Os jovens e a construção da autonomia.
Um desafio. Entrevista especial com Hilário Dick“A juventude quer vivência grupal. Nunca houve tanta busca dessa vivência como nos dias de hoje. Por outro lado, a essência da Igreja é ser comunidade (ecclesia). Não se entende uma Igreja que não seja e não promova a comunidade, o grupo. Por isso a juventude espera acolhida”, diz padre jesuíta.
Confira a entrevista.
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A Igreja precisa possibilitar e incentivar a
construção da autonomia. É a partir dessa percepção que Pe.
Hilário Dick (foto) critica as práticas da Igreja e sua relação com a juventude. Para ele, a
Jornada Mundial da Juventude – JMJ, evento católico que reúne o maior número de jovens em todo o mundo desde 1980, tem uma pedagogia que não conduz “à transformação social” e tampouco possibilita o protagonismo juvenil na Igreja. “Não se nega que um e outro jovem mude de valores, se ‘converta’, que descubra
Jesus Cristo etc., mas poucos são os dados que fazem que o jovem descubra mais a realidade social ou, até mesmo, a própria realidade juvenil em termos mais amplos”. E complementa: “A maior prova disso está na observação de quem é o protagonista das
Jornadas: quem fala? Quem decide? Quem ocupa o palco? De forma um tanto dura podemos dizer que a juventude das
JMJ é uma massa de manobra da
Igreja-Instituição”, provoca, em entrevista concedida à
IHU On-Line por e-mail.
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