Curso de Verão 2016 –
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entrevistas em áudio
5º dia (10/01/2016) – Assessoria de Adriana Ramos (2ª parte) “Desafios ambientais contemporâneos e saneamento básico”.
29º Curso de Verão - ECONOMIA PROMOTORA DOS DIREITOS HUMANOS E AMBIENTAIS - 4º dia - Adriana Ramos
O
economista e professor da PUC-SP, Ladislau Dowbor, deu nesta
sexta-feira (8) seu segundo e último dia de assessoria aos cursistas do
29° Curso de Verão, no Teatro da Universidade Católica (TUCA). Ele falou
sobre a importância do conhecimento hoje na sociedade e em se saber o
que acontece na economia.
“O eixo
econômico geral deste século é o conhecimento. Se eu dou o meu relógio
para alguém, eu o perco. É o que chamamos de bem rival na economia, ou
eu ou outra o pessoa o tem”, disse. “Mas se eu compartilho uma ideia,
nós dois a temos”.
Para o
economista, é importante questionar as informações da mídia. “Devemos
assistir o Jornal Nacional e pensar: ‘que porcaria é essa?”, disse sobre
risadas dos cursistas. “Não deve ser uma empresa que acha que devemos
pensar o que querem, é uma cooperação de jornalistas”.
Social
Dowbor
voltou no último encontro a criticar os juros dos bancos – sobre os
quais passou um vídeo crítico humorístico do programa “Zorra Total” -, a
falta de preocupação com a pobreza no mundo e o mau uso das riquezas,
acumuladas em grandes fortunas. “Sai muito mais caro resolver as
consequências da miséria do que acabar com ela. Uma mãe não tem comida
para dar para o seu filho”, lamentou.
O
assessor falou sobre a importância de atuação conjunta dos setores
público e privado. “Não é que somos contra a economia de mercado ou a
favor da pública. Normalmente isto nos divide: quem é de direita quer
privatizar; quem é de esquerda, estatizar. A economia de mercado é boa
para produzir, mas não para a saúde, educação”. Dowbor falou também
sobre como o Canadá oferece saúde pública de graça e, com menos custos
com o tratamento de doenças, investe menos do que os Estados Unidos,
onde o sistema de saúde pública tem difícil acesso.
Leia também: Brasil é um dos países mais desiguais do planeta.
O
professor terminou o encontro agradecendo a todos antes de ser
aplaudido de pé e receber o livro “Pacto das Catacumbas” de presente do
autor da obra e coordenador-geral do Centro Ecumênico de Serviços à
Evangelização e Educação Popular (CESEEP), padre José Oscar Beozzo.
“Quero parabenizar as pessoas que organizaram este curso. O grande eixo
(para a mudança) é esse. Nunca vi democracia de graça.”
O
presidente do CESEEP, padre Benedito Ferraro, ainda falou sobre a
importância da educação. “Escutando esta palestra, penso que temos de
retomar o método (do educador) Paulo Freire, a pedagogia do oprimido,
para pensar o mundo de baixo para cima”.
Para o
teólogo, devemos seguir as recentes declarações do Papa Francisco e
buscar uma economia para os pobres, a paz no mundo e cuidar do nosso
planeta, a “Casa Comum”.
3º dia (08/01/2016) – Assessoria do prof. Ladislau Dowbor (2ª parte)“O sistema financeiro atual trava o
desenvolvimento econômico do país”.
Alguns
defendem que ‘tudo é política, embora a política não seja tudo’. Do
mesmo modo, pode-se afirmar que ‘tudo ou quase tudo é economia, embora a
economia não seja tudo’. Porém, a política e a economia estão
intimamente relacionadas e não são, ou não deveriam ser, um jogo de
“vale tudo”. Em ambas, a ética, a justiça e o bem estar coletivo devem
prevalecer. Esse foi o mote que orientou a reflexão do economista e
professor da PUC/SP Ladislau Dowbor nesta sexta feira (8) no 29º Curso
de Verão, numa promoção do Centro Ecumênico de Serviços à Evangelização e
Educação Popular (CESEEP). O curso acontece na PUC de São Paulo com o
tema “Economia promotora dos direitos humanos e ambientais”.
Conforme
Dowbor, a economia é uma dimensão fundamental da vida sobre a qual todos
precisam aprender. “Economia é o conjunto das atividades que podem
levar à melhoria da qualidade de vida. O grande desafio é utilizar os
recursos econômicos para resolver os dramas sociais e ambientais”,
advertiu. O professor também chamou atenção para a questão da
urbanização. “Hoje cerca de 85% da população brasileira vive nas
cidades. Esse fenômeno pode multiplicar problemas sociais e ambientais,
mas, por outro lado, abre inúmeras possibilidades de convivência”,
disse.
O
economista enfatizou a importância de utilizar o conhecimento para
promover a democracia, o espírito público e o bem comum. “Se eu
distribuo meu relógio, fico sem ele; mas se compartilho uma ideia, ela
se multiplica. Assim, o conhecimento pode gerar novas formas
colaborativas e organizativas”. Incentivou os cursistas a se engajarem
em projetos alternativos. Para contribuir nesse sentido citou o
documento “Projeto Política Nacional de Apoio ao Desenvolvimento Local”,
que contém 89 sugestões concretas e viáveis para dinamizar a economia
local. O documento está disponível no site: http://www.polis.org.br/uploads/1509/1509.pdf.
O enfoque
dado pelo professor está em sintonia com a perspectiva dos Fóruns
Sociais Mundiais, cuja primeira edição aconteceu em 2001 na cidade de
Porto Alegre/RS, tendo como slogan “Um outro mundo é possível”. Em sua
15ª edição, o Fórum Social Mundial volta ao Rio Grande do Sul. O evento
que articula experiências e propostas altermundistas será realizado de
19 a 23 de janeiro de 2016, em Porto Alegre, com o tema “Paz,
democracia, direitos dos povos e do planeta”. Inscrições podem ser
feitas pelo site: www.forumsocialportoalegre.org.br.
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2º dia (07/01/2016) – Assessoria do prof. Ladislau Dowbor “O sistema financeiro atual trava o desenvolvimento econômico do país”. |
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