https://www.youtube.com/watch?v=mr94rZ8u2XE
Live do deputado estadual e professor Iran Barbosa, em comemoração aos 167 anos de Aracaju, com participação de Sarah França, arquiteta, urbanista e professora doutora do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da Universidade Federal de Sergipe (UFS); e Antônio Wanderley, professor de História das redes públicas estadual (aposentado) e municipal de Aracaju.
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Aracaju, parabéns pela existência; não pela forma e pelo local onde nasceu!
Firmo Santos no facebook
João Bebe Água tinha razão: a capital de Sergipe não poderia ter deixado de ser São Cristóvão.
Ao que se sabe, a capital de Sergipe foi transferida de São Cristóvão, uma cidade – para a época - com infraestrutura, com comércio, com serviços, com uma população urbana, com um conjunto arquitetônico considerável, para uma área inóspita, formada por mangues, lagoas, dunas e matagal, apenas por interesse os latifundiários, produtores de cana do Vale do Cotinguiba.
Ao contrário do que determinada corrente quer nos fazer crer, o que prevaleceu não foi o interesse da maioria da população; não foi uma visão futurista de Ignácio Barbosa, no sentido de criar uma capital “planejada”. Foi por interesse ou por pressão dos verdadeiros mandatários da época: os grandes produtores de açúcar e outros produtos manufaturados.
Quanto, financeiramente, deve ter custado para os cofres de Sergipe, abandonar uma capital, numa cidade – pode-se dizer – consolidada, para começar a construir uma cidade dentro de um charco?
Quanto, culturalmente, deve ter custado para o povo da então capital, São Cristóvão, ver o seu posto de capital ser derrubado a canetadas de deputados e de um governador?
Quanto, ambientalmente, perdeu Sergipe ao permitir que uma região frágil e ao mesmo tempo rica, do ponto de vista ambiental, fosse destruída? Neste ponto devemos dar um desconto porque, certamente, à época não se pensava sobre o impacto que seria trazer a capital para cá. E também devemos dar mais um desconto porque sendo ou não capital a área poderia estar, hoje, destruída da mesma forma.
Vindo para a atualidade, como a cidade e, principalmente, o seu povo é maltratado por aqueles que são eleitos para cuidar da cidade e do seu povo?
Como prefeitos, vereadores, governadores, deputados, senadores, se omitem diante do uso indevido da cidade por uma minoria gananciosa?
Como tais autoridades permitem que a cidade e o seu povo sejam agredidos e malcuidados, somente para beneficiar uma minoria?
Como tais autoridades usam os meios legais única e exclusivamente para dispor a cidade aos agressores e criminosos do meio ambiente?
Aracaju é uma cidade linda e tem um povo também muito ordeiro, muito receptivo, merece ser parabenizada diariamente, mas em todos os seus aniversários não há como deixar de lembrar do quanto ela (Aracaju) e o seu povo mais pobre “apanham” de autoridades e dos gananciosos.
Opinião - O 167º aniversário do Aracaju, que nasceu nos charcos
2 comentários:
É muito bom termos visões distintas sobre a nossa Aracaju.
Exatanente! Penso que este postagem coletiva ficou legal por essa razão. Valeu!!!
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