sexta-feira, 15 de maio de 2015

O primeiro passo para entender e prevenir a violência nas escolas.Conversar com quem está no meio do furacão e que está encontrando saídas.

Por Zezito de Oliveira - educador e produtor cultural


Vou a página da secretaria de estado da educação procurar informação sobre um determinado assunto e me deparo com o convite para o III Seminário em Educação: Cidadania e Paz nas Escolas.


E mais uma vez, vejo repetir uma metodologia de discussão em massa, que relega a fala dos professores que tem práticas exitosas a um plano secundário, tendo que resumir o relato nos três minutos ao fim das conferências.


Como já está demonstrado, por ser de baixa eficácia, esse tipo de procedimento, por conta dos reiterados problemas ligados a questão da violência nas escolas, noticiados pela imprensa e redes sociais, considero altamente recomendável a formação de círculos de debates, com professores e profissionais de outras áreas que realizam trabalhos com metodologias inovadores e eficazes contra a violência escolar em suas diversas dimensões.


Fundamental que estas experiência sejam conhecidas e avaliadas, afim de ampliar o alcance dos seus êxitos e apoiadas para melhorar aspectos de limites que impedem o crescimento das mesmas, tanto no sentido qualitativo, como quantitativo.


Uma estratégia fundamental, para conhecer o que é realizado pelos educares sergipanos é iniciar um mapeamento daquilo que é realizado no chão da escola.


Neste sentido, a Ação Cultural, organização sem fins lucrativos, fundada por educadores e com foco em trabalhos de arte educação e arte cidadania, está realizando levantamento em parceira com o Sintese Cultural, com ênfase em iniciativas culturais desenvolvidas em escolas e que se relacionem com a comunidade do entorno e além fronteiras.


Estas iniciativas culturais tem se revelado um importante antidoto contra a violência, em especial a violência simbólica, a mãe de todas as outras formas de violência.


Em outra matéria me deparo com a informação do secretário da educação , Jorge Carvalho, afirmando que os vigilantes da empresa contratada, para as escolas com índices mais graves de violência contra o patrimônio e contra a vida, reduziram os índices praticamente a zero.


Sob o ponto de vista da violência física e patrimonial o raciocínio está correto, porém as situações de bulling, brincadeiras entre os alunos com tendência a se machucarem, o preconceito e a discriminação e etc.. vicejam em nossas escolas.


Fortalecendo o ovo da serpente, que os nossos meios de comunicação estão empenhados em chocar e com os interesses, que dispensa mais comentários para os bons entendedores.


Para saber mais, sobre a proposta do mapeamento sobre iniciativas culturais escolares e comunitárias. aqui

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Com o problema do rompimento dos canos da principal adutora que abastece de água, Aracaju e região metropolitana, a maioria dos alunos comemoram a suspensão das aulas previstas para esta semana. (11 a 15 de maio).

A primeira vista, parece desinteresse e falta de compromisso com os estudos, indo mais a fundo, iremos perceber as razões mais substantivas.


A música “Estudo Errado” de Gabriel, o Pensador aponta com maestria, um dos aspectos fundamentais do problema, as metodologia do ensino, Outros problemas, como a baixa remuneração dos professores, as estruturas física dos prédios,a limitação ou precariedade dos recursos materiais pedagógicos e a necessidade de formação continuada para professores, são mais lembrados em outros contextos e guardam interdependência com a questão metodológica, que não pode ser encarada de forma isolada.


O novo ministro da educação, Renato Janine Ribeiro, na minha opinião, é aquele que melhor percebeu o nó górdio da questão das metodologias de ensino..


Fico na expectativa de que ele convide professores da educação infantil até a universidade, para realizar um grande mutirão de discussão, visando a aplicação das melhores práticas em maior escola, aquelas metodologias que tornem mais desejados o ato de aprender e ensinar.

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