Fui ao lançamento do livro
“Crônicas do Ateliê” sobre obra de Antonio da Cruz na abertura da exposição
“Narrativas Imagéticas” do fotógrafo Nailson Moura, na velha e querida “Álvaro
Santos” Fiz bem. Lá encontrei Mário Britto que me deu notícias das obras de
recuperação do Cacique Chá, via Emsetur, e me tranquilizou sobre o destino
daquele espaço. assegurando-me de que estava discutindo com a cúpula do Turismo
o que fazer dali após restauração. Sua ideia é que ele abrigue um memorial
dedicado ao sergipano Jénner Augusto, a história do próprio Cacique Chá e um
salão para eventos culturais. È um bom proveito.
Concordo plenamente que se dê uso
prático àquele queridíssimo espaço, fazendo-o novamente útil à cultura e à
sociedade sergipana. Sendo um imóvel de propriedade da Secretaria do Turismo,
será muito proveitoso incluí-lo no roteiro turístico do centro de Aracaju,
integrando-o a um possível Corredor Cultural que reúna, de modo coordenado, o
Museu da Gente Sergipana, a Ponte do Imperador, o Palácio Museu Olimpio Campos,
a Catedral, o Centro de Turismo, os futuros Memorial Zé Peixe e a Alfândega, e
daí, seguindo até os Mercados Públicos através do Beco dos Cocos, que já
deveria estar tombado e transformado em Rua das Artes Alternativas com
oficinas, restaurantes e ateliers de artistas plásticos locais. Esse Corredor
Cultural Daria a Aracaju uma opção turistica diferenciadada da opção
"praia" tão comum às capitais nordestinas e estaria, principalmente
com a criação da Rua das Artes, incentivando a economia local da cultura.
Então, enquanto nós, os agentes e
produtores da área cultural, ainda não sabemos qual a destinação que a
Prefeitura dará à antiga Alfândega, até porque nem nesta nem na anterior gestão
municipal fomos consultados, a presença de Mário Britto na discussão sobre o
destino do Cacique Chá, é animadora.
Amaral Cavalcante – 27/maio/2014
Reforçando a opinião do Jornalista e Poeta Amaral Cavalcante
Perfeito, Amaral, algo na linha do Recife antigo, do Pelourinho, só que com nossa cultura, nossa arte, nossa história. E seria intressante também no Beco dos Cocos uma placa falando da história dos cabarés da área, onde existia uma vida artística que reunia músicos, dançarinos, shows diários e foi a vida noturna da cidade durante décadas. (Clara Angelica Porto)
- Fundamental manter um conjunto de atividades com programação cultural permanente e com atrações que traga públicos de várias idades e identificados com um padrão cultural cult, alternativo, independente ou fora dos padrões comerciais, sem ser necessariamente fechados em guetos estéticos. Legal conversar com os coletivos e organizações culturais, formar um conselho consultivo. Manter um serviço tipo Pub, acessivel a estudantes e assalariados, também será legal.. (Zezito de Oliveira)
Perfeito, Amaral, algo na linha do Recife antigo, do Pelourinho, só que com nossa cultura, nossa arte, nossa história. E seria intressante também no Beco dos Cocos uma placa falando da história dos cabarés da área, onde existia uma vida artística que reunia músicos, dançarinos, shows diários e foi a vida noturna da cidade durante décadas. (Clara Angelica Porto)
- Fundamental manter um conjunto de atividades com programação cultural permanente e com atrações que traga públicos de várias idades e identificados com um padrão cultural cult, alternativo, independente ou fora dos padrões comerciais, sem ser necessariamente fechados em guetos estéticos. Legal conversar com os coletivos e organizações culturais, formar um conselho consultivo. Manter um serviço tipo Pub, acessivel a estudantes e assalariados, também será legal.. (Zezito de Oliveira)
CACIQUE CHÁ
Fonte: http://aracajuantigga.blogspot.com.br/2012/04/cacique-cha.html
Bar e Restaurante Cacique Chá
Foto: Arquivo Público Municipal da Cidade de Aracaju.
Painéis pintados por Jenner
Augusto - Cacique Chá Foto: Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.956 - 18/02/1978.
Cacique Chá - Área externa.
Foto: Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.956 - 18/02/1978.
Cacique Chá - Área externa.
Foto: Jornal Gazeta de Sergipe nr. 5.956 - 18/02/1978.
Conjunto Musical Cacique Chá
Boite Cacique - Casais dançando
MELINS, Murillo. Aracaju romântica que vi e vivi. 3 ed. Aracaju: Unit, 2007.
O Cacique Chá, localizado na esquina da Praça Olimpio Campos com
a Rua Itabaianinha, foi bar, restaurante e boite, tendo iniciado as
suas atividades em 1950, tendo a Luna Orquestra como atração principal
na inauguração da luxuosa boite.
O
fotógrafo Artur Costa foi o seu primeiro proprietário. Em 1953, por
motivo de saúde, o Sr. Artur o vendeu para o Empresário Manoel Felizardo
Nascimento, que alteou o nome de fantasia para Bar e Restaurante
Cacique Chá. Em 1955 foi vendido à Firma Amaral & Freitas.
Segundo o Memorialista Murillo Melins, o Cacique foi a primeira boite familiar de Aracaju. Era o ponto de encontro da High Society, nos sábados à noite.
Murillo Melins ainda nos informa:
“Os ingressos às mesas, com quatro assentos, eram confeccionados em cartão postal,
com fotografias em miniaturas dos pontos turísticos de nossa Cidade,
informando data da festa, preço da mesa e atrações a serem apresentadas.
O traje passeio completo era obrigatório para os homens, já as senhoras e senhoritas, esmeravam-se em comparecer com seus melhores e caros vestidos.”
Vários artistas famosos
se apresentaram no Cacique Chá, dentre eles, Gregório Barros, o Rei do
Bolero, o mexicano Pedro Vargas, Lucho Catita, o Pianista Roberto
Inglês, Terezinha Morango (Miss Brasil), Nelson Gonçalves, Ivon Cury,
Ângela Maria e Maiza Matarazzo.
O conjunto musical formado por Zelner Ximenes, Henrique, Osvaldo, Marcelo, Antonio Teles, Paulo Emílio e Antônio, animavam as noites de festa do Cacique Chá.
Também foi ponto de encontro de literatos, que religiosamente todas as tardes ali se reuniam.
Depois
de anos fechado o Cacique Chá está sendo reformado e os belos painéis
de Jenner Augusto que lá existem, estão sendo restaurados.
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