domingo, 11 de outubro de 2020

O filme Abraço e a necessidade de compreensão da arte e da cultura como algo muito maior. Valei-nos Gramsci!!

ABRAÇO - A única saída é Lutar!⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
• 15/10 nos drive ins, cinemas selecionados e cinema virtual.⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
• 29/10 nas plataformas digitais⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Apple Tv, Google Play, NOW, Looke, Vivo Play e Youtube Filmes⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
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Um filme de DF Fiuza⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀
Realização do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Básica do Estado de Sergipe (SINTESE)⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀⠀



O filme "Abraço" produzido pelo SINTESE é uma obra de arte grandiosa, assim também como grande registro memorial de um momento importante da luta dos professores sergipanos. Mas sinto falta de uma VISÃO mais abrangente da esquerda sergipana acerca da ARTE e da CULTURA, compreendida como AÇÃO CULTURAL, compreensão de cultura como ação politica de caráter formativo e processual de base estética e educativa, assim como construção plural e descentralizada, uma visão que vá além do grandioso, vistoso, majestoso, espetacular.

Esse tipo de postura vai resultar em grandes ações importantes e necessárias, quando alguns de nossos quadros da esquerda assumem o executivo, como é o caso do saudoso Marcelo Déda (PT), ex-prefeito de Aracaju e governador dos sergipanos, o qual deixou grande legado em matéria de grandes construções e eventos culturais, como os museus Palácio Olimpio Campos e Museu da Gente Sergipana, o Festival de Verão, o Forrocaju e etc.. Mas insuficientes para fortalecer com intensidade os vínculos sociais, identitários, o sentido de pertencimento e auto estima do cidadão, e aqui me refiro ao cidadão como criador, como produtor, como sujeito cultural, assim como agente da construção de uma cultura transformadora, holisticamente falando.

Com o modelo predominante de grandes espetáculos, filmicos inclusive, grandes construções e grandes eventos, o que sobressai é um cidadão passivo, espectador, consumidor, admirador.

E ajuda? Sim, ajuda, mas não deita raízes sólidas, não fortalece o aspecto comunitário ou local, o protagonismo cultural e politico, a sustentabilidade em termos da permanência no tempo e no espaço. Porque quando a gestão, seja pública ou sindical, não conseguir captar dinheiro suficiente, porque grandes construções e grandes eventos custam caro, ou não quiser investir nas grandes construções ou espetáculos, esses não acontecerão mais. O Festival de Artes de São Cristóvão, por exemplo, sofreu desse mal e pode vir a sofrer novamente. O Encontro Cultural de Laranjeira tá num processo de decadência e degeneração de fazer dó.

Já a Ação Cultural das igrejas pentecostais e neopentecostais, está sabendo combinar os dois modelos.

A esse respeito, tive contato essa semana com a experiência transdenominacional que recebe nome de Jeová Nissi, fiquei literalmente de "queixo caído".

Em suma, as igrejas pentecostais e principalmente as neopentecostais crescem, com base na compreensão do que é ação cultural de base comunitária. Ação Cultural que é ação educativa, ação estética, ação terapêutica e, ação politica. Sem perder de vista a necessidade de promoção dos grandes eventos culturais de massa.

Compreensão que muitos da nossa esquerda perderam ou que nunca tiveram..

Fica como sugestão para tema de investigação jornalistica e acadêmica.

Sobre a iniciativa Jeová Nissi, a explanação que assisti é fruto disso...

Zezito de Oliveira

Leia também:

Critica do filme no site AdoroCinema

SOBRE O CONCEITO AÇÃO CULTURAL - Para candidatos e eleitores que colocam a Ação Cultural ou AnimaAÇÃO cultural como prioridade na vida e nas eleições.


Conheço o meu lugar




Para saber sobre a companhia Jeová Nissi e a Ação Cultural de base comunitária das igrejas pentecostais, entre outras questões relacionadas ao tema..





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