domingo, 15 de julho de 2018

Redescobrindo a força do conhecimento, da amizade, da memória e da presença erótica no enfrentamento ao neoliberalismo.


arte: Maxivel Ferreira

Foi bom demais, a Roda de Conversa sobre as eleições 2018 que terminou no final da manhã de hoje, 15 de julho de 2018. A qual contou com a mediação do professor Romero Venâncio da UFS. Para quem pergunta se há saídas e quais? A resposta é caminhar, realizar, acreditar. Diz o poeta Antonio Machado : "__ Golpe a golpe, passo a passo, caminhante, não há caminho... O caminho é feito ao andar. "

Algumas pistas, descobertas, insights para uma ação permanente e coletiva no campo da formação humana integral, incluindo a dimensão política, serão colocadas em um outro post. 

Contamos com a participação de 25 pessoas, com uma presença significativa de jovens, ligados a movimentos de igreja, cultura e juventude partidária. A paridade de gênero, homens e mulheres também esteve bem contemplada. A presença de negros (as), mestiços e pessoas com ascendência indigena também. Outro aspecto positivo, professores e estudantes da UFS , sentados lado a lado,  com estudantes e professores do ensino básico, sem sobreposição de fala e quem quis,  teve a fala franqueada com liberdade de tempo.

A metodologia utlizada na roda de conversa organizada pelo Centro Ecumênico de Estudos Biblicos (CEBI), tem como fundamento a educação popular de base freireana e pode ser um bom caminho para nos comunicarmos  melhor como pessoas em sua totalidade ou inteireza.

Assim como o CEBI, a Ação Cultural, quando realiza ou apóia iniciativas de formação humana integral tem o ideário freireano como eixo ético e metodológico, no caso do CEBI as escolas biblicas, e no caso da Ação Cultural o trabalho com as oficinas culturais, saraus, mostras artisticas, cineclube e rodas de danças circulares, bem como quando faz a comunicação por meio das redes sociais.

Não custa lembrar que um dos livros mais importantes do mestre Paulo Freire, chama-se Ação Cultural para a Liberdade. 



Fotos: Maíra Ramos  

ELIS_REGINA - REDESCOBRIR
 
Maria Rita - Redescobrir

 
Gonzaguinha - Redescobrir - 1981 



Redescobrir  

Gonzaguinha




Como se fora a brincadeira de roda
Memória!
Jogo do trabalho na dança das mãos
Macias!
O suor dos corpos, na canção da vida
Histórias!
O suor da vida no calor de irmãos
Magia!

Como um animal que sabe da floresta
Memória!
Redescobrir o sal que está na própria pele
Macia!
Redescobrir o doce no lamber das línguas
Macias!
Redescobrir o gosto e o sabor da festa
Magia!

Vai o bicho homem fruto da semente
Memória!
Renascer da própria força, própria luz e fé
Memórias!
Entender que tudo é nosso, sempre esteve em nós
História!
Somos a semente, ato, mente e voz
Magia!
 
Não tenha medo meu menino povo
Memória!
Tudo principia na própria pessoa
Beleza!
Vai como a criança que não teme o tempo
Mistério!
Amor se fazer é tão prazer que é como fosse dor
Magia!
 
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com mais detalhes sobre o que foi discutido.
 
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André Luís dos Santos avalia que ambos os períodos eleitorais acumulam grande quantidade de candidatos e desconstrução de antigas estruturas políticas

segunda-feira, 2 de julho de 2018

Contra o neoliberalismo, amizade e presença erótica


Filósofo italiano Franco Berardi sugere: pensamento crítico morreu, porque esquerda não enxergou a crise do trabalho. Mas há saídas: nos sentimentos que valorizam o outro e em propostas como a Renda Cidadã

  P.S. (Pós Escrito)
Ecos da roda de conversa sobre as eleições 2018, promovida com base na práxis freireana no dia de hoje. Uma questão que não foi colocada exatamente nesses termos, mas que paira no ar.
Objetivos da direita internacional e nacional nas eleições de 2018.
1º Não permitir a candidatura de Lula
2º Impedir a eleição “do candidato do Lula”
3º Inviabilizar o governo “do candidato do Lula”, caso este vença as eleições.
Tão merecedor de atenção quanto o que está colocado acima, é o fato de amplos setores do PT e de movimentos sociais mais próximos ao partido, não perceberem o quanto é necessário fortalecer iniciativas como a que foi realizada no dia de hoje, independente do cenário pós eleição. Seja este o mais positivo ou  negativo para quem verdadeiramente gosta do Brasil e dos brasileiros pobres ou classe média, nada será como antes, como diz a sábia e bela canção do grande Milton Nascimento. Mas eis o X da  questão,   como perceber isso sem a promoção e ou incentivo a espaços de diálogos e reflexão, como o que realizamos no dia de hoje? Mesmo assim, há que celebrarmos quem percebe e age no sentido como colocado aqui, e ainda bem que não são poucos e tomara que essas iniciativas arrastem  os que estão somente tomados pela preocupação em excesso com o imediato, com as eleições. Importante, mas não suficiente.


P.S.: Outra questão que permeou a discussão em alguns momentos está expresso na canção abaixo. "Todo àquele que quer um mundo mais justo, mais democrático, com mais liberdade e mais belo, precisa ir aonde o povo 
está."
   








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