumido pré-candidato ao Governo de Sergipe na eleição do ano que vem, atravessar a rua da sucessão e der a mão ao senador Rogério Carvalho, PT, outro também assumido pré-candidato ao Governo, visando um amálgama entre ambos.
Um amálgama entre eles dois, seus dois partidos, seus respectivos blocos que daí naturalmente se desdobram e mais alguns interesses para além das microfronteiras de Sergipe. Não se trata aqui de uma conjectura à toa, feita nas dobras de um vendaval de invenções ou elocubrações.
A tese central é a de que Edvaldo Nogueira está vendo se fecharam caminhos, chances, interlocuções e respeito à sua pessoa no coração do grupo governista liderado pelo governador Belivaldo Chagas, PSD, durante o debate das pré-candidaturas.
Consubstanciando esta tese, há outra: Edvaldo - pensam assim ele e alguns petistas - não tem caminho interditado junto ao PT e ao pré-candidato Rogério. Ao contrário, seu histórico pessoal e eleitoral passa pelo PT. O que o deixaria à vontade para se somar aí. Sendo apoiado ou apoiando.
E aqui entra um condimento nacional. Edvaldo Nogueira tem uma excelente relação com o ex-prefeito da cidade de Niterói, no Rio de Janeiro, Rodrigo Neves, PDT, e este camarada, antenado com o que se passa em Sergipe, tem trabalhado juntamente ao ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para que se sele uma unidade entre o PDT e o PT de Sergipe de olho em 2022 – Neves é uma aposta do PDT e do PT ao Governo do Estado Rio nesse 2022.
O que se comenta no PDT e até entre petistas é que Edvaldo Nogueira não faria grandes - ou nenhuma - restrições a essa possibilidade e que o próprio Lula tem reconhecido, no centro desse diálogo com Rodrigo Neves, grandes méritos e grandes feitos do prefeito aracajuano no campo dos arranjos políticos e, sobretudo, nos administrativos.
Lula estaria a todo instante batendo continência pros cerzimentos e alinhavos das costuras políticas de Edvaldo ao longo da sua vida.
Estaria a relembrar de como esse magricela grisalho de fala fragmentada se fez duas vezes vice-prefeito de Marcelo Déda em Aracaju, de como se elegera prefeito em 2008 sob a chancela de Déda e de como voltara à Prefeitura da capital sergipana em 2016, ainda sob aliança com o PT, e como se reelegera em 2020, aí já com parte do PT em sua oposição e lhe atirando bombas.
(Convêm lembrar aqui que naquele 2020 o avexado Rogério escondeu suas garras contra Edvaldo e deixou que todos os estragos contra o então candidato fossem feitos por Márcio Macedo).
Edvaldo Nogueira, em momentos de atrofia de humildade, costuma levantar o crachá desses fatos salientados por Lula em seu favor. Estaria errado? Aparentemente, não.
Afinal, em 165 anos de Aracaju, nenhum ser político botou a mão nas rédeas da administração dela por cinco vezes. Mas isso já é uma outra peroração.
Continue a leitura aqui: https://jlpolitica.com.br/coluna-aparte/sob-maus-tratos-entre-governistas-edvaldo-nogueira-pode-atravessar-a-rua-da-sucessao-e-estender-mao-a-rogerio
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