Enviado por luisnassif, seg, 19/08/2013 - 23:24 - Fonte: Blog do Nassif
Autor:
Bruno Tarin
Por marcelosoaressouza
A 'Cartografia Afetiva: Nas Nuvens das Raízes Profundas',
realizada no primeiro semestre de 2013 com os indígenas Tupinambá de
Olivença (Ilhéus - BA) é uma obra/pesquisa/ação realizada na fronteira
entre arte, ciência e ativismo que dialoga e faz dialogar essas três
formas de interagir com o mundo. A Cartografia partiu de uma
sensibilidade e autodeterminação gestada em comum - entre vários
sujeitos indígenas e não-indígenas - para uma experimentação e criação
de mundos diferentes daqueles da colonização.
Fazer cartografia afetiva não significa representar objetos, e sim produzir estéticas cartográficas da vida. Desta maneira, procuramos manifestar a partir da construção do site – obviamente parcialmente – a complexidade de relações que conformam a vida e luta Tupinambá. Neste sentido, não há aqui uma tentativa de brincar de espelho da realidade, tampouco essa cartografia se propõe ser uma interpretação da visão específica dos indígenas. Esta cartografia não realizou uma busca do que é, do ser, Tupinambá, muito menos de uma origem deste povo ou de um Brasil pré-colonial. Assim como o filósofo Espinosa questionou: ‘o que pode um corpo?’, a pergunta nessa cartografia é: ‘o que faz um Tupinambá aqui e agora?’
Essa cartografia afetiva é uma manifestação da vida e luta Tupinambá que parte da Cultura Viva, pois quem vive a cultura, quem faz nela sua vida, quem dá vida à cultura, sabe que ela é, e só pode ser, um processo em constante transformação. Vale ressaltar que os Tupinambá de Olivença vivem permeados por uma série de conflitos, sobretudo devido ao fato de o território indígena ter sido demarcado mas não ter sido ainda homologado, em uma região em que subsiste o poderio dos coronéis do cacau e fazendeiros, e que é constantemente assediada pelas empreitadas capitalistas. Neste sentido, a 'Cartografia Afetiva: Nas Nuvens das Raízes Profundas' é voltada para a geração de mais uma voz de fortalecimento da luta indígena enquanto zelo dos humanos, espíritos e mata; retomada da terra e cultura; e autonomia. Uma tentativa sincera de entoar a vida na terra. Essa cartografia afetiva é uma residência do percurso cartográfico no corpo daqueles que estão abertos e dotados da sensibilidade necessária para a experimentação do próprio ato de cartografar, abertura de novas possibilidades cartográficas, para que sejam produzidos outros percursos e novas cartografias por você, caso tenha vontade e interesse.
Conheça mais sobre: http://www.tupivivo.org/
Leia/Ouça também: "CHÁ DE TORÉM" - canções cantadas-dançadas do Torém, ritual típico Povo Tremembé.
Fazer cartografia afetiva não significa representar objetos, e sim produzir estéticas cartográficas da vida. Desta maneira, procuramos manifestar a partir da construção do site – obviamente parcialmente – a complexidade de relações que conformam a vida e luta Tupinambá. Neste sentido, não há aqui uma tentativa de brincar de espelho da realidade, tampouco essa cartografia se propõe ser uma interpretação da visão específica dos indígenas. Esta cartografia não realizou uma busca do que é, do ser, Tupinambá, muito menos de uma origem deste povo ou de um Brasil pré-colonial. Assim como o filósofo Espinosa questionou: ‘o que pode um corpo?’, a pergunta nessa cartografia é: ‘o que faz um Tupinambá aqui e agora?’
Essa cartografia afetiva é uma manifestação da vida e luta Tupinambá que parte da Cultura Viva, pois quem vive a cultura, quem faz nela sua vida, quem dá vida à cultura, sabe que ela é, e só pode ser, um processo em constante transformação. Vale ressaltar que os Tupinambá de Olivença vivem permeados por uma série de conflitos, sobretudo devido ao fato de o território indígena ter sido demarcado mas não ter sido ainda homologado, em uma região em que subsiste o poderio dos coronéis do cacau e fazendeiros, e que é constantemente assediada pelas empreitadas capitalistas. Neste sentido, a 'Cartografia Afetiva: Nas Nuvens das Raízes Profundas' é voltada para a geração de mais uma voz de fortalecimento da luta indígena enquanto zelo dos humanos, espíritos e mata; retomada da terra e cultura; e autonomia. Uma tentativa sincera de entoar a vida na terra. Essa cartografia afetiva é uma residência do percurso cartográfico no corpo daqueles que estão abertos e dotados da sensibilidade necessária para a experimentação do próprio ato de cartografar, abertura de novas possibilidades cartográficas, para que sejam produzidos outros percursos e novas cartografias por você, caso tenha vontade e interesse.
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Leia/Ouça também: "CHÁ DE TORÉM" - canções cantadas-dançadas do Torém, ritual típico Povo Tremembé.
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