Acima, diretoria e conselho fiscal eleito em novembro de 1989.
A eleição de 1989 na AMABA foi a mais concorrida, a anterior em 1986 também foi bastante disputada, mas esta conseguiu superá-la. A vitória da chapa liderada por Zezito de Oliveira, secundado por Noel Marinho, foi crucial para garantir o projeto Reculturarte. Depois explicaremos as razões com mais detalhes.
O resultado da eleição de 1989, garantiu a derrota do autoritarismo naquele momento e a vitória da inovação cidadã e cultural, por meio da democratização das estruturas de gestão, notadamente com a divisão do bairro em áreas administrativas, inicialmente para distribuição dos tickets do leite, além do investimento integrado em arte, cultura, educação e esporte, isso como nunca houve em Aracaju por parte de uma associação de moradores, nem antes e nem depois. A despeito do que realizou logo após e concomitante, o Movimento de Defesa da Prainha e a Associação dos Moradores do Largo da Aparecida, inspirados na AMABA inclusive contando com a a colaboração dessa.
Mas a vitória contra o autoritarismo e o oportunismo é uma luta constante, sujeita a derrotas e recuos. Assim como aconteceu no Brasil recentemente contra um ideal mais democrático e mais generoso de sociedade, aconteceu no processo eleitoral que culminou com a nossa derrota nas eleições de 1996 e consequente saída. Concorreu também para a derrocada do projeto democrático na AMABA, um grande racha ocorrido em 1993, assim como pequenos, que lhe sucederam.
O desafio a vencer é tratarmos isso no livro sem ranço e sem rancor, mas sem negar os fatos. A despeito disso, muita coisa boa aconteceu e, mesmo mostrando o lado sombra, o lado negativo, o que foi bom, o lado luminoso e positivo, aparecerá com mais força e intensidade.
É verdade!! Essa reflexão me vem a lume, nesse momento tão dificil para quem quis e quer um Brasil mais justo, democrático, plural, diverso, ambientalmente sustentável, tolerante e criativo. A AMABA/Projeto Reculturarte também foi parte dessa construção, em meio às contradições e divisões que atravessam o nosso DNA cultural e ideológico, como pessoas e como nação.
Para compreendermos e tentarmos melhor superar isso, mesmo com os retrocessos, recuos e perdas. sempre é bom ler os livros que tratam disso, tanto sob a perspectiva da história geral do Brasil, como das histórias locais, como é o caso do livro sobre a AMABA/Projeto Reculturarte.
Em termos de recomendação para o atual momento, deixamos todos os livros do sociólogo Jessé de Souza e o da historiadora Lilia Schwarcz , o qual trazemos em destaque. O livro AMABA/Projeto Reculturarte será lançado em 2020.
Será também um ano de eleições municipais , sem querer ser ou parecer presunçoso, penso que a leitura do livro fará muito bem para colaborar na elaboração de programas de disputa para as prefeituras, isso por àqueles candidatos chamados progressistas ou de esquerda. Mais especialmente no campo da participação popular, juventude e cultura.
Aliás, vale ressaltar que o fato da experiência da AMABA/Projeto Reculturarte poder colaborar com uma outra visão de trabalho educativo e sociocultural com crianças e jovens, com relação aos governos, nos foi lembrada por um dos entrevistados. Por sinal, nem foi um dos garotos mais criticos e politizados na época em que participou da iniciativa. E nem poderia, era um dos mais novos da turma da capoeira e do esporte nos inicios de 1990.
P.S.: E este que escreve também não teve a sua dose de autoritarismo? Claro que sim! Mas não letal, como a de outros que levaram a morte da AMABA/Projeto Reculturarte, assim como a de quem quer provocar a morte do Brasil como nação soberana e como um bom lugar para todos os seus filhos. Querendo nos fazer retroceder ao status colonial e de separação de uma minoria de privilegiados em meio a uma massa de espoliados, inclusive sem o usufruto do desenvolvimento gerado pela exploração das riquezas naturais e culturais de nosso território.
ZdO
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Dê uma folheada no livro citado acima. AQUI
O titulo desse artigo pega emprestado de Paulo Freire um dos seus livros
mais conhecidos. Esse "empréstimo" faz todo o sentido, porque a
AMABA/Projeto Reculturarte foi um laboratório de prática das ideias de Paulo
Freire. Em breve, será publicado um artigo acadêmico de nossa autoria, em um
livro digital, sobre a atualidade e a necessidade da aplicação do pensamento freiriano às nossas diversas realidades educativa e socioculturais. O que foi pouco realizado, ao contrário das fakenews divulgadas por quem é contra o pensamento de Paulo Freire. Assim fosse a educação e o nosso país estaria melhor. Basta ver como o pensamento e as práticas de Paulo Freire são consideradas mundo a fora. Para compreender como isso se dá, clique aqui, aqui , aqui e aqui
Esse artigo pretende apresentar um pouco do que foi aprendido e do que foi reinventado a partir de Paulo Freire na AMABA/Projeto Reculturarte.
saiba mais sobre o livro citado de Paulo Freire, clicando no titulo abaixo.
Esse artigo pretende apresentar um pouco do que foi aprendido e do que foi reinventado a partir de Paulo Freire na AMABA/Projeto Reculturarte.
saiba mais sobre o livro citado de Paulo Freire, clicando no titulo abaixo.
Abaixo, editorial do informativo da AMABA, fazendo um balanço sintético das mudanças realizadas a partir de 1989.
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