sexta-feira, 12 de setembro de 2025

Sobre o julgamento e condenação de Bolsonaro e alguns militares golpistas. Depoimento de quem poderia ter morrido no atentado do Riocentro em 1981.

 Por Zezito de Oliveira

Já imaginaram quantos mortos teriam o país , caso as coisas tivessem dado certo para Bolsonaro e sua entourage ou entorno mais próximo ? Além da morte anunciada de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes





Qual seria o número de pessoas desaparecidas, exiladas e presas, sem direito ao processo legal que Bolsonaro e seu séquito mais próximo estão tendo? Sem contar a quantidade de desconfiança e delações que criaria um clima extremamente tóxico no campo das relações entre familiares, vizinhos, colegas de trabalho ou de escolas e universidades, irmãos nas igrejas e etc? 



Para se conhecer mais fundo essa figura repugnante... Recomendo!!! (Prof.º Romero Venâncio)

E como não lembrar de outros dois 11 de setembro, mas com final trágico, ao contrário desse nosso 11 de setembro também histórico para nós  brasileiros, neste caso o 11 de Setembro de 1973  queda do presidente Allende no Chile, com apoio substancial dos EUA, e o atentados as torres gêmeas também em 11 de Setembro nos EUA, mas no ano de 2001.

E como evitar a tentativa de golpe outra vez? De militares inspirados nas ideias dessa  turma que conspirou, que planejou atentados, como o do Riocentro em 01 de maio de 1981 e o que  matou a secretária da OAB Lyda Monteiro da Silva que morreu num atentado a 27 de agosto de 1980 após a explosão de uma carta-bomba enviada ao presidente da Ordem dos Advogados, que visava o regime militar

Tudo isso em pleno regime militar e mais, que não traremos para cá, a fim de não alongar esse artigo, como iniciativa do grupo chamado "linha dura" que não aceitava a abertura politica do regime, defendida por um outro grupo de militares que estavam no governo, sendo presidente a época, o general João Batista de Figueiredo, fazendo este o  papel de militar favorável a abertura, embora com pouco traquejo para lidar com os conceitos de democracia, justiça social, direitos humanos e etc.  

O ex-presidente  Bolsonaro e o general Augusto Heleno são ligados ao primeiro  grupo, e não à toa, quem conhece minimamente a História contemporânea do Brasil deve saber de continuidade disso anos depois, com a manifestação de  Bolsonaro em favor da explosão de bombas, o qual conforme a revista Veja, em 25 de outubro de 1987, em matéria intitulada de "Pôr bombas nos quartéis"  afirmava este e o capitão Fábio Passos da Silva, planejavam explodir bombas em várias unidades militares do Rio de Janeiro de modo a protestar contra a prisão do capitão Sadon Pereira Filho que entregara a seus superiores um manuscrito reivindicando melhores salários. 

Para não ficar dúvidas sobre como Bolsonaro pensa de forma sincera os conceitos de  democracia, respeito à vida, direitos humanos e liberdade, basta lembrar a declaração absurda que fez como deputado (sic)  em 1999.  Através do voto você não vai mudar nada nesse país, nada, absolutamente nada! Só vai mudar, infelizmente, se um dia nós partirmos para uma guerra civil aqui dentro, e fazendo o trabalho que o regime militar não fez: matando uns 30 mil, começando com   o FHC, não deixar para fora não, matando! Se vai morrer alguns inocentes, tudo bem, tudo quanto é guerra morre inocente.” 

E a tentativa recente  fracassada de atentado a bomba ao aeroporto de Brasilia em 22 de dezembro de 2022? Segundo o portal Metropoles"Era manhã do dia 24 de dezembro quando a notícia de que uma bomba havia sido acoplada a um caminhão-tanque, abastecido com 60 mil litros de querosene de aviação, que ia entrar na área do terminal. O veículo entraria no aeroporto da capital com o explosivo no mesmo momento em que centenas de famílias desembarcavam e embarcavam para encontrar seus parentes em outros estados ou países. Seria uma tragédia se o detonador não tivesse falhado. A justificativa para tentar explodir um caminhão-tanque no aeroporto da capital do Brasil era política. Insatisfeitos com a eleição do petista Luiz Inácio Lula da Silva, bolsonaristas queriam mudar o resultado das eleições gerais de 2022 espalhando o caos no país."

Ao saber desse atentado não poderíamos  deixar de lembrar  o atentado a bomba no Riocentro,  o qual poderia ter levado a minha vida ou ter me deixado vivo mas com sequelas, como a muitos dos  cerca de 20 mil pessoas, a maioria adolescentes e jovens como este que escreve à época, presentes ao local. 

atentado fracassado a um show no Riocentro em comemoração ao dia do trabalhador de 1981 e para apoio ao fundo de greve dos sindicatos que enfrentavam o empresariado e a ditadura militar de então, em especial os sindicatos do ABC, como citado, foi obra de setores da linha dura do Exército insatisfeitos com a abertura no governo Figueiredo. A bomba explodiu dentro do carro Puma onde estavam o sargento Guilherme Pereira do Rosário e o capitão Wilson Dias Machado. Era uma ação articulada para atribuir o atentado a grupos de esquerda. A investigação levou à renúncia do general Golbery do Couto e Silva, então chefe da Casa Civil da presidência. Quatro anos depois do atentado, terminava o governo militar. O caso faz parte de uma tradição de criar clima de insegurança para justificar repressão e fechamento político, como no famoso Plano Cohen (1937) e o caso Para-Sar (1968).

Mas deu tudo errado e dois militares, um sargento acabou morto e um capitão foi ferido, quando a bomba que transportavam explodiu por acidente no colo do sargento, ainda dentro do carro,  enquanto ajustavam o detonador.

O capitão não foi expulso do exército e foi promovido a general, comprovando a conivência do exército com o atentado e a tentativa de assassinato dos civis. Houve um pacto onde o exército protegeu o capitão e, ao mesmo tempo, o capitão protegeu o exército. 

O caso foi abafado pelo Exército em menos de um ano e, como sempre aconteceu na história do Brasil até antes de hoje, 11 de setembro de 2025, nenhum militar foi punido.

E nem só por causa desse atentado do Riocentro, o caso Para-Sar, pretendia levar para os ares o viaduto do Gasômetro no Rio de Janeiro, o que não aconteceu, graças a um capitão corajoso e consciente que enfrentou um brigadeiro golpista de tradição, na explosão, morreriam milhares de trabalhadores que estariam retornando pra casa após mais uma jornada laboral.

Mas, nenhum militar foi punido, vírgula, neste caso houve punição ao militar, porém ao capitão Sérgio Macaco, punido por ser corajoso e consciente, ao contrário do brigadeiro da Força Aérea Brasileira João Paulo Moreira Burnier o qual além de golpista,  também agente torturador.
Também punidos pelos golpistas de 1964 por serem bons militares, foram centenas de legalistas e nacionalistas, o que pode ser melhor conhecido no documentário "Militares da Democracia: os militares que disseram NÃO".

Quanto a pergunta "E como evitar, ou prevenir, a tentativa de golpe outra vez?". Fazer o que fez o STF neste 11 de setembro de 2025 é um grande passo, mas insuficiente.

Ao fim e a cabo, precisamos nos engajar nas próximas eleições para eleger, além do presidente Lula, uma bancada maior de parlamentares do campo progressista e de esquerda, neste dois casos, os melhores posicionados, quando houver disputa dentro destes dois campos, progressistas mais moderados e os radicais mais a esquerda, como fizeram os franceses nas últimas eleições legislativas.

E realizar e/ou participar das muitas iniciativa pedagógicas, culturais e políticas que nos lembrem da importância de vivermos em um país democrático, diverso e plural e que sempre busca a justiça social e ambiental, assim como um país que valoriza a educação, a cultura, a ciência e a tecnologia. O próprio show 01 de maio, realizado em dois momentos, foi/é um exemplo disso

Pois, como afirmou o nosso grande brasileiro Darcy Ribeiro “Tenho tão nítido o Brasil que pode ser, e há de ser, que me dói demais o Brasil que é” declaração  feita por ele em 1991, durante seu discurso em um evento da Universidade de Copenhague, na Dinamarca.

Reitero, este julgamento no STF é um grande passo a frente no Brasil que pode ser, mas ainda precisando de muito conhecimento histórico, consciência de classe e interpretação de texto,  para vir a ser com a potência que traz.


P.S.: 1 - Sobre depoimento em primeira pessoa acerca do  show do Riocentro em 1981 vou escrever  mais a frente, e será um texto em conjunto com uma colega professora da Universidade Federal Fluminense.  O segundo que pretendemos escrever em conjunto. O primeiro pode ser conferido AQUI

Sobre este mesmo assunto há uma postagem aqui no blog que vale a pena conferir.

domingo, 25 de dezembro de 2022

Outro Atentado como o de 1981 no Riocentro é possível?


 É grave e parece a tentativa de repetir um filme antigo.... Como o primeiro, este também não deu certo,, ainda bem.. Mas será preciso ficarmos atentos e fortes....

Quem esteve presente aquele momento e quiser enviar depoimento,  pode enviar  para o email zezitodeoliveira@gmail,com,  que publicaremos aqui no blog, em sequência ao texto da minha autoria e da colega citada .
P.S.: 2 - Após a publicação desse artigo encontro publicado no perfil de um amigo no facebook, a canção símbolo daqueles anos, destes e dos anos que virão,  de um artista, Ivan Lins,  que fez parte do cast dos artistas convidados para os shows 01 de maio, e que se apresentaram sem cachê. Ouça/Assista a canção AQUI
No novo tempo
Apesar dos castigos
Estamos crescidos
Estamos atentos
Estamos mais vivos
Pra nos socorrer
Pra nos socorrer
Pra nos socorrer
No novo tempo
Apesar dos perigos
Da força mais bruta
Da noite que assusta
Estamos na luta
Pra sobreviver
Pra sobreviver
Pra sobreviver
Pra que nossa esperança
Seja mais que vingança
Seja sempre um caminho
Que se deixa de herança
No novo tempo
Apesar dos castigos
De toda fadiga
De toda injustiça
Estamos na briga
Pra nos socorrer
Pra nos socorrer
Pra nos socorrer
No novo tempo
Apesar dos perigos
De todos os pecados
De todos enganos
Estamos marcados
Pra sobreviver
Pra sobreviver
Pra sobreviver
Pra que nossa esperança
Seja mais que vingança
Seja sempre um caminho
Que se deixa de herança
No novo tempo
Apesar dos castigos
Estamos em cena
Estamos na rua
Quebrando as algemas
Pra nos socorrer
Pra nos socorrer
Pra nos socorrer
No novo tempo
Apesar dos perigos
A gente se encontra
Cantando na praça
Fazendo pirraça
Pra sobreviver, ah
Pra sobreviver
Pra sobreviver
P.S.: 3 - Em resposta ao artigo acima recebi de Edidelson Silva, conceituado chargista e pintor sergipano, o seguinte:


P.S.: 4  - Já ontem,  o amigo Pe. Soares, logo  após o resultado do julgamento me envia canção do amigo e cantautor cearense Zé Vicente.

E agora a pouco me lembrei de outra, do mesmo cantautor.

P.S.: 5 -O dia em que Bolsonaro foi preso, 39 anos atrás. BBC-Brasil. AQUI

P.S.: 6 - 
No país do Carnaval, a ficção encontra a realidade --uma conversa com Miguel Nicolelis. AQUI

P.S.: 7 - Cantos de luta: escutando os shows 1º de Maio (Brasil, 1980-1981)o
os shows 1º de Maio (Brasil, 1980-198




1)









JUSTIÇA HISTÓRICA CONTRA O GOLPISMO: Editorial do Estadão, o maior jornal do pensamento conservador no Brasil.

Supremo rompe com uma nefasta tradição de leniência ao condenar Bolsonaro e seus comparsas civis e militares à prisão pela tentativa de impedir a posse de um presidente legitimamente eleito

11/09/2025 

A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão por tentativa de golpe de Estado, entre outros crimes correlatos, engrandece o Brasil. Sob risco de se perder a real dimensão do feito realizado pelo Supremo Tribunal Federal (STF), não se pode analisar o fim do julgamento da Ação Penal (AP) 2.668 somente à luz da punição de criminosos que, desde os mais elevados postos da República, conspiraram contra a Constituição. É preciso reconhecer que, malgrado os problemas jurídicos, de resto compreensíveis ante o ineditismo do processo, e em meio a uma brutal pressão sofrida pelo STF, a democracia brasileira passou com poucos arranhões por seu maior teste desde o fim da ditadura militar e soube lidar com uma ameaça real à sua existência.

Pela primeira vez, um ex-presidente da República é condenado à prisão por insuflar e liderar uma conspiração que pretendia impedir a posse de um presidente legitimamente eleito. Ao lado de Bolsonaro na desonra de ingressar no rol dos culpados, três generais de quatro estrelas e um almirante de esquadra foram igualmente condenados, rompendo-se, assim, a nefasta tradição de leniência com militares sediciosos que conspurca a história republicana. Desde 1889, o País conviveu com reiteradas intervenções de fardados na vida política nacional, sempre sob o signo da impunidade. Nesse sentido, a decisão do STF de não condenar apenas o líder civil da trama golpista resgata uma condição indispensável para o desenvolvimento do Brasil: na democracia, não há lugar para tutela militar sobre os destinos do País. Tampouco há espaço para indulgência com traidores da Pátria, sejam paisanos ou fardados.

A condenação de Bolsonaro, pode-se afirmar, é o corolário de uma vida pública dedicada à insurreição, à violência, à mentira, ao desrespeito às instituições e a tudo o mais que possa ser hostil à convivência em uma sociedade livre. Como bem sublinhou o ministro relator da AP 2.668, Alexandre de Moraes, Bolsonaro foi praticamente um “réu confesso”. Recorde-se que, em agosto de 2021, o então presidente afirmara que só via “três alternativas” para seu futuro: “estar preso, estar morto ou a vitória (na eleição de 2022)”, deixando claro que “a primeira alternativa não existe”. Ou seja, Bolsonaro jamais cogitou de uma transferência pacífica de poder.

A condenação, porém, transcende a biografia do indigitado, um sujeito que nunca ofereceu algo de bom ao Brasil e a seus concidadãos como militar, como deputado e como presidente da República. A decisão do STF é uma vitória da sociedade brasileira, que, a duras penas, reconquistou as liberdades democráticas em 1985 e tem lutado para aprimorá-las desde então. Portanto, a prisão de Bolsonaro por liderar uma tentativa de restauração do arbítrio no País é o triunfo, do ponto de vista coletivo, do ideal de Justiça.

É preciso registrar, ademais, a gravidade das pressões para deslegitimar o julgamento de Bolsonaro e seus asseclas. O presidente dos EUA, Donald Trump, sob influência de Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente, impôs sanções ao Brasil e a ministros do Supremo. Há poucos dias, chegou a ameaçar o Brasil até com a possibilidade de intervenção militar para livrar Bolsonaro da cadeia. Em paralelo, o grupo político do sr. Bolsonaro empenhou-se sistematicamente em criar um clima de hostilidade em relação ao Supremo, na expectativa de mudar o destino do ex-presidente, agora um golpista condenado, a depender da mudança de ventos políticos. Infelizmente, não há razão para crer que essa malta recuará, o que prenuncia tempos ainda mais tumultuados.

Seja como for, o Supremo provou-se disposto a cumprir seu papel, mesmo diante das mais severas adversidades. Agora, cabe à sociedade e ao Congresso reafirmar esse pacto democrático. Não se tratou de vingança, mas de justiça. Não se tratou de perseguição, mas de resguardo da Constituição. O Brasil mostrou que é capaz de punir, com o rigor da lei, aqueles que atentam contra a democracia. E que ninguém, nem mesmo um ex-presidente da República ou militares de alta patente, está acima da lei.

https://www.estadao.com.br/opiniao/justica-historica-contra-o-golpismo/?utm_source=estadao:app&utm_medium=noticia:compartilhamento



quinta-feira, 11 de setembro de 2025

Como foi possível um bandeirão dos EUA em suposto ato comemorativo na Av. Paulista pela independência do Brasil?

 Estão vendo aquela bandeira verde e amarela, bem pequena, tímida, ao lado de uma gigantesca e opressiva bandeira dos Estados Unidos?

É a expressão do "patriotismo" da Extrema Direita brasileira. Essa gente tem ódio do Brasil e dos brasileiros, são traidores da pátria, corruptos morais (e de fato) e serviçais do imperialismo.

Célio Turino

Poema para o coro da soberania nacional

No dia da Independência, às margens da Av. Paulista, 42,2 mil proclamam: o entreguismo, a subserviência e o golpe. Daltônicos, trajam-se com as cores da pátria que dizem defender, mas empunham bandeira estrangeira. Em defesa do pão, povo e nação: é anti-bolsonarismo ou morte!

No sete de setembro de 2025,
na Paulista, diante do MASP,
erguem-se de novo os vendilhões.

Bocas cheias de “Pátria, Deus, Família”,
mãos cheias de traição,
dobram-se como capachos do Império
e sustentam bandeira estrangeira
no dia da Independência do Brasil.

Chamam-se patriotas, são golpistas,
são violentos, são corruptos.
Desunem para vender a pátria.
Como se pátria fosse coisa a se vender!

Enquanto a bandeira verde-amarela
minguava envergonhada,
tímida e alquebrada,
estenderam o pano ianque
com suas listas brancas e vermelhas
e as cinquenta estrelas da servidão.

Traem o suor dos brasileiros,
traem o pão do povo,
traem o futuro das crianças.
Entregam a floresta,
os minérios
a labuta
a comida
a alegria,
os sonhos.

Trocam a Amazônia por passeio no shopping,
a Petrobras por posto de gasolina do PCC,
o povo por uma latrina imperialista
que prontamente se dispõem a cheirar e lamber.

Pátria não é dos sabujos que se vendem.
A pátria é feita por quem planta,
por quem constrói,
por quem canta,
por quem resiste
e insiste.

Ajuricaba não se lançou no Amazonas para entregar a floresta.
Zumbi não lutou para voltarmos à senzala.
Tiradentes não morreu para dobrarmos joelhos.
Quitéria não vestiu farda para servir outra nação.

Vendilhões da pátria!
Corruptos, violentos, golpistas!!!

A história não perdoa traidores
e o povo não esquece seus algozes!
Já ocupamos ruas com milhões de vozes,
ocuparemos novamente!

A pátria não se vende!
A pátria não se rende!

Aqueles que ontem levantaram bandeira estrangeira,
amanhã quererão vender a alma do Brasil e a carne do povo.
Já vendem! Querem vender mais.
Traidores é o que são!

Sem anistia!
Golpistas na prisão!
Ditadura, nunca mais!
Golpistas na prisão!
Ditadura, nunca mais!
Sem anistia!

Há um grito que atravessa séculos,
um brado que não se cala,
uma pátria que não se vende,
um povo que não se rende.

Os servos do imperialismo
devem ser lembrados como são:
corruptos, violentos e golpistas,
sombra de traidores e covardes.

Nosso brado não se cala,
esse grito é nosso.
Vestidos de Brasil derrubamos a Ditadura
com o grito por DIRETAS JÁ!
Gritaremos novamente:

Ditadura nunca mais!
Golpistas na prisão!

Nunca mais voltarão a manchar a Nação!
Nossa bandeira é verde, amarela, azul e branca,
não por conveniência ou patriotada entreguista,
mas por justiça,
liberdade,
igualdade,
fraternidade.
Nossa bandeira é por futuro soberano
e o lado do Brasil é a bandeira do Brasil!

Com o Brasil em nossos lábios.
Com o Brasil em nossos passos.
Com o Brasil em nossas mãos.
Jamais desonraremos a Nação!

Mãos do povo que grita, trabalha e brinca,
seguimos com a paciência da história
e a urgência da vida.
Assim gritamos no dia da pátria verdadeira:

Independência, sim!
Golpismo nunca mais!
Abaixo os traidores e entreguistas!
Viva o Brasil Soberano, Democrático e Popular!

ENQUANTO DIREITA BATE CABEÇA, ESQUERDA SUSPEITA DE INTERVENÇÃO ESTRANGEIRA | PLANTÃO


                  
E lá estava a bandeira dos Estados Unidos estendida no chão.

Enorme, robusta, poderosa.

No dia da independência do Brasil, lá estava a bandeira dos Estados Unidos estendida no 
 chão. 

Explícita bandeira da dominação, ontem  de botas e tortura hoje da consciência. 

E lá estava a bandeira dos Estados Unidos estendida no chão, no chão...

No chão da fábrica, no chão do campo, no chão das ruas e dos bancos,  e das escolas.

... e no pulpito das igrejas como outrora na caserna.

No altar do deus mamom, moloque e de todos os baais.
Culto moderno da multidão sacrificante, sacrificada.

E lá estava a bandeira dos Estados Unidos estendida no chão, no chão....

E lá estava a multidão. Não pedia pão mas pedra, não pedia paz mas guerra.

Não clamava "liberdade ainda que tardia" mas a "América para os americanos".

 E lá estava a bandeira dos Estados Unidos estendida no chão, no chão...






O roteirista do Brasil colocou esse voto do Luiz Fux na trama para apimentar a história e mostrar o quanto podemos descer a ladeira ainda mais

E o Brasil descendo a ladeira aqui, não é com o sentido positivo da canção da autoria do genial Moraes Moreira.




 "O que há de inédito nessa ação penal é que nela pulsa o Brasil que me dói. A presente ação penal é quase um encontro do Brasil com seu passado, seu presente, e seu futuro"

- Cármen Lúcia







REINALDO AZEVEDO DETONA FUX: “VOTO VERGONHOSO DA HISTÓRIA DO STF” | PLANTÃO








Como votaram os dois primeiros ministros, conforme a excelente crônica do jornalista Avro.

O JULGAMENTO DE JAIR: COMO VOTA ALEXANDRE DE MORAES


O JULGAMENTO DE JAIR: COMO VOTA FLÁVIO DINO








Confirmando as expectativas, o ex-presidente Jair Bolsonaro foi condenado hoje por tentativa de golpe de Estado. A pena deve sair até amanha, mas pode ultrapassar os 40 anos. Agora, resta pouco tempo para ele tentar fugir, uma vez que pode ser preso na carceragem da Polícia Federal em Brasília, em uma cela na Papuda ou, em um ato humanitário, ser concedido a ele o cumprimento da pena em casa.
Com o voto da ministra Cármen Lúcia e com o que foi adiantado pelo presidente da Primeira Turma, ministro Cristiano Zanin, o resultado final deve ser uma maioria de quatro votos a Fux, o que não dá direito à defesa a pedir embargos infringentes.
A maior dúvida agora é se Bolsonaro aceitará cumprir a pena ou se, diante da condenação, tentará uma fuga. Seu espelho, Donald Trump, nunca foi preso, apesar de tentar coisa semelhante. Seu modelo, os autocratas que ele tanto admira, também nunca pagaram por seus crimes. Por que logo ele, deve estar pensando agora. Também deve estar refletindo que a ideia de passar anos atrás das grades é intolerável.
Jair já disse que nunca fugiria, mas também afirmou que nunca daria um golpe.
Ele já fez um test drive de fuga de dois dias na Embaixada da Hungria, em fevereiro do ano passado, após ter seu passaporte apreendido; fugiu para a Flórida dois dias antes do final do seu mandato com receio de que viesse a ser penalizado pela articulação golpista e para criar um álibi para o 8 de janeiro; e foi descoberto, em seu celular, uma minuta de um pedido de asilo ao governo Javier Milei, na Argentina. Não, ele não fugiria.
O governo quer evitar que Bolsonaro vire um símbolo de resistência a partir da cela. Mas os aliados que desejam herdar os seus votos, por outro lado, sonham exatamente com isso. Melhor do que um Bolsonaro cabo eleitoral solto, que fala besteira a rodo, é um Bolsonaro cabo eleitoral preso, que vira uma ideia e não abre a boca.
Se preso, ele será um ativo para a extrema direita, um mártir. Contudo, se fugir, pode ser tachado de covarde, de medroso, de cagalhão. Ele tem um tempo muito curto para decidir se prefere sua liberdade ou seu legado (íntegra do texto no UOL)