A frase que abre esse post semanal de boas noticias foi retirada da canção "Trilhos Urbanos", da autoria de Caetano Veloso. Na letra da canção, Caetano vai desfiando uma série de lembranças boas, que o tempo vai apagando da memória, tanto individual como coletiva, se não forem (re) lembradas de tempos em tempos.
Lembranças boas, mas que em muitas situações, tiveram lugar em meio a acontecimentos relacionados a situações de muita opressão, sofrimento e violência. No caso das postagens abaixo, diferente da canção.
Lembranças boas, mas que em muitas situações, tiveram lugar em meio a acontecimentos relacionados a situações de muita opressão, sofrimento e violência. No caso das postagens abaixo, diferente da canção.
E esse apagamento como sabemos não é por acaso, porque as resistências e conquistas de quem está embaixo, dos pobres, da ralé, não é positivo para as elites endinheiradas que sempre querem ser lembradas como os protagonistas, os soberanos, os senhores do tempo e da história, como os "homens bons", como a "gente de bem".
Um exemplo dentre tantos é a memória do Padre Roma e do seu filho General Abreu e Lima. Esse último inclusive é o primeiro latino americano a escrever um livro discutindo a questão do socialismo, inclusive utilizando a palavra como titulo.
Quantas pessoas no Brasil tinham conhecimento desse importante fato? E como essas, quantas boas histórias estão submersas no tempo? E mesmo muitas histórias ruins que precisam ser contadas e recontadas para mostrar a face escondida de muitos personagens e organizações/instituições que aparecem como "tuto gente buona." Isso para proteção e defesa contra enganos como esse que estamos vivendo no Brasil desde 2016, o qual está trazendo grande sofrimento para a maioria dos que estão embaixo, dos pobres, da ralé.
A canção em versão instrumental. Aqui.
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Filme Santiago, Itália.
Já neste outro exemplo, trago uma história dos anos de 1970, trágica , mas com lances de solidariedade e salvação de vidas e da humanidade.
Sendo que esta também inédita para a quase absoluta maioria dos que foram aos cinemas assistir ao filme cujos detalhes constam na reportagem e trailler abaixo.
A História não se repete...
O que levou o cineasta a abordar o golpe militar chileno e o papel da embaixada de Itália, tantos anos depois? O realizador explicou ao ilVenerdi que foram muitos os que o questionaram sobre isso durante as rodagens e que nunca soube responder. Porém, e após concluir os trabalhos, Matteo Salvini tornou-se Vice Primeiro-Ministro e Ministro do Interior em Itália, percebendo (finalmente) Moretti porque fez este filme.
A verdade é que nestes 80 minutos conta-se a história de como a Itália e a sua embaixada serviram como uma "Arca de Noé" para os dissidentes políticos que fugiam ao regime de Pinochet. Essa Itália, recebeu de mãos abertas os refugiados, integrando-os com um grande sentido de humanismo, o que contrasta com as ideias políticas defendidas pelo atual governo, onde se destaca a figura de extrema direita populista Matteo Salvini.
A verdade é que nestes 80 minutos conta-se a história de como a Itália e a sua embaixada serviram como uma "Arca de Noé" para os dissidentes políticos que fugiam ao regime de Pinochet. Essa Itália, recebeu de mãos abertas os refugiados, integrando-os com um grande sentido de humanismo, o que contrasta com as ideias políticas defendidas pelo atual governo, onde se destaca a figura de extrema direita populista Matteo Salvini.
Mas ainda antes deste chegar ao poder, a ideia do documentário começava a ganhar forma na primavera de 2017, quando Moretti esteve em Santiago do Chile numa conferência e o embaixador italiano falou-lhe de dois jovens diplomatas que decidiram dar guarida a dissidentes políticos do regime de Salvador Allende. Para Moretti, esses dois homens - Piero de Masi e Roberto Toscano - foram um "exemplo de como os indivíduos podem fazer a diferença" na sociedade, especialmente tratando-se de duas pessoas da sua geração, da sua juventude.
VINCENNES, A UNIVERSIDADE PERDIDA
Vincennes, l’université perdue (França, 2016).
De Virginie Linhart. Documentário. 96’.
O documentário conta a epopeia do Centro Universitário Experimental de Vincennes, desde sua criação após os eventos de maio de 68 até a sua demolição no versão de 1980. Falar de Vincennes é reviver dez anos de intensa extravagância intelectual, política, inventiva, educacional e artística. Utopias, esperanças e traições que marcaram a história em um lugar único, a floresta com o nome homônimo.
Leia mais sobre Vincennes , aqui
Leia mais sobre Vincennes , aqui
Nessa terceira postagem da seleção semanal, trazemos Canudos, para sempre Canudos.
ESPECIAL CANUDOS – População mantém hábitos centenários e enfrenta novos desafios
Abaixo, uma das canções escondida sobre Canudos. Uma das mais bonitas e pungentes.
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