A oposição ao governo no Congresso Nacional “descobriu”, com os últimos dados de pesquisas econômicas e de opinião, o óbvio: Lula estava construindo um discurso poderoso para as eleições de 2026.
Precisamos de mais eleitores que saibam escolher melhor.
A conta era esta: inflação controlada (previsão de 5,24% para 2025, segundo o boletim Focus), contas públicas razoavelmente em dia, melhoria da distribuição de renda (o índice de Gini, que mede a diferença entre ricos e pobres, ficou em 0,506 — o mais baixo desde que o IBGE começou a medi-lo, em 2012) e taxação dos mais ricos. Arroz, feijão e picanha mais baratos; SUS e programas sociais funcionando, ainda que sem uma marca forte; e a economia do país crescendo, apesar do cenário internacional instabilíssimo.
Noves fora a estabilização progressiva da vida política, o Congresso resolveu, então, partir para a guerra à moda de Eduardo Cunha em sua sanha pela derrubada de Dilma Rousseff em 2015 e 2016. Contra a resistência do governo à adoção de uma agenda puramente liberal — que é sinônimo de enriquecimento dos mais ricos e de fraqueza nas urnas —, apelou para os bombardeios ao orçamento: corte de receita com a rejeição do decreto do IOF pela Câmara e aumento de gastos futuros com a ampliação das bancadas, aprovada pelo Senado.
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Escrito por Haroldo Ceravolo Sereza - @haroldoceravolo
(*) Haroldo Ceravolo Sereza é jornalista e crítico literário. É diretor de redação de Opera Mundi e autor dos livros 'Florestan – A inteligência militante' (Boitempo) e 'O Naturalismo e o Naturalismo no Brasil' (Alameda).
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