informações voltadas ao fortalecimento das ações culturais de base comunitária, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
O que é preciso fazer para conquistar o voto de eleitores que pensam
diferente, que pensam novo, mas diferente e novo de verdade. Não como
slogan, frase de efeito ou truque de marketing. Novo e diferente como
Pepe Mujica, Eduardo Suplicy ou Papa Francisco.
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Já
decidi os votos em Aracaju, para prefeito (a) e vereador (a). Como
nenhum deles (as) conseguiram "roubar o meu coração", não dá para
fazer campanha/publicidade. É o tipo de voto com ressalvas.
Sei que
tem gente em situação pior do que essa, como por exemplo quem mora nos
municipios da grande Aracaju e em muitas cidades do interior. Em alguns
casos compreendo a situação de quem irá votar nulo.
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Hoje, 29/09/2016,
teve debate na rádio Xodó FM de Socorro com os candidatos à prefeito da
cidade. Fiquei sabendo através do twitter de um ex-aluno, Horácio
Nascimento, agora locutor de rádio. Bom sujeito e bom profissional.
Solicitei a ele que encaminhasse a minha pergunta para os organizadores
do debate. “bom dia, Horácio pergunte aos candidatos, se eles
compreendem a arte e a cultura como aliada da educação, da segurança e
da saúde? Caso compreendam a arte e a cultura dessa maneira, o que eles pretendem fazer caso eleitos, para ampliar os investimentos em arte e cultura?”
Ao começar o debate desliguei o rádio, porque as perguntas são
escolhidas pelas coligações, como dito na abertura do debate. Na
verdade, os regulamentos dos debates em Sergipe tem sido mais
conservadores do que os realizados no Rio e em SP. Não consideram a
participação da população e muito menos de representantes de grupos,
coletivos, ongs e movimentos sociais. Nesse último caso, só vi
acontecer com um debate de eleição presidencial que assisti há anos
atrás, através da Rede Vida de Televisão . Com populares, muitos
debates do RJ E SP ainda fazem e, com uma diversidade de perguntas e de
jornalistas de perfis diferentes que fazem outras, colocando os
candidatos em cada saia justa. Isso em um dos blocos, Sobre o
primeiro e único debate que assisti com os candidatos a prefeitos de
Aracaju , o qual assisti pela internet, comentei o seguinte, via
youtube: "Parabéns pela iniciativa! Mas esse negócio de "notáveis" não é
um tanto antidemocrático? O pior, com o reaça e autoritário dono da
Jovem Pan Bahia e Sergipe. E se colocasse, lado a lado, este senhor com
um representante do "notável" movimento do não pago, (equivalente ao
movimento passe livre). "coisas" de provincia. Outra questão, faltou
"povo", cheiro de povo, neste debate. Mais uma vez, "coisas de
provincia". Não houve um momento para "populares" fazerem perguntas aos
candidatos." Em termos de sacada, gosto do que fez o candidato
hacker de São Paulo, Pedro Markun. Penso que será preciso essa
capacidade de quem é candidato representando causas mais progressistas.
Inovar no uso das redes sociais, sem ficar esperando pelos debates
tradicionais ou utilizando formatos conservadores de campanha, tanto na
web, como fora. Afinal, como acreditar em mudanças de verdade,
com candidatos que utilizam o velho figurino e os velhos adereços em
matéria de comunicação e de relacionamento com os cidadãos-eleitores..
Confira a página do Pedro Markun no facebook. AQUI
28/09/2016 - men
e women, é claro que todos (as) vocês tem direito de escolher os
candidatos que quiserem. Mas pelo menos se forem divulgar, dê motivos.
Se você for um artista ou um fazedor/produtor de cultura, que a opção
do candidato pelo crescimento das oportunidades e investimentos em arte
e cultura estejam evidenciadas. E já que hoje é dia do aniversário do grande Tim Maia Me dê motivo
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"Você não vale nada mas eu voto em você." O taxista sabe das histórias envolvendo o candidato com corrrupção
politica, assim também com outros tipos de corrupção, como corrupção
sexual de menores. Mas vota assim mesmo. Será que a solução para a humanidade, é mesmo um meteoro? ------------------------------ 26/09/2016 - São Cristóvão chegando ao fundo do poço. Também nesse momento de
decisão. Um problema que colabora para isso, é a falta de um espirito de
organização da população, o que não é diferente da maioria dos
municipios brasileiros, com uma espera de soluções sempre vinda do
alto. Diante disse, as frustrações com a administração municipal foram
crescendo de forma ininterrupta durante duas décadas. Como experiência,
posso citar o movimento PROFASC. Houve um momento em que percebi, que
a realização do mesmo por iniciativa da prefeitura e do governo do
estado era praticamente inviável e se fosse realizado, repetiria os
mesmo equivocos do velho Festival de Arte de São Cristóvão (FASC).
Diante disso, sugeri a alternativa aos agentes culturais que integravam
o coletivo, para que fizéssemos algo semelhante a uma espécie de Sarau,
o qual manteria a chama acesa do retorno do evento em futuro incerto,
mas que porém serviria como um instrumento de aglutinação e de
mobilização permanente pró cultura, infelizmente a proposta não foi
considerada. Ontem , visitando o ensaio aberto no parque dos cajueiros
percebi que há uma galera jovem que busca criar espaço culturais de
participação, sem esperar ou depender das estruturas do poder estatal. ----------------------
Não me interessa pesquisas. Poucos candidatos me conseguem convencer com palavras, olhar e ações. Se estivesse em São Paulo estaria com certeza mais magro e precisando trocar o sapato depois da campanha. Uma pena se a cidade de São Paulo não estiver a altura de Fernando Haddad. Como tenho a certeza na frente e a História na mão, assistirei a declaração de muitos eleitores arrependidos no futuro. Que o espirito da sabedoria paire sobre a cabeça da maioria dos eleitores paulistas, como paira sobre a cabeça de Haddad.
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Para
mim, um dos maiores acertos da campanha de Marcelo Freixo foi iniciar a
discussão do programa de campanha um ano antes, buscando envolver uma
quantidade maior de pessoas, não somente militantes do PSOL. Com isso,
foi capaz de trazer um leque bem maior de pessoas para fortalecer a
campanha. Será necessário manter essa mesma sistemática após as
eleições. Independente do resultado. As campanhas, as candidaturas e os
governos de esquerda,precisarão estar abertos ou permeáveis
a participação da sociedade organizada e não organizada, neste último
caso, via internet. Do contrário sucumbirão as pressões dos lobbys
empresariais. "Seu programa de Governo começou a ser feito em 2015,
dialogando com vários setores da sociedade de todos os lugares do Rio.
Jefferson Barbosa, de 19 anos, participou da jornadas “Se a cidade fosse
nossa” que resultou no documento."
------------------------------------
Acabo de receber esse alerta geral:. Já que dia 2 tá chegando. Digamos que Você venda seu voto por 500 reais, você ficou feliz. Ai,
você pega os R$ 500 e divide por 48 meses, (4 anos) que vai da R$ 10,41
por mes. Ou seja ao dia seu voto vai custar 0,35 centavos. Ou seja por
0,35 centavos, você fica sem saude, sem educação, sem emprego, sem
saneamento básico, sem moral. Portanto, não vende seu voto, exerça sua
cidadania. #FicaADicaPraTodos ------------------------------------
Dez mandamentos do eleitor consciente. Prof. Dr. Fernando Altemeyer Junior – PUC-SP.
Gato escaldado tem medo de água fria. Conheça o passado e a biografia
do candidato a prefeito, vice, vereador e a trajetória do seu partido na
defesa das causas populares. 2. Dize-me com quem andas e te direi quem
és. Descubra as alianças do partido e do candidato, a que classe social
pertence, que interesse defende, com quem está articulado. 3. Toda
mentira tem perna curta. Confronte a imagem
e o discurso do candidato com a sua prática política passada e
presente. 4. Em rio que tem piranha, jacaré nada de costas. Exercite sua
inteligência política votando em candidatos que defendam as causas
populares e preparando-se para os dois turnos das eleições para
prefeito/a, com coerência de valores e de projeto político. 5. Quem
semeia vento colhe tempestades. Analise os projetos do partido do
candidato para o mandato que ele vai exercer e como ele propõe algo
novo. Suas propostas são transformadoras ou conservadoras? 6. Quem
engorda o porco é o olho do dono. Veja e analise a campanha do
candidato. Seus gastos. Qual o seu slogan? Por que ele o escolheu? 7.
Uma andorinha só não faz verão. Quem e quais serão os secretários
municipais e os assessores dos vereadores na Camara Municipal? Qual o
seu passado e as suas lutas em favor da real democracia e da
distribuição da riqueza e do poder na cidade? 8. Aquele que não quer
quando pode não pode quando quer. Como o candidato visa atender aos
anseios de participação do povo? Da sociedade civil? Das varias
instituições nacionais? Quais serão os canais de participação popular no
passado político do candidato? 9. Quando a esmola é muita, o santo
desconfia. As propostas do candidato são viáveis, concretas, populares
ou somente promessas e mentira eleitoral? 10. Papagaio come milho,
periquito leva a fama. Até que ponto esta eleição será mais um passo no
avanço da luta da classe trabalhadora e dasperiferias? Como este
processo eleitoral ajudará na maior organização dos negros, mulheres,
jovens, crianças, e a sociedade civil organizada?
O que está escrito acima foi publicado no facebook nesse periodo eleitoral. Depois acrescentaremos outros posts.
Neste mês de
outubro ocorrerá na comunidade a exibição do filme Jardim. O filme é um documentário
curta-metragem e conta em 22 minutos a história do Conjunto Jardim e as
vivências dos moradores da comunidade. O documentário foi concebido como um projeto de
conclusão de curso de Audiovisual, realizado pela diretora e moradora da comunidade Fernanda
Almeida. As gravações começaram no dia 19
de março de 2015 e duraram aproximadamente 12 meses.
“Eu sempre almejei o melhor para comunidade, tenho as melhores recordações, mas também tenho indagações que me ocorreram ao longo dos anos. O preconceito de ser morador foi uma das primeiras impressões que senti, a violência no Conjunto é intermitente, alguns já vivenciaram e outros não, e por conta disso foi atribuído ao filme a fala direta dos moradores, para os que não moram aqui e que ficarão sabendo através do discurso deles, o que de fato acontece.” Pontuou Fernanda.
“Jardim” conta a história da
comunidade que tem mais de 30 anos, percorre assuntos como: a violência dentro
do conjunto, o preconceito por ser morador, as vivências religiosas na
comunidade e o sentimento de pertencimento dos moradores.
A exibição será realizada dentro da programação
do Cineclube Realidade, e também contará com a presença dos curtas “Gonzaga me convidou pra dançar” e “Flores do Jardim”, na Escola Júlia Teles, no Conjunto Jardim
dia 15/10 às 16h.
A exibição do filme Jardim Documentário neste sábado conta com o apoio da Ação Cultural/Ponto de CulturaJuventude e Cidadania. Escola Estadual Júlia Teles e Secretaria Estadual da Educação.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015 Como foi a 4ª Sessão do Cine-Realidade que apresentou o filme Maré - Nossa História de Amor. http://acaoculturalse.blogspot.com.br/…/como-foi-4-sessao-d… domingo, 13 de setembro de 2015 Cineclube Realidade e a sessão sobre o filme "Entre a Luz e a Sombra". Duas propostas para serem multiplicadas.
segunda-feira, 17 de agosto de 2015 Tem inicio Cine-Realidade, primeiro cineclube em uma escola sergipana
com temática voltada para histórias e cenários das periferias.
Pesquisa 'Nossa Escola em
(Re)Construção' mostra que jovens criticam aulas e materiais
pedagógicos, mas têm afeto por suas instituições de ensino
por Marina Lopes / Vinícius de Oliveira 22 de setembro de 2016
Com um modelo de educação que enfrenta dificuldade
para se ajustar ao perfil dos estudantes e responder aos seus
interesses, não é de se espantar que os resultados educacionais demorem a
apresentar avanços, especialmente no ensino médio. Soluções para
transformar esse cenário são tema de debates entre os adultos
envolvidos com educação, mas que frequentemente esquecem de consultar
uma opinião importante: a dos estudantes.
Com o objetivo de identificar o que os jovens pensam da escola e como
gostariam que ela fosse, o Porvir, programa do Instituto Inspirare, em
parceria com a Rede Conhecimento Social, criaram a pesquisa “Nossa Escola em (Re)Construção”,
que ouviu 132 mil alunos e ex-alunos, de 13 a 21 anos, de todos os
Estados. “A pesquisa tentou ajudar os jovens a pensar em uma escola
diferente da que eles têm. Eles trouxeram dados de uma escola que ainda
não existe e manifestaram a vontade de ter um currículo mais flexível,
em que seja possível escolher parte da trajetória, em que se aprende
mais com a mão na massa do que só com aulas expositivas”, afirma Anna
Penido, diretora do Instituto Inspirare.
Para fazer esse raio-X do que os alunos pensam a respeito da escola, a
pesquisa utilizou uma metodologia chamada PerguntAção, que envolve os
alunos em todas as etapas do processo, desde a mobilização até a análise
dos resultados. Nesse processo, um grupo de 25 jovens de todas as
regiões do país ajudou a construir as perguntas e a divulgar a consulta.
Os resultados mostram que os alunos têm muitas críticas à escola.
Apenas um em cada 10 jovens está satisfeito com as aulas e com os
materiais pedagógicos; um em cada 5 considera os prédios e a estrutura
inadequados e 8 em cada 10 acreditam que as relações dos alunos com a
equipe escolar e com seus colegas precisam melhorar. Ao mesmo tempo, 70%
deles dizem que gostam de estudar em suas escolas e 72% dizem que lá
aprendem coisas úteis para sua vida. “Eles estão dizendo ‘Eu acredito
que a escola precisa me preparar para esse futuro que está aí, mas do
jeito ela que está, isso não é possível'”, analisa a diretora do
Inspirare.
Crédito: Porvir
Para o jovem Rodrigo Hermogenes, 20, de São Paulo (SP), que
contribuiu com o processo da pesquisa, esses números podem ser um
reflexo do lugar ocupado pela escola nos territórios que, segundo ele,
vai além da educação formal. “Por mais que a escola e o ambiente da sala
de aula sejam maçantes, os materiais pedagógicos sejam ruins e a
metodologia não seja boa, a gente cria uma relação com os amigos, o
coordenador, a secretária, a tia da cantina, a tia da faxina e até mesmo
o próprio professor”, diz.
O questionário online ficou aberto entre 28 de abril e 31 de julho e
contou com 20 perguntas, com subtemas e opções de respostas que
substituíram a linguagem tradicional das pesquisas para aproximá-las do
universo dos entrevistados. Para alguns tópicos, os alunos puderam
escolher entre as alternativas: “Tá tranquilo, tá favorável”
correspondia a ótimo, “Até que tá bom, mas…” entrou no lugar de bom, “Tá
mais ou menos”, era regular, “Tem que melhorar” substituiu ruim e “Tá
tenso” foi uma maneira de dizer que algo estava péssimo.
Por mais que a escola e o ambiente da sala de aula
sejam maçantes, os materiais pedagógicos sejam ruins e a metodologia não
seja boa, a gente cria uma relação com os amigos, o coordenador, a
secretária, a tia da cantina, a tia da faxina e até mesmo o próprio
professor
Ao se deparar com as perguntas sobre a percepção do jovem em relação à
escola atual e como ela poderia estimular o seu aprendizado, Rodrigo
conta que foi incentivado a refletir sobre novas formas de aprender.
“Isso me trouxe reflexões sobre a minha própria capacidade de mudança”,
menciona Rodrigo, que concluiu o ensino médio em escola pública. Em sua
definição, a escola dos sonhos deveria ser um espaço livre, acolhedor e
com menos paredes ou grades, que fosse capaz de interagir com o entorno.
Outros estudantes que participaram da consulta também demonstram uma
opinião semelhante, já que quatro em cada 10 jovens dizem acreditar que,
na escola ideal, é importante interagir com a comunidade. Seis em cada
10 jovens também dizem que visitas, passeios e trabalhos externos não
podem faltar na escola ideal.
Novos espaços As atividades de interação com a comunidade e as visitas de organizações
sociais ainda acontecem pouco, mas os jovens desejam ter mais
experiências que ultrapassam os muros da escola. “A escola tradicional
sufoca um pouco a gente. Você não aprende só na sala de aula, enquanto
olha o professor falar e recebe conteúdos que passam sem reflexão”,
avalia a estudante Larissa Cabral, 20, que atualmente cursa o quarto
período de ciências sociais da Universidade Federal de Goiás.
Enquanto os estudantes expressam a vontade de interagir com o
entorno, eles também refletem sobre o próprio espaço escolar. Os jovens
ouvidos pela pesquisa consideram que a sala de aula tradicional está em
baixa. Eles querem aprender em áreas externas e internas, com ambientes e
móveis diversificados, incluindo opções como pufes, bancadas, almofadas
e sofás. “Eles estão pedindo o direito do corpo em movimento. Eu acho
que com essa configuração eles expressam o direito de reorganizar [a
escola] a cada momento, em tempos e espaços fluidos”, analisa a
arquiteta Beatriz Goulart.
Eles estão pedindo o direito do corpo em movimento. Eu
acho que com essa configuração eles expressam o direito de reorganizar
[a escola] a cada momento, em tempos e espaços fluidos
De acordo com ela, esses resultados demonstram a busca por uma
arquitetura escolar que valoriza o diálogo. Enquanto a arquiteta
menciona que um pufe pode significar conforto, prazer e descontração, as
carteiras enfileiradas transmitem as mensagens: “fica parado, presta
atenção e olha para a lousa.” Ela também diz que “para as relações serem
mais homogêneas e horizontais, os espaços têm que ser mais variados”, o
que também pode dar uma pista dos tipos de diálogos que os estudantes
desejam encontrar na escola.
Foco da escola Os respondentes da pesquisa foram convidados a imaginar quatro ambientes
educacionais: a escola que os faz aprender mais, que respeita as
individualidades, que é inovadora e que os deixa felizes. Quando
perguntados sobre qual deve ser o foco dessas instituições de ensino, em
todas a opção mais indicada foi “Preparar para ENEM e vestibular”,
seguida por “Preparar para o mercado de trabalho”. A estudante
Jacqueline Ferraz Alves, 16, de uma escola privada de Lages (SC), que
participou do grupo de jovens que ajudou a construir a pesquisa, explica
por que esse deve ser um dos principais objetivos da escola. “Muitos
alunos hoje param de estudar e vão trabalhar. Aí eles vivenciam uma
realidade totalmente diferente”, afirma ela, ao mencionar o papel da
escola de oferecer apoio para os jovens enfrentarem seus desafios
futuros.
Segundo a socióloga Miriam Abramovay, isso reflete uma mensagem
ouvida pelo jovem em casa e na própria escola. “Desde quando ele entrou
no primeiro ano do ensino fundamental, foi preparado para fazer
vestibular ou Enem e entrar na universidade. O que os adultos mais falam
é que devem ser autônomos e começar a trabalhar o mais rápido
possível”, disse.
Crédito: Porvir
Pelas mesmas razões, a socióloga afirma que é mais difícil para o
jovem pensar que a escola deve ter um direcionamento para habilidades
artísticas, relações humanas e sociais ou lidar com emoções (outras
opções apresentadas como possíveis focos para a escola na pesquisa),
“pois não foram criados para isso”. “Para eles, é como que se de outra
forma não fosse possível aprender, fazer Enem ou entrar na universidade.
Ao mesmo tempo, eles também reclamam dessa escola que eles têm. Ser
jovem é muito contraditório”.
A socióloga Helena Singer, diretora nacional de Ações Estratégicas e
Inovação do SESC, pondera que essa tendência não é necessariamente
contraditória, já que existem possibilidades mais amplas de aprender
fora da sala de aula, com pesquisas, explorações, indagações e produções
diversas. “Treinar para exames não deveria ser o objetivo de escola
nenhuma, e certamente também não é o objetivo dos estudantes. Quando
eles dizem que querem estar preparados para o mundo do trabalho e
preparados para continuar os estudos ou realizar os seus projetos, é
óbvio que a escola precisa fazer isso, prepará-los para viver a vida
hoje e dar ferramentas para que eles continuem se desenvolvendo sempre.
Mas isso não se faz treinando para exame”, comentou, ao dizer que
formatos que fogem do tradicional podem garantir a aprendizagem dos
estudantes.
Conteúdos e currículo diversificado O novo formato de educação imaginado pelos jovens também precisa contar
com conteúdos diversificados. Eles reconhecem, por exemplo, a
importância da matemática, para os fazer aprender mais. Por outro lado,
quando pensam em uma escola que respeita individualidades, desejam que
ela os ajude a desenvolver habilidades de relacionamento e a conhecer
mais sobre política, cidadania e direitos humanos.
Para ter acesso a todos esses conteúdos, também dizem que algumas
disciplinas devem ser elegíveis e outras obrigatórias, propostas pela
escola. “O jovem quer diversificação, mas ele precisa do adulto para
organizar sua vida. Isso acontece especialmente na educação que a gente
tem hoje, em que não há um planejamento que o leve a ser autônomo”, diz
Ítalo Dutra, professor do Instituto Federal de Educação, Ciência e
Tecnologia de Brasília.
Conectar a educação a interesses tão diversos, segundo Dutra, é
factível mesmo com as dificuldades atuais da educação relacionadas à
infraestrutura e formação docente. “Experiências em São Paulo, no Rio
Grande do Sul e no Nordeste mostram que é possível atender a interesses
individuais. Partes do currículo são organizadas por projetos ou
temáticas e permitem a participação do estudante na construção da sua
trajetória”.
Atividades práticas e professor Críticos às aulas expositivas, em que são obrigados a adotar uma postura
passiva, os estudantes manifestam o desejo por aprender através de
métodos mais práticos e interativos. Para 36% dos participantes, a
escola que mais contribui para a aprendizagem é aquela que oferece
“atividades práticas e resolução de problemas”. Essa opinião é mais
forte especialmente entre os mais velhos, porque, como explica Antonio
Batista, coordenador de pesquisas do Cenpec (Centro de Estudos e
Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária), “a paciência vai
acabando (risos)”. Segundo ele, com o passar do tempo, existe um anseio
por maior responsabilidade e de fazer escolhas. “O jovem está
construindo sua identidade e quer saber sobre si. Quando está muito
descolado, como no caso de uma aula expositiva, extremamente teórica e
que não tem nenhuma relação com sua vida, ele acaba se afastando”.
Isso não significa que os conhecimentos do professor sejam ignorados.
Mesmo quando imaginam uma escola inovadora, apenas 14% dos jovens dizem
que gostariam de aprender apenas com os colegas ou ter um professor
como mediador. Para Batista, esse comportamento é natural. “A escola
atual é baseada em textos, estejam eles no computador, tablet ou no
quadro de giz e o professor sempre tem o papel de transmitir o
conhecimento necessário para sua compreensão. No Brasil, a figura do
professor é a que mais colabora para construir o ‘efeito escola’, pois
quanto maior é sua capacitação, melhores serão os resultados”.
Tecnologia Os jovens também trazem uma demanda forte pela inclusão da tecnologia
nas escolas. Eles lembram da tecnologia quando refletem sobre métodos
para aprender, recursos e conteúdos. A pesquisa mostra que eles querem
usá-la dentro e fora da sala de aula. Para a diretora do Instituto
Inspirare, isso reflete o desejo dos estudantes de conectar a escola com
a sua realidade, como se eles falassem: “eu vivo em um mundo digital e a
escola é analógica”, diz Anna. “Há uma dissociação muito profunda.
Quase como se os meninos, ao chegar na escola, entrassem em outro
universo. O que eles estão dizendo é: não dá para a escola se conectar
com o meu universo sem perder a sua função?”, avalia.
Eles falam dos projetos, das atividades artísticas e
esportivas, dos espaços que eles têm para fazer atividades fora da
escola e da tecnologia. Não são coisas estranhas, eles já experimentam
isso na escola. Talvez esse futuro esteja mais próximo do que imaginamos
Para quem pensa que a escola dos sonhos ainda está muito distante do
real, Anna lembra que muitas demandas apresentadas pelos jovens na
pesquisa já existem dentro das instituições, mas precisam ser
potencializadas e incorporadas no cotidiano escolar. “Eles falam dos
projetos, das atividades artísticas e esportivas, dos espaços que eles
têm para fazer atividades fora da escola e da tecnologia. Não são coisas
estranhas, eles já experimentam isso na escola. Talvez esse futuro
esteja mais próximo do que imaginamos. Se cada escola puder identificar e
potencializar o que está fazendo, que tem resultado e que pode gerar
engajamento entre os alunos, vai ficar mais fácil identificar como essa
mudança pode acontecer.”
O relatório completo da pesquisa, lançada nesta quinta-feira (22), pode ser consultado em porvir.org/nossaescola.
Na página, os interessados em ouvir seus alunos também podem acessar e
baixar o questionário da pesquisa. São parceiros de disseminação dos
resultados a Mova Filmes e a Inketa, que produziram vídeos e uma plataforma virtual para ampliar o acesso dos interessados aos dados da pesquisa.
Programa de governo - versão 1.0
Coligação “Mudar é Possível” - PSOL / PCB
Candidato a prefeito Marcelo Freixo- RJ
CULTURA
além dos espetáculos
Nos últimos anos, submetidos aos
interesses do mercado, muitos bairros tiveram sua vida cultural pausterizada,
perderam sua memória e se transformaram em territórios de gente que se estranha
quando, vez ou outra, se esbarra na esquina. A diversidade das ruas deu lugar
para a monotoniados shopping centers.
Queremos romper com esse modelo
de cidade que reduz o Rio a uma marca, um produto a ser comercializado. Concebemos os
bairros como espaços de encontros cotidianos que promovem a sociabilidade pela
diferença. Precisamos democratizar os meios de comunicação, incentivar a arte pública
e fortalecer os laços comunitários que dão aos moradores a sensação de pertencimento à cidade. Hoje muitos movimentos
urbanos do Rio de Janeiro ocupam as ruas com arte e alegria na luta contra o
processo de mercantilização do espaço público que está desfigurando nossa
cidade. É com eles que queremos pensar
uma nova política cultural para o Rio de Janeiro.
A concentração territorial dos
equipamentos culturais é um espelho das desigualdades urbanas do Rio.
Atualmente cerca de 72% das bibliotecas, arquivos, teatros, lonas, arenas,
cinemas, museus, centros culturais, pontos de cultura e pontos de leitura da
cidade, sejam públicos ou privados, estão localizados no eixo Centro-Zona
Sul-Grande Tijuca, onde vivem apenas 20% da população carioca. Isto é, a luta
por um Rio mais democrático passa também pela construção de uma nova política
cultural para a cidade.
A articulação das escolas com as
políticas públicas de cultura é decisiva. Essa integração entre cultura e educação pode ajudar a
ressignificar o espaço público e mudar a relação dos moradores com suas
comunidades. O nosso desafio é transformar as escolas em pólos de preservação
da memória dos bairros e promoção da cultura popular.
A cultura deve ser tratada como
prioridade estratégica, através de mecanismos permanentes que visem sua
consolidação como política de Estado. Hoje temos muita cultura de evento, mas
pouco evento cultural. E, assim, o processo de elitização da cultura se
intensificou. Segregação social e cultural caminham juntas. Cultura não é
sinônimo de espetáculo, mas, sim, um direito essencial para a democracia.
Prioridades e compromissos:
☼
Instituir um Plano Municipal de Cultura, garantindo a participação ampla,direta e descentralizada da
sociedade ao longo de todo o processo de elaboração e implantação;
▪ Democratizar a política de Cultura,
visando seu fortalecimento institucional, orçamentário e técnico, bem como sua
integração com as demais pastas e órgãos da prefeitura;
▪ Fortalecer o Conselho Municipal
de Cultura, dando-lhe estrutura e capacidade de avaliação, consulta e
deliberação sobre as políticas públicas de cultura;
Programa de governo - versão 1.0
Coligação “Mudar é Possível” - PSOL / PCB
▪ Efetivar o Fundo Municipal de
Cultura dentro de uma política de investimento na produção descentralizada de
arte independente, popular e tradicional, com a publicização dos critérios de
avaliação dos projetos antes das etapas de análise e pontuação, entrevista e contratação;
▪ Realizar um mapeamento
sociocultural de cada bairro da cidade, objetivando conhecer as diferentes
formas de expressão cultural de cada território e medir a influência dos
equipamentos culturais em funcionamento para desenvolver, junto com o Conselho
Municipal de Cultura, políticas de incentivo e fomento para a manutenção da
rede existente e a formação de novos equipamentos culturais (lonas culturais,
teatros, arenas, cineclubes, etc);
▪ Estabelecer metas, em acordo
com a estrutura orçamentária do município, para a progressiva ampliação do
numero de editais públicos com recursos municipais, aplicados de forma regionalizada,
com valores pequenos e médios, incentivando o pequeno produtor cultural;
▪ Criar o cargo de assistente
regional de produção cultural, vinculado à Secretaria Municipal de Cultura,
responsável por buscar coletivos artísticos e artistas de uma região
administrativa e auxiliálos a registrar projetos culturais de pequeno porte,
bem como oferecer cursos de formação e programas de assistência técnica;
▪ Promover cursos de formação e
programas de assistência técnica para artistas e agentes culturais que venham a
atuar em suas próprias comunidades, ocupando as ruas com música,
capoeira e teatro, os muros com
pintura e grafitte, as praças com rodas de leitura, contação de histórias e
oficinas literárias;
▪ Criar Pontos de Cultura,
distribuídos por todas as 33 regiõesadministrativas
da cidade, articulados com as escolas municipais de cada bairro, fortalecendo a
relação das escolas com
as comunidades;
▪ Criar Centros de Cultura e
Memória Popular vinculados às escolas municipais de cada região,
ressignificando a relação das escolas com as comunidades, recuperando a função
social de
imóveis tradicionais que marcaram
a história da cidade como importantes referenciais culturais e hoje se
encontram abandonados, desconfigurados ou subutilizados, dando prioridade aos
bairros populares do subúrbio;
• Os Centros de Cultura e Memória
Popular serviriam para ministrar oficinas, aulas e apresentações de música,
dança,teatro, cinema, fotografia e
artes plásticas, dentro de uma política de investimento na produção
descentralizada de arte independente, popular e tradicional, privilegiando os
artistas
locais e valorizando a história
de cada bairro;
Programa de governo - versão 1.0
Coligação “Mudar é Possível” - PSOL / PCB
▪ Articular a lonas culturais
municipais com as escolas municipais de cada região, integrando a política de
cultura com a política educacional do estado;
▪ Utilizar, fora dos horários de
aula, os espaços escolares no desenvolvimento de atividades culturais, desenvolvendo
um programa de integração entre educação e cultura em toda a rede
ensino do município, focado em
arte com educação e educação com arte;
▪ Estabelecer metas para a
progressiva implementação, em acordo com a estrutura orçamentária do município,
de um cineclube em cada escola municipal, realizando oficinas de formação e
garantindo a infraestrutura e dotação orçamentária necessária para que as
escolas possam viabilizar a
manutenção dos equipamentos e a aquisição de materiais e insumos, envolvendo os
animadores culturais na organização das atividades;
▪ Desenvolver nas escolas
municipais, junto com os pontos de cultura, uma política de ocupação cultural
das praças de cada bairro, que serviriam como espaços para promover atividades,
apresentações e oficinas
gratuitas ao ar livre;
▪ Iniciar um planejamento para
viabilizar uma política de meiaentrada por inteiro, sem reserva de vagas e
monopolização através das carteirinhas de entidades;
▪ Ampliar o horário de
funcionamento das bibliotecas municipais existentes e investir na construção de
bibliotecas municipais em todas as Áreas de Planejamento da cidade;
▪ Priorizar a realização de
saraus, festivais e concursos populares (música, teatro, dança, poesia, etc.),
privilegiando os artistas locais e valorizando a história de cada região da
cidade;
▪ Estabelecer metas, em acordo
com a estrutura orçamentária do município, para investir no aprimoramento da
infraestrutura técnica das lonas, anfiteatros e teatros existentes na cidade,
bem como na construção de novos espaços, começando pelos bairros com maior
demanda;
▪ Criar zonas livres para
graffite em todas os bairros da cidade;
▪ Implementar uma política de
incentivo fiscal para equipamentos (ex: câmeras) e instalações (ex: estúdios)
de audiovisual localizadas na cidade;
▪ Realizar audiências públicas
para deliberar com a sociedade civil os modelos que devem ser utilizados nos
editais de fomento à produção audiovisual, com os objetivos de privilegiar
critérios culturais sobre critérios comerciais, dar transparência aos
processos, desburocratizar o sistema, estimular o surgimento de novos talentos,
democratizar a produção e garantir a diversidade artística;
Programa de governo - versão 1.0
Coligação “Mudar é Possível” - PSOL / PCB
▪ Criar o Conselho Popular de
Gestão da Riofilme, de caráter paritário, com membros representantes da
sociedade civil indicados através da realização de fórum de cada segmento,
dando-lhe estrutura e capacidade de avaliação, consulta e deliberação sobre as
políticas públicas de audiovisual
da RioFilme, com objetivo de democratizar a gestão da empresa pública;
▪ Promover programas públicos de
capacitação técnica, qualificação profissional e formação especializada em audiovisual;
▪ Estabelecer metas para a progressiva
implementação, em acordo com a estrutura orçamentária do município, de salas de
cinema populares em todas as Áreas de Planejamento da cidade;
▪ Criar programas de incentivo
voltados para cineclubes localizados na cidade;
☼
Instituir um Plano Municipal de Democratização do Carnaval, garantindo a
participação ampla, direta e descentralizada da sociedade ao longo de todo o
processo de elaboração e implantação;
▪ Criar a Subsecretaria Municipal
do Carnaval, integrando sua estrutura diretamente à Secretaria Municipal de
Cultura, tendo como principais funções assumir a organização do desfile das
escolas de samba do Rio de Janeiro, privilegiando os valores culturais e
garantindo a correta gestão dos
recursos públicos destinados às agremiações, bem como assumir a organização do
carnaval de rua, privilegiando os valores culturais, promovendo a ocupação democrática
do espaço público durante o carnaval, e garantindo a
correta gestão dos recursos
públicos destinados aos blocos de rua;
▪ Recuperar o projeto original do
sambódromo, com reformas que garantam o fim das frisas (ou, pelo menos, de um
lado delas), transformando-as, como no projeto original, em uma grande “geral”,
com preços populares;
▪ Elaborar um sistema interativo
de comunicação para oferecer programas informativos (com aplicativos para
celular) que contem a história do carnaval do Rio e expliquem o espetáculo da Sapucaí em tempo real;
▪ Realizar audiências públicas
para debater com a sociedade civil os critérios que devem ser utilizados pela prefeitura
para a correta gestão dos recursos públicos destinados às agremiações
carnavalescas, apresentando a proposta de condicionar a subvenção pública às
escolas de samba à relevância cultural dos enredos, buscando a gestão
criteriosa de recursos para que as escolas não se tornem canais de propaganda:
caso uma agremiação opte por retratar uma marca comercial, propomos que a mesma
não receba verba pública, mas tenha garantido seu direito de desfilar
utilizando-se de verba privada;
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Coligação “Mudar é Possível” - PSOL / PCB
▪ Ampliar os investimentos nos
desfiles das escolas de samba dos grupos de acesso e das escolas de samba
mirins;
▪ Planejar medidas que visem a
preservação de grandes agremiações tradicionais do carnaval, responsáveis por
históricos desfiles de sambas, mas que perderam a força com o passar dos
anos;
▪ Realizar audiências públicas
para debater com a sociedade civil os critérios que devem ser utilizados pela
prefeitura para a correta gestão dos recursos públicos destinados às
agremiações carnavalescas,
apresentando a proposta de condicionar a subvenção pública aos blocos de rua à
relevância cultural dos enredos, buscando a gestão criteriosa de recursos para
que os blocos de rua não se
tornem canais de propaganda: caso um bloco opte por retratar uma marca
comercial, propomos que o mesmo não receba verba pública, mas tenha garantido
seu direito de desfilar utilizando-se de verba privada;
▪ Garantir a concorrência da
transmissão televisiva no Carnaval, com o fim da exclusividade na transmissão
televisiva e a garantia de que as Canais de Televisão Educativos possam a
transmitir o evento sem a necessidade de pagar pelos direitos; COMUNICAÇÃO
☼
Instituir um Plano Municipal de Democratização da Comunicação, garantindo a
participação ampla, direta e descentralizada da sociedade ao longo de todo o
processo de elaboração e implantação;
▪ Fomentar a comunicação como
ferramenta de democratização da gestão pública, garantindo a transparência na
gestão municipal e o acesso do cidadão a todas as informações necessárias para
o pleno exercício da cidadania;
▪ Integrar as ações e políticas
de comunicação às demais políticas públicas do município, de forma a constituir
arranjos que contribuam para o fortalecimento de políticas integradas;
▪ Contribuir para a ampliação da
pluralidade e diversidade das fontes disponíveis de informação na cidade;
▪ Fortalecer os instrumentos de
participação popular para definição, monitoramento e avaliação das políticas de
comunicação do poder público;
▪ Integrar os equipamentos de
comunicação e cultura com unidades básicas de saúde, escolas municipais,
bibliotecas públicas e outros equipamentos municipais, viabilizando políticas
integradas de desenvolvimento
local em todas as regiões da cidade;
▪ Capacitar agentes de
comunicação, como radialistas e monitores de telecentros, para que eles sejam
impulsionadores de processos de desenvolvimento local;
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▪ Estabelecer mecanismos
democráticos e transparentes para o investimento em publicidade oficial nos
meios de comunicação, buscando: a) tornar públicos os critérios de distribuição
das verbas e a execução orçamentária; b) evitar pressões indevidas tanto por
parte dos governos como por parte dos veículos; e c) garantir uma
distribuição de recursos que não
tome a medida de audiência como único critério, permitindo o investimento
também em pequenos veículos;
▪ Criar uma agência de notícias
da prefeitura ou instrumentos similares que permitam reunir notícias de todas
as áreas de governo, com distribuição eletrônica de boletim periódico;
▪ Implementar o Canal da
Cidadania (canal de televisão aberta municipal) promovendo a participação da
sociedade civil no planejamento do funcionamento do canal;
▪ Criar uma política de
divulgação e informação dos programas sociais da prefeitura que dialoguem com
os veículos comunitários ecom espaços públicos como escolas, associações de
bairro, etc;
▪ Contemplar a educomunicação e
leitura crítica da mídia nas escolas de ensino fundamental, estimulando a
prática transversal do tema nos espaços escolares;
▪ Incentivar e promover
experiências e projetos de educomunicação, em parceria com organizações da
sociedade civil,
direcionados à população local;
▪ Construir um programa de
formação em Educomunicação para os educadores das escolas municipais,
possibilitando o
conhecimento da metodologia e a
apreensão e utilização crítica dosconteúdos
midiáticos;
▪ Convocar, com a sociedade
civil, um Fórum Participativo de Acompanhamento das Políticas Locais de
Inclusão Digital, com funcionamento regular, criando canais legítimos e
públicos de
reflexão, consulta mútua e debate
que permitam a efetiva participação da sociedade na formulação de políticas
públicas vinculadas ao ambiente digital que atendam às demandas sociais pela
efetivação de direitos. Esses fóruns devem servir também para acompanhar a
implementação do PNBL;
▪ Estimular e promover iniciativas
voltadas para a Alfabetização Digital, incluindo escolas, Lan Houses e
programas de inclusão, possibilitando a apropriação e qualificação do uso da
rede;
▪ Apoiar as rádios comunitárias
no município, com a criação de um fundo para distribuição de verbas para
suporte à estruturação, apoio técnico, capacitação, investimento em
equipamentos e manutenção e funcionamento das mesmas;
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Coligação “Mudar é Possível” - PSOL / PCB
▪ Apoiar o processo de instalação
e desenvolvimento das rádios comunitárias no município, estabelecendo diálogos
com o Ministério das Comunicações e com as associações que pleiteiam serviço de
rádios comunitárias, especialmente no que se refere às questões técnicas do
processo de instalação;
▪ Desenvolver Plano Diretor
participativo de Radiodifusão Comunitária, definindo o estabelecimento de áreas
de execução no município;
▪ Revisar a destinação das verbas
publicitárias com vistas a garantir maior participação e pluralidade na
comunicação do município, destinando verbas publicitárias institucionais a
veículos de comunicação locais, sejam comerciais de pequeno porte ou alternativos
e populares, organizados por distintos grupos, como associações de moradores,
grupos de jovens, entidades comunitárias e coletivos de mulheres;
▪ Estabelecer uma política de
financiamento e apoio às mídias populares e alternativas, com editais públicos
premiando com recursos a mídias populares e editais de fomento à criação e
desenvolvimento de novos meios de
comunicação populares e alternativos, ampliando o potencial produtivo destes
públicos;
▪ Realizar periodicamente a
Conferência Municipal de Comunicação, espaço deliberativo para aprovação de
diretrizes para políticas de comunicação para o município e para a atuação do
conselho municipal de
comunicação. A periodicidade deve dialogar com o processo nacional de
realização da Conferência Nacional de Comunicação, que teve sua primeira edição
realizada em 2009;
▪ Constituir um Conselho
Municipal de Comunicação, com maioria de representantes da sociedade civil,
para formulação, implementação, fiscalização e monitoramento das políticas
municipais de comunicação;
▪ Criar Centrais Públicas de
Comunicação – ou pontos de mídia –, geridas por conselhos públicos, com
participação majoritária da sociedade civil local, que funcionem como espaços
para produção
cidadã e que estejam ligadas a
espaços de distribuição (veiculação ou circulação) dessa produção, tendo por
objetivo integrar os telecentros, rádios comunitárias, estruturas de produção
das escolas e centros educacionais, pontos de cultura e outros equipamentos
culturais do município; MEMÓRIA
☼
Instituir um Política Municipal de Memória e Verdade, garantindo a participação
ampla, direta e descentralizada da sociedade ao longo de todo o processo de
elaboração e implantação;
▪ Preservar os símbolos populares
e imóveis tradicionais que marcaram a história da cidade como importantes
referenciais culturais;
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Coligação “Mudar é Possível” - PSOL / PCB
▪ Transformar locais marcados
pelo legado autoritário da ditaduramilitar ou pelo legado racista e
colonialista da escravidão em espaços de memória (centros de cultura,
memoriais, etc);
▪ Alterar nomes de ruas e prédios
públicos que recordam pessoas, entidades e fatos relacionados ao legado
autoritário da ditaduramilitar
ou ao legado racista e
colonialista da escravidão;
▪ Ampliar os currículos
escolares, a fim de aprofundar o debate sobre o legado autoritário da
ditadura-militar e o legado racista e colonialista da escravidão na rede
municipal de ensino;
▪ Investir na formação dos
professores das escolas municipais como pesquisadores das histórias locais da
cidade;
▪ Criar a Comissão Municipal da
Verdade da Democracia, para recontar a história, preservar a memória, promover
justiça e reparação, assim como, indicar as reformas institucionais necessárias
para superar a atual cultura de violência institucional, focando em casos de
execução sumária, desaparecimento forçado e torturapraticados por agentes públicos desde 1988;
▪ Criar a Comissão Municipal da
Verdade, Memória e Justiça da Ditadura Militar, para recontar a história,
preservar a memória, promover justiça e reparação, assim como, indicar as
reformas institucionais necessárias para superar o legado autoritário da ditadura-militar;
▪ Criar a Comissão Municipal da
Verdade, Memória e Justiça da Escravidão, para recontar a história, preservar a
memória, promover justiça e reparação, assim como, indicar as reformas
institucionais necessárias para superar o legado racista e colonialista da escravidão;
▪ Rever as prioridades e
conceitos dos processos de resgate arqueológico em áreas que vêm sendo objeto
de grandes obras;
Candidato a prefeito Fernando Haddad - SP O que já fez/está fazendo
Circuito SPCine: Cinema de graça em 15 CEUs e 3 espaços culturais
Aumento em 44% de blocos nas periferias em relação a 2015
R$38,00 retornam para a cidade a cada R$1,00 investido pela Prefeitura no Carnaval
91% de aprovação do pública.
PROGRAMA DE CULTURA PARA A PRÓXIMA GESTÃO
Aumento significativo do orçamento para a Cultura: Alcançar e tentar
superar a meta historicamente reivindicada pelos artistas, produtores
culturais e fazedores de cultura da capital para a área.
Cultura é desenvolvimento: reconhecimento efetivo da cultura como
agenda estratégica e indispensável ao desenvolvimento econômico, social e
sustentável da cidade de São Paulo. Os agentes e grupos culturais e a
política cultural são forças primordiais de transformação positiva da
cidade de São Paulo.
Novo modelo de financiamento da política cultural: Criação de um
Fundo Patrimonial (Endowment Fund), em conjunto com educação, saúde e
esporte, arrecadando para a cultura recursos advindos de doações de
pessoas físicas.
Identidades e diversidade cultural: pares da formação de São Paulo.
Por seu próprio processo de formação histórica, a cidade de São Paulo
tem a diversidade como marca de sua sociedade e sua cultura.
Reconhecimento da diversidade cultural como o principal patrimônio e
legado da cidade de São Paulo e a afirmação de uma cultura do respeito e
de encontros e trocas acolhedoras entre as diversidades e identidades
étnicas, raciais, religiosas, nacionais, de gênero, de orientação
sexual, de idade, de territórios etc., assim como o veemente
enfrentamento de todas as formas de preconceito, discriminação e ódio.
São Paulo como cidade cosmopolita, diversa e acolhedora. Para o próximo
mandato, além de valorizar esta rica diversidade marcante na cidade, é
preciso ir além e enfrentar e erradicar preconceitos e culturas de ódio.
Para os próximos quatro anos, é preciso aprofundar a valorização da
diversidade e o combate à intolerância, reconhecendo os plenos direitos
da juventude pobre e majoritariamente negra, de migrantes, imigrantes,
povos indígenas urbanos e tantos outros grupos sociais e culturais
fundamentais da cidade. Suas expressões artísticas e culturais devem ter
ainda mais apoio. A gestão Haddad vai seguir fortalecendo a experiência
de democracia: a convivência cultural, religiosa e ideológica é um
pilar da gestão para os próximos quatro anos e a política cultural da
cidade irá atuar ainda mais neste campo.
Afirmação dos direitos culturais: Democratização das oportunidades
de acesso a bens e serviços culturais de qualidade e de livre
manifestação cultural para toda a população de São Paulo; zelar pela
aplicabilidade da Lei de Diretrizes de Base (LDB), de forma a assegurar
que 340 mil jovens em idade escolar e que estão fora do ensino médio na
Capital tenham direito ao acesso e à Cultura.
Transversalidade e intersetorialidade da Cultura: Intensificação das
sinergias entre as políticas de cultura e agendas estratégicas,
especialmente o tripé indissociável formado por educação, esporte e
cultura, junção preponderante para promover uma revolução cultural do
ensino. Buscar também a interseção com a comunicação, direitos humanos,
turismo e desenvolvimento urbano.
Cultura democrática, participativa e solidária: Intensificação dos
mecanismos e práticas de participação social, transparência e
accountability e intensificação de uso de critérios republicanos na
formulação e implementação das políticas públicas, assim como o estímulo
a práticas colaborativas e de economia solidária nas atividades
culturais e artísticas.
Experimentação, inovação e excelência: São Paulo como centro de
experimentação, inovação e excelência na produção cultural e referência
artística nacional e mundial.
Fortalecimento da economia da cultura: A gestão Haddad adotou
algumas das mais inovadoras políticas para a economia cultural. São
Paulo é um polo econômico e cultural da América Latina, e como toda
grande metrópole, pode continuar fortalecendo os hábitos culturais da
população e trazendo altos benefícios sociais e econômicos para a
cidade, distribuindo renda, trabalho e oportunidades para os que fazem
arte e cultura. É decisivo que as políticas públicas ampliem e
diversifiquem a economia desse setor, profissionalizem as relações de
trabalho e criem condições para que artistas, realizadores e fazedores
de cultura possam viver do seu trabalho. Para isso, é preciso apoiar
polos de formação e inovação, eventos de articulação e exportação da
cultura, criar incentivos para que São Paulo se consolide como porta de
entrada e saída da diversidade cultural brasileira, que é vocação de São
Paulo em relação ao Brasil e ao mundo.
Candidato a prefeito - João Paulo - Recife
O que já fez como prefeito da cidade do Recife.
Cultura
Criado o Carnaval
Multicultural do Recife, que se tornou referência no Brasil e no mundo. Houve um
investimento de 800% no apoio às agremiações. Foram R$ 12 milhões entre
2001 e 2008. João Paulo
sancionou a lei 53/2007 que isenta as agremiações e os clubes sociais de
tributos como IPTU, ISS e taxa de limpeza urbana. No São João, o
Recife passou a ter 5 arraiais e mais 12 polos comunitários. Depois de 7 anos
fechado, o teatro de Santa Isabel foi reformado e reaberto. Foram criados os festivais de dança e de teatro do Recife. Foi realizado concurso para músicos da Orquestra Sinfônica do Recife. Semana de Artes Visuais do Recife (SPA), em 2002. Mais: MAMAM,
Memória Luiz Gonzaga, Centro de Formação de Artes Visuais, Centro de
Documentação e Memória da Cultura Material, Centro de Formação, Museu de
Arte Popular, Centro de Design do Recife, Pesquisa e Memória Cultural
(Casa do Carnaval) e Memorial Chico Science. Foram criados cinemas populares nos teatros do Parque e Apolo As bibliotecas de
afogados e casa amarela foram reformadas e passaram a atender 40 mil
pessoas por ano. Criado o Concurso
de Música Carnavalesca Pernambucana e o Festival Recifense de
Literatura. Foi articulada a criação da Rádio Frei Caneca. João Paulo
articulou junto ao MINC para que o frevo se tornasse Patrimônio
Imaterial do Brasil. O Paço do Frevo foi projetado
Programa 2016
Mobilidade Urbana; Desenvolvimento Urbano; Morros;
Habitação; Saneamento; Segurança; Desenvolvimento Econômico, Trabalho e
Renda; Turismo; Cultura; Meio Ambiente e Sustentabilidade.
1. Estruturar programa de capacitação e qualificação do
trabalhador como ponto de apoio à formação para o emprego, mobilizando
as organizações sociais, o Sistema S – SESC, SEBRAE, SENAI, SENAC,
agentes públicos e privados.
2. Tratar o comércio ambulante como uma atividade econômica
relevante, criando uma política permanente de reordenamento do comércio
informal e de incentivo à formalização como microempreendedor individual
(MEI). 3. Reestruturar a política municipal de turismo para promover o
Recife como destino turístico importante no Nordeste. Valorizar os
atrativos locais e capacitar os recifenses e profissionais da cadeia
produtiva do Turismo. Recuperar áreas turísticas deterioradas;
identificar novos atrativos e fomentar roteiros, equipamentos, e
serviços turísticos, considerando as potencialidades dos bairros. 4. Atuar fortemente na implantação de políticas sociais
direcionadas à juventude nos bairros para ampliar o acesso de jovens de
15 a 17 anos à educação e formação profissional. Reestruturar os espaços
públicos de convivência, fortalecendo a política de cultura, esporte e
lazer. 5. Requalificar a iluminação pública com atenção especial às
áreas de maior vulnerabilidade e reforçar o sistema de
videomonitoramento municipal (Guarda, CTTU, SAMU, Defesa Civil)
integrado à estrutura de segurança do Estado. 6. Fortalecer a Guarda Municipal e resgatar a sua qualificação de
caráter cidadão. Assinar convênio com a Polícia Federal para
treinamento do efetivo e regulamentar, no âmbito do município, a
aplicação da Lei Federal 13.022/2014. 7. Recriar a política municipal de habitação e reestruturar o
programa Recife sem Palafitas, com prioridade à população residente em
áreas de risco, de conflitos e palafitas. Retomar a construção das obras
paradas no Recife. 8. Criar e implantar o Sistema Integrado e Permanente de Defesa
Civil do Recife, inspirado nos nossos programas Parceria e Guarda-Chuva,
adotando novas tecnologias para monitoramento preventivo e redução dos
pontos de risco. Realizar capacitação técnica, social e ambiental para,
em parceria com a população, promover as ações e obras necessárias à
segurança da vida das pessoas nos morros. 9. Defender a implantação no SEI da integração temporal em
qualquer parada, sem a necessidade do cidadão passar por um terminal
integrado. Atuar no Grande Recife Consórcio de Transportes para ampliar
os corredores exclusivos ou prioritários para o transporte coletivo. 10. Elaborar e colocar em funcionamento o Plano Municipal de
Mobilidade Urbana com prioridade ao transporte coletivo e aos segmentos
mais vulneráveis no uso das vias públicas (pedestres e ciclistas). Para
isso, discutir com os movimentos e organizações sociais e submeter à
aprovação da Câmara de Vereadores. 11. Manter e ampliar as infraestruturas cicláveis (ciclovias,
ciclorrotas, ciclofaixas e vias compartilhadas) de acordo com o Plano
Diretor Cicloviário na Região Metropolitana do Recife para promover o
uso de bicicletas em deslocamentos cotidianos da população. 12. Dar ao Instituto da Cidade a responsabilidade do planejamento
urbano do Recife numa perspectiva metropolitana, buscado fortalecer os
bairros que já tem vocação de centralidades, como Encruzilhada,
Afogados, Casa Amarela, Beberibe, Água Fria, Santo Antônio e São José. 13. Revisar o Plano Diretor da Cidade do Recife com abordagem
sustentável e urbanística que contemple a participação popular, a função
social da propriedade e o resgate da cidadania. 14. Discutir e implantar o marco regulatório do saneamento com
foco no abastecimento de água e resgatar a política municipal de
saneamento integrado. 15. Criar o Sistema Municipal de Cultura, assegurar o seu pleno
funcionamento e, em especial, cumprir o Plano Municipal de Cultura.
Retomar o Sistema de Incentivo à Cultura (SIC) com a realização de
editais anuais e dotação financeira de 1% do ISS priorizando recursos
para o Fundo Municipal de Cultura. 16. Restaurar o conceito e reestruturar o Carnaval Multicultural
do Recife, com polos temáticos no centro e polos descentralizados em
todas as regiões da cidade com programação que valorize a nossa
diversidade cultural, dando ênfase ao frevo e assegurando o acesso
gratuito dos foliões. Além de promover o equilíbrio na programação e
infraestrutura para apresentações entre chão e palco, valorizando o
carnaval de rua não camarotizado. 17. Garantir o funcionamento dos equipamentos culturais da cidade
buscando parceiros financeiros para viabilizar a restauração,
requalificação, manutenção, capacitação e programação cultural
permanente. 18. Recuperar e ampliar as áreas protegidas, incluindo as
Unidades de Conservação – UC’s e as Áreas de Proteção Permanente - APP’s
(matas ciliares, nascentes e aquíferos urbanos; encostas e topos de
morros e montes). 19. Criar uma política municipal de apoio à comercialização de
produtos orgânicos com o fortalecimento e estruturação das feiras
agroecológicas do Recife e incentivar a implantação de hortas
comunitárias em todas as RPAs do município. 20. Criar a Política Municipal de Resíduos Sólidos, com a
participação dos diversos setores sociais e dos catadores, priorizando a
ampliação da coleta seletiva e a democratização da cadeia comercial dos
resíduos recicláveis. Candidato a Prefeito - Jandira Feghalli - RJ CULTURA MUDA TUDO Para além de uma política setorial, a cultura é um eixo transversal que perpassa todo o programa de governo para a cidade do Rio de Janeiro. Uma visão da cidade em que, partindo da cultura, compreende a transversalidade da cultura com as questões de gênero, da educação, saúde, mobilidade urbana, ocupação e valorização da convivência nos espaços públicos, integração dos territórios, oportunidade de geração de emprego e renda para a juventude e ação efetiva nas comunidades para o enfrentamento da violência. Estes são alguns dos temas e políticas públicas com os quais a cultura se relaciona de forma direta, e que orientam uma concepção de programa. Cultura como Direito à Cidade. Cultura do Bem Comum. O Mandato de Jandira Feghali na Câmara dos Deputados tem sido um dos mais importantes espaços de defesa e formulação de políticas públicas de cultura e de impulso a uma agenda legislativa da Cultura no Brasil. Jandira foi presidente da Frente Parlamentar Mista de Cultura do Congresso Nacional, criou e presidiu a Comissão de Cultura da Câmara dos Deputados, foi autora da Lei que instituiu a Política Nacional de Cultura Viva, aprovada e sancionada em 2014, transformando os Pontos de Cultura em Política de Estado e desburocratizando os procedimentos de repasse de recursos e prestação de contas. Teve atuação destacada na relatoria da PEC da Música, na tramitação do ‘ProCultura’ e na reforma da legislação relativa aos direitos autorais. É a parlamentar mais ativa do Brasil no campo das políticas culturais. Como Secretária de Cultura da Cidade do Rio de Janeiro, Jandira estabeleceu as bases para o Sistema Municipal de Cultura, realizando a Primeira Conferência e instituindo o Conselho Municipal de Cultura. Enfrentou a monopolização dos teatros públicos da cidade, estabelecendo um modelo de ocupações através de editais e residências artísticas. Potencializou o Centro Coreográfico, criou o Centro de Referência da Música Carioca e o Centro Carioca de Design e potencializou as vocações dos centros culturais do município. Estabeleceu um novo modelo de gestão para o patrimônio cultural da cidade. Celebrou o convênio que possibilitou a criação da Rede Carioca de Pontos de Cultura. Realizou o Viradão Carioca e transformou a Lapa em uma área de convivência nos finais de semana, em uma ação integrada que privilegiou a ocupação cultural do espaço público. Revitalizou e ampliou as lonas culturais e efetivou a desapropriação do cinema Imperator, devolvendo este espaço cultural à população do Meier, atendendo a um anseio dos moradores do bairro. 2.3.1. PROPOSTAS: Cultura e Territórios: Promover e potencializar a ação cultural já desenvolvida nas comunidades e territórios da cidade do Rio de Janeiro, ampliando o fomento às ações locais de cultura, estimulando os empreendimentos e a economia da cultura nas comunidades. Ampliar a rede de pontos de cultura e o fomento direto às iniciativas culturais de base comunitária. Diversidade Cultural: Fomento e valorização das expressões culturais afro-brasileiras , vocacionando o papel do Instituto Eixo Rio para esta finalidade. Cultura Urbana, Cultura Popular, Cultura LGBT, fortalecimento de políticas públicas para os segmentos da diversidade cultural. Políticas para as Artes: Consolidar a lei de Fomento à Cultura Carioca, ampliando os editais anuais para as diferentes linguagens artísticas, com destinação orçamentária especifica e processos de consulta aos segmentos. Criação, a partir dos equipamentos culturais do município, de espaços de formação, reflexão e experimentação para as diferentes linguagens artísticas, a exemplo dos centros de Dança, Música e Design. Artes Públicas: Regulamentação da Lei do Artista de Rua e linha de Fomento Direto às Artes Públicas, à ocupação cultural de espaços públicos, cultura circense, Teatro de Rua, etc. Políticas para o Audiovisual: Redefinição do papel da ‘RioFilmes’ como fomentadora de novos(as)realizadores(as) no campo audiovisual, sem perder o seu papel como distribuidora. Fomento ao “Cineclubismo” e a uma rede de salas de cinema nas comunidades e territórios da Cidade, a exemplo da SPCine. Economia da Cultura: Mensurar e fomentar o papel da Cadeia produtiva da Cultura no desenvolvimento econômico da cidade, compreendendo desde a economia de base comunitária até a indústria cultural, passando pelo papel do carnaval, da publicidade e dos grandes eventos no fomento à economia da cidade, geração de emprego e Renda 2.3.2. PROPOSTAS ESPECÍFICAS: • Transformar o atual Instituto Eixo-Rio em um espaço de fomento à Cultura afro e das periferias. Sem perder sua origem para as culturas Urbanas (Hip-hop, Grafitti, Rodas de Samba e Funk). • Na escolha dos quadros das Subprefeituras, promover a criação de uma assessoria de Cultura Comunitária. Compreendendo, que muitos empreendedores locais desta cidade não conseguem chegar ao prédio central da Prefeitura do Rio. A assessoria de Cultura Comunitária pode ser um articulador local de várias políticas públicas de cultura além de um mapeamento constante das ações culturais nos territórios. • Ampliação das políticas de Saúde e Cultura estendendo a todas as unidades de saúde oficializando o programa de Doutores da Alegria, Capoeira e Saúde, programas com a Terceira Idade, etc. • IPTU da Cultura: programa de incentivo àCultura com renúncia do IPTU. • Ampliar o Programa de Ações Locais, ampliando o controle social das iniciativas pelos territórios. • Minha Sede Minha Vida, apoiar as Sede de Grupos, projetos, Pontos de Cultura e outros coletivos culturais. • Ampliar os centros culturais Municipais com a criação de espaços para ocupação de cineclubes. • Modernização das Bibliotecas regionais e criação de 3 caminhões Bibliotecas(semelhantes aos do SESI) para circularem as APs: 3, 4 e 5 e assim possibilitarem uma ampliação geométrica no raio de cobertura da coordenação de leitura e conhecimento. • Revitalização do programa Palco Sobre Rodas e reocupar os espaços públicos com cultura e não polícia. • Criação de um Polo de Cinema e vídeo de Baixo Orçamento na Zona Oeste. • Compra de produção da Cidade para a Grade da Multi-Rio - TV Escola. • Programa de desenvolvimento e inclusão do Carnaval no âmbito da Secretaria de Cultura 2.3.3 TRANSVERSALIDADES: • Consolidação da SEPPIR com verba e atuação concreta • Criação de Memorial na Praça Mauá de João Cândido e Mães Baianas (URBAN 2001) • Transformação do Centro Cultural José Bonifácio em Centro de Referência e memória da Cultura Negra como previsto no plano de revitalização da área Porto do Rio (Biblioteca, Museu, Centro de artes, e outros) • Incentivo à campanha pela democratização da mídia como um dos mecanismos de combate à reprodução da opressão e discriminação das mulheres, e de sua valorização. • Estímulo às expressões culturais e artísticas não sexistas.