quarta-feira, 24 de setembro de 2025

Em meio a tanto desgaste e decepção com o ensino fundamental em uma escola periférica na Grande Aracaju, três surpresas.. Uma aluna lendo Anne Frank , a outra escolhendo Rubel para tocar e uma outra com os olhos brilhando ao ouvir A-ha....

 E enquanto isso, vou descobrindo algumas belas canções da diversidade musical que ocupa corações e mentes de adolescentes residentes na periferia,  e apresentando algumas do meu diversificado gosto musical, inclusive canções da banda norueguesa A-ha...

Isso acontece com a utilização de um celular acompanhado de uma caixinha de som com potência e som de boa qualidade, tanto nas aulas com canções ligadas aos temas, como para fazer fundo musical relaxante em algumas situações e no intervalo do recreio. No dia de hoje por exemplo utilizei "Burguesinha" do Seu Jorge, na versão original do autor e na versão de Péricles fazendo ligação com o tema da aula de História que foi "A formação do estado nacional moderno".

No recreio a escolha é "livre", nas turmas em que encerro a última aula antes desse, e para conseguir as sugestões de canções para tocar, o combinado é não sugerir canções muita agitadas e/ou com temas ligados a excessivo  sofrimento de amor, termos apelativos de conotação sexual, apologia ao uso de drogas, a misoginia, ao machismo, a preconceitos diversos e etc.. Afora isso, vale sugestões que vão do pop brasileiro e internacional,  nas suas diversas vertentes, incluindo o hip-hop, o gospel, a MPB e etc.

Em uma próxima publicação sobre este assunto,  trarei a história de uma rádio escolar numa outra escola de ensino fundamental localizada na periferia, localizada no municipio de Socorro, também parte da região metropolitana de Aracaju,  e da qual fui um dos idealizadores, esta rádio escola foi realizada em parceria com o grêmio escolar com verba do antigo PDE (Plano de Desenvolvimento da Escola) ainda nos tempos do governo FHC, o final é que não foi muito bom, pois a aluna Karine, a lider da iniciativa ficou decepcionada com a mudança de direção do grêmio e do nome da rádio, que por preconceito deixou de ser chamada de Rádio Zen, por sua vez a programação também começou a ficar meio bagunçada, em razão do conceito "toca tudo" ou quase todo o tipo de música.. 

Mais a frente, trarei algumas play list com as músicas preferidas  de adolescentes que estudam na Escola Estadual Neyde Mesquita,  Conjunto Eduardo Gomes , em São Cristóvão, dentro dos marcos definidos acima como, músicas não agitadas e sem  excessivo  sofrimento de amor, ou com  termos apelativos de conotação sexual, apologia ao uso de drogas, a misoginia, ao machismo, a preconceitos vários e etc..  .  E a despeito dessa boa noticia, reconheço o quanto falta aos governos federal, estadual e municipal investirem mais  na construção de espaços adequados para o conhecimento e práticas de atividades culturais, assim como para o financiamento de   artistas, agentes  e  grupos culturais  a fim de circularem  nas escolas, por meio da promoção de oficinas, saraus, rodas de conversa, apresentações artisticas e etc. E nesse caso, especialmente com referenciais da cultura brasileira e regional, ás vezes também  em diálogo com  referências da cultura pop nacional e internacional. Como nos exemplos abaixo:





, A expectativa é que os investimentos da PNAB e da democratização da Lei Roaunet empreendidas pelo governo Lula em parceria com estados e municipios no caso da PNAB, possam ajudar nesse propósito.

Em 11 de outubro estaremos participando de uma discussão com companheiros (as) militantes da cultura de São Cristóvão, tendo como tema central a Politica Nacional Cultura Viva, a qual está agregada a PNAB , a fim de avançar na melhor realização das ações de democratização da cultura rumo a democracia cultural, o que precisa acontecer urgentemente para salvar muitos brasileiros do estado de barbárie, o qual tem a cultura como peça chave,  a que a maioria das nossas elites politicas e econômicas pretendem nos condenar, para sempre.

Abaixo, o card da primeira reunião virtual... 

Os motivos para que isso seja encarado como prioridade, quem é leitor desse blog já deve conhecer razões de sobra para justificar , dentre algumas destacamos:

📚 Desenvolvimento Educativo e Social Atividades culturais de qualidade nas escolas contribuem para a formação do pensamento crítico e ajudam a mudar a percepção sobre a importância da produção artística no ambiente educacional .

🚀 Empoderamento Comunitário As ações com  crianças e jovens da periferia de Aracaju e região metropolitana, colaboram para empoderar agentes e grupos culturais locais .

🎨 Oposição à Cultura de Massa Oferecer atividades com acompanhamento profissional (como dança educativa) apresenta alternativas de qualidade em contraposição a expressões hegemônicas da cultura de massa .

🤝 Fortalecimento de Vínculos Projetos culturais qualificados conseguem atrair a participação ativa das famílias e da comunidade, fortalecendo os laços sociais .

E nas perguntas que faço acerca sobre as práticas de atividades artistico-culturais e o preenchimento do tempo livre, não encontro boas respostas. Por exemplo, a aluna que brilhava os olhos ouvindo A-ha,  é uma eximia dançarina, aficionada do pop internacional, inclusive o K-Pop, mas não faz aula de dança e nunca fez, para minha surpresa 

A música do A-ha que escolhi foi: 

P.S.: As três alunas a que faço referência acima se destacam pelas boas notas e pelo bom comportamento, e não só nas matéria da área de humanas que leciono. Isso significa dizer, as secretarias de educação que perseguem o aumento dos indicadores da  aprendizagem focando apenas nos conteúdos curriculares de português e matemática cometem um grave equivoco pedagógico, por não considerar a teoria de que a inteligência não é única, mas sim composta por diversas habilidades cognitivas distintas, em vez de apenas o raciocínio lógico-matemático, fora que as diversas inteligências interagem e colaboram para o desenvolvimento mútuo e integrado uma das outras..
Um exemplo é a necessidade do investimento  para que estudantes tomem gosto em jogar  xadrez, porque este conceitos matemáticos diretamente, como noções de simetria, frações e geometria, e transfere essas habilidades para o contexto escolar.
Outros bons hábitos culturais e consequentemente maior repertório cultural  também colabora com outros conteúdos curriculares, com relação ao hábito de leitura nem precisamos dizer o quanto  impacta o desempenho escolar e acadêmico em todas as áreas, não apenas na área de humanas
Recomendamos a leitura da postagem abaixo e de outras que constam na lista ao final..

Por que é dificil realizar ação cultural como metodologia pedagógica transversal de forma continua e permanente na escola pública?

 A dificuldade dos formuladores de políticas em priorizar o investimento no repertório cultural não é uma simples falta de vontade, mas sim o resultado de uma complexa combinação de fatores históricos, estruturais e conceituais.


Sobre os impactos do jogo de xadrez no desenvolvimento das inteligências múltiplas, vale a pena conferir  a matéria abaixo publicada no site da National Geographic Brasil

Aqui


Abaixo,  um conjunto de informações para quem quiser saber mais sobre a banda A-Aha, o Diário de Anne Frank e Rubel.

O A-ha é uma banda norueguesa formada em Oslo em 1982, composta por:

Morten Harket (vocalista)

Magne Furuholmen (tecladista, guitarrista e vocal de apoio)

Pål Waaktaar-Savoy (guitarrista, principal compositor e vocal de apoio)

A banda surgiu com a ambição de combinar melodias pop fortes com letras inteligentes e uma estética visual inovadora, influenciada pela nova onda (new wave) e pelo pós-punk.

1. Estrelato Instantâneo (1985-1986):

O lançamento do single "Take On Me" em 1985 foi um marco. A canção inicialmente não fez sucesso, mas uma segunda versão, acompanhada de um videoclipe revolucionário que misturava ação ao vivo com animação em rotoscopia, tornou-se um fenômeno global.

O vídeo, dirigido por Steve Barron, foi um dos mais exibidos na história da MTV e foi crucial para o sucesso da música, que chegou ao 1º lugar na Billboard Hot 100 dos EUA.

O álbum de estreia, "Hunting High and Low" (1985), consolidou o sucesso, com outros hits como "The Sun Always Shines on T.V.".

2. Consolidação e Amadurecimento (1986-1990):

O segundo álbum, "Scoundrel Days" (1986), mostrou uma sonora mais sombria e rock, afastando-se um pouco do pop synth inicial, mas mantendo a qualidade.

Em 1987, gravaram a faixa-título para o filme "007 – The Living Daylights", tornando-se uma das bandas não-britânicas a gravar uma música-tema de James Bond.

O álbum "Stay on These Roads" (1988) continuou sua trajetória de sucesso na Europa, embora seu apelo comercial nos EUA tenha começado a diminuir.

3. Hiato e Trabalhos Solo (1991-1997):

Após o álbum "East of the Sun, West of the Moon" (1990) e "Memorial Beach" (1993), que teve uma receção mais discreta, a banda entrou em um hiato. Os membros dedicaram-se a projetos solo, como o Savoy (de Pål e sua esposa) e carreiras individuais de Magne e Morten.

4. Retorno Triunfal e Legado (1998 - Presente):

O A-ha se reuniu em 1998 para um show beneficente e, surpreendendo a muitos, decidiram continuar. Seu retorno oficial foi marcado por um show esgotado para 120.000 pessoas em Oslo, em 2000, estabelecendo um recorde.

A partir daí, lançaram uma série de álbuns aclamados pela crítica, como "Minor Earth Major Sky" (2000), "Lifelines" (2002) e "Analogue" (2005), que mostraram uma evolução musical significativa.

Em 2009, anunciaram que se separariam após uma turnê mundial de despedida em 2010. No entanto, a separação foi curta, e eles retornaram em 2015 com o álbum "Cast in Steel".

Em 2022, lançaram o álbum "True North", um álbum de estúdio acompanhado por um filme sinfônico, mostrando que continuam ativos e criativos.

Importância no Contexto da Música Pop Internacional

O A-ha tem uma importância que vai muito além do sucesso efêmero de "Take On Me".

Pioneiros da Era MTV: Eles são um dos exemplos mais emblemáticos de como um videoclipe inovador poderia catapultar uma banda para o estrelato global. "Take On Me" é frequentemente citado como um dos melhores e mais influentes vídeos musicais de todos os tempos.

"A Invasão Nórdica": O A-ha foi o primeiro grupo escandinavo a alcançar sucesso massivo em escala mundial. Eles abriram as portas do mercado internacional para uma infinidade de artistas que viriam depois, de Roxette e Ace of Base a Björk, Robyn, e mais recentemente, o fenômeno K-pop (que bebe muito da fonte do pop escandinavo).

Qualidade Musical e Longevidade: Diferente de muitas bandas de "one-hit wonder", o A-ha provou ser um grupo de talento excepcional. Morten Harket é considerado um dos melhores vocalistas da história do pop, com seu falsete característico. A dupla de compositores Furuholmen/Waaktaar é elogiada por criar canções com melodias cativantes e letras poéticas e introspectivas.

Sucesso Duradouro na Europa e no Brasil: Enquanto nos EUA foram inicialmente vistos como um fenômeno passageiro, na Europa e no Brasil o A-ha sempre manteve uma base de fãs enorme e leal. São considerados uma banda de culto e respeito, com discografia consistente e turnês sempre lotadas.

Reconhecimento e Prêmios: Ao longo dos anos, receberam inúmeros prêmios, incluindo indicações ao Grammy e, em 2012, foram condecorados com o Prêmio de Música da Noruega (Spellemannprisen) por sua contribuição excepcional à música norueguesa.

Em resumo, o A-ha não é apenas a banda de "Take On Me". Eles são um grupo de enorme talento que usou a ferramenta do videoclipe para conquistar o mundo, tornando-se pioneiros e embaixadores do pop escandinavo, e construíram uma carreira respeitável e duradoura baseada na qualidade de sua música.

O que é o Diário de Anne Frank?

O Diário de Anne Frank é um dos documentos mais pessoais e comoventes do século XX. Trata-se do diário íntimo de uma adolescente judia, Annelies Marie Frank, escrito enquanto ela e sua família se escondiam dos nazistas durante a Segunda Guerra Mundial.

Contexto Histórico:

Perseguição Nazista: Com a ascensão de Adolf Hitler na Alemanha e a ocupação dos Países Baixos, a família Frank, que havia se mudado de Frankfurt para Amsterdã em busca de segurança, voltou a ser perseguida por serem judeus.

O Anexo Secreto: Em julho de 1942, quando a irmã de Anne, Margot, recebeu uma ordem de deportação para um campo de trabalho, a família decidiu se esconder. Eles se refugiaram em um anexo secreto, localizado atrás de uma estante de livros falsa, no prédio onde o pai de Anne, Otto Frank, trabalhava. Lá, viveram por dois anos, junto com mais quatro pessoas.

O Diário: No seu 13º aniversário, pouco antes de se esconderem, Anne ganhou um caderno de autógrafos, que ela transformou em diário. Ela o chamou de "Kitty" e nele descreveu seu dia a dia no esconderijo, seus medos, suas esperanças, suas reflexões sobre a guerra, a humanidade, seus conflitos familiares e o despertar de sua sexualidade e ambições como escritora.

A Traição e o Fim: Em agosto de 1944, o esconderijo foi descoberto (supostamente por uma denúncia anônima) e todos os ocupantes foram presos e deportados para campos de concentração. Anne morreu de tifo no campo de Bergen-Belsen em fevereiro ou março de 1945, poucas semanas antes da libertação do campo. De todas as pessoas do Anexo Secreto, apenas o pai de Anne, Otto, sobreviveu.

A Publicação: Após a guerra, Miep Gies, uma das funcionárias que ajudou a esconder a família, encontrou e guardou o diário. Ela o entregou a Otto Frank, que cumpriu o desejo da filha de se tornar escritora e publicou o livro em 1947, com o título "Het Achterhuis" ("O Anexo Secreto").

Qual a sua importância para a formação das novas gerações na mentalidade e luta antifascista?

A importância do Diário de Anne Frank vai muito além de um simples relato histórico. Ele é uma ferramenta fundamental para a educação antifascista por várias razões:

1. Humanização das Vítimas:

O fascismo e o nazismo operam pela desumanização do "inimigo". Eles transformam pessoas em números, estatísticas e categorias abstratas ("o judeu", "o diferente", "o subversivo"). O diário de Anne Frank quebra essa lógica. Ao ler suas páginas, conhecemos não uma "vítima do Holocausto", mas uma menina real, inteligente, sensível, espirituosa e, acima de tudo, humana. Ela tinha sonhos de ser jornalista, brigava com a mãe, se apaixonava, sentia ciúmes da irmã. Essa humanização é um antídoto poderoso contra a retórica desumanizadora do fascismo.

2. A Perspectiva do "Outro" Perseguido:

O diário coloca o leitor dentro da pele de quem é perseguido. As novas gerações, que não viveram a guerra, conseguem compreender, de forma íntima e visceral, o que significava viver com medo constante, o som de sirenes, a fome, o confinamento e a angústia de ser caçado simplesmente por ser quem é. Essa experiência de empatia é crucial para desenvolver a sensibilidade de reconhecer a injustiça e a opressão onde quer que elas ocorram hoje.

3. A Denúncia da Banalidade do Mal:

O diário mostra como a vida cotidiana é interrompida e distorcida pela perseguição. Anne descreve a necessidade de permanecer em silêncio absoluto durante o dia, a tensão com cada barulho inesperado, a dependência total dos protetores. Isso expõe a brutalidade do regime nazista não apenas nos campos de extermínio, mas na destruição da normalidade, da família e da infância. É uma crítica à forma como o fascismo se infiltra em todos os aspectos da vida.

4. A Mensagem de Esperança e Fé na Humanidade:

Apesar de tudo, Anne Frank manteve uma esperança comovente. A frase mais famosa do diário é um testemunho disso:

"Apesar de tudo, eu ainda acredito que as pessoas são boas no coração."

Essa não é uma declaração ingênua, mas um ato de resistência. Num contexto de extrema crueldade, Anne escolhe acreditar na bondade. Essa mensagem é fundamental para a luta antifascista, que não pode ser baseada apenas no ódio ao opressor, mas também na crença na possibilidade de um mundo melhor, mais justo e humano.

5. Alerta Contra a Indiferença:

A história de Anne Frank é também a história daqueles que se calaram. O diário serve como um alerta permanente sobre os perigos da apatia, do preconceito e da indiferença. Mostra como a discriminação começa com pequenos atos de intolerância e, se não for combatida, pode levar à catástrofe. Ensina que a neutralidade diante da opressão significa tomar o lado do opressor.

6. Ferramenta Educativa Contra a Negação do Holocausto:

Como um documento autêntico e amplamente difundido, o diário é uma prova incontestável da perseguição nazista. Ele é uma arma crucial no combate aos movimentos de revisionismo e negação do Holocausto, que tentam apagar ou distorcer a história.

Conclusão

O Diário de Anne Frank é, portanto, muito mais que um livro de história. É um símbolo da resistência do espírito humano frente à barbárie. Para as novas gerações, ele funciona como:

Uma ponte de empatia para compreender o passado.

Um espelho para refletir sobre preconceitos e discriminações no presente.

Um farol que ilumina os valores da tolerância, dos direitos humanos e da democracia.

Sua leitura é um exercício fundamental para formar cidadãos críticos, conscientes dos mecanismos que levam ao autoritarismo e comprometidos com a construção de uma sociedade que nunca mais permita que uma Anne Frank seja silenciada.

A música de Rubel escolhida por uma das alunas, abaixo:

Rubel - Quando Bate Aquela Saudade [Clipe Oficial]

Sobre Rubel

Rubel (nome artístico de Rubel Brisolla) é um cantor, compositor, diretor e roteirista brasileiro, nascido em 1991 em Volta Redonda (RJ). Considerado uma voz significativa da nova geração da MPB, sua música é uma mistura de folk, indie, samba e hip-hop, com letras que frequentemente exploram temas como amor e saudade.

Sua carreira evoluiu do folk acústico do álbum de estreia, Pearl (2013) – marcado pela famosa "Quando Bate Aquela Saudade" –, para uma sonoridade mais híbrida e experimental em álbuns como Casas (2018) e As Palavras (2023), que incorporam diversos ritmos brasileiros.

Rubel atrai um público jovem da MPB, fãs de indie e um grande público que conheceu sua música através de trilhas sonoras de novelas e séries da TV Globo. Além da música, ele dirige seus videoclipes e trabalha com roteiro para TV, tendo sido indicado ao Grammy Latino em 2018 e 2023.

Abaixo, versão de uma canção bem tocada nas emissoras de rádio nas vozes de  Maiara e Maraisa, deixo como sugestão a versão na interpretação de Rubel.










                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                                         





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