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sábado, 4 de agosto de 2018
Papa Francisco, Lula e a união em favor da democracia, da justiça e do planeta.
O Papa e seu afeto por Lula – a Igreja do Brasil e a mídia conservadora
Em
espanhol, a mensagem manuscrita do Papa diz: “A Luiz Inácio Lula da
Silva com a minha bênção, pedindo-lhe para orar por mim, Francisco”.
O Papa repete seu gesto de preocupação e afeto por Lula, maior
líder político católico da história brasileira; mas a CNBB e a mídia
conservadora ignoram. Esta, porque é a porta-voz dos ricos que odeiam
Lula; aquela, por covardia
Por Mauro Lopes
Nem
o serviço brasileiro do Vaticano (Vatican News) nem o site da CNBB
registraram a visita de Celso Amorim ao Papa, o fato de ele ter recebido
o livro de Lula e as declarações de Francisco, preocupado Lula e com o
que chamou de “golpes de luvas brancas” na América Latina.
Por
sinal, até agora, o Papa fez dois gestos concretos na direção de Lula:
mandou-lhe um terço e uma mensagem pessoal através de Juan Grabois e
agora recebeu Celso Amorim e manifestou sua preocupação.
O Vatican News, controlado pelos conservadores, mentiu escandalosamente no primeiro episódio e ficou quieto no segundo.
E
a Igreja brasileira? Nenhuma delegação da CNBB ou bispo visitaram Lula,
que é declaradamente católico -o maior líder político católico da
história brasileira.
Foram
a Curitiba líderes de diversas religiões e credos. Dos católicos, lá
estiveram Leonardo Boff, Frei Betto, padre Júlio Lancellotti, o monge
Marcelo Barros e frei Sérgio Görjen. Da hierarquia, ninguém. Uma
vergonha.
Quanto
à imprensa conservadora, que fez uma campanha mentirosa e agressiva
contra a mídia independente do país, acusando-nos de “fake news” no
episódio do envio do terço e da mensagem papal a Lula, até agora não se
retratou, depois de ter sido desmoralizada. Hoje, o UOL/Folha e o Valor
deram notas discretas sobre a visita de Celso Amorim e, desta vez, não
distorceram -gato escaldado tem medo de água fria, não é?
O
Papa Francisco, talvez o mais popular da história, manda mensagens e
presente para o maior líder católico da história do Brasil, feito
prisioneiro político, recebe seu ex-chanceler, ganha de presente um
livro de entrevistas de Lula, diz que está preocupado com o que está
acontecendo, manda uma benção de próprio punho ao ex-presidente (veja a
imagem) e a Igreja no Brasil e a mídia conservadora fazem de conta que
nada aconteceu.
As ações do Papa mereceriam manchete em qualquer canto do mundo e seriam seguidas imediatamente de iniciativas da Igreja local.
Quanto às mídias, é uma questão de escolha de lado -o da perseguição a Lula. Quanto à CNBB e aos bispos, é covardia mesmo. Mauro Lopes
O golpe das "agências de checagem" em conluio com a mídia conservadora Bem, para encerrar um episódio que foi tenso e disputado. A afirmação das tais "agências de checagem" (no caso a Agência Lupa e a Aos Fatos), que em junho acusaram-nos, ao Brasil 247 e outros veículos da imprensa independente, a Revista Fórum e o Diário do Centro do Mundo)
de terem publicado notícias falsas sobre o fato de o Papa ter enviado
um terço e uma mensagem pessoal a Lula, por meio do argentino Juan Grabois, um dos coordenadores dos encontros mundiais de movimentos populares animados pro Francisco.
Foi um momento duro, porque além da acusação das tais agências ter sido
amplificada pela mídia conservadora, houve sanções do Facebook contra
nós. Tanto o Leonardo Attuch quanto o Renato Rovai estiveram no centro da polêmica e ficaram agastados e indignados, na condição de publishers do 247 e da Fórum.
A trama das agências foi desmascarada e ficou claro à época que tudo o
que veiculamos era verdade e eles mentiram à opinião pública e ao
Facebook. Mas nunca desculparam-se conosco ou reconheceram o erro brutal que cometeram.
Pois hoje, ao ler a notícia do UOL sobre a visita de Celso Amorim ao
Papa, dei de cara com esta frase: "Em junho, o advogado argentino Juan
Grabois levou a Lula um terço abençoado pelo papa". Assim mesmo. O UOL,
que nos atacou com virulência, agora afirma candidamente que estava tudo
certo com o que noticiamos. Não é preciso dizer que as tais
"agências de checagem" não consideraram "fake news" o que o UOL publicou
(a Lupa fica hospedada no UOL e ambas recebem dinheiro dos veículos da
mídia conservadora). É tudo armação.
Papa recebe mãe de Marielle Franco e defensores da liberdade do ex-presidente Lula
A Coluna de Mônica Bergamo na Folha
informa que oO papa Francisco recebeu nesta sexta (3) mais um grupo de
brasileiros que o procuraram para denunciar a violação de direitos
humanos no país e criticar a prisão de Lula. A comitiva era formada por
Marinete Silva, mãe da vereadora Marielle Franco (Psol-RJ), assassinada
em março, a advogada Carol Proner, co-autora de um livro que critica a
condenação do ex-presidente Lula, a pastora luterana Cibele Kuss e Paulo
Sérgio Pinheiro, ex-ministro de Direitos Humanos e ex-coordenador da
CNV (Comissão Nacional da Verdade). De acordo com o jornal, o encontro ocorreu um dia depois de o
santo padre ter recebido o ex-embaixador brasileiro Celso Amorim. O
diplomata entregou a ele um livro sobre Lula, e recebeu de volta um
bilhete do papa para o ex-presidente pedindo que o petista orasse por
ele. “O papa está muito preocupado com a situação da América Latina e
nos disse que está acompanhando tudo de perto”, diz Carol Proner. Ela
relata que entregou dois livros ao pontífice: um deles sobre o
impeachment de Dilma Rousseff e o outro sobre a sentença do juiz Sergio
Moro, que condenou Lula. “Eu expliquei a ele que a forma como a Operação Lava Jato está sendo
conduzida, com a flexibilização de provas, de forma seletiva, e com a
mídia elegendo juízes heróis, acaba gerando injustiças”, afirma ela.
“Disse que o próprio Supremo Tribunal Federal violou um direito
universal, que é o da presunção da inocência. Expliquei que isso
prejudica não apenas o Lula mas milhares de pessoas que estão na mesma
situação e que têm violado seus direitos de forma irreparável”. Proner
afirma que, neste momento, o papa repetiu palavras semelhantes às de um
discurso que fez em maio, sobre a forma como, segundo ele, “a mídia
começa a falar mal das pessoas, dos dirigentes, e com a calúnia e a
difamação essas pessoas ficam manchadas”. A mãe de Marielle Franco
entregou a ele uma camiseta com imagens da filha. O pontífice disse a
ela que acompanha o caso de perto. E manifestou preocupação com o
assassinato de lideranças comunitárias, de indígenas e de políticos que
se manifestam em defesa dos direitos humanos das minorias, complementa a
Folha de S.Paulo. Da
esq. para a dir., Marinete da Silva, mãe de Marielle, Carol Proner,
advogada e jurista, papa Francisco, Paulo Sergio Pinheiro e Cibele Kuss,
pastora luterana representante da Conic – Arquivo pessoal
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