Muitos que lerão os artigos abaixo sobre o filme “Pobres Diabos”, deverão se lembrar dos circos da infância. Quem for mais velho pode ter tido contato com um circo mais lúdico infantil e romântico, a depender da época em que foi criança, até meados da década de 1970, especialmente quem morou em pequenas cidades e nos subúrbios ou periferias das grandes cidades.
Porém com a concorrência
cada vez maior da televisão, os circos foram buscando dois caminhos de
sobrevivência, os “pé duros” ou circos pequenos e médios, enveredaram pela incorporação
de padrões oriundos da cultura de massa,
principalmente da televisão, isso para conseguir atrair público, o qual foi
diminuindo com o tempo.
Da mesma maneira, para atrair público, os circos “hich-tech” , os de maior estrutura,
foram enveredando por um padrão empresarial, com uma forte utilização da
tecnologia.
Dessa maneira, a arte do circo continua existindo, mas muito
do espirito lúdico infantil e romântico não
conseguiu se manter, o que reflete o ambiente capitalista selvagem em que
vivemos, ambiente do qual nem mesmo a religião consegue escapar.
No entanto, a despeito disso, canções e filmes tem trazido essa
memória de um tempo mais “delicado” do circo.
Da mesma maneira, as iniciativas socioculturais que utilizam a arte circense, mantém viva muitos traços dessa memória, não
apenas as que tem as artes circenses como a linguagem
central, mas também como no caso das oficinas culturais do Ponto de Cultura
Juventude e Cidadania, cuja oficina de teatro no período em que ficou sob a
coordenação do professor Eduardo Freitas, utilizou as artes circenses como um dos
referenciais metodológicos, o que fez um
grande sucesso no meio da garotada.
As músicas, o cinema e as metodologias de arte-educação que
se utilizam o que melhor o circo nos legou, com certeza faz o que está
descrito na canção “Tempo da Delicadeza”, de Chico Buarque.
“Pretendo descobrir
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.”
Além do filme “Pobres diabos”, em exibição neste momento, tivemos
a pouco tempo atrás, outro filme bem legal “Jonas e o circo sem lona”, com uma abordagem que dialoga com questões abordadas no "Pobres diabos".
Lembrando um filme clássico brasileiro que também faz aproximações com "Pobres diabos", temos o "Bye, Bye
Brasil".
Outro grande filme brasileiro que tem o circo como um elemento central da trama
é “Saltimbancos Trapalhões”.Da mesma maneira, suas canções fazem parte do que
temos de melhor em produção musical. Dentre estas, destacamos “Piruetas”.
E por último, nessa rápida lista, temos o "Palhaço" de Selton Melo.
No último momento
Um tempo que refaz o que desfez
Que recolhe todo sentimento
E bota no corpo uma outra vez.”
Outro grande filme brasileiro que tem o circo como um elemento central da trama é “Saltimbancos Trapalhões”.Da mesma maneira, suas canções fazem parte do que temos de melhor em produção musical. Dentre estas, destacamos “Piruetas”.
E por último, nessa rápida lista, temos o "Palhaço" de Selton Melo.
Em termos de outras canções de sucesso da MPB, temos “O Circo” da autoria de Sidney Miller, além de outras que constam nas play lists abaixo.
O circo
Canções que abordam o universo do circo e de seus artistas, como malabaristas, palhaços, acrobatas, monociclistas e contorcionistas.
Hoje é o Dia do Circo! E para comemorar, listamos alguns clipes com o tema
Filme de Rosemberg Cariry traz no elenco os atores Chico Diaz, Sílvia Buarque e Gero Camilo, membros de uma companhia mambembe que dribla a pobreza para levar arte ao povo
Longa 'Os Pobres Diabos' homenageia a tríade circo, cordel e sertão
por Xandra Stefanel, especial para RBA publicado 06/07/2017 17h36, última modificação 06/07/2017 18h1.
Fonte: Portal Rede Brasil Atual.
Fotos: Divulgação
Apesar da pobreza, a trupe trabalha para dividir com o povo a beleza artística e a tradição circense
A trupe do Gran Circo Teatro Americano chega ao
descampado relativamente longe da cidadezinha de Aracati, no litoral do
Ceará. Na bagagem, há uma cabra, uma galinha, alguns gatos e a
esperança de que talvez ali o grupo consiga levar a arte circense para
um bom público. Lona rasgada, o vestuário simples, estrutura precária,
pagamento escasso e falta de comida são alguns dos entraves do dia a dia
dos artistas, personagens do longa-metragem Os Pobres Diabos, que estreia nesta quinta-feira (6) nos cinemas.
Com direção de Rosemberg Cariry, o filme faz uma
singela homenagem à arte circense, à literatura de cordel e à vida
sertaneja. O elenco composto por Chico Diaz, Sílvia Buarque, Everaldo
Pontes, Gero Camilo, Zezita Matos e Sâmia Bittencourt tem trama marcada
por um ritmo que lembra o da literatura de cordel. Este gênero é
homenageado com rimas e encenações no picadeiro e fora dele.
Uma das peças apresentadas pela trupe é uma espécie
de auto sobre uma cômica relação entre o cangaceiro Lampião e Satanás. E
esta não é a única referência bíblica do filme: na cena mais
emblemática do longa, a trupe recém-chegada à cidade de Aracati se reúne
em uma longa mesa para dividir a tapioca e o café, em uma clara alusão à
Santa Ceia. Antes de começar a refeição, o dono do circo lamenta: “Hoje
nós temos o que comer, meus queridos. Amanhã, não sabemos”. Na verdade,
Os Pobres Diabos parece ser uma fábula sobre a luta pela
sobrevivência por meio da arte, ainda mais difícil para os artistas
pobres e periféricos.
A batalha deles é contra a própria miséria, mas
também contra a pobreza do povo, sem dinheiro para apreciar atrações
culturais pagas e muitas vezes sem paciência para um circo que não
conseguiu acompanhar as mudanças tecnológicas atuais. Apesar de tudo,
todos ali trabalham para dividir com o povo a beleza artística e a
tradição circense.
Mesmo
com um ritmo inusitado e alguns lugares comuns, a trama é cheia de bons
momentos, especialmente no que se refere à fotografia de Petrus Cariry,
que mostra a beleza dura e ao mesmo tempo alegre do Nordeste. Segundo a
divulgação do filme, Rosemberg não tinha a intenção de “revelar um
universo fechado ou pitoresco da cultura nordestina, por perceber que
muitas vezes isso pode resvalar para estereótipos e clivagens muito
próximas do preconceito”. O diretor afirma que “a discussão sobre o
significado de cultura e especificidade cultural é um desafio para o
qual devemos estar sempre atentos. Nesse sentido, como artistas de
circo, os personagens têm em comum a característica de viajantes e
nômades: com o passar do tempo, eles vão adquirindo características de
tantos lugares por onde passaram e/ou viveram, que já não é possível
identificar de onde eles vieram, ou que lugar ou cultura representam.
Esta decisão está refletida na escolha que fizemos dos atores e atrizes
de Os Pobres Diabos, vindos de várias regiões do país”.
Chico Diaz, que na vida real é casado com a atriz
Sílvia Buarque (da qual é amante na trama), ressaltou o prazer de poder
trabalhar em família em um longa independente. “Poder trabalhar em um
ambiente autoral e regional é um privilégio, ainda mais nos dias que
correm, onde a voz única de mercado e de superfície condenam qualquer
voz dissonante. Poder trabalhar em um tema que versa sobre a condição do
artista, ambientado em um pequeno circo onde glória, amor, poder e arte
se misturam é uma sorte. Poder trabalhar em família é uma bênção. A
minha, a do Rosemberg, a do circo. Devemos muito à família circense
reunida.”
Direção: Rosemberg Cariry
Elenco: Chico Diaz, Sílvia Buarque, Everaldo Pontes, Gero Camilo, Zezita Matos, Sâmia Bittencourt, Nanego Lira, Georgina de Castro, Reginaldo Batista Ferro, Letícia Sousa Perna e Sávio Ygor Ramos
Produção executiva: Bárbara Cariry
Direção de produção: Teta Maia
Roteiro: Rosemberg Cariry
Fotografia: Petrus Cariry
Montagem: Rosemberg Cariry e Petrus Cariry
Som: Yures Viana e Érico Paiva (Sapão)
Desenho sonoro e mixagem: Érico Paiva (Sapão)
Direção de arte e figurino: Sérgio Silveira
Cenografia: Sérgio Chaves
Trilha sonora original: Herlon Robson
Participação musical especial: Son da Madera (México)
Coordenação de Produção: Willa Lima
Assistente de direção: Frazão
Elenco: Chico Diaz, Sílvia Buarque, Everaldo Pontes, Gero Camilo, Zezita Matos, Sâmia Bittencourt, Nanego Lira, Georgina de Castro, Reginaldo Batista Ferro, Letícia Sousa Perna e Sávio Ygor Ramos
Produção executiva: Bárbara Cariry
Direção de produção: Teta Maia
Roteiro: Rosemberg Cariry
Fotografia: Petrus Cariry
Montagem: Rosemberg Cariry e Petrus Cariry
Som: Yures Viana e Érico Paiva (Sapão)
Desenho sonoro e mixagem: Érico Paiva (Sapão)
Direção de arte e figurino: Sérgio Silveira
Cenografia: Sérgio Chaves
Trilha sonora original: Herlon Robson
Participação musical especial: Son da Madera (México)
Coordenação de Produção: Willa Lima
Assistente de direção: Frazão
Com delicadeza, "Os Pobres
Diabos" alude tragédia de se fazer arte no Brasil
Por Reinaldo Glioche | 05/07/2017 12:42
Longa de Rosemberg Cariry observa
rotina de trupe de um circo que roda o interior nordestino para levar arte e
graça às pessoas - e sobreviver disso.
Falar de arte talvez seja tanto uma
sina como uma obsessão do artista. O escritor, poeta, jornalista e cineasta Rosemberg Cariry , uma
das figuras mais proeminentes na regionalização do cinema brasileiro, o faz com
delicadeza e beleza em “Os Pobres Diabos”, que estreia nesta quinta-feira (6)
nos cinemas brasileiros.
O filme mostra a rotina da companhia
mambembe do Grand Circo Teatro Americano que perambula por pequenas cidades do
interior nordestino até armar a tenda em Aracati, no litoral do Ceará. Os pobres diabos do título são os artistas
deste circo que vivem com o mínimo e parecem tirar força única e exclusivamente
de sua arte consubstanciando a máxima “o show deve continuar”.
A grande questão que a trupe se depara
ao armar a tenda em um metafórico ambiente desértico é que a comunidade local é
tão pobre quanto eles, o que estabelece a problemática da qual o filme trata
sutilmente. Em um ambiente de fragrante e desestabilizadores indicadores
sociais, quem se importaria com a arte, a cultura, o circo?
Ainda que por um viés lúdico, é esse o
eixo central do filme de Cariry. Que gradativamente vai se deixando permear
pelas angústias dos personagens principais – e uma das belezas do filme é que
são todos, de alguma maneira, personagens principais dessa história – para
entregar um final agridoce, condoído em sua verdade inegável, mas fortalecido
justamente por ela. A verdade em questão é a que os olhos veem, mas também a
que acalenta a alma.
O elenco é peça vital dessa engrenagem
lírica. Chico Diaz faz um palhaço mulherengo extremamente protetor do único
patrimônio que tem, uma galinha; Gero Camilo, por sua vez, tem uma cabra, uma
filha que não é sua e uma mulher, vivida por Silvia Buarque , de quem desconfia
que lhe é infiel. Esse núcleo, onde Cariry permite um humor mais farsesco, é o
que aproxima o público dos personagens.
A ponderação sobre o valor da arte – e
por consequência da valoração do artista – é uma das camadas mais interessantes
de “Os Pobres Diabos”, mas o filme cativa também pela afetuosidade que move os
personagens e, nesse sentido, se mostra um filme muito feliz nas convenções de
um gênero tão difícil de se acertar como o é o do filme de grupo.
Link deste artigo: http://gente.ig.com.br/cultura/2017-07-05/os-pobres-diabos-critica.html
Fonte: Gente - iG @
http://gente.ig.com.br/cultura/2017-07-05/os-pobres-diabos-critica.
Em entrevista ao iG, atriz recorda clima afetuoso
que marcou as filmagens de longa que aborda os sabores e dissabores de fazer
arte no Brasil
É uma
experiência bastante singular conversar com Silvia Buarque. Em parte porque o
pedigree artístico é elevado – a atriz é filha dos titãs da cultura brasileira
Marieta Severo e Chico Buarque – em parte porque o entusiasmo dela ao falar de “Os
Pobres Diabos” , filme que estreia nesta quinta-feira (6) no País, é
contagiante.
O
lançamento do filme, quase cinco anos após as gravações, provoca em Silvia
Buarque os mais tenros sentimentos. Não é para menos. É uma oportunidade de
trabalhar com seu marido Chico Diaz – no filme eles são amantes – de falar
sobre a arte e o artista, “tão desvalorizados no Brasil”, e de reencontrar
amigos que compartilharam do amor a um projeto também tão singular.
“Eu vi no Ceará. Vi com um distanciamento e curti.
Ri comigo mesma”, confessa a atriz que nesta semana teve uma agitada agenda de
divulgação do filme e achou um tempinho para bater um papo com a reportagem do iG
. Os quase cinco anos entre as gravações em Aracati, em condições não
exatamente análogas às dos personagens do filme – uma trupe mambembe que roda o
Nordeste – mas precárias como a de uma produção essencialmente de guerrilha,
fizeram bem a relação de Silvia com o filme. “Me diverti com o mau humor dela”,
explica Silvia que se define como uma pessoa não muito otimista. Com o avanço
do papo ela reveria essa definição de si mesma.
Em “Os
Pobres Diabos”, ela é Creuza. Aficionada por novelas, ela se ressente da vida
que leva. “Eu a vejo como uma impostora”, analisa a atriz que admite o receio
que teve quando Rosemberg Cariry – a quem conheceu por meio do marido –
a convidou para o papel. “É uma mulher nordestina, vulgar”, contextualiza. “Não
é algo que você pensa diretamente em mim. Isso me envaideceu e amedrontou, mas
eu mergulhei”.
Afeto
“Rosemberg é dessas pessoas que você não nega
nada”, observa a atriz. Ela conta que o clima de afetuosidade que testemunhamos
na tela – há atritos, mas eles se apequenam em face de uma solidariedade
pulsante entre os integrantes daquele circo – é eco do experimentado entre os
atores e equipe de produção do lado de fora. Justamente por isso, não
raro o elenco se via trabalhando para além das 12 horas protocolares. Essa
verdade, perene, se verifica também na iminência do lançamento do filme. Atores
hospedando colegas de elenco, outros pagando do próprio bolso para ir à
pré-estreias;pequenos gestos que atestam esse afeto para além do circunstancial.
Mas além
do afeto, que característica deste filme mais te atinge? “A honestidade”,
responde sem pestanejar a atriz. Que ainda se derrete pelo final. “foi
filmado pela manhã, melancolicamente e nós estávamos exaustos”, observa antes
de externar uma preocupação com eventuais spoilers. O entusiasmo dela move a
conversa. “Eu tenho a pretensão com esse filme de se ter um olhar com mais
ternura”, retruca a reportagem quando indagada se desconfiava que o público
poderia perceber o comentário a respeito da desvalorização do artista.
Afeto,
honestidade, melancolia e beleza rimam com o entusiasmo de Silvia. Ela já se
prepara para um novo filme com Chico. O longa se chama “Montanha-Russa” e deve
começar a ser gravado entre outubro e novembro. Nele, eles viverão um casal em
crise. Nada mais distante da lua de mel de Silvia Buarque com “Os Pobres
Diabos”, filme tão querido que tem até uma ponta de sua filha. A atriz se
despede do repórter e o entusiasmo não é mais só dela.
Link
deste artigo: http://gente.ig.com.br/cultura/2017-07-06/silvia-buarque-entrevista.html
Longa de Rosemberg Cariry observa rotina de trupe de um circo que roda o interior nordestino para levar arte e graça às pessoas - e sobreviver disso
Falar
de arte talvez seja tanto uma sina como uma obsessão do artista. O
escritor, poeta, jornalista e cineasta Rosemberg Cariry
, uma das figuras mais proeminentes na regionalização do cinema
brasileiro, o faz com delicadeza e beleza em “Os Pobres Diabos”, que
estreia nesta quinta-feira (6) nos cinemas brasileiros.
Leia também: "Homem-Aranha: De Volta ao Lar" é o melhor filme do herói até agora
Ainda que por um viés lúdico, é esse o eixo central do filme de Cariry. Que gradativamente vai se deixando permear pelas angústias dos personagens principais – e uma das belezas do filme é que são todos, de alguma maneira, personagens principais dessa história – para entregar um final agridoce, condoído em sua verdade inegável, mas fortalecido justamente por ela. A verdade em questão é a que os olhos veem, mas também a que acalenta a alma.
A ponderação sobre o valor da arte – e por consequência da valoração do artista – é uma das camadas mais interessantes de “Os Pobres Diabos”, mas o filme cativa também pela afetuosidade que move os personagens e, nesse sentido, se mostra um filme muito feliz nas convenções de um gênero tão difícil de se acertar como o é o do filme de grupo.
Leia também: "Homem-Aranha: De Volta ao Lar" é o melhor filme do herói até agora
O filme mostra a rotina da
companhia mambembe do Grand Circo Teatro Americano que perambula por
pequenas cidades do interior nordestino até armar a tenda em Aracati, no
litoral do Ceará. Os pobres diabos
do título são os artistas deste circo que vivem com o mínimo e parecem
tirar força única e exclusivamente de sua arte consubstanciando a máxima
“o show deve continuar”.
A grande questão que a trupe se depara ao
armar a tenda em um metafórico ambiente desértico é que a comunidade
local é tão pobre quanto eles, o que estabelece a problemática da qual o
filme trata sutilmente. Em um ambiente de fragrante e
desestabilizadores indicadores sociais, quem se importaria com a arte, a
cultura, o circo?Ainda que por um viés lúdico, é esse o eixo central do filme de Cariry. Que gradativamente vai se deixando permear pelas angústias dos personagens principais – e uma das belezas do filme é que são todos, de alguma maneira, personagens principais dessa história – para entregar um final agridoce, condoído em sua verdade inegável, mas fortalecido justamente por ela. A verdade em questão é a que os olhos veem, mas também a que acalenta a alma.
O elenco é peça vital dessa engrenagem lírica. Chico Diaz
faz um palhaço mulherengo extremamente protetor do único patrimônio que
tem, uma galinha; Gero Camilo, por sua vez, tem uma cabra, uma filha
que não é sua e uma mulher, vivida por Silvia Buarque
, de quem desconfia que lhe é infiel. Esse núcleo, onde Cariry permite
um humor mais farsesco, é o que aproxima o público dos personagens.
A ponderação sobre o valor da arte – e por consequência da valoração do artista – é uma das camadas mais interessantes de “Os Pobres Diabos”, mas o filme cativa também pela afetuosidade que move os personagens e, nesse sentido, se mostra um filme muito feliz nas convenções de um gênero tão difícil de se acertar como o é o do filme de grupo.
Link deste artigo:
http://gente.ig.com.br/cultura/2017-07-05/os-pobres-diabos-critica.html
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