informações sobre ações culturais de base comunitária, cultura periférica, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
O sucesso da série Adolescência no Reino Unido e em muitos lugares do mundo, inclusive no Brasil, foi/está sendo tão avassalador que passou a integrar o currículo de escolas no local de origem e mesmo que isso não aconteça dessa maneira em outros lugares, já está presente em milhões de escolas no mundo, como assunto de conversas, tanto nos grupos de whatsapp, telegram e etc., como em conversas nas salas dos professores, nos corredores das escolas, nos cursos de formação de docentes e outros profissionais da área de ciências humanas das universidades, sem contar todo o ecossistema global de informação falando da série.
Situação até certo ponto semelhante aconteceu/acontece com “Ainda estou aqui” embora no caso do Brasil não tenha chegado a ocorrer como a série citada no Reino Unido, integrar o currículo, masfoi objeto da iniciativa de distribuição do livro nas escolas públicas da Bahia, Piauí e Amapá.
Leia matéria da revista Veja sobre a distribuição do livro nas escolas da Bahia e do Piauí e do Portal G1 sobre o Amapá
E SE O PANO DE FUNDO DO PROBLEMA APRESENTADO NA SÉRIE DA NETFLIX FOR A CRISE DE SENTIDO QUE AFUNDA NOSSA SOCIEDADE SOB A FORMA DE INDIVIDUALISMO E CONSUMISMO EXARCEBADO, DO MATERIALISMO QUE PRECIFICA E MERCANTILIZA TUDO E TODOS E DA EXPLORAÇÃO DESMEDIDA DOS SERES HUMANOS E DOS RECURSOS NATURAIS?
QUE PAPEL PODE TER DE CONSTRUÇÃO DE SENTIDO, A AÇÃO CULTURAL NO SEIO DAS ESCOLAS E EM OUTROS ESPAÇOS DE SOCIALIZAÇÃO DE CRIANÇAS, ADOLESCENTES E JOVENS?
Participe do debate, escrevendo para o blog e acerca da questão acima A crise de sentido e o papel da ação cultural para construir ou alimentar fontes de sentido, se preferir, antes ou depois de escrever para o blog ou outros veículos da sua preferência, os melhores textos ou comentários serão publicados ou republicados por aqui, leia o texto "Um sentido para a vida", de Frei Betto, transcrição de uma palestra de 1997, no Conselho de Economia, Sociologia e Política da Federação do Comércio do Estado de São Paulo.
O presente texto, será completado durante pelo menos mais três dias, de forma alternada. Acompanhe as atualizações pelo instagram e facebook da Ação Cultural.
"Presa por ser uma mulher, Presa por ser uma comunista, Jacinta Passos", 2024.
Quando cheguei para morar aqui em Aracaju, ouvi de moradores lembranças de pessoas e lutas do passado e uma dessas memórias foi a da poeta e militante Jacinta Passos (1914-1973). Fiquei emocionado e em choque em descobrir sua luta e seu apagamento histórico, uma mulher que aos 48 anos de idade foi atuar em uma comunidade de pescadores em Barra dos Coqueiros e todos os dias, pegava o barco tototó para Aracaju (1962) para vender sua poesia e panfletar, quando foi pega pixando os muros da cidade, durante a ditadura militar, sendo então aprisionada em um hospital psiquiátrico até sua morte.
Nessa carta, consta os últimos escritos dela quando estava presa no hospital psiquiátrico aqui em Aracaju, uma foto com a sua filha, 3 fotografias do trajeto que fiz assim como ela de tototó e um livreto de memória que com uma linha de pesca encontrada em Barra dos Coqueiros, busco linkar a luta contra o conservadorismo e fascismo brasileiro desde os integralistas passando pela ditadura militar até os dias de hoje.
Além da carta, esse trabalho conta também com o videoarte poesia que gravei quando fui até Barra dos Coqueiros atrás da casa onde Jacinta morava e com ajuda da Gabriela Bandeira (@gabbruni ), revivemos sua memória-poesia conectando com a paisagem de hoje. A carta está sendo exposta na exposição @continuamos.expo da galeria da UFPR e o vídeo arte pode ser encontrado no meu canal no Youtube.
Essa é a triste história de uma mulher culta, escritora e poetisa, que tbm agiu fazendo pichação, só que no caso dela foi uma pichação contra a ditadura de 1964. Então, diferentemente, da cabeleireira que agiu contra a Democracia com um pichação “Perdeu, mané”, Jacinta não teve direito a nenhum julgamento e nem o oferecimento de um acordo de não persecução penal. Ela foi, simplesmente, dentro de um Base de Comando militar, a partir de único laudo médico psiquiátrico, considera louca e internada em isolamento, com constantes tratamento de eletrochoques até a sua morte. Portanto, o que se passa hoje no julgamento dos golpistas de 08/01, não há qualquer paralelo com o que se viu na sanguinária ditatorial de 64, a qual todos esses condenados de hoje tinham o imenso desejo de tê-la de volta e sob o comando do golpista maior Jair Bolsonaro.
Já não somos mais os mesmos, como dizia Belchior. Me refiro à capacidade de convocar participantes a atos públicos. Tenho repetido que precisamos ir às ruas para marcar nossa posição contra a anistia. O deputado Guilherme Boulos deu um passo à frente e fez uma convocação para o próximo domingo (30): NÃO à anistia e SIM à prisão de Bolsonaro. Também extensiva ao 1° de abril, que deflagrou os 21 anos de ditadura militar.
Só ontem – portanto a quatro dias do evento -, encontrei algum serviço no site Brasil de Fato sobre o ato. Há convocações para todo o país. Porém, fiquei pasma com a decisão: no Rio haverá três encontros, todos às 10h30. No Aterro (sequer há um ponto definido, já que o parque é gigante), Feira da Glória e República (será o museu?). Parecem ter sido projetadas para esvaziar...Já, em São Paulo, a concentração ocorre às 13h, na Praça Oswaldo Cruz, na Paulista, perto do metrô da Brigadeiro, e às 14h segue em caminhada até o antigo Doi-Codi.
Ontem, por sinal, participei do ato “Ocupa Rubens Paiva, Tortura Nunca Mais”, na Tijuca, estrategicamente convocada para a Praça Lamartine Babo, em frente ao Doi-Codi. Eram cerca de 300 participantes, no auge da concentração (foto), com muitas bandeiras do PCdoB – o grupo político mais atingido pela ditadura militar.
O palco e as cadeiras foram montadas perto do busto de Rubens Paiva (abaixo), que morreu ali em frente, como outros milhares de militantes que lutavam pela volta da democracia.
Muita gente falou. Vera, a filha de Rubens e Eunice, justificou sua ausência por estar dando aulas na universidade, enquanto Marcelo lançava seu livro – que deu origem ao premiado “Ainda estou aqui” – na Europa. O deputado Tarcísio Motta (Psol-RJ) era um dos presentes, e me disse: “É importante voltarmos às ruas, para disputar com a memória da ditadura”. Ele não participou da organização do ato de domingo, mas soube que os responsáveis preferiram investir todas as fichas em São Paulo.
Entre os palestrantes ecoaram alguns recados: “o fascismo não desaparece”, ou, a proposta de transformar aquela sede do Doi-Codi em Museu da Memória da Tortura Nunca Mais. E, entre uma maioria de cabeças brancas, a faixa “Por memória, verdade e Justiça – onde estão Rubens Paiva e os 210 desaparecidos da ditadura?” remetia a velhos tempos em que as redes sociais ainda não substituíam a presença física.
Me parece que a esquerda – temporariamente saciada pela cassação de deputados bolsonaristas e pela transformação do ex-presidente e dos sete mais influentes golpistas em réus – está de salto alto. Assim como as forças progressistas. Já tive uma amostra desse espírito nos primeiros atos contra o governo Bolsonaro, no pós-pandemia.
Nessa toada, vamos precisar de muita sorte para não sucumbir à voracidade transnacional da extrema direita...
Para quem chegou até aqui e quiser entender o porquê das dificuldades da esquerda atrair mais pessoas nas manifestações de rua, recomendamos a leitura de Gavin Adams em Outras Palavras.
O PM Elias Ribeiro, que também é diretor de escola cívico-militar, se irritou com o fato de mulheres que estavam na sua mesa terem deixado ele para ficar com o rapaz. A vítima era um jovem inventor e talentoso que ganhou as manchetes da imprensa anos atrás após construir uma réplica da aeronave Super Tucano, da FAB, usando motor de Fusca, madeira, zinco e metalon
O tenente da PM-MT, Elias Ribeiro da Silva, que também é diretor da escola cívico-militar Tiradentes, no município de Colniza, foi preso após assassinar com um tiro no peito à queima-roupa Claudemir sá Ribeiro, de 26 anos .
O jovem foi morto sentado em uma mesa de bar, e segundo o delegado Ronaldo Binoti Filho, a motivação foi ciúmes, após mulheres que estavam com o sargento terem deixado ele para ficar com Claudemir.
“[O PM] Elias atirou em Claudemir simplesmente pelo fato de não ser correspondido pelas mulheres com quem esteve durante o dia”, relatou o delegado.
Uma funcionária do bar disse à polícia que Elias havia chegado ao estabelecimento com algumas mulheres e pagado cervejas a elas. Porém, depois de um tempo essas mulheres sentaram na mesa em que a Claudemir estava com o irmão.
A vítima tinha se tornado conhecida publicamente em 2019, após construir com seu irmão uma réplica da aeronave A – 29 Super Tucano da Força Aérea Brasileira (FAB) usando motor de Fusca, madeira, zinco e metalon.
O Assunto #1436: A pressão de Trump sobre estudantes e universidades
Rumeysa Ozturk, estudante turca que faz doutorado nos Estados Unidos, foi presa por agentes de imigração. No ano passado, ela escreveu um artigo em que pedia que a universidade cortasse laços com Israel. Professores relatam que precisaram tirar palavras como diversidade, inclusão, gênero e sustentabilidade, por exemplo, de programas de ensino.
A Viúva Porcina foi um dos personagens mais icônicos da novela Roque Santeiro (1985), interpretada pela atriz Regina Duarte. Ela era uma figura central na trama, conhecida por sua personalidade extravagante, ambição e envolvimento nos conflitos da fictícia cidade de Asa Branca. Aqui estão os principais detalhes sobre ela:
Quem era a Viúva Porcina?
Nome completo: Porcina da Silva.
Relacionamento com Roque Santeiro: Alegava ter sido casada com Roque Santeiro (José Wilker), o suposto herói morto que virou lenda em Asa Branca. Na verdade, ela nunca foi sua esposa, mas usou essa história para ganhar prestígio e influência na cidade 35.
Características:
Manipuladora e ambiciosa: Usou o mito de Roque Santeiro para enriquecer, tornando-se uma das pessoas mais poderosas da região.
Extravagante: Ostentava riqueza com roupas chamativas e mau gosto, reforçando sua imagem de "viúva santa" enquanto agia de forma questionável .
Amante de Sinhozinho Malta: Tinha um relacionamento turbulento com o fazendeiro Sinhozinho Malta (Lima Duarte), que era apaixonado por ela e até chegou a lamber sua mão em uma cena memorável para implorar perdão . AQUI e AQUI
Seu papel na trama
Porcina era uma das principais antagonistas, lucrando com a farsa da santidade de Roque Santeiro e enfrentando resistência de personagens como Tânia (filha de Sinhozinho Malta), que desaprovava seu relacionamento com o pai . Sua figura representava a hipocrisia e a exploração da fé popular para benefício próprio.AQUI
Curiosidades
Originalmente, o papel foi oferecido à atriz Betty Faria, que recusou por achar a personagem "mau-caráter". Regina Duarte aceitou e tornou a Viúva Porcina um dos papéis mais marcantes de sua carreira .
Uma cena antológica mostra Sinhozinho Malta imitando um cachorro para agradá-la, tornando-se um momento emblemático da novela .
Porcina foi essencial para o sucesso de Roque Santeiro, uma das novelas mais assistidas da TV brasileira, com cenas que permanecem na memória do público até hoje .
"INCLUIU O VÍDEO NA MADRUGADA E VAMOS TER QUE REPETIR SEMPRE PRA QUE NINGUÉM ESQUEÇA" | Cortes 247 - Voto de Alexandre de Moraes
O vídeo que Xandão levou ao julgamento e desmontou "narrativa" das defesas dos golpistas
O show de Flávio Dino | Réu, Bolsonaro parte pro ataque | 26.03.25
Fiquei deveras impressionado com a fala do assaz preparado e sensato ministro Flávio Dino no STF, citando a tragédia de Mersault, protagonista de “O Estrangeiro”, obra-prima de Albert Camus:
“Não importa se o personagem chorou no enterro da mãe. Não importa se ele tem a supostamente boa ou má índole. O que importa é o fato concreto, se ele foi provado ou não.”
Além da erudição, me encanta seu direcionamento antipunitivista, opondo-se à desumana teoria do Direito Penal do Inimigo, formulada por Gunther Jakobs, que parte de uma premissa maniqueísta ao dividir a sociedade em heróis e vilões, de acordo com o histórico de cada indivíduo.
A atuação de juristas brilhantes e humanistas, como Dino, Barroso Zanin e Moraes, reforça o meu otimismo a respeito de um processo civilizatório tardio que já se afigurava como imperativo. Mesmo os genocidas merecem o direito à ampla defesa e à condução transparente de seus processos criminais. Afinal, em uma república universalista, laica e calcada nos princípios do Estado Democrático de Direito, inexiste a possibilidade da abertura de precedentes para arbitrariedades características de épocas de obscurantismo, delírio e fanatismo.
Leiam “O Processo”, obra inacabada de Franz Kafka. Hoje jantei Gazpacho com croutons integrais.