Hoje (21/01/2021) recebi pelos correios o texto base da Campanha da Fraternidade (CF) sobre educação. O mesmo foi solicitado depois de resposta a um pedido de ajuda que fiz na internet, quando disse ter obtido o texto base da campanha da fraternidade de 1998 também sobre educação, mas não o da primeira campanha.
Portanto é motivo de grande alegria
possuirmos os textos das três campanhas, podendo assim fazermos o estudo comparativo
como já informei, o qual terá como eixo principal a memória histórica da educação popular e busca
de engajamento dos católicos em um pensamento e práticas de educação
libertadora, consoante o contexto eclesial CNBB e Vaticano em cada período
das campanhas anteriores e atual
Algumas surpresas a primeira vista, um texto base pequeno, em comparação com os demais, o maior é o de
1998 e impresso em um papel quase semelhante a papel jornal, o que faz com que o
mesmo chegue nestes dias atuais com amarelamento nas bordas e com possibilidade
de pouca durabilidade no decorrer dos anos. Semelhante as limitações estéticas do
texto da CF atual, por isso é desprovido de imagens e de recursos
complementares como poesias e recortes de textos de jornais e de Paulo Freire e Frei Betto, bem como
um roteiro de perquntas para que grupos e comunidades realizem diagnóstico
local e partipativo como consta no texto base da CF de 1998.
Em termos de conteúdo, é o texto que mais faz referência a educação popular,
como conceito e não como método como faz o texto base da CF 1998, assim como a
Comunidades Eclesiais de Base e Movimentos Populares, também coloca em destaque
a educação politica.
Isso tudo reflete muito bem o momento
politico e cultural de 1982, um Brasil com ditadura civil militar em decadência,
com os movimentos de luta pela democracia em ascensão, abertura politica, como
apresentamos no livro AMABA: O esquecido círculo de cultura da Aracaju dos anosde 1980. A AMABA é fundada no ano de 1983.
No campo interno da igreja católica estão em alta, teologia
da libertação, comunidades eclesiais de base, padres e bispos progressistas e
parceiros dos movimentos populares e das organizações civis ligadas a classe média.
Demoraria alguns anos para a igreja
se fechar naquilo que ficou conhecido como o grande inverno da igreja católica,
quando começou a prevalecer, os setores da igreja favorecido pela forma de governo
do Papar João Paulo II, mais alinhados com os interesses dos ricos e poderosos do
planeta.
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