A 3ª Jornada Ecológica (JEE) acontece nesta semana, de 05 a 07 de maio. Vale a pena participar e rever ou ver como foram as anteriores. Para saber como participar é só clicar na publicação da 3ªJEE em destaque no canto direito deste blog.
Momentos da 2ª Jornada Ecologia e Espiritualidade
As fotos abaixo correspondem ao primeiro dia de abertura no
auditório do Instituto Federal de Ensino (IFS-Aracaju).Zé Vicente
2ª Jornada Ecologia E Espiritualidade Edição 2012
Estamos na reta final para a realização da 2ª Jornada Ecologia E Espiritualidade (21 a 23 de Setembro) – JE2012.
A nossa esperança é que possamos ampliar os resultados e corresponder a algumas expectativas despertadas durante a realização da JE -2011. Uma delas diz respeito à necessidade de ampliação do número de participantes.
Esta constatação foi feita pelos participantes da JE -2011, que se surpreenderam com as condições e oportunidades criadas naquele momento para a discussão de uma abordagem integral ou sistêmica que oriente a vivência de metodologias de educação criativa, pouco comuns em processos de formação e de mobilização em nosso Estado.
Esta é uma das razões mais importantes na motivação do grupo formado por cerca de 7 agentes sociais e culturais que, desde abril, se reúnem na paróquia São Pio X, em Aracaju, para organizar mais uma jornada “ecologia e espiritualidade”.
Lembrando as palavras de Jesus Cristo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.”
Que venham à JE-2012 todos os que estão em busca da unidade perdida ou, em outras palavras, querendo combinar fé e compromisso sociotransformador, luta e prazer, razão e emoção, trabalho e alegria, pão e poesia, preservação da natureza e atendimento às necessidades humanas essenciais, e, ainda, harmonizar politica e estética.
Convidem aqueles que estão inquietos, indignados e que sentem que é preciso mais coragem, criatividade e generosidade para nos relacionarmos em busca da unidade com todos os seres da criação, tendo como objetivo a superação da crise em que a humanidade está mergulhada em decorrência do modelo capitalista predatório e excludente, que neste início do século XXI se fortalece por estar incorporado aos símbolos, valores e sentidos que alimentam mentes e corações de amplas parcelas da população.
Ainda há tempo!! Como diz o rapper Criolo, em uma de suas músicas: “Ainda há tempo!!”
Por esses motivos, estamos lançando a campanha de divulgação da JE - 2012, que teve inicio com a distribuição de panfletos às centenas de pessoas que participaram da celebração do Grito dos Excluídos, realizada na manhã de 7 de setembro de 2012.
A programação da JE-2012 será composta de palestras e oficinas, noite cultural (show musical, apresentações artísticas e roda de danças circulares) e exposição e venda de comidas, CDs, livros e artesanato.
A assessoria da JE 2012, estará a cargo do missionário, cantor , compositor, músico, educador e ecologista Zé Vicente, definido pelo site MPBnet da seguinte maneira: "Um apaixonado por seu povo, sua terra, pátria, planeta, suas raízes sagradas. Através de Shows e das Oficinas de Arte-Vida, Zé Vicente vai sensibilizando pessoas com sua poesia e música criativa , em sintonia permanente com as grandes causas humanas, sociais e ecológicas do nosso tempo.”
Também na assessoria contaremos com a presença do Padre Isaias e Marlene Ribeiro. (Diocese de Propriá).
Esperamos contar com a colaboração de vocês, compartilhando no facebook, blogs, twitter e outras mídias, as imagens, textos e músicas de divulgação que serão postados nestes dias que antecedem à realização da JE-2012.
---------------------------------A nossa esperança é que possamos ampliar os resultados e corresponder a algumas expectativas despertadas durante a realização da JE -2011. Uma delas diz respeito à necessidade de ampliação do número de participantes.
Esta constatação foi feita pelos participantes da JE -2011, que se surpreenderam com as condições e oportunidades criadas naquele momento para a discussão de uma abordagem integral ou sistêmica que oriente a vivência de metodologias de educação criativa, pouco comuns em processos de formação e de mobilização em nosso Estado.
Esta é uma das razões mais importantes na motivação do grupo formado por cerca de 7 agentes sociais e culturais que, desde abril, se reúnem na paróquia São Pio X, em Aracaju, para organizar mais uma jornada “ecologia e espiritualidade”.
Lembrando as palavras de Jesus Cristo: “Vinde a mim, todos os que estais cansados e oprimidos, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de mim, que sou manso e humilde de coração; e encontrareis descanso para as vossas almas.”
Que venham à JE-2012 todos os que estão em busca da unidade perdida ou, em outras palavras, querendo combinar fé e compromisso sociotransformador, luta e prazer, razão e emoção, trabalho e alegria, pão e poesia, preservação da natureza e atendimento às necessidades humanas essenciais, e, ainda, harmonizar politica e estética.
Convidem aqueles que estão inquietos, indignados e que sentem que é preciso mais coragem, criatividade e generosidade para nos relacionarmos em busca da unidade com todos os seres da criação, tendo como objetivo a superação da crise em que a humanidade está mergulhada em decorrência do modelo capitalista predatório e excludente, que neste início do século XXI se fortalece por estar incorporado aos símbolos, valores e sentidos que alimentam mentes e corações de amplas parcelas da população.
Ainda há tempo!! Como diz o rapper Criolo, em uma de suas músicas: “Ainda há tempo!!”
Por esses motivos, estamos lançando a campanha de divulgação da JE - 2012, que teve inicio com a distribuição de panfletos às centenas de pessoas que participaram da celebração do Grito dos Excluídos, realizada na manhã de 7 de setembro de 2012.
A programação da JE-2012 será composta de palestras e oficinas, noite cultural (show musical, apresentações artísticas e roda de danças circulares) e exposição e venda de comidas, CDs, livros e artesanato.
A assessoria da JE 2012, estará a cargo do missionário, cantor , compositor, músico, educador e ecologista Zé Vicente, definido pelo site MPBnet da seguinte maneira: "Um apaixonado por seu povo, sua terra, pátria, planeta, suas raízes sagradas. Através de Shows e das Oficinas de Arte-Vida, Zé Vicente vai sensibilizando pessoas com sua poesia e música criativa , em sintonia permanente com as grandes causas humanas, sociais e ecológicas do nosso tempo.”
Também na assessoria contaremos com a presença do Padre Isaias e Marlene Ribeiro. (Diocese de Propriá).
Esperamos contar com a colaboração de vocês, compartilhando no facebook, blogs, twitter e outras mídias, as imagens, textos e músicas de divulgação que serão postados nestes dias que antecedem à realização da JE-2012.
Justiça e Beleza se abraçam na obra de Zé Vicente.
Em 1968 Gilberto Gil, através da composição Procissão, afirmou: “Eu
também tô do lado de Jesus, No entanto, acho que ele se esqueceu de
dizer que na terra a gente tem que arranjar um jeitinho pra viver" .
Certamente ele não havia tido contato com os pensamentos e ações de centenas de religiosos cristãos (bispos, padres, freiras e leigos) que, no final da década de 60, atuavam de forma discreta para tornar possível o sonho de transformar este mundo em “festa, trabalho e pão” como disse o compositor e parceiro tropicalista Capinam.
Provavelmente, ao mergulhar nas brenhas e veredas do Brasil, a partir de 2002, Gilberto Gil como ministro, pôde perceber os frutos maduros plantados por tantos cristãos, que nem sempre precisaram romper de forma radical com as estruturas religiosas, como o Padre Nando, do romance Quarup, de Antonio Calado.
Estes resultados, em termos de ação cultural, estão materializados em milhares de artistas e iniciativas socioculturais que foram alimentados no passado e ainda um pouco nos dias de hoje, pelo compromisso com as mudanças socioestruturais por parte da igreja católica no Brasil.
Quem se der ao cuidado de pesquisar este assunto a fundo, irá se deparar com uma significativa quantidade de artistas populares e intelectuais orgânicos que iniciaram suas trajetórias na seara de tantas comunidades cristãs de base.
Dentre muitos, um dos nomes de destaque neste cenário é o do poeta, cantor, músico, missionário e arte-educador popular Zé Vicente, nascido em Orós, no sertão do Ceará. Zé cresceu ouvindo poesia de cordel, Luiz Gonzaga e outros sons da natureza, como o da água caindo no sertão como sêmen e ajudando a fecundar a terra, e o canto dos pássaros que embala os ouvidos do homem e da mulher sertaneja.
Em sua trajetória de vida, Zé Vicente teve a felicidade de participar de uma experiência muito rica de espiritualidade comprometida com a transformação pessoal e comunitária. Participou da fundação de um grupo de teatro amador, da Pastoral da Juventude, compôs uma equipe que apresentava um programa de rádio dirigido ao público jovem e, antes de se dedicar integralmente à carreira de poeta, compositor e cantor, trabalhou durante oito anos como agente de pastoral, na Diocese de Crateús.
Hoje, Zé Vicente sai pelo Brasil e pelo exterior fazendo festa em sintonia com o divino através de músicas com o ritmo, o cheiro e com o sabor das coisas nordestinas, às vezes retomando o fio da história que nos liga aos povos da bíblia, às vezes trazendo à memória os nossos ancestrais negros e índios que, com as suas festas e seu sangue formaram o que somos, às vezes lembrando a mensagem do cacique Seattle.
Nestes anos que correm também nos deparamos com uma produção artística originária de setores cristãos. Todavia, as inspirações, na maioria das vezes, é centrada exclusivamente em um modelo de conversão aos ditames das doutrinas, desencarnado da realidade cotidiana e com uma visão pouco generosa do que seja humanidade em termos de compreensão e/ou assimilação de outras cosmovisões e de elementos estéticos das culturas afro, indígena, oriental e etc.
Como o controle das concessões de rádio e televisão está a cargo de empresas comerciais, inclusive religiosas (e a maioria está muito mais preocupada com o retorno financeiro imediato), a música do Zé Vicente, como aquilo que o Brasil tem produzido de melhor em matéria de arte, têm encontrado muita dificuldade para chegar até as massas.
Como já disse Milton Nascimento: “O Brasil não é só litoral, é muito mais do que qualquer zona sul, tem muita gente boa espalhada pelo interior e periferia e que já está fazendo deste lugar um bom país.” E é muito bom poder contar com espaços como esse do Overmundo, para que mais brasileiros possam comprovar isso e se deleitar de prazer e emoção ouvindo/lendo/vendo os (en)cantos que brotam das profundezas do Brasil.
SUGESTÕES:
Uma boa dica para este natal, sem "papai-noel" e com a cesta básica cheia de cultura.
Livro de poemas Tempos Urgentes:
Este livro apresenta uma coleção de poemas escritos por Zé Vicente. Ele traz ao leitor relatos de vida no sertão, rostos e mãos marcados pela seca e histórias de amor vividas, sob a forma da mais bela linguagem da poesia nordestina. Inspirado na vida cotidiana do povo, nos seus sonhos, na sua paixão e luta, no seu grito de excluído, Zé Vicente provoca a festa e o encantamento, dá um sabor aos temas rotineiros da evangelização e cativa o seu público, que não pára de crescer.
Certamente ele não havia tido contato com os pensamentos e ações de centenas de religiosos cristãos (bispos, padres, freiras e leigos) que, no final da década de 60, atuavam de forma discreta para tornar possível o sonho de transformar este mundo em “festa, trabalho e pão” como disse o compositor e parceiro tropicalista Capinam.
Provavelmente, ao mergulhar nas brenhas e veredas do Brasil, a partir de 2002, Gilberto Gil como ministro, pôde perceber os frutos maduros plantados por tantos cristãos, que nem sempre precisaram romper de forma radical com as estruturas religiosas, como o Padre Nando, do romance Quarup, de Antonio Calado.
Estes resultados, em termos de ação cultural, estão materializados em milhares de artistas e iniciativas socioculturais que foram alimentados no passado e ainda um pouco nos dias de hoje, pelo compromisso com as mudanças socioestruturais por parte da igreja católica no Brasil.
Quem se der ao cuidado de pesquisar este assunto a fundo, irá se deparar com uma significativa quantidade de artistas populares e intelectuais orgânicos que iniciaram suas trajetórias na seara de tantas comunidades cristãs de base.
Dentre muitos, um dos nomes de destaque neste cenário é o do poeta, cantor, músico, missionário e arte-educador popular Zé Vicente, nascido em Orós, no sertão do Ceará. Zé cresceu ouvindo poesia de cordel, Luiz Gonzaga e outros sons da natureza, como o da água caindo no sertão como sêmen e ajudando a fecundar a terra, e o canto dos pássaros que embala os ouvidos do homem e da mulher sertaneja.
Em sua trajetória de vida, Zé Vicente teve a felicidade de participar de uma experiência muito rica de espiritualidade comprometida com a transformação pessoal e comunitária. Participou da fundação de um grupo de teatro amador, da Pastoral da Juventude, compôs uma equipe que apresentava um programa de rádio dirigido ao público jovem e, antes de se dedicar integralmente à carreira de poeta, compositor e cantor, trabalhou durante oito anos como agente de pastoral, na Diocese de Crateús.
Hoje, Zé Vicente sai pelo Brasil e pelo exterior fazendo festa em sintonia com o divino através de músicas com o ritmo, o cheiro e com o sabor das coisas nordestinas, às vezes retomando o fio da história que nos liga aos povos da bíblia, às vezes trazendo à memória os nossos ancestrais negros e índios que, com as suas festas e seu sangue formaram o que somos, às vezes lembrando a mensagem do cacique Seattle.
Nestes anos que correm também nos deparamos com uma produção artística originária de setores cristãos. Todavia, as inspirações, na maioria das vezes, é centrada exclusivamente em um modelo de conversão aos ditames das doutrinas, desencarnado da realidade cotidiana e com uma visão pouco generosa do que seja humanidade em termos de compreensão e/ou assimilação de outras cosmovisões e de elementos estéticos das culturas afro, indígena, oriental e etc.
Como o controle das concessões de rádio e televisão está a cargo de empresas comerciais, inclusive religiosas (e a maioria está muito mais preocupada com o retorno financeiro imediato), a música do Zé Vicente, como aquilo que o Brasil tem produzido de melhor em matéria de arte, têm encontrado muita dificuldade para chegar até as massas.
Como já disse Milton Nascimento: “O Brasil não é só litoral, é muito mais do que qualquer zona sul, tem muita gente boa espalhada pelo interior e periferia e que já está fazendo deste lugar um bom país.” E é muito bom poder contar com espaços como esse do Overmundo, para que mais brasileiros possam comprovar isso e se deleitar de prazer e emoção ouvindo/lendo/vendo os (en)cantos que brotam das profundezas do Brasil.
SUGESTÕES:
Uma boa dica para este natal, sem "papai-noel" e com a cesta básica cheia de cultura.
Livro de poemas Tempos Urgentes:
Este livro apresenta uma coleção de poemas escritos por Zé Vicente. Ele traz ao leitor relatos de vida no sertão, rostos e mãos marcados pela seca e histórias de amor vividas, sob a forma da mais bela linguagem da poesia nordestina. Inspirado na vida cotidiana do povo, nos seus sonhos, na sua paixão e luta, no seu grito de excluído, Zé Vicente provoca a festa e o encantamento, dá um sabor aos temas rotineiros da evangelização e cativa o seu público, que não pára de crescer.
ALI ADIANTE
Zé Vicente
Tantos caminhos andados
tantos shows realizados
tantos olhares brilhantes
tantos abraços trocados
tantos carinhos queridos
tanto passado guardado
Chegamos.
É um outro tempo,
que seja novo!
Um descanso rápido,
um momento prá deitar na varanda
e escutar o bem-te-vi,
cochilar sonhando
com o que há de vir
de belo
de bênçãos
de canções...
Desço
ao meu riacho velho,
existe aí um fio d’água na areia
e avencas singelas na s barreiras!
Acalmo a sede,
contemplo a babugem verdinha
no rastro das chuvas de janeiro.
Silencio,
para sentir o cheiro da terra,
a fala da terra
o espírito da terra!
Reconheço-me
cada vez mais nativo
e todas as vibrações
das árvores, das flores, dos pássaros...
encontram eco em meu corpo.
Quando mais ando
mais retorno para as raízes
deste chão que me gerou.
Pela janela
desta hora
antevejo as bandeiras vivas,
erguidas há séculos,
nos braços teimosos do meu povo!
Vamos lá,
subamos juntos
sigamos juntos
marcando na agenda do futuro
o nosso compromisso
fiel e firme
com a felicidade
que já provamos e sabemos,
que pode estar ali... Adiante!
Momentos da 1ª Jornada Ecologia e Espiritualidade
Exposição dialogada com Roberto Malvezzi (Gogó) - Sábado manhã e tarde.
Apresentação na Noite Cultural. Krânio voz e violão. Sábado - noite
Apresentação de Gogó na Noite Cultural - Sábado noite
Danças Circulares na Noite Cultural - sábado noite (acima)
Encontro no domingo manhã (abaixo)
Em Sergipe, primavera inicia com Jornada Ecológica
Unindo ciência, compromisso social e político, afeto, arte e espiritualidade.
OS BONS TEMPOS ESTÃO DE VOLTA.
Neste 25 de setembro de 2011, ao ultrapassar o portão que dá acesso às salas e auditórios localizados nos fundos da igreja São Pio X para participar do último dia da Jornada Ecologia e Espiritualidade, lembrei-me de bons momentos vividos na década de 80 e meados dos anos 90 do século passado no Rio de Janeiro, em Pernambuco e São Paulo, quando adentrava em alguns espaços eclesiais para participar de encontros, celebrações e eventos culturais.
Naqueles anos, havia um maior número de bispos, padres, irmãs e leigos da igreja católica, como também religiosos e fiéis de igrejas evangélicas históricas, a exemplo das Luterana, Metodista, Congregacional, Presbiteriana (os ramos denominados independente e unida), Anglicana e outras mais, buscando se associar de forma ativa e constante a pessoas que participavam de processos educativos, sociais, políticos e artísticos voltados para a construção de um mundo melhor, independente de crença religiosa ou ideologia.
Por esta razão, a sociedade brasileira avançou em muitas conquistas sociais, políticas, éticas e culturais.
SEXTA-FEIRA
Foi lembrando isso que Roberto Malvezzi, mais conhecido como Gogó, iniciou a sua palestra dialogada na jornada ecológica em 23 de setembro, com público de mais de 40 pessoas, em uma noite de clima agradável.
“Nos últimos anos, vocês tiveram contato com notícias frequentes referentes ao alto número de bebês ou crianças mortas no sertão, saques de gente faminta, êxodo em massa de nordestinos rumo ao chamado sul maravilha, frentes de emergência, carros pipa e etc?” Com essa pergunta Gogó iniciou sua participação na jornada.
Como a resposta foi negativa, Gogó, sem negar os méritos das politicas sociais de alguns governos, discorreu durante parte da noite exatamente sobre as maneiras de superação das constantes situações de dor, sofrimento, morte e desalento encontradas pela população sertaneja, organizada em associações e movimentos sociais apoiados por igrejas, organizações não governamentais e universidades.
Dentre as diversas soluções encontradas, Gogó destacou o programa de construção de milhares de cisternas no semiárido, uma iniciativa que pode ser conhecida com mais detalhes clicando aqui.
SÁBADO
Durante o dia de sábado, a fala do Gogó poderia ser rotulada de “assustadora”, principalmente por estar baseada em fatos comprovados pela ciência, alguns dos quais relativamente divulgados por meio da internet, revistas e programas de televisão especializados.
Foram informações sobre a destruição que nós, seres humanos, estamos causando à fauna, à flora e ao planeta como um todo.
Uma informação fornecida por Gogó é que a ciência e a religião já estão concordando em diversas explicações sobre a vida, o planeta e o cosmos.
Uma delas diz respeito ao fim do planeta terra e do universo, que têm prazo de validade, conforme já afirmavam alguns livros e conhecimentos ancestrais, inclusive o bíblico.
Disse ele : “se é verdade que isto acontecerá daqui a um bilhão de anos, não nos dá o direito de abreviar o tempo de existência das outras espécies e até de nós mesmos, que poderemos sucumbir muito antes do fim do planeta, caso não mudemos radicalmente o nosso modo de produção e de consumo.”
Em seguida, foi abordada a delicada questão das obras de transposição do Rio São Francisco, modelo vinculado a uma tradição governamental de longa data, destinada a favorecer os interesses do grande capital e das oligarquias que controlam a politica nordestina desde a época da colonização portuguesa.
Durante a sua fala, Gogó retomou alguns fatos ligados ao processo da greve de fome de Frei Luís, bispo da diocese de Barreiras, que arriscou sua vida em defesa do Rio São Francisco.
Sobre o estágio atual das obras, foram mostradas fotografias que retratavam a paralisação e, inclusive, o quase abandono de alguns trechos, representando prejuízo para o erário federal.
Disse mais: “dificilmente as obras serão retomadas em curto prazo, em razão da crise econômica global e do desgaste político do governo, que enfrenta muitos questionamentos da sociedade civil sobre a construção das usinas de belo monte e madeira jirau. “
NOITE CULTURAL
Finalizando o dia de sábado, realizou-se a noite cultural, com a participação musical de Krânio e de Gogó. O primeiro, músico, cantor e compositor, mostrou um repertório de clássicos nordestinos inspirados na temática ambiental, além de canções autorais, deixando a todos e a todas com gosto de quero mais.
Já Gogó, que cantou por diversas vezes durante a apresentação dialogada, realizada na noite de sexta-feira e durante todo o dia de sábado, encantou ainda mais aqueles que o assistiam, apresentando outras músicas do seu repertório e de outros compositores nordestinos.
Para se ter uma idéia do sucesso, foram vendidos todos os CDs trazidos por Gogó (4 Elementos e Belo Sertão), além dos pedidos de encomenda, realizados por quem não conseguiu adquirí-los a tempo.
Durante a noite cultural, em alguns momentos, os presentes foram convidados a dançar em roda.
Quem se encarregou de chamar e conduzir o círculo de dança foi o casal Maxivel Ferreira e Maria Margarette, especializados no assunto.
DOMINGO
No domingo, a jornada foi encerrada com um estudo bíblico a respeito de como o livro sagrado dos cristãos aborda as questões relacionadas à terra, à água e aos demais elementos da criação e como nos inspirarmos nele para a defesa do planeta e da vida, de forma contextualizada e respeitando as outras tradições espirituais e filosóficas.
Nesta oportunidade, todos puderam concluir que o diferencial proposto pela jornada ecológica estava consumado, pois Gogó mostrou ser bem preparado também na dimensão bíblico teológica, e soube contribuir na compreensão de que precisaremos unir todas as dimensões da existência no enfrentamento da crise global, ora vivida pela humanidade como nunca antes em sua história.
Quando falamos em “dimensões”, queremos nos referir à ciência, ao compromisso social, à politica, ao afeto, às religiões e espiritualidades e às artes.
Por isso, podemos dizer que neste sentido a Jornada Ecologia e Espiritualidade alcançou seu objetivo, porque, pela primeira vez em Sergipe, o tema ecologia e espiritualidade foi tratado de forma ampla, integral, holística, considerando os aspectos científicos, sociais e políticos, afetivo, espiritual e artístico, como deve ser a busca por soluções dos problemas que afligem e desafiam a humanidade atualmente.
ANEXOS
A opinião dos participantes
Que Bom!
Quero mais!
Foi muito bom tudo que foi pregado na palestra. Foi ótimo!
Uma jornada com este tema, mais voltado a missão das comunidades eclesiais de base (CEBs) e toda a igreja
Que o Pe. Soares escolheu tão bela pessoa para nos apresentar este tema.
Por esta jornada! Pois foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida neste ano. Que bom ter aprendido coisas sobre a Ecologia da qual não tinha conhecimento.
Que o conhecimento que fica me leva a repensar a maneira que devo tratar a Deus e a natureza. Que bom que há pessoas como Gogó que está sempre disposto a nos ajudar a crescer.
Foi maravilhoso participar e hoje aprender muitas coisas.
A participação do povo, a acolhida, o almoço...
Termos outro evento neste formato. Excelente o tema
tratado na jornada; a dinâmica de Gogó; as danças; as músicas
Gostei de tudo, foi ótimo, uma beleza, umas maravilhas!
O desenvolvimento do encontro, a assessoria, o local, a organização
Que nossa igreja está sempre pronta para novas idéias como essa da jornada.
Que Pena!
Que acabou e que nem todos vieram, pois todos deveriam ter esta consciência cristã sobre a natureza e a criação.
Que foi pouco tempo.
Que já está terminando.
Que não pude participar de todos os momentos
Que já vai terminar. Seria bom que fosse mais prolongado.
Que acabou.
Terminou e as pessoas perderam estas maravilhas.
Pouca participação de pessoas.
Que acabou. Precisamos de outra formação, nunca é demais.
Continuar refletindo sobre o tema.
Que são poucos dias.
Apenas dois dias e uma noite. Que idéias como essas possam acontecer outras vezes.
Que acabou! Contudo tivemos estes conhecimentos.
Que tal!
Outras jornadas, formações com temas interessantes como esse.
Vir mais vezes. Fiquei feliz em conhecer Gogó e parabenizo pelo seu trabalho tão bonito de divulgação, ou seja, de levar um pouco de seu tão rico conhecimento também por ser tão bonito!
Para os próximos eventos incentivar mais a participação das pessoas, porque é muito importante o trabalho que Gogó faz.
Muito obrigado! Jesus o abençoe!
Não pararmos por aqui. Precisamos muito destas experiências.
Acontecer uma segunda jornada ou acatar a sugestão do Pe. Soares de irmos em caravana até Pernambuco em 2012 para protestarmos contra a implantação de usinas atômicas as margens do Rio São Francisco.
Foi muito bom! Obrigado!
Continuarmos sempre.
Marcar outro encontro. Parabéns a todos vocês que organizaram este encontro.
Continuar no próximo ano, realizando a II Jornada Ecologia e Espiritualidade com divulgação também em outras dioceses.
Marcarmos logo outros temas do próximo evento ou até mesmo uma procissão.
Que seja formado a partir desta jornada, um grupo de reflexão e trabalho acerca do que nos foi apresentado durante estes dias.
Implantar projetos como a jornada ecológica em comunidades mais carentes.
A graça de Deus nos uniu nesse encontro! Aleluia!
Multiplicar esse evento ecológico em nossa Arquidiocese. É um bem!
OS BONS TEMPOS ESTÃO DE VOLTA.
Neste 25 de setembro de 2011, ao ultrapassar o portão que dá acesso às salas e auditórios localizados nos fundos da igreja São Pio X para participar do último dia da Jornada Ecologia e Espiritualidade, lembrei-me de bons momentos vividos na década de 80 e meados dos anos 90 do século passado no Rio de Janeiro, em Pernambuco e São Paulo, quando adentrava em alguns espaços eclesiais para participar de encontros, celebrações e eventos culturais.
Naqueles anos, havia um maior número de bispos, padres, irmãs e leigos da igreja católica, como também religiosos e fiéis de igrejas evangélicas históricas, a exemplo das Luterana, Metodista, Congregacional, Presbiteriana (os ramos denominados independente e unida), Anglicana e outras mais, buscando se associar de forma ativa e constante a pessoas que participavam de processos educativos, sociais, políticos e artísticos voltados para a construção de um mundo melhor, independente de crença religiosa ou ideologia.
Por esta razão, a sociedade brasileira avançou em muitas conquistas sociais, políticas, éticas e culturais.
SEXTA-FEIRA
Foi lembrando isso que Roberto Malvezzi, mais conhecido como Gogó, iniciou a sua palestra dialogada na jornada ecológica em 23 de setembro, com público de mais de 40 pessoas, em uma noite de clima agradável.
“Nos últimos anos, vocês tiveram contato com notícias frequentes referentes ao alto número de bebês ou crianças mortas no sertão, saques de gente faminta, êxodo em massa de nordestinos rumo ao chamado sul maravilha, frentes de emergência, carros pipa e etc?” Com essa pergunta Gogó iniciou sua participação na jornada.
Como a resposta foi negativa, Gogó, sem negar os méritos das politicas sociais de alguns governos, discorreu durante parte da noite exatamente sobre as maneiras de superação das constantes situações de dor, sofrimento, morte e desalento encontradas pela população sertaneja, organizada em associações e movimentos sociais apoiados por igrejas, organizações não governamentais e universidades.
Dentre as diversas soluções encontradas, Gogó destacou o programa de construção de milhares de cisternas no semiárido, uma iniciativa que pode ser conhecida com mais detalhes clicando aqui.
SÁBADO
Durante o dia de sábado, a fala do Gogó poderia ser rotulada de “assustadora”, principalmente por estar baseada em fatos comprovados pela ciência, alguns dos quais relativamente divulgados por meio da internet, revistas e programas de televisão especializados.
Foram informações sobre a destruição que nós, seres humanos, estamos causando à fauna, à flora e ao planeta como um todo.
Uma informação fornecida por Gogó é que a ciência e a religião já estão concordando em diversas explicações sobre a vida, o planeta e o cosmos.
Uma delas diz respeito ao fim do planeta terra e do universo, que têm prazo de validade, conforme já afirmavam alguns livros e conhecimentos ancestrais, inclusive o bíblico.
Disse ele : “se é verdade que isto acontecerá daqui a um bilhão de anos, não nos dá o direito de abreviar o tempo de existência das outras espécies e até de nós mesmos, que poderemos sucumbir muito antes do fim do planeta, caso não mudemos radicalmente o nosso modo de produção e de consumo.”
Em seguida, foi abordada a delicada questão das obras de transposição do Rio São Francisco, modelo vinculado a uma tradição governamental de longa data, destinada a favorecer os interesses do grande capital e das oligarquias que controlam a politica nordestina desde a época da colonização portuguesa.
Durante a sua fala, Gogó retomou alguns fatos ligados ao processo da greve de fome de Frei Luís, bispo da diocese de Barreiras, que arriscou sua vida em defesa do Rio São Francisco.
Sobre o estágio atual das obras, foram mostradas fotografias que retratavam a paralisação e, inclusive, o quase abandono de alguns trechos, representando prejuízo para o erário federal.
Disse mais: “dificilmente as obras serão retomadas em curto prazo, em razão da crise econômica global e do desgaste político do governo, que enfrenta muitos questionamentos da sociedade civil sobre a construção das usinas de belo monte e madeira jirau. “
NOITE CULTURAL
Finalizando o dia de sábado, realizou-se a noite cultural, com a participação musical de Krânio e de Gogó. O primeiro, músico, cantor e compositor, mostrou um repertório de clássicos nordestinos inspirados na temática ambiental, além de canções autorais, deixando a todos e a todas com gosto de quero mais.
Já Gogó, que cantou por diversas vezes durante a apresentação dialogada, realizada na noite de sexta-feira e durante todo o dia de sábado, encantou ainda mais aqueles que o assistiam, apresentando outras músicas do seu repertório e de outros compositores nordestinos.
Para se ter uma idéia do sucesso, foram vendidos todos os CDs trazidos por Gogó (4 Elementos e Belo Sertão), além dos pedidos de encomenda, realizados por quem não conseguiu adquirí-los a tempo.
Durante a noite cultural, em alguns momentos, os presentes foram convidados a dançar em roda.
Quem se encarregou de chamar e conduzir o círculo de dança foi o casal Maxivel Ferreira e Maria Margarette, especializados no assunto.
DOMINGO
No domingo, a jornada foi encerrada com um estudo bíblico a respeito de como o livro sagrado dos cristãos aborda as questões relacionadas à terra, à água e aos demais elementos da criação e como nos inspirarmos nele para a defesa do planeta e da vida, de forma contextualizada e respeitando as outras tradições espirituais e filosóficas.
Nesta oportunidade, todos puderam concluir que o diferencial proposto pela jornada ecológica estava consumado, pois Gogó mostrou ser bem preparado também na dimensão bíblico teológica, e soube contribuir na compreensão de que precisaremos unir todas as dimensões da existência no enfrentamento da crise global, ora vivida pela humanidade como nunca antes em sua história.
Quando falamos em “dimensões”, queremos nos referir à ciência, ao compromisso social, à politica, ao afeto, às religiões e espiritualidades e às artes.
Por isso, podemos dizer que neste sentido a Jornada Ecologia e Espiritualidade alcançou seu objetivo, porque, pela primeira vez em Sergipe, o tema ecologia e espiritualidade foi tratado de forma ampla, integral, holística, considerando os aspectos científicos, sociais e políticos, afetivo, espiritual e artístico, como deve ser a busca por soluções dos problemas que afligem e desafiam a humanidade atualmente.
ANEXOS
A opinião dos participantes
Que Bom!
Quero mais!
Foi muito bom tudo que foi pregado na palestra. Foi ótimo!
Uma jornada com este tema, mais voltado a missão das comunidades eclesiais de base (CEBs) e toda a igreja
Que o Pe. Soares escolheu tão bela pessoa para nos apresentar este tema.
Por esta jornada! Pois foi a melhor coisa que aconteceu na minha vida neste ano. Que bom ter aprendido coisas sobre a Ecologia da qual não tinha conhecimento.
Que o conhecimento que fica me leva a repensar a maneira que devo tratar a Deus e a natureza. Que bom que há pessoas como Gogó que está sempre disposto a nos ajudar a crescer.
Foi maravilhoso participar e hoje aprender muitas coisas.
A participação do povo, a acolhida, o almoço...
Termos outro evento neste formato. Excelente o tema
tratado na jornada; a dinâmica de Gogó; as danças; as músicas
Gostei de tudo, foi ótimo, uma beleza, umas maravilhas!
O desenvolvimento do encontro, a assessoria, o local, a organização
Que nossa igreja está sempre pronta para novas idéias como essa da jornada.
Que Pena!
Que acabou e que nem todos vieram, pois todos deveriam ter esta consciência cristã sobre a natureza e a criação.
Que foi pouco tempo.
Que já está terminando.
Que não pude participar de todos os momentos
Que já vai terminar. Seria bom que fosse mais prolongado.
Que acabou.
Terminou e as pessoas perderam estas maravilhas.
Pouca participação de pessoas.
Que acabou. Precisamos de outra formação, nunca é demais.
Continuar refletindo sobre o tema.
Que são poucos dias.
Apenas dois dias e uma noite. Que idéias como essas possam acontecer outras vezes.
Que acabou! Contudo tivemos estes conhecimentos.
Que tal!
Outras jornadas, formações com temas interessantes como esse.
Vir mais vezes. Fiquei feliz em conhecer Gogó e parabenizo pelo seu trabalho tão bonito de divulgação, ou seja, de levar um pouco de seu tão rico conhecimento também por ser tão bonito!
Para os próximos eventos incentivar mais a participação das pessoas, porque é muito importante o trabalho que Gogó faz.
Muito obrigado! Jesus o abençoe!
Não pararmos por aqui. Precisamos muito destas experiências.
Acontecer uma segunda jornada ou acatar a sugestão do Pe. Soares de irmos em caravana até Pernambuco em 2012 para protestarmos contra a implantação de usinas atômicas as margens do Rio São Francisco.
Foi muito bom! Obrigado!
Continuarmos sempre.
Marcar outro encontro. Parabéns a todos vocês que organizaram este encontro.
Continuar no próximo ano, realizando a II Jornada Ecologia e Espiritualidade com divulgação também em outras dioceses.
Marcarmos logo outros temas do próximo evento ou até mesmo uma procissão.
Que seja formado a partir desta jornada, um grupo de reflexão e trabalho acerca do que nos foi apresentado durante estes dias.
Implantar projetos como a jornada ecológica em comunidades mais carentes.
A graça de Deus nos uniu nesse encontro! Aleluia!
Multiplicar esse evento ecológico em nossa Arquidiocese. É um bem!
O gospel socio-ecológico de Roberto Malvezzi
Sem dúvida, o Brasil é um país cheio de mazelas: uma das
maiores concentrações de renda do mundo, situações de violência que, em
algumas regiões, equivale a de países em guerra, crimes contra o meio
ambiente e seus defensores e outras tantas.
Mas, quem pode negar que o povo de nosso país tem uma capacidade enorme de se unir em situações de tragédia? Que tem um potencial inesgotável de criatividade e uma diversidade cultural considerada das mais ricas do planeta, dentre outras virtudes e oportunidades?
Imagine só, juntar solidariedade, criatividade e diversidade cultural para combater essas mazelas ! Sim, é possível, e está sendo feito por muita gente boa desse imenso e rico país, como diz uma bela canção interpretada por Milton Nascimento.
Todavia, esse tipo de atitude e seus protagonistas nem sempre chegam ao conhecimento de parcela significativa da população. Pelo pouco acesso a esse tipo de informação há dificuldades para motivar pessoas a se envolverem constante e ativamente com processos de transformação das estruturas que (re)produzem injustiça, violência e miséria, tanto material quanto espiritual.
Para fazer com que mais pessoas conheçam e se envolvam de uma forma diferente com as grandes causas do presente e do futuro, está sendo organizada, por um grupo de entidades religiosas e culturais, uma jornada de estudos composta de oração, leitura biblica, danças circulares e cantoria para tratar da questão ambiental.
Esse momento terá por base o conhecimento cientifico de linha sistêmica, o legado teológico-pastoral do concilio Vaticano II e as conferências episcopais de Medelin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, sem esquecer os referênciais estéticos e artísticos da tradição cultural de nossa gente.
Para a jornada de 2011, seus organizadores – paróquia São Pio X, ONG Ação Cultural, agentes ligados as comunidades eclesiais de base (CEBS) e ao centro ecumênico de estudos bíblicos (CEBI) - trazem à Aracaju Roberto Malvezzi, mais conhecido como Gogó, agente da comissão pastoral da terra (CPT), residente no sertão baiano, compositor e músico desde os anos 70, compondo um gospel sócio-ecológico, com ritmos da música popular brasileira, pesquisador, palestrante e escritor de artigos críticos sobre as questões do meio ambiente. Seu mais recente trabalho musical é o CD “Belo Sertão”, em parceria com Targino Gondim e Nilton Freitas..
A realização da jornada está prevista para setembro. Quando estivermos mais próximos do evento, divulgaremos detalhes sobre a data, o local e outras informações de interesse do público.
Até lá, por meio de textos como esse, de spots de rádio, de entrevistas e notas na imprensa, pretendemos contribuir para a sensibilização e/ou comprometimento de mais pessoas com a causa ambiental de forma sistêmica ou holística, unindo as dimensões racional-científica, afetiva, social, estética e espiritual.
De maneira isolada, tanto as pessoas e instituições, quanto as dimensões acima citadas, continuarão incapazes de frear o ritmo de destruição do planeta que aumenta a passos largos e a olhos vistos.
Afinal, como diz a letra de uma tradicional canção das CEBs “Deus chama a gente para um momento novo, sozinho e isolado ninguém é capaz, a força que hoje faz brotar a vida, é Deus que nos convida, as forças juntar e o amor repartir, porque é hora de unir o cordão, por isso vem, entra na roda com a gente” roda de esperança, de solidariedade, de alegria, de querer bem, de indignados!. Onde isso estiver junto e misturado, Deus aí está.
E, por último, fiquem com a fala e o canto de Gogó:
“ A presença do feminino na ecologia é óbvia. Nem tão óbvias são certas dimensões que estão diante dos olhos, mas não conseguimos percebê-las.
Trabalhando há muitos anos com a questão da terra e da água, fui percebendo algumas dessas “obviedades ocultas”. Uma delas é a figura de Maria, arquétipo feminino católico também na dimensão ecológica. Claro, poderíamos também falar de Iemanjá no mundo das religiões de ascendência africana e Uiara no mundo indígena. Fico restrito à pessoa de Maria.
Quando cheguei pela primeira vez em Corumbá e vi a imagem de Nossa Senhora do Pantanal, confesso que fiquei surpreso. Aquela imagem de Maria coberta de animais e plantas me colocava diante de uma nova dimensão de Maria. A confirmação veio quando conheci Nossa Senhora dos Seringueiros. Foi fácil ligar com a figura de Nossa Senhora Aparecida, encontrada no rio Paraíba; Nossa Senhora das Grotas, encontrada no rio São Francisco; assim como Nossa Senhora do Círio de Nazaré, encontrada nos Igarapés de Belém. Três são os elementos constantes desse arquétipo: elementos da natureza; pessoas do povo como seringueiros, pescadores, índios, vaqueiros, etc.; a figura de Maria.
Diante dessa emergência da questão ecológica, dessa bela e significativa dimensão de Maria, decidi fazer um CD. Ele se chama exatamente “Maria e Ecologia”. São treze músicas cantando exatamente essas Marias bem brasileiras, ecológicas, ligada ao povo simples do Brasil.
O CD não se encontra em lojas. Entidades como a CNBB – no contexto da reflexão sobre mudanças climáticas - e pessoas individuais ajudaram a produzi-lo."
Durante a jornada estará sendo vendido este e outros CDs de Roberto Malvezzi.
Assista o video da fala de Roberto Malvezzi em 2008 no encontro paulistão das CEBs
Assista ao video com a apresenteção da música Água de Chuva de Roberto Malvezzi, interpretada por Antônio Baiano
Assista ao video com a apresentação da música "Lata d'agua" de Roberto Malvezzi (Gogó)
Assista ao video com a gravação da música Patchamama de Roberto Malvezzi, interpretada por Laís e Míriam Régis
Mas, quem pode negar que o povo de nosso país tem uma capacidade enorme de se unir em situações de tragédia? Que tem um potencial inesgotável de criatividade e uma diversidade cultural considerada das mais ricas do planeta, dentre outras virtudes e oportunidades?
Imagine só, juntar solidariedade, criatividade e diversidade cultural para combater essas mazelas ! Sim, é possível, e está sendo feito por muita gente boa desse imenso e rico país, como diz uma bela canção interpretada por Milton Nascimento.
Todavia, esse tipo de atitude e seus protagonistas nem sempre chegam ao conhecimento de parcela significativa da população. Pelo pouco acesso a esse tipo de informação há dificuldades para motivar pessoas a se envolverem constante e ativamente com processos de transformação das estruturas que (re)produzem injustiça, violência e miséria, tanto material quanto espiritual.
Para fazer com que mais pessoas conheçam e se envolvam de uma forma diferente com as grandes causas do presente e do futuro, está sendo organizada, por um grupo de entidades religiosas e culturais, uma jornada de estudos composta de oração, leitura biblica, danças circulares e cantoria para tratar da questão ambiental.
Esse momento terá por base o conhecimento cientifico de linha sistêmica, o legado teológico-pastoral do concilio Vaticano II e as conferências episcopais de Medelin, Puebla, Santo Domingo e Aparecida, sem esquecer os referênciais estéticos e artísticos da tradição cultural de nossa gente.
Para a jornada de 2011, seus organizadores – paróquia São Pio X, ONG Ação Cultural, agentes ligados as comunidades eclesiais de base (CEBS) e ao centro ecumênico de estudos bíblicos (CEBI) - trazem à Aracaju Roberto Malvezzi, mais conhecido como Gogó, agente da comissão pastoral da terra (CPT), residente no sertão baiano, compositor e músico desde os anos 70, compondo um gospel sócio-ecológico, com ritmos da música popular brasileira, pesquisador, palestrante e escritor de artigos críticos sobre as questões do meio ambiente. Seu mais recente trabalho musical é o CD “Belo Sertão”, em parceria com Targino Gondim e Nilton Freitas..
A realização da jornada está prevista para setembro. Quando estivermos mais próximos do evento, divulgaremos detalhes sobre a data, o local e outras informações de interesse do público.
Até lá, por meio de textos como esse, de spots de rádio, de entrevistas e notas na imprensa, pretendemos contribuir para a sensibilização e/ou comprometimento de mais pessoas com a causa ambiental de forma sistêmica ou holística, unindo as dimensões racional-científica, afetiva, social, estética e espiritual.
De maneira isolada, tanto as pessoas e instituições, quanto as dimensões acima citadas, continuarão incapazes de frear o ritmo de destruição do planeta que aumenta a passos largos e a olhos vistos.
Afinal, como diz a letra de uma tradicional canção das CEBs “Deus chama a gente para um momento novo, sozinho e isolado ninguém é capaz, a força que hoje faz brotar a vida, é Deus que nos convida, as forças juntar e o amor repartir, porque é hora de unir o cordão, por isso vem, entra na roda com a gente” roda de esperança, de solidariedade, de alegria, de querer bem, de indignados!. Onde isso estiver junto e misturado, Deus aí está.
E, por último, fiquem com a fala e o canto de Gogó:
“ A presença do feminino na ecologia é óbvia. Nem tão óbvias são certas dimensões que estão diante dos olhos, mas não conseguimos percebê-las.
Trabalhando há muitos anos com a questão da terra e da água, fui percebendo algumas dessas “obviedades ocultas”. Uma delas é a figura de Maria, arquétipo feminino católico também na dimensão ecológica. Claro, poderíamos também falar de Iemanjá no mundo das religiões de ascendência africana e Uiara no mundo indígena. Fico restrito à pessoa de Maria.
Quando cheguei pela primeira vez em Corumbá e vi a imagem de Nossa Senhora do Pantanal, confesso que fiquei surpreso. Aquela imagem de Maria coberta de animais e plantas me colocava diante de uma nova dimensão de Maria. A confirmação veio quando conheci Nossa Senhora dos Seringueiros. Foi fácil ligar com a figura de Nossa Senhora Aparecida, encontrada no rio Paraíba; Nossa Senhora das Grotas, encontrada no rio São Francisco; assim como Nossa Senhora do Círio de Nazaré, encontrada nos Igarapés de Belém. Três são os elementos constantes desse arquétipo: elementos da natureza; pessoas do povo como seringueiros, pescadores, índios, vaqueiros, etc.; a figura de Maria.
Diante dessa emergência da questão ecológica, dessa bela e significativa dimensão de Maria, decidi fazer um CD. Ele se chama exatamente “Maria e Ecologia”. São treze músicas cantando exatamente essas Marias bem brasileiras, ecológicas, ligada ao povo simples do Brasil.
O CD não se encontra em lojas. Entidades como a CNBB – no contexto da reflexão sobre mudanças climáticas - e pessoas individuais ajudaram a produzi-lo."
Durante a jornada estará sendo vendido este e outros CDs de Roberto Malvezzi.
Assista o video da fala de Roberto Malvezzi em 2008 no encontro paulistão das CEBs
Assista ao video com a apresenteção da música Água de Chuva de Roberto Malvezzi, interpretada por Antônio Baiano
Assista ao video com a apresentação da música "Lata d'agua" de Roberto Malvezzi (Gogó)
Assista ao video com a gravação da música Patchamama de Roberto Malvezzi, interpretada por Laís e Míriam Régis
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