Salve, Jorge
Salve, OgumObra: 1945, V. Menshikov
informações voltadas ao fortalecimento das ações culturais de base comunitária, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, igrejas progressistas, memória histórica e economia solidária, assim como análises e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
Salve, Jorge
Salve, OgumA Associação Cultural CineFanon e Circuito 1964, em parceria com a Universidade Federal de São João del-Rei (UFSJ), Rede Kino - Rede Latino-Americana de Educação, Cinema e Audiovisual, Grupo de Pesquisa Ecos e Festival Internacional de Cinema e Cultura da Diversidade – Festicidi, têm o prazer de convidar todas e todos para uma atividade mais que especial.
Uma Tarde em 64 é uma atividade artística lúdico-pedagógica realizada para homenagear a arte da resistência manifestada durante os anos de chumbo impostos pelo regime autoritário.
Se por um lado a ditadura recrudesceu em violência e opressão contra estudantes, trabalhadores, indígenas e todos aqueles que se opuseram ao golpe, no universo artístico não foi diferente. A contraofensiva realizada pelo teatro, literatura, artes plástica, dança, música e o cinema se fizeram bandeiras de combate contra o regime militar, abalando as estruturas da ditadura, culminando no período de maior efervescência cultural do país.
Atrelado a isso o fatídico período nos revelou a extrema urgência de um projeto educacional inclusivo e libertário, que transformasse os indivíduos em cidadãs e cidadãos conscientes do seu poder de ação. Pedagogia tão sonhada (e aplicada) por Paulo Freire e outros.
É para manter vivo e celebrar a luta, e conquistas, deste movimento que realizaremos uma tarde permeada de atividades artísticas e educativas junto a comunidade estudantil do CEM. 🎦✊🏼✊🏽
Para tratar do tema contaremos com a participação de Luiz Eduardo Oliva, advogado, professor, jornalista e escritor.
Já nos tempos atuais, ser artista e público amante da boa arte, também não é fácil, em razão das escolhas de governos estaduais e municipais que destinam quase nada ou muito pouco em matéria de orçamento para a arte popular e de base comunitária, e muito dinheiro para a promoção de grandes eventos e grandes espetáculos de cunho mais comercial.
Como as dificuldades aumentaram de forma assustadora com a ascensão de governos liderados por homens como Trump, Bolsonaro e Milei, entre outros, vale a leitura de Wagner Moura, comentando o filme Guerra Civil, que trata disso, o qual estreou recentemente nos EUA e no Brasil sendo campeão de bilheteria lá e cá.
“Todos os líderes que possuem tendências autoritárias, as primeiras coisas que tentam calar é o jornalismo, a universidade e os artistas. Porque são três forças que fazem pensar e que nos conectam com a realidade”. Assim, afim de colaborar no sentido do enfraquecimento da força cultural e politica de lideranças com tendências autoritárias e regressivas, vale a pena conhecer como foi viver como artista e público das artes em tempos da falta de liberdade de opinião, de expressão e de organização, ou fazer “Memória de um tempo onde lutar por seu direito, é um defeito que mata”, verso de uma canção criada por Gonzaguinha, lançada em 1973, no auge do regime militar no Brasil quando dezenas de milhares de pessoas “desapareceram” em meio às torturas, homicídios e suicídios por depressão.
E Sergipe ficou fora disso?
Claro que não! E já que o nosso estado não é uma ilha e sofre os reflexos dos acontecimentos nacionais, é necessário saber o que aconteceu também com a arte sergipana do periodo ditatorial, afim de diminuir o número de pessoas, em especial jovens, que não viveram e nem estudaram suficientemente o período dos chamados “anos de chumbo”, ficando assim propensos a acreditar em falsas narrativas voltadas a criação de uma fantasia politica que busca distorcer os fatos e formar base de apoio cultural e politico para retorno a uma espécie de ditadura tal como existiu no Brasil de 1964 a 1985. Mas pior: Por meio do voto e da mobilização popular.
Bora então participar e chamar gente para a live do próximo sábado!?
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Para quem é brasileiro entender...
O 25 de Abril começou à noite — eis como o festejar até de madrugada
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Pela Lisboa de Abril de 1974
Como uma viagem no tempo, 50 Cravos Depois – Guia pela Lisboa de Abril, revisita os lugares que atravessaram o período pré e pós-revolucionário e que perduraram.
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"50 Cravos Depois - Guia pela Lisboa de Abril". Uma viagem de memórias e histórias pela Lisboa de 1974
A comemoração dos 50 anos do 25 de Abril dá mote ao livro "50 Cravos Depois - Guia pela Lisboa de Abril". As autoras, Sandra Nobre (textos) e Clara Azevedo (fotografias) transportam-nos para a efervescente Lisboa de abril de 1974. A obra conta com os testemunhos de personalidades da vida pública.
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Revolução dos Cravos teve duas senhas antes de militares colocarem tropas na rua para derrubar ditadura
A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil, CNBB, motivada pelas palavras do Papa Francisco, de que “a política é um meio fundamental para construir a cidadania e as obras do homem”, realizou no santuário de Nossa Senhora Aparecida a 1ª. Romaria dos(das) Parlamentares, sob o tema “Fraternidade, Amizade Social e Política”.
Foi um dia intenso de palestras, reflexões e diálogos sobre o papel dos cristãos na política e como nós parlamentares podemos contribuir através da nossa fé, que nos une em um proposito maior, fazer da nossa ação um instrumento de luta permanente por um país mais justo, de paz e amizade social.
Essa é uma iniciativa muito importante da Igreja, em um momento em que vemos tentativas de atrelar a Fé a um projeto político.
A instrumentalização da fé tem levado ao fundamentalismo e à disseminação de uma intolerância que deixa nossa sociedade cada dia mais enferma. As divergências que temos entre nós devem estimular debates para a solução de problemas terrenos que afetam a vida da humanidade e não como motivo para eliminar quem pensa diferente ou para retirá-lo da esfera de referência, convívio e proteção divina.
Deus não é privilégio de ninguém, muito menos cabo eleitoral de qualquer projeto político. Invocar seu nome no embate político como força de um projeto desvirtua a Fé, compromete a fraternidade, gera ódio e violência.
Aprendamos com o Papa Francisco a apreciar a diversidade como parte do dom que Deus nos presenteia. Bem comum não se constrói com a eliminação do outro. Nosso propósito precisa ser pautado no evangelista Mateus: “Amarás o Teu próximo como a ti mesmo”. E nunca é demais revisitar a primeira mensagem de Jesus ressuscitado: “A paz esteja convosco”.
Segundo o ex-ministro José Dirceu (PT), Lula não inflama a polarização e a radicalização política do país: "O país está radicalizado por causa do discurso feito ontem no Rio de Janeiro", disse, sobre ato pró-Jair Bolsonaro
Fábio Matos
22/04/2024 12h00
O terceiro governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) não é de esquerda nem de centro-esquerda, mas de “centro-direita”. A avaliação, que pode parecer surpreendente para muitos, é de uma das principais lideranças da história do PT, o ex-deputado federal e ex-ministro da Casa Civil José Dirceu.
As declarações do petista foram dadas durante um evento promovido pela Esfera Brasil – grupo que reúne empresários de diversos setores da economia brasileira –, em São Paulo (SP), nesta segunda-feira (22).
Dirceu participou do painel “Eleições: Unindo Ideias, Moldando Futuros”, o segundo do “Seminário Brasil Hoje: Diálogos para Pensar o País de Agora”. Ele dividiu a bancada com o deputado federal Felipe Carreras (PSB-PE); o atual secretário municipal de Relações Internacionais de São Paulo, Aldo Rebelo (MDB); e o ex-presidente nacional do PSOL Juliano Medeiros.
“O presidente Lula montou um governo que não é de centro-esquerda, é um governo de centro-direita. Realmente, parte do PL, o PP e o PR estão na base do governo. É uma exigência do momento histórico e político que nós vivemos”, afirmou Zé Dirceu.
“Lula não optou pela polarização e radicalização. O país está radicalizado por causa do discurso feito ontem no Rio de Janeiro, com fundamentalismo religioso e ataques à democracia”, prosseguiu o ex-ministro, em alusão à manifestação em defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na orla da praia de Copacabana, no Rio, que reuniu milhares de pessoas, no domingo (21).
Segundo Dirceu, “Bolsonaro está em campanha eleitoral, percorrendo o Brasil, tendo candidato em cada cidade”. “A polarização da campanha vai acabar acontecendo nos grandes centros urbanos”, projetou o ex-ministro, referindo-se à disputa das eleições municipais de outubro deste ano.
“O Brasil está virando um país de partidos políticos. Quem está puxando isso são os partidos de centro-direita, que estão se constituindo em partidos. Na Câmara e no Senado, qualquer assunto é debatido e existem várias posições políticas e programáticas”, prosseguiu Dirceu.
Segundo Bruno Dantas, presidente do Tribunal de Contas da União, a “jurisprudência da Lava Jato” levou a um “apagão das canetas” no país: “Nenhum gestor público tinha coragem de tomar decisões”
Durante o debate, Aldo Rebelo, que foi ministros nos governos anteriores de Lula e Dilma Rousseff (PT), defendeu a atual gestão do prefeito de São Paulo, Ricardo Nunes (MDB), pré-candidato à reeleição neste ano.
“O governo do prefeito Ricardo Nunes não é um governo de direita. É um governo de forças heterogêneas, inclusive de partidos que integram a base de apoio do governo Lula”, afirmou Aldo, cotado para ocupar o posto de vice na chapa de Nunes.
“Agora, querem impor em São Paulo um terceiro turno de eleição presidencial. Não, senhoras e senhores. A eleição é municipal, entre candidatos que querem administrar a cidade de São Paulo, e não o Brasil”, prosseguiu o ex-ministro e ex-presidente da Câmara dos Deputados.
Juliano Medeiros, ex-presidente do PSOL e um dos coordenadores da pré-campanha do deputado federal Guilherme Boulos à prefeitura de São Paulo, rebateu Aldo.
“Não há dúvida de que há repercussões da crise política que o Brasil vive há uma década, com impeachment, prisão de 2 ex-presidentes, denúncia contra presidente”, afirmou Medeiros.
“Acredito que algum tipo de nacionalização vai chegar às eleições municipais. Não em todas as eleições, mas em São Paulo certamente vai. É inegável que, em São Paulo, a extensão dessa polarização vai tomar a forma de uma oposição entre progressistas e conservadores”, prosseguiu o ex-presidente do PSOL. “Em alguma medida, as eleições municipais de São Paulo também expressarão uma divisão política que está se estabelecendo no país.
CABELOS BRANCOS
Frei Betto
Participei em Belo Horizonte, no início de abril, do 12º encontro nacional do Movimento Fé e Politica. Quase duas mil pessoas. Ao contrário dos encontros anteriores à pandemia, poucos jovens. A maioria de cabelos brancos ou tingidos.
Minha geração envelhece. Chego este ano aos 80. Nossas ideias, propostas e utopias, também envelhecem?
É muito preocupante constatar que as forças progressistas não logram renovar seus quadros. Para vice de Boulos, na disputa pela prefeitura de São Paulo, em outubro próximo, o PT precisou importar uma mulher filiada a outro partido: Marta Suplicy, que fará 80 anos em março de 2025. No Rio, o PT parece não ter quem indicar para possível vice na chapa do prefeito Eduardo Paes, candidato à reeleição. Tende a importar Anielle Franco, do PSOL.
Tenho proferido conferências pelo Brasil afora e assessorado movimentos populares. Os cabelos brancos predominam na plateia. As poucas manifestações públicas convocadas pela esquerda reúnem número inexpressivo de pessoas e, em geral, a turma dos cabelos brancos.
Nós, da esquerda, estamos acuados. Como diz a canção de Belchior, “minha dor é perceber / que apesar de termos feito / tudo, tudo, tudo, tudo que fizemos / ainda somos os mesmos e vivemos (...) como os nossos pais”. “Nossos ídolos ainda são os mesmos”. E não vemos que “o novo sempre vem”.
A queda do Muro de Berlim abalou as nossas esperanças em um mundo onde todos teriam a sua existência dignamente assegurada. E o capitalismo, gato de sete fôlegos, inovou-se pelos avanços da ciência e da tecnologia e, sobretudo, do neoliberalismo.
Primeiro, a privatização do patrimônio público; em seguida, das instituições sociais, reduzidas a duas por Margaret Tchatcher: o Estado e a família. E, por fim, o cidadão foi despido de seu manto aristotélico e condenado a ser mero consumista, inclusive de si mesmo ao passar horas a se mirar no espelho narcísico das redes digitais.
Há uma progressiva despolitização da sociedade. A direita é como uma maré que sobe e ameaça afogar o que nos resta de democracia liberal. Basta dizer que um dos três programas de maior audiência da TV Globo e, portanto, de faturamento, é o BBB, que bem espelha os tempos em que vivemos: ali são explícitas as regras do sistema capitalista. O único objetivo é competir. Todos sabem que, ao final, apenas uma pessoa haverá de amealhar o pote de ouro. E a missão dos concorrentes é cada um fazer tudo para que seus pares sejam eliminados. É o que milhões de adolescentes aprendem ao perder horas assistindo àquele simulacro de “O anjo exterminador”, de Buñuel.
Na esquerda “ainda somos os mesmos”. Não semeamos a safra de novos militantes com medo de que eles se destacassem e ocupassem as nossas instâncias de poder. Abandonamos as favelas, as zonas rurais de pobreza, os movimentos de bairros. E não aprendemos a atuar nas trincheiras digitais, monopolizadas pela direita como armas virtuais da ascensão neofascista.
Não sabemos como reagir diante do fundamentalismo religioso que mobiliza multidões, abastece urnas, elege inclusive bandidos notórios. Fundamentalismo que apaga as desigualdades sociais e as contradições de classe e ressalta que tudo se reduz à disputa entre Deus e o diabo. Todo sofrimento decorre do pecado. Eliminado o pecado, irrompe a prosperidade, que empodera e favorece o domínio: a confessionalização das instituições públicas; a deslaicização do Estado; a neocristandade que condena à fogueira da difamação e do cancelamento todos que não abraçam “a moral e os bons costumes” dos que clamam contra o aborto e homenageiam torturadores e milicianos assassinos.
Precisamos fazer autocrítica, rever nossas ideias, ter a coragem de abrir espaços às novas gerações e reinventar o futuro. Nossos cabelos brancos denunciam o inverno que nos acomete. É hora de uma nova e florida primavera!
Frei Betto é escritor, autor de “Diário de Fernando – nos cárceres da ditadura militar brasileira” (Rocco), entre outros livros. Livraria virtual: freibetto.org
Assine e receba todos os artigos do autor: mhgpal@gmail.com
Governo Lula está perdendo a batalha da narrativa e da comunicação, diz José Dirceu
Quais os veículos de imprensa que responderam melhor a esta e outras perguntas de fundo? Como a repercussão do caso Tio Paulo pode gerar reportagens que leve em consideração a situação de milhões de idosos no Brasil em situação de vulnerabilidade? Assim como documentários ou filmes de ficção, assim como pecas de teatro ou outras obras artisticas.
Abaixo algumas reportagens mas insuficientes..
Enterro de idoso levado morto a banco reúne cerca de 15 pessoas no Cemitério de Campo Grande, na Zona Oeste
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Sakamoto: Por que mulher que levou idoso morto a banco está presa e rapaz que matou com Porsche não?
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A morte de Tio Paulo e a morte de Quincas Berro D’Água – o que o assunto da semana tem a ver com a história do personagem de Jorge Amado, que no cinema foi interpretado pelo saudoso Paulo José (foto)? A vida após a morte, que no clássico da literatura leva o defunto em triunfo para uma noite de farra com amigos de copo, na pindaíba do mundo real arrasta o pobre coitado para o inferno das agências bancárias. Mas, cruzando as narrativas, é possível fantasiar um final feliz com a hipótese de um empréstimo liberado para o Tio Paulo sendo aplicado nas orgias do velho Quincas. Precisa imaginação para não sucumbir à tristeza da vida como ela é.