terça-feira, 8 de julho de 2025

EMERGÊNCIA CULTURAL: Por uma Revolução Sementeira. Célio Turino

 


É tempo de levantar, de cantar, de sonhar com os pés no chão. O mundo desaba sob as lógicas do extrativismo, da ganância, do medo e da indiferença. Mas é justamente na fresta, na beira, no canto e na roda, no pé ante o abismo do colapso, que nasce o novo. E o novo vem da Cultura. Vem das mãos que criam, das vozes que narram, dos corpos que celebram. 

EMERGÊNCIA CULTURAL como semente, como raiz, como horizonte.

Chega de tratar cultura como adorno. Cultura é o primeiro passo da dignidade. Antes de comer vem o ato de coletar, a estratégia de caçar, o plantio, a criação dos bichos. Antes de plantar vem o ato de semear, de lavrar a terra ou domesticar os bichos. Extrair, desmatar, explorar, cultivar, criar, isso tudo é Cultura. É o processo antes do alimento. Vem antes do prato de comida porque é o modo de cozinhar e temperar. Antes da casa vem o jeito de morar. Antes da escola, a vontade de aprender. É o que vem antes e o que surge depois.

Cultura é o solo onde tudo se semeia: solidariedade, consciência, revolução. Também o contrário disso. Depende da semente cultivada, da semente que se espalha.

Nenhuma transformação será sustentável se não for cultural. Não basta trocar governos ou sistemas econômicos. Nem basta protestar. Cultura é mais que poder, é potência. Potência, substantiva feminina, distribuída, assim como a Cultura. Diferente de Poder, patriarcal, fálico, concentrador. Para realizar a Potência é preciso complementar, o oposto de Poder que para ter é preciso tirar. Transformar pela Cultura é trocar o que nos move por dentro. Ressignificar o tempo, o encontro, o comum. Recuperar o fio da história e revolucionar o imaginário.

EMERGÊNCIA CULTURAL é revolução que vai emergir das bordas e vai brotar como flor entre os muros do capitalismo. Sistema apodrecido, ainda mais nesse tempo de ganância exponencial sob as manipulações e censuras algorítmicas, armamentismo, guerras, ódios, mentiras, tecnofeudalismo e Inteligência Artificial. 

Cultura é o tambor de dentro que ninguém cala. O grafite que fura o cinza. O sarau que desafia a solidão. A reza no quilombo. A voz na quebrada. A dança nas aldeias. O cortejo dos invisíveis. A criatividade. É a sabedoria dos povos que resistem, que insistem, que existem. É a força da eterna desconhecida, a energia da ciranda dos que juntam mãos com mãos.

EMERGÊNCIA CULTURAL é também a recusa ao monocromático, ao monocultivo, ao pensamento único. É a singularidade na multidão, a celebração do diverso, do contraditório, do plural. É o reconhecimento das epistemologias de raiz. É luta de Classes e desafio civilizatório que bate à porta mesmo quando abafado. Das lutas sociais às cosmologias originárias, o fio da história está em tudo, por isso emerge.

Fazer revolução pela EMERGÊNCIA CULTURAL é partir do ancestral, mas não parar nele, é inventar o que nem se sabe, o que nunca se viu. Movimento em espiral, a Cultura cavouca lá no fundo, gira e dá o salto para cavoucar de novo, e saltar novamente, com mais força. É arte! 

Arte que está presente na descoberta dos sentidos do Bem Viver, do Ubuntu, nas lutas antirracistas, anticoloniais, na emancipação das mulheres, na coragem dos LGBTQIA+, na generosidade e abundância da agroecologia e agroflorestas. Arte que deve seguir no inconformismo dos jovens. 

“Jovens: Sejam revolucionários!”, clamou Papa Francisco. Vamos dizer agora, todos nós: Jovens, não percam a esperança e o rumo, sejam revolucionários! Nada menos que isso. Não se conformem. Não se amoldem. Mesmo que sejamos poucos, estaremos aqui para dizer que a chama da revolução não se apaga. Explorados e humilhados do mundo, gente de todos os cantos, gente que se recusa a ser coisa: Sejamos revolucionários! 

É a Arte e a literatura que nos transporta ao Outro. Assim nos move no tempo, no espaço, ativando percepções, sensações, emoções, reflexões. Arte é movimento. 

Emerjam! 

Movam-se!

Revoltem-se! 

Politizem a Cultura. 

Culturalizem a Política.

Cultura é luta proletária, é a indignação contra a opressão e a lucidez da revolta. Está nos significados e sentidos das trabalhadoras e trabalhadores, dos que batalham para ganhar a vida, dos que empreendem com seus sonhos e corpos, dos periféricos, ofendidos e abandonados. 

Cultura atravessa tudo. Vive na chama dos imprescindíveis, dos que lutam por toda uma vida, não por necessidade, mas por consciência. 

É socialismo que se reinventa em Ecossocialismo. 

É a força dos que não se rendem. 

É a potência da multidão e a ousadia da revolução.  

Cultura como imaginação, potência simbólica, ferramenta de emancipação. O Brasil é solo fértil para essa revolução profunda, diversa, biocultural. Há um país subterrâneo que pulsa nos terreiros, nos Pontos de Cultura, nas cozinhas solidárias, nas bibliotecas comunitárias, nas festas populares, nos saberes esquecidos e na invenção da cultura digital. Nos Mutirões, no Motirô. Há um povo que não se rendeu. Que canta. Que luta. Que sonha junto. 

Quando esse povo emergir o Brasil será um país bom, belo e justo para todo mundo. Quiçá essa emergência venha junto com nossos irmãos da América Latina; mais que isso, junto aos povos de todo mundo. Que venha logo esse dia. É urgente e emergente. Povos a darem mãos à humanidade estilhaçada em Gaza e em todos os cantos do planeta em que se mata, se destroça, se despreza, se descarta. Quando essa emergência acontecer, todos dirão em coro: Já basta!

Já basta. A cultura é o início da mudança profunda. E toda revolução começa por um ponto, com um canto, um encontro, com uma ideia que se compartilha e vira fio a tecer outros fios até compor um tecido, um pensamento, um sonho comum. Cultura viva, cultura forte, cultura para transformar de verdade.

A quem acredita na vida antes do lucro, na poesia antes do protocolo, na dignidade antes da mercadoria, faço esse chamado. Urgente sem ser apressado. Histórico sem ser saudosista. Popular sem ser populista. Radical porque vai à raiz. De futuro porque semeia. É tempo de:

URGÊNCIA HISTÓRICA, 

EMERGÊNCIA CULTURAL, 

REVOLUÇÃO!

A paciência do mundo esgotou. Os colapsos do clima e da civilização estão aí a demonstrar. Quem vem junto? Ainda há tempo, mas o tempo não espera. 





















E tem mais:
Muito boa essa aula pública. Um verdadeiro "aulão" sobre cultura digital. Vale para iniciantes e iniciados....

transmissão completa abaixo:


NOTA PÚBLICA DE PESAR - Sobre o não cumprimento da meta mínima de execução da PNAB – Ciclo 1 no município de Aracaju

 Importante destacar nessa postagem do blog da cultura, o que queremos é que a prefeita trabalhe, afinal como diz o ditado popular "quem bem fizer pra si é". E daí a necessidade de não desperdiçar recursos federais que são destinados por lei a estados e municipios, independente da filiação partidária de quem governa cada ente federado.  


Aracaju, 07 de julho de 2025

É com profundo pesar que nós, membros do Conselho Municipal de Cultura de Aracaju, tornamos pública nossa constatação da não execução, até a presente data, da meta mínima de 60% dos recursos da Política Nacional Aldir Blanc (PNAB) – Ciclo 1, conforme estabelece a Portaria MinC nº 222.

Segundo levantamento do Escritório Estadual do Ministério da Cultura em Sergipe, Aracaju segue sinalizada com alerta por não ter atingido o percentual mínimo de repasses e pagamentos exigidos para garantir o recebimento dos recursos do Ciclo 2 da PNAB. Essa condição representa uma perda significativa de oportunidade para a cultura local e compromete a continuidade das políticas públicas voltadas ao setor cultural da cidade.

O município de Aracaju foi contemplado, há cerca de um ano e meio, com aproximadamente R$ 4,5 milhões, oriundos do Governo Federal, destinados ao fomento da cultura por meio da PNAB — valor que deveria ter sido executado em, no mínimo, 60%, por meio do repasse aos projetos culturais selecionados nos editais, até o dia 30 de junho de 2025.

A FUNCAJU, até essa data, não havia conseguido realizar os pagamentos, mas contou com a prorrogação do prazo concedida pelo Ministério da Cultura, que, compreendendo os desafios de implementação enfrentados por algumas localidades, estendeu o prazo para 08 de julho de 2025. No entanto, até o presente momento (07 de julho), não houve qualquer manifestação pública da gestão municipal sobre o cumprimento dessa meta nem sobre a efetivação dos pagamentos aos projetos aprovados.

Esse recurso, fruto da luta histórica de artistas, produtores e fazedores de cultura de todo o país, foi disponibilizado com ampla antecedência justamente para permitir uma execução baseada em planejamento, transparência e impacto social. A ausência de execução mínima até agora gera insegurança, frustração e prejuízo direto a toda a cadeia cultural da capital.

Não bastasse o não cumprimento da meta, os membros do Conselho Municipal de Cultura de Aracaju não foram em nenhum momento ouvidos ou respeitados quanto aos alertas feitos previamente sobre a possibilidade de não se atingir o percentual mínimo exigido. Tampouco houve qualquer envolvimento ou comunicação da FUNCAJU em relação às ações relativas à execução da PNAB ou a quaisquer outras políticas públicas de cultura no município. Isso evidencia um desrespeito claro à legitimidade da representação da sociedade civil, cujos membros foram democraticamente eleitos desde o ano passado com o objetivo de contribuir com o debate público e representar as demandas reais da cadeia produtiva da cultura de Aracaju.

É importante registrar ainda que, até a presente data, o poder público municipal sequer cumpriu sua parte no processo de nomeação dos representantes governamentais no Conselho, impedindo a sua regular atuação. Tal conduta afronta os princípios democráticos e a legitimidade do Conselho Municipal de Cultura, esvaziando sua função deliberativa e colaborativa, e representa um profundo desrespeito à sociedade civil aracajuana.

Diante disso, exigimos:

Uma manifestação pública imediata da FUNCAJU, esclarecendo os motivos da não execução dos recursos;

A divulgação completa do cronograma de pagamentos previsto;

A garantia formal de que os valores não serão devolvidos ou perdidos por omissão da gestão municipal;

A nomeação urgente dos representantes do poder público no Conselho Municipal de Cultura, para que este possa cumprir seu papel institucional;

E, sobretudo, respeito à classe artística e cultural de Aracaju, que vem sendo penalizada há meses com a descontinuidade, negligência e ineficiência das políticas culturais.

A cultura não pode esperar mais. Aracaju merece respeito.

Atenciosamente,

Rosângela Rocha

Presidente da Câmara Setorial de Legislação e Normas – CMPC Aracaju

Vice-Presidente do Conselho Municipal de Política Cultural de Aracaju

Antônio Rogério dos Santos

Membro da Câmara Setorial de Legislação e Normas – CMPC Aracaju

Membro do Conselho Municipal de Política Cultural de Aracaju

Representante da área da Música

Roberto Fernandes dos Santos Júnior

Membro da Câmara Setorial de Legislação e Normas – CMPC Aracaju

Membro do Conselho Municipal de Política Cultural de Aracaju

Representante da área de Teatro

Maria Sueli Vieira Pereira

Membra do Conselho Municipal de Política Cultural de Aracaju

Representante da Liga das Quadrilhas Juninas de Aracaju e Sergipe – LIQUAJUSE

Allan Wolney Santos de Moraes

Membro do Conselho Municipal de Política Cultural de Aracaju

Representante do Grupo Popular de Reisado Estrelinha do Nordeste

Leia também: 

SOLUÇÕES PARA A CULTURA - Programa de Governo de Emilia Correa registrado no TRE. 

O nosso compromisso é valorizar os artistas locais e destinar um orçamento municipal maior para o setor cultural. Pretendemos rever a atuação da FUNCAJU e criar ações para fortalecê-la, retornando sua sede para o Centro da cidade. Além disso, queremos ampliar o fomento à cultura, principalmente em Espaços Abertos Culturais no Centro Histórico, e tornar a FUNCAJU a verdadeira casa do artista de Aracaju, oferecendo pleno apoio e suporte profissional, além de promoção para toda a classe artística.

Desenvolver projetos de circulação dos artistas locais é uma das nossas prioridades. Exemplo disso é o FESTAJU, um festival de talentos que percorrerá todos os bairros de Aracaju em edições semanais, envolvendo toda a classe artística em uma competição musical para novos talentos. Também pretendemos resgatar os bloquinhos carnavalescos comunitários e criar um Arraiá permanente na Orla de Atalaia, posicionando a nossa cidade como o “País do Forró”. A requalificação do Quadrilhódromo da Rua São João e a promoção de um espaço público para as principais quadrilhas de Aracaju são ações essenciais para fortalecer nossas tradições culturais.

A educação cultural também é uma prioridade do nosso plano de governo. Queremos promover atividades culturais nas escolas, como capoeira, hip hop, maracatu e samba de coco, além de implementar uma política cultural que valorize a história da nossa cidade nas escolas da rede pública e particular. Pretendemos apoiar os artistas locais na realização de exposições e oficinas de arte, desenvolver ações culturais e de qualificação para todas as idades e criar uma agenda cultural anual para Aracaju. Incentivar festas populares, eventos religiosos e grandes eventos como Reveillon e São João também faz parte do nosso compromisso para transformar Aracaju em um polo cultural vibrante e inclusivo.

COMPROMISSOS

- Rever a atuação da FUNCAJU e criar ações para fortalecê-la – Retornar a sua sede para o Centro da cidade.

- Apoiar a concretização das diretrizes do Plano Municipal de Cultura.

- Ampliar o fomento à cultura, principalmente em Espaços Abertos Culturais – Centro Histórico.

- Desenvolver Projetos de Circulação dos Artistas locais – Inclusão e circulação de talentos. Exemplos desses projetos: FESTAJU, festival de talentos de Aracaju, percorrendo todos os bairros, em edições semanais, envolvendo toda a classe em um campeonato musical para novos talentos e o fomento de participação de todos os bairros. 

SOLUÇÕES PARA A CULTURA

- Resgatar, através de incentivo, os Bloquinhos Carnavalescos comunitários.

- Criar um Arraiá permanente na Orla de Atalaia.

- Requalificar o Quadrilhódromo da Rua São João.

- Promover um espaço público para as principais quadrilhas de Aracaju.

- Desenvolver atividades culturais nas escolas.

- Implementar uma política cultural de valorização da história da nossa cidade nas escolas da rede pública e particular, não apenas por ocasião das comemorações do aniversário de Aracaju.

- Incluir na rede de ensino municipal conteúdos relacionados ao Turismo e à História de Aracaju/ Sergipe.

- Apoiar os artistas locais para realização de exposições, oficinas de arte e exposições itinerantes.

- Desenvolver ações culturais e de qualificação para crianças, jovens, adultos e terceira idade, assim como implantar oficinas de leitura, escrita e contação de histórias, em parceria com entidades públicas e privadas.

- Criar uma agenda cultural anual - Agenda Cultural de Aracaju.

- Incentivar as festas populares e os eventos religiosos em geral.

- Criar um programa de integração dos servidores municipais, valorizando seus talentos através da música, do canto, da dança, do teatro, da poesia e outras manifestações artísticas.

- Incentivar grandes eventos, tais como: Reveillon, São João, Aniversário de Aracaju.

- Fomentar o Projeto Marinete do Forró: Educação, turismo e Cultura.

- Estabelecer políticas de incentivo à produção de conteúdos audiovisuais, mantendo um diálogo per- manente com o setor produtivo para acolhimento e planejamento das ações, tais como realização de Festival de Cinema Popular (Cinema na Praça); estimular o crescimento do número de oficinas; lançar editais para produção de filmes, entre outros.

Programa completo. AQUI

Emília deixa Funcaju sem titular, não realiza Projeto Verão e não anuncia nada para Cultura

(21/01/2025)

Link: https://manguejornalismo.org/emilia-deixa-funcaju-sem-titular-nao-realiza-projeto-verao-e-nao-anuncia-nada-para-cultura/ 

1. Assunto principal da matéria:

Balanço do 1º mês da Gestão Cultural da Prefeitura de Aracaju com a prefeita eleita Emília Corrêa e a falta de diálogo com a classe artística.

2. Problemas abordados na matéria:

Ausência de um titular na Funcaju - Atualmente, a Fundação Cultural Cidade de Aracaju é gerida interinamente por Fábio Uchôa, que não tem vínculo com a cultura.

Cancelamento do Projeto Verão - O evento foi suspenso pela prefeita Emília Corrêa sob a justificativa de falta de recursos, apesar da Lei Orçamentária Anual prever R$3,2 milhões para sua realização.

Linda Brasil (PSOL) critica o cancelamento: “Alegar falta de recursos quando havia R$3,2 milhões destinados no orçamento para o evento é um insulto à inteligência da população de Aracaju.”

Falta de diálogo com a classe artística - Artistas, coletivos e especialistas do setor afirmam que a prefeitura não abriu espaços de discussão para ouvir as demandas culturais.

Thiago Paulino (Jornalista e pesquisador cultural) pontua: “Espero que [o diálogo] continue e se reverta em ações concretas, como a formulação de um Fundo Municipal de Cultura.”

Tratamento da cultura apenas como eventos - Segundo críticos, a cultura é vista pela prefeitura como festividades, sem ações estruturais de fomento.

Paulino lamenta: “A cultura é vista apenas pela ótica dos eventos, deixando a formação cultural limitada à Escola Valdice Teles.

3. Consequências ou resultados negativos destes problemas para os envolvidos e para a sociedade em geral:

Desvalorização da cultura e dos artistas - A falta de investimentos e planejamento prejudica a classe artística e limita oportunidades.

Roque Sousa (Músico e produtor cultural) afirma: “Desde o início da campanha eleitoral, não apresentaram um projeto sério para o setor cultural.”

Prejuízo econômico e social - A cultura movimenta a economia e promove inclusão, e sua negligência pode impactar o turismo e o lazer da população.

Zezito de Oliveira (Historiador e militante cultural) alerta: “Ela deveria aproveitar o fato das administrações anteriores não terem tido esse alcance de visão e surpreender. Infelizmente, não houve nenhuma sinalização.”

Falta de credibilidade na gestão cultural - A prefeita prometeu mudanças na cultura, mas, até o momento, a categoria vê contradições em seu discurso.

Coletivo de Música Sergipana (Comus) destaca: “Ela segue bem na contramão do discurso que deu o tom de toda a sua campanha.”

4. Alternativas que a matéria apresenta para a solução dos problemas:

Nomeação de um titular para a Funcaju - Especialistas sugerem que a gestão coloque à frente da pasta um profissional com experiência na área.

Criação de um Fundo Municipal de Cultura - Thiago Paulino sugere que um fundo poderia garantir sustentabilidade para projetos culturais.

Ampliação da formação e infraestrutura cultural - Criação e manutenção de espaços para formação de artistas e técnicos na cidade.

Reforma administrativa com criação da Secretaria de Cultura - Segundo nota da prefeitura, está prevista a criação de uma Secretaria Municipal de Cultura.

Diálogo com artistas e coletivos culturais - A prefeitura afirma que está em processo de diálogo com representantes da cultura para fortalecer políticas culturais.

5. Fontes da matéria:

Vereadora Sônia Meire (PSOL)

Deputada estadual Linda Brasil (PSOL)

Zezito de Oliveira (Historiador e Militante Cultural)

Thiago Paulino (Jornalista, Professor e Pesquisador Cultural)

Roque Sousa (Músico e Produtor Cultural)

Coletivo de Música Sergipana (Comus)

* Nota oficial da Prefeitura de Aracaju.*

Derrite, seu chefe Tarcísio e o homem preto a correr

 Em São Paulo, PM matou atirou pelas costas em homem preto que correu para pegar um ônibus. Guilherme Ferreira morreu com uma “lesão perfurocontusa na cabeça” e com marmita e talheres na mochila.

Hugo Souza

https://www.comeananas.news/p/derrite-seu-chefe-tarcisio-e-o-homem?utm_campaign=email-half-post&r=29ps6v&token=eyJ1c2VyX2lkIjoxMzcyNTE4MzEsInBvc3RfaWQiOjE2NzczODM3MSwiaWF0IjoxNzUxOTE1NzgxLCJleHAiOjE3NTQ1MDc3ODEsImlzcyI6InB1Yi0xMzQyNDUiLCJzdWIiOiJwb3N0LXJlYWN0aW9uIn0.Yb67hauyy5PR4gSafm10fMyJpX99yEzXTk40XcHmbC8&utm_source=substack&utm_medium=email

O secretário de Segurança Pública de São Paulo/Guilherme Derrite (Fernando Frazão/Agência Brasil).

Sexta-feira, 4 de julho. Precisamente às 22h28, Guilherme Dias Santos Ferreira bate o ponto de saída na fábrica de camas box onde trabalha, no Recanto Campo Belo, Zona Sul de São Paulo. Quase ao mesmo tempo, às 22h35, o policial militar de folga Fábio Anderson Pereira de Almeida sofre perto da fábrica uma tentativa de assalto, de roubo da sua moto Triumph Scrambler 400x.

Fábio reage ao assalto, a tiros. Os assaltantes fogem. Pouco depois, Guilherme começa a correr para não perder o ônibus de volta do trabalho para casa. “Acreditando se tratar de um dos envolvidos na tentativa de assalto que estaria voltando à cena do crime”, o PM atira pelas costas na cabeça do homem preto que se pôs a correr. Guilherme morre a 50 metros do ponto de ônibus, aos 26 anos de idade, com uma “lesão perfurocontusa na região da cabeça, atrás da orelha direita”, e com marmita e talheres na mochila.

A perícia da Polícia Civil de São Paulo só chega ao local da execução seis horas depois. O executor é autuado em flagrante não por homicídio doloso, mas culposo, paga fiança de R$ 6.500 e é liberado. Uma Triumph Scrambler 400x custa, nova, R$36.190,00, “com sua manobrabilidade ágil, melhor desempenho da categoria e acabamento premium”.

Preto correndo, preto debruçado sobre um carro: no último 15 de março, Lucas Almeida de Lima também foi executado por um PM em Barueri, na Grande São Paulo. Lucas consertava o carro de um amigo na beira de uma avenida movimentada e pimba: “atitude suspeita”. Correria, perseguição, socos e joelhada no abdômen de Lucas. Depois, bang, bang: preto caído morto no chão. Lucas tinha, como Guilherme, 26 anos de idade.

Na última sexta, horas antes de Guilherme Dias Santos Ferreira ser morto por um PM de São Paulo com um tiro pelas costas, um xará de Guilherme brilhou no outro lado do Atlântico. Na última sexta, o secretário de Segurança Pública de São Paulo, Guilherme Derrite, discorreu sobre “Estado inteligente e segurança” no XIII Fórum Jurídico de Lisboa, em mesa dividida com o governador petista do Piauí e com o diretor Executivo Jurídico da JBS.

O painel com Derrite e companhia no XIII Fórum Jurídico de Lisboa aconteceu no anfiteatro 8 da Universidade de Lisboa precisamente às 10:30h. No mesmo horário, no anfiteatro 1, o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, papeou sobre “segurança pública e federalismo cooperativo” com o procurador-geral da República, o diretor da Polícia Federal e dois ministros do STJ. Lá, no outro lado do oceano, no “Gilmarpalooza”.

Na véspera da abertura do “Gilmarpalooza”, véspera do assassinato do xará preto de Guilherme Derrite, o Ministério Público do Estado de São Paulo arquivou as investigações sobre as operações Escudo e Verão da PM paulista, aquelas que deixaram 84 mortos na Baixada Santista entre julho de 2023 e janeiro de 2024.

Neste ano, o “Gilmarpalooza” teve como tema “o mundo em transformação - Direito, Democracia e sustentabilidade na era inteligente”. Isso na Península Ibérica.

Na Grande São Paulo e na Baixada Santista, o mundo é o mesmo, um tanto pior sob a batuta da hidra bolsonarista. Ali, entre São Bernardo e Cajamar, entre Peruíbe Bertioga, Direito é o nome de um preto correndo para pegar o buzão e Democracia é o nome de um preto ajudando um amigo com o carro enguiçado. Os dois estão mortos, caídos no chão.

“Construção”, uma das mais contundentes músicas de Chico Buarque, foi atualizada, na última sexta (4). Não era um operário que caiu de um andaime e morreu na contramão atrapalhando o sábado após sua última marmita, mas um marceneiro negro morto com um tiro na cabeça, quando estava saindo do trabalho por um policial militar que o confundiu com um ladrão, ficando estirado no chão ao lado de sua marmita até o sábado de manhã.

Guilherme Ferreira bateu o ponto às 22h28 na fabrica de camas onde trabalhava, em Parelheiros, bairro pobre da capital paulista, e foi morto às 22h35, quando corria para pegar o ônibus e voltar para casa. Sete minutos que valeram uma vida. Junto a seu corpo, que ficou cercado de transeuntes que diziam se tratar de um bandido, foram encontrados, além da marmita, uma carteira, o celular, remédios, chaves e uma bíblia. 

O policial Fábio de Almeida, autuado em flagrante por homicídio sem a intenção de matar, pagou R$ 6,5 mil e foi liberado. Em casos assim, a chance é grande de, no fim das contas, o autor do disparo não ser devidamente responsabilizado.

Mas não é um erro. É o sistema funcionando como foi desenhado. A polícia brasileira, especialmente a militarizada, é treinada para ver o negro pobre como inimigo. O resultado é uma carnificina diária, onde pobres e periféricos viram estatística de “autos de resistência” ou “mortes em confronto”.

Enquanto isso, a sociedade segue dividida entre quem enxerga nessas mortes uma tragédia evitável e quem acredita que “bandido bom é bandido morto” — mesmo quando o bandido, no caso, é só um trabalhador com sua marmita. Quem morre torna-se culpado, pois as balas do policial fazem o papel de investigador, promotor, juiz e carrasco.

E, assim como na canção de Chico, sobram proparoxítonas, como cúmplice (o Estado que mantém o sistema que produz esses mortos), trágico (o massacre contínuo de pobres nas periferias) e patética (a indiferença da sociedade diante de tudo isso). Guilherme não caiu de um andaime, mas tombou sob o peso de um país que insiste em não reconhecer o valor da vida negra. Deus lhe pague (leia a íntegra do texto no UOL)


Um episódio bem recente que recorda o filme "Sem Asas".  Importante que este seja incorporado ao streaming do MINC com filmes brasileiros cuja  estréia tem previsão para acontecer  até o final desse ano, conforme informações do Ministério da Cultura. Quem exibiu o filme pode compartilhar essa ´postagem com o comentário acima ou outro de próprio punho, especialmente com quem teve a oportunidade de assistir 

 domingo, 1 de junho de 2025

Cineclube Realidade realiza exibição dos curtas "Sem Asas" e "Marina não vai a praia" para jovens do ensino médio do Rogaciano em Santo Amaro.


 


segunda-feira, 7 de julho de 2025

Sergipe perde Lizaldo Vieira, uma das principais referências da luta ambiental em nosso estado..

 Morre o ambientalista Lizaldo Vieira, referência na defesa do meio ambiente e dos direitos trabalhistas.


https://horanews.net/morre-o-ambientalista-lizaldo-vieira-referencia-na-defesa-do-meio-ambiente-e-dos-direitos-trabalhistas/

Redação 07/07/25

Na manhã desta segunda-feira (7), Sergipe se despediu de um de seus grandes defensores do meio ambiente e da justiça social. Aos 69 anos, faleceu no Hospital de Urgência de Sergipe (HUSE) o ambientalista, poeta e militante Lizaldo Vieira dos Santos, figura incansável na luta por um mundo mais verde e mais justo.

Nascido em 8 de março de 1956, na pequena Siriri-SE, Lizaldo cresceu em Capela, cidade onde escolheria viver e também sonhar. Sua trajetória profissional foi marcada por décadas de dedicação à Universidade Federal de Sergipe (UFS), onde atuou em diversos setores, deixando uma marca de compromisso e ética por onde passou: Departamento de Direito, Centro de Ciências Humanas, CESAD, Divisão de Patrimônio e até o Horto Florestal, do qual foi chefe.

Mas a atuação de Lizaldo foi muito além das paredes da universidade. No movimento sindical, foi dirigente do SINTUFS e representou os técnicos administrativos nos conselhos superiores da UFS (CONSU e CONEPE). E nos movimentos sociais, se tornou um nome de referência: cofundador do Movimento Popular Ecológico de Sergipe (MOPEC), junto com figuras como Sérgio Borges e a jornalista Kátia Santana; e voz ativa no Fórum em Defesa da Grande Aracaju, sempre pautando o planejamento urbano sustentável.

Sua militância o levou a ser reconhecido em nível nacional, como integrante da Coordenação da Rede de ONGs da Mata Atlântica, defendendo com paixão os biomas brasileiros.

Na política partidária, Lizaldo foi um dos fundadores do Partido Verde em Sergipe, e mais tarde abraçou o Partido dos Trabalhadores, pelo qual disputou várias eleições – a mais recente, em 2024, para vereador em Capela.

Ao longo de sua vida, ele inspirou colegas, amigos e companheiros de luta com sua atuação em movimentos sindicais e ambientais. Seu legado é apontado como exemplo para as novas gerações que buscam construir uma sociedade mais justa e sustentável.

“Lizaldo foi um grande estudioso, cuja dedicação à causa ambiental e à luta sindical sempre inspirou aqueles que estiveram ao seu lado. Sua atuação firme, ética e comprometida deixa um legado que seguirá vivo na memória de todos que compartilham dos ideais que ele defendeu com tanta paixão”, declarou o senador Rogério Carvalho.

“Sergipe perde um grande homem. Eu perco um amigo e companheiro de lutas, cuja presença fará imensa falta”, acrescentou o presidente estadual do PT.

Além de militante e servidor público, Lizaldo também era poeta. Em dezembro de 2023, realizou o sonho de lançar seu livro de poesias, Travessia de um Deserto, em que deixou registrada a sensibilidade que o acompanhou ao longo da vida.

“Sergipe perde um guardião da natureza e da cidadania. Mas sua voz e sua poesia continuarão ecoando nas causas que abraçou. A partida de Lizaldo deixa uma lacuna imensurável na militância sergipana e na vida daqueles que tiveram o privilégio de caminhar ao seu lado”, diz José Firmo, coordenador do Fórum da Grande Aracaju.

O velório será realizado nesta segunda-feira, a partir das 19h, no Osaf, em Capela. O sepultamento acontece na terça-feira (8), às 10h, também em Capela, a cidade onde fincou suas raízes e suas lutas.


Lizaldo foi um grande lutador e uma grande figura humana de um outro tempo, não sei se apenas de um tempo, 1980, quando o movimento popular se refazia, se reconstruía.

Não duvido que  existam  lutadores como ele nestes tempos que rugem, mas são poucos, aliás como sempre foi.

Uma pessoa simples, humilde, bem humorada, tranquila, generosa, apesar do ambiente de disputas e percalços que fazem com que não floresçam muitas  lideranças que reúnam em uma mesma pessoa, qualidades como essas  no campo das organizações que lutam para a transformação social, agravado pela crise em outros ambientes que dificultam a preparação de homens e mulheres com o  tipo  de personalidade e comportamento como o de Lizaldo, me refiro aqui as famílias, escolas,  igrejas e etc...

E para terminar, para Lizaldo, versos de uma canção do  Barão Vermelho, “O poeta está vivo”, para o companheiro que escreveu belos poemas de sonho e de rebeldia.

“O poeta está vivo

Com seus moinhos de vento

A impulsionar

A grande roda da história...”

Ou , como no poema de  Maiakóvski musicado por Caetano Veloso

“Ressuscita-me

Para que a partir de hoje

A partir de hoje

A família se transforme

E o pai, seja pelo menos o Universo

E a mãe, seja no mínimo a Terra

A Terra

A Terra”

Que o poeta vivo em nossas boas lembranças possa ressuscitar em nós a compreensão da  grande família que formamos,  com um pai e uma mãe generosa .

O Universo e a terra que precisam, em especial esta última, cada vez mais  de pessoas simples,  humildes, bem humoradas, tranquilas e generosas.

Zezito de Oliveira 


Poema “Nave Gaia”, de Lizaldo Vieira dos Santos

https://gilvander.org.br/site/poema-nave-gaia-de-lizaldo-vieira-dos-santos/

Poemas, frases e mensagens de Lizaldo.









 




As bibliotecas escolares públicas: e o silenciamento das populações indígenas e negra!!! & Bibliotecas Públicas e Comunitárias na Política Nacional Aldir Blanc

Gildo Alves Bezerra *

    Numa sociedade escravocrata onde a relação do passado com o presente de exclusões fica mais evidente precisamos ouvir as "Vozes-mulheres" principalmente das populações indígenas e negras.

     Após as leis 10.639/03 e 11 645/08 houve cada vez mais o aparecimento de referências bibliográficas que tratam das populações indígenas e negras. 

     Mas, num Estado em que apenas 29,9% das escolas estaduais tem "bibliotecas escolares". Será que a renovação do acervo bibliográficos que retratam sobre as populações indígenas e negras já chegaram as salas de leitura? 

    E apenas 17,6% das escolas municipais tem bibliotecas escolares. O déficit de bibliotecas escolares é muito alto nas redes estaduais e mais gritante ainda nas redes municipais!!!!!! 

    Se este cenário já é gravíssimo. Visto que, dito de outra forma 70,1% das escolas estaduais não tem bibliotecas escolares e nos municípios 82,4% das escolas não tem bibliotecas. 

    Esta tragédia priva a maioria absoluta dos nossos educandos (as) do acesso à leitura. 

    Imaginem quando as bibliotecas escolares ou salas de leitura não fazem parte do projeto didático-pedagógico das unidades de ensino. 

    E mais dramático quando não há uma política de renovação do acervo, para que as crianças e adolescentes, tenham contato com as referências bibliográficas que tratam das populações indígenas e negras. 

     "(...) autoras e (...) autores demonstram, a partir de suas pesquisas e produções, que o racismo tem sido reprodutor de desigualdades sociais na sociedade e que a base dessa reprodução tem uma força muito grande na infância". (2014: 160)  

       Este é o período escolar das nossas crianças e adolescentes. Então, a ausência das referências bibliográficas que abordam as populações indígenas e negras reforça o racismo no cotidiano escolar 

    Munanga (2011) traz, além da denúncia do racismo no cotidiano escolar, as estratégias para sua superação a partir de uma práxis constituídas a partir de conhecimentos sobre as histórias e culturas africanas e principalmente das trajetórias afro-brasileiras e africanidades.

    Nós acrescentariamos a este pensamento de Munanga também a necessidade de termos acesso as histórias e culturas indígenas. 

    Infelizmente o nosso modelo de sociedade, ainda, é eurocêntrico, etnocêntrico, falocêntrica e patriarcal. Neste cenário quem mais sofre todas formas e conteúdos de violências são as populações indígenas e negras, principalmente, as mulheres indígenas e negras. 

    Vejam o que nos diz Cida Bento, em O Pacto da Branquitude, "tratar das desigualdades de raça e gênero no mundo do trabalho  toca em pontos  centrais da população  negra no Brasil," ( Bento, 2022: 88).

     Temos, caso surreal, em Ser pe,  "o selo Beatriz Nascimento".  Mas, observamos que existe escolas contempladas com o referido selo. Entretanto, não existe nenhuma das obras que abordam sobre a vida e produções desta intelectual sergipana!!!!!

    Faz mister a luta  pela efetivação das leis:

10.639/03, 11 645/08 -  essas duas leis anteriores nos relata a necessidade de implementação na educação básica do "ensino de história e cultura afro-brasileira e indígena" e Lei nº 12.244/10, que trata da universalização das bibliotecas nas instituições de ensino. 

    Sem contar que há a necessidade da efetivação da Lei nº 11.738/2008, estabelece o piso salarial profissional nacional para os profissionais do magistério público da educação básica. 

    Então, precisamos da valorização profissional através do recebimento do piso salarial profissional nacional do magistério e também da melhoria das condições de trabalho: bibliotecas escolares e atualização do acervo bibliográficos etc 

    Ou será que os patriarcas que estão como gerentes das redes estaduais de ensino e redes municipais de ensino acham que essa demanda por bibliotecas escolares e atualização dos acervos seria uma obrigação de nossos(as) educadores(as) que recebem baixos salários? Afinal, não vivemos  numa (Res)pública Federativa?

*Trabalhador, professor de história, ativista politico-social, sertanejo de Nossa Senhora da Glória-SE e pai de educandos da "escola pública sergipana" e da Universidade Federal de Sergipe.

Vocês sabiam que é possível usar os recursos da Aldir Blanc (até R$ 3 bilhões por ciclo!) para: ✅ Reformar e construir bibliotecas ✅ Comprar livros e equipamentos ✅ Contratar programação cultural ✅ Firmar parcerias com OSCs



sexta-feira, 4 de julho de 2025

Bons exemplos de gestão da Politica Nacional de Cultura Aldir Blanc.. Que tal um selo de reconhecimento por parte do MINC?

 Setor cultural contribui com editais da PNAB Itacaré (BA)


Agentes culturais de Itacaré participaram, entre os dias 3 e 15 de junho, de consulta pública online sobre demandas e apoios que o setor mais precisa. O levantamento realizado pela Secretaria Municipal de Cultura e pelo Conselho Municipal de Políticas Culturais (CMPC), com o apoio técnico do Instituto Tijuípe, recebeu 67 contribuições.
 
“Foi muito importante conhecer as necessidades de quem faz a cultura de Itacaré. Os resultados apontaram caminhos que serão agora trilhados pela gestão pública e pelo Conselho na elaboração dos editais da PNAB Itacaré”, afirma o secretário municipal de Cultura, Genilson Souza.
 
A consulta online foi uma das atividades de escuta pública realizadas pela prefeitura para orientar os próximos passos para aplicação de recursos do segundo ciclo da Política Nacional Aldir Blanc de Fomento à Cultura (PNAB). Itacaré deve receber cerca de R$ 230 mil do governo federal para investir em projetos e ações na cidade.
 
“Tivemos encontros presenciais em Taboquinhas, em 27 de maio, e na sede, no dia 3 de junho. Neles, pudemos explicar a PNAB e as pessoas participantes apresentaram suas maiores preocupações para que os recursos beneficiem o máximo de agentes culturais possíveis”, explica o secretário municipal adjunto de Cultura e presidente do CMPC, Diego de Bidal.
 
Principais resultados
 
O levantamento digital trouxe como destaque a enorme importância recebida pela Cultura Popular como área prioritária para investimento. Junto com a altíssima aprovação de haver apoio a Pontos de Cultura, reforça a importância de haver edital específico voltado a esse segmento.

Já Artesanato e Capacitação e Formação, que tiveram menos apoio na Lei Paulo Gustavo e no primeiro ciclo da PNAB, foram áreas que também tiveram alto volume de citações – inclusive com manifestações diretas nas perguntas abertas.

Também é importante ressaltar que, apesar de haver maior apoio a projetos e eventos que deem espaço a mais de um artista/grupo, há alto índice de respostas que indicam que esse fomento deve ser igual, o que aponta a necessidade de um possível balanceamento nos processos de seleção.

E ainda foi mostrado altíssimo apoio à manutenção de espaços culturais privados, sendo indicada a manutenção do edital realizado no primeiro ciclo da PNAB.


Veja um resumo do encontro da sede, em 3 de junho: https://www.instagram.com/p/DKfhuwIpGiu/ 

Veja como foi o encontro em Taboquinhas, em 27 de maio: https://www.instagram.com/p/DKNrMJVOMrg/


ALEX SANT´ANNA, como é bom ser sergipano

 🌱 A Mangue Jornalismo publica na seção PONTO DE VISTA um artigo de Patrick Torquato, DJ, produtor musical, gestor cultural e radialista com quase 30 anos de carreira. Ele é mestrando em Música pela Universidade Federal de Pernambuco (UFPE). Ele escreve sobre Alex Sant´Anna, músico, cantor, compositor e agitador cultural que recebeu o título de cidadão sergipano. 

“Dono de uma trajetória profissional que muitas vezes se confunde com a própria história recente de Aracaju, Alex é sem dúvidas um dos pilares da música pop sergipana contemporânea, atuando em várias frentes, conquistando espaços e deixando um legado para as próximas gerações sobre como se deve lidar com arte com um instrumento de impacto social e não apenas cultural”, escreve Patricktor4.

📲 *Artigo completo em https://manguejornalismo.org/agenda-mangue-cultural-jardim-secreto-bate-papo-na-seda-freedom-session-caravana-cinemarte-orsse-e-mais/