quinta-feira, 12 de julho de 2018

Eleições 2018 - Desafios e perspectivas. Cebi irá debater a conjuntura politica e as eleições 2018 nesse domingo, 15

O Centro Ecumênico de Estudos Bíblicos (Cebi) reúne nesse domingo, 15, às 9h, os membros da sua escola bíblica e parceiros, para análise de conjuntura e do quadro político das eleições 2018.

A intenção é perceber diante do quadro de recessão, crise política e econômica, conservadorismo e ataque a direitos e a grupos de gênero,  quais os caminhos possíveis para reverter essa realidade com as opções de pré-candidaturas postas em Sergipe e no Brasil.

O Cebi entende que na eleição, deve-se buscar optar por projetos politicos que viabilizem ações voltadas para justiça social e igualdade de oportunidades para os pobres do Brasil. Para isso,  fazer análises coletivas é um caminho para deixar o quadro político mais claro.

O evento terá assessoria do professor de filosofia Romero Venâncio, da Universidade Federal de Setgipe (UFS) e acontecerá na Comunidade Bom Pastor, no bairro Santos Dumont na zona norte de Aracaju.

Participam ainda as Comunidades Eclesiais de Base (Cebs), a Comunidade Bom Pastor, a Pastoral da Juventude e a ONG Ação Cultural. 

Contatos: Irene Smith (79) 99836-1944 
A comunidade bom pastor está localizada próximo ao Terminal Rodoviário da Av. Maracaju no bairro Stos. Dumont. Segue a rua que passa em frente ao Terminal Maracaju (Rua São Francisco) , sentido bairros  Soledade, Lamarão e Conj. João Alves, ao passar pela frente do Terminal, entrar na segunda rua a direita após o mesmo, na esquina desta segunda rua tem uma  Igreja Adventista. Esta rua é a Efrem Fernandes Fontes, no numero 65 está localizado a comunidade bom pastor, que fica localizada a 400 metros da Igreja Adventista. 
 Solicita-se preferencialmente a quem for,  que leve uma comida preparada para partilhar no almoço comunitário. Outra opção e almoçar em restaurante próximo ou ir para casa e retornar, pois a pretensão e se estender ate às16 h30.
 Entrada franca e aberta a todxs.

 


 "O Grito" - Edvard Munch, 1893. 

DEPRESSÃO BRASILEIRA 
Frei Betto


       Depressão é termo polivalente. Aplica-se ao desnível da estrada e à crise econômica. Outrora a medicina a denominava melancolia. Estado de desalento, desânimo, desesperança.

       Eis o clima do Brasil hoje. “Numa terra radiosa vive um povo triste”, escreveu Paulo Prado em “Retrato do Brasil”. Não é para menos. O desemprego atinge quase 14 milhões de pessoas; a reforma trabalhista de Temer retirou direitos conquistados; o pré-sal é vendido a estrangeiros; o PIB recua; a violência urbana e rural se acentua; o assassinato da vereadora Marielle Franco prossegue sem elucidação; mais de 60% dos jovens gostariam de deixar o país; a seleção brasileira de futebol é derrotada na Copa; o presidente mais impopular da história do país ocupa o Planalto, e o mais popular, a prisão.

       Hipócrates diria que os brasileiros se dividem hoje entre coléricos e melancólicos. As redes digitais propagam todo tipo de ódio e preconceito, enquanto as farmácias  proliferam em cada esquina e faturam alto com a venda de Prozac e similares.

       Max Weber definiu modernidade como “desencantamento do mundo”. E nós, desencantados com o Brasil? Essa baixa autoestima explica o índice recorde de votos brancos e nulos nas próximas eleições: um em cada quatro eleitores assim se posicionam (Datafolha, junho).
       
       Difícil deixar o pessimismo para dias melhores. O panorama visto da ponte não inspira confiança de nos levar ao futuro, e há indícios de retrocessos (“Intervenção militar já!”). A riqueza mundial se afunila sobre a horda de miseráveis; 68,5 milhões de pessoas se deslocam pelo mundo em busca de um pouso acolhedor; a democracia dos EUA submerge aos humores imprevisíveis de um presidente xenófobo e racista.
       
       Freud define a melancolia como luto patológico advindo da perda de um objeto que, em última instância, é o próprio eu. A pátria brasileira perdeu a identidade? Onde está ela? No bico de uma chuteira? No crescimento do PIB? Na cegueira da Justiça perante a corrupção?
       
      O fator identitário é essencial à autoestima. Tanto de uma pessoa quanto de uma nação. Na esfera pessoal, muitos o buscam na religião, no êxito profissional, no apego ao cargo que ocupam. Na social, na confiança de que há empenho do governo na redução da desigualdade social, na melhora da economia, na inclusão dos que se encontram na miséria e na pobreza.
       
       As tradições espirituais comprovam que duas vertentes se entrelaçam na vida daqueles que são exemplos de forte autoestima: imprimir à existência um sentido altruísta e perseguir um projeto coletivo de justiça e paz. São pessoas que abandonaram a zona de conforto e entregaram suas vidas para que outros tivessem vida. São multidão. A maioria, anônima. E poucos conhecidos: Jesus, Francisco de Assis, Gandhi, Luther King, Mandela, Teresa de Calcutá, Chico Mendes, Betinho etc.

       Já a felicidade de um povo advém de sua autoestima como nação, de seu projeto histórico, de sua proposta civilizatória. Quando um povo abdica de perseguir um projeto de nação e se contenta na busca individual de melhoria de vida pelo consumo, ele se esgarça em coletividade anódina    (que acalma a dor, paliativo), refém dos caprichos do mercado e insensível aos dramas sociais. 

       Recuperar a autoestima supõe responder a esta questão: qual projeto de Brasil almejamos para as futuras gerações?
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Violadora, desonrada, esvaindo em sangue, emanando sujeira – eis aí a sociedade burguesa. Assim ela é. Não é totalmente imaculada e moral, com pretensões à cultura, à filosofia, à ética, à ordem, à paz e ao primado da lei – mas uma besta voraz, uma praga na cultura e na humanidade. Assim se revela em sua verdadeira forma…" Rosa Luxemburgo(1871-1919)

Pintura a óleo: A Intriga(1890)
Autoria: James Ensor(1860-1949)


 Via professor Mário Resende, no facebook
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AS CANÇÕES QUE ENSINAM, ALIMENTAM E INSPIRAM.
Zezito de Oliveira


As respostas que temos para a pergunta do Renato Russo,  QUE PAÍS É ESSE?, podem ter ficado  bem mais claras  desde o golpe  judicial-parlamentar-midiático,  quando as elites dominantes descendentes de traficantes de escravos e fazendeiros escravocratas,  resolveram fazer o que Cazuza pediu,  MOSTRAR A TUA CARA. Uma cara que não aceita VIVERMOS COM PLENO DIREITO, COM TODO RESPEITO, COMO UMA NAÇÃO,QUE QUER NOS IMPEDIR DE SERMOS CIDADÃOS, como afirmou Gonzaguinha.

Por essa razão, faz-se  necessário, buscarmos saber mais,  porque, como e quem  quer um país menor, um povo sem defesa, perdido em sua direção, já que QUEM SABE FAZ A HORA, NÃO ESPERA ACONTECER já nos lembrou Geraldo Vandré,  assim como poderá lutar melhor, atendendo ao chamado da canção do Edson Gomes que nos convoca VAMOS AMIGO LUTE, SE NÃO A GENTE ACABA PERDENDO O QUE CONQUISTOU.

Cada um com os valores, os talentos e as armas que possui, procurando fazer melhor o que faz, como o poeta e cantautor Zé Vicente QUE VAI POR AÍ COM SEU CANTO, ABRINDO ESTRADAS, QUEBRANDO ENCANTOS, ROMPENDO AS BARREIRAS DO CORAÇÃO E RASGANDO MENTIRAS E ILUSÃO.

Todos confiantes que apesar dos golpistas , lesa pátria e lesa povo, AMANHÃ HÁ DE SER OUTRO DIA como nos lembra Chico Buarque,  ou como diz o poema do Thiago de Melo, depois musicado por Monsueto Menezes,  FAZ ESCURO MAS EU CANTO, PORQUE SEI QUE A MANHÃ VAI CHEGAR.

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