Erro do
Brasil ter aceito as imposições da Fifa, como ingressos caros pra Copa. Se o
povão estivesse na abertura, Dilma não seria vaiada.
Não foi o
povão que vaiou Dilma na abertura da Copa. O povão ficou de fora do estádio.
Foi a parcela da elite que odeia políticas sociais.
Toda a
minha solidariedade à presidente Dilma, que não mereceu as vaias dadas na abertura
da Copa. Ela representa o Brasil, não o PT.
O melhor do Brasil é o
Brasileiro e a pior parte do brasileiro é a elite escravocrata, racista,colonizada e quem pensa como tal.
Atualizando o que um professor dizia em sala de aula” Essa massa inculta, burra e despreparada ”.
Onde está escrito massa, agora leia-se, a classe média que só assiste o Jornal Nacional e que lê somente a Veja.
Atualizando... A classe média que assiste somente ao Jornal Nacional e que lê somente a Veja, quando não caga na entrada....
Elite vaiou e ofendeu Dilma, ontem, porque ela não tem mais empregadas que durmam no emprego e trabalhem como jumentos para ela.
sex, 13/06/2014 - 08:18
- Atualizado em 13/06/2014 - 08:48
Onde estavam os covardes?
por Florestan Fernandes Jr.
Onde estavam ontem os políticos que
festejaram a escolha do Brasil como sede da Copa do Mundo de 2014? Onde
estavam: Lula, Sérgio Cabral, Eduardo Campos, Aécio Neves, José Serra,
Jaques Wagner, Yeda Crusius, Cid Gomes, Carlos Eduardo de Sousa Braga,
Wilma de Faria, Roberto Requião, José Roberto Arruda, Blairo Maggi? Onde
estava Marina Silva que queria uma sede no Estado dela, o Acre? Onde
estavam os prefeitos, senadores, deputados, ancoras de televisão e rádio
que queriam tanto a Copa do Mundo? Onde estavam os prefeitos e
governadores responsáveis pelas obras exigidas pela Fifa? Ontem, coube a
uma única mulher receber toda a agressão de uma torcida rica e
privilegiada que conseguiu ingressos para o jogo de abertura em São
Paulo. Uma elite raivosa que não perde a chance de destilar seu ódio de
classe, seus preconceitos e sua falta de educação. Parabéns, presidenta
Dilma, você não se escondeu nos palácios da República como fizeram os
governadores, inclusive o senhor Geraldo Alckmin.
Xingar Dilma Roussef foi grosseria indesculpável
Jornalista Josias de Souza, no UOL
Quando Ronaldo disse estar “envergonhado” com os desacertos da organização da Copa, Dilma Rousseff reagiu à moda de Nelson Rodrigues:
“Tenho certeza que nosso país fará a Copa das Copas. Tenho certeza da
nossa capacidade, tenho certeza do que fizemos. Tenho orgulho das nossas
realizações. Não temos por que nos envergonhar. Não temos complexo de
vira-latas.”
Nesta quinta-feira, Dilma submeteu seu orgulho a teste na tribuna de honra do Itaquerão. Dali, assistiu à partida inaugural da Copa do Mundo. Dessa vez, tentou blindar-se no silêncio. Absteve-se de discursar. Não funcionou. Como queria a presidente, a torcida exorcizou o vira-latismo. Mas, desamarrando suas inibições, incorporou um pitbull.
Ao entoar o hino nacional, ao ovacionar os jogadores, a arquibancada
tomou-se de um patriotismo inatural. Contudo, rosnou com agressividade
inaudita ao dirigir-se a Dilma. Fez isso uma, duas, três, quatro vezes.
Diferentemente do envelope de uma carta ou do e-mail, a vaia não tem
nome e endereço. Pode soar inespecífica. Como no instante em que o
serviço de som anunciou os nomes de Dilma e de Joseph Blatter.
Até aí, poder-se-ia alegar que o destinatário da hostilidade era o
cacique da Fifa, não Dilma. A coreografia estimulava a versão. Blatter
levantou-se. Dilma manteve-se sentada. O diabo é que o torcedor,
salivando de raiva, tratou de dar nome aos bois. Foi assim no coro
entoado nas pegadas da cerimônia de abertura da Copa.
“Ei, Dilma, vai tomar no c…”, rosnava um pedaço da multidão. “Ei,
Fifa, vai tomar no c…”, gania outra ala. Quando Dilma foi exibida no
telão do estádio vibrando com o segundo gol do Brasil, arrostou,
solitariamente, uma segunda onda de xingamentos. Após a comemoração do
terceiro gol, ela ouviu um derradeiro urro: ‘Ei, Dilma, etc…”
O que fizeram com Dilma Rousseff no Itaquerão foi indesculpável. Vamos e venhamos: ela não era nem culpada de estar ali. Com as vaias
da Copa das Confederações ainda não cicatrizadas, Dilma teria ficado no
Palácio da Alvorada se pudesse. Foi ao alçapão do Corinthians porque o
protocolo a escalou.
Vaiar
autoridade em estádio é parte do espetáculo. Numa arena futebolística,
dizia o mesmo Nelson Rodrigues, vaia-se até minuto de silêncio. Porém,
ao evoluir do apupo para o palavrão, a classe média presente ao
Itaquerão exorbitou. Mais do que uma pose momentânea, o presidente da
República é uma faixa. Xingá-la significa ofender a instituição.
Quando o xingamento é transmitido em rede mundial, adquire uma
pungência hedionda. No limite, o que a torcida fez na tarde desta
quinta-feira foi informar ao planeta que o Brasil está deixando de ter
uma noção qualquer de civilidade.
Quando o fenômeno atinge uma platéia como a do Itaquerão, com grana
para pagar os ingressos escorchantes da Fifa, a deterioração roça as
fronteiras do paroxismo. Evaporam-se os últimos vestígios de
institucionalidade.
A sociedade tem os seus abismos, que convém não mexer nem açular.
Dilma não se deu conta disso. E vive a cutucar os demônios que o
brasileiro traz enterrados na alma. Fez isso pela penúltima vez no
pronunciamento levado ao ar na noite da véspera. Muita gente achava que
ela merecia uma reprimenda sonora. Mas a humilhação do xingamento
transpassou a figura da presidente, atingindo a própria Presidência.
Quem deseja impor a Dilma um castigo que vá além da vaia, tem à
disposição um instrumento bem mais eficaz do que a língua. Basta
acionar, no silêncio solitário da cabine de votação, o dedo indicador. O
gesto é simples. Mas a pata de um pitbull não é capaz de executá-lo.
Aquela, em Itaquera, não era a torcida brasileira. Nem de longe
Aquela, em Itaquera, não era a torcida brasileira. Nem de longe
Jornalista Leonardo Sakamoto
Quem está acostumado a ir em estádios em jogos
da série A e B do campeonato brasileiro (sou palmeirense, não desisto
nunca), em caneladas de campos de várzea com esquadras de brasileiros
e bolivianos ou se lembra do saudoso Desafio ao Galo, estranha quando vê
as arquibancadas praticamente monocromáticas da Copa do Mundo.
Por favor, não me leve a mal. Todos têm direito a se divertir.
Mas como temos mais brancos ricos do que negros ricos por aqui (fato totalmente aleatório uma vez que não somos racistas) era de se esperar que isso acontecesse. Ainda mais, considerando-se a facada que pode ser um ingresso diretamente com a Fifa ou via a sagrada instituição do camelô.
Ouvindo o rádio, o locutor cravou: “Olha que maravilha! É a família brasileira voltando para os estádios''. Na verdade, um tipo específico de família, a de comercial de margarina. Pois os jogos de Copa são um momento em que o tecido espaço-tempo se rasga e tudo ganha caras de universo paralelo – regado a muito dinheiro público e ação pesada para manter as “classes perigosas'' longe. Na dúvida, bomba nelas.
Particularmente acho que a consequência imediata mais nefasta da presença de uma torcida que não frequenta estádios regularmente é que ela não empurra o time como necessário.
“Leleô, leleô, lelêo'', “Brasil, Brasil, Brasil'' e “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amoooor!'' (#vergonhalheia) intercalados com grandes momentos de silêncio é algo estranho de se ver. Não estou defendendo que o estádio seja dividido entre a Mancha, a Gaviões e a Independente (essas, sim, capazes de empurrar qualquer coisa e que não param nunca – mas que vêm com a contrapartida de alguns dodóis que não sabem brincar sem bater). Apenas afirmando que aquela, no estádio, não era a “torcida brasileira''. Nem de longe! A torcida que, faça chuva ou faça sol, ganhando ou perdendo, está lá apoiando seu time, ao vivo, por mais medíocre que ele seja. Esse pessoal, que ajuda nosso futebol a ser o que é, mereceria estar melhor representado nas arquibancadas do Itaquerão.
Fico imaginando como seria se o preço fosse acessível e o acesso aos ingressos viesse pelas mais democrática das práticas: o sorteio de interessados cadastrados. Talvez mais gente que assistiu a partir do telão no Anhangabaú estivesse em Itaquera.
Pessoal que não tira selfie no trem, a caminho do jogo, e posta nas redes sociais pois já pega o mesmo trem todos os dias para ir ao trabalho.
Galera para a qual, esta quinta (12), não foi sua primeira, nem sua última vez na periferia da cidade.
Turma que trabalhou nas obras que tornaram o circo possível. Mas, agora, vão assistir tudo a uma distância considerada segura pelos donos da festa.
Quem é essa turma do vai tomar no c…
a) No atual contexto da política mundial qualquer um ou uma que estivesse na presidência seria vaiado aos montes. A coisa de modo geral anda sem "rumo" ou sem uma explicação fácil. Muitos países estão passando por crises profundas: Iraque, Síria, Haiti e, neste último temos há 20 anos - aproximadamente - uma missão de paz. Quem tem? O Brasil. Alguns críticos acham que entre outros objetivos é para alcançar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Ai JESUS. Pode ser politicamente interessante? Que nada. Fundada em 1945 após a II Guerra Mundial.....a ONU esqueceu seus estatutos. Está longe se ser uma Organização e tornou-se uma....deixa prá lá (apesar dos funcionários abnegados e até mártires diplomatas que lá trabalham).
b) Haiti? Futebol? Qual o sentido? Para parte da imprensa é quase a mesma coisa. Não enxergam quase nada além de uma bola. Ir. (Ana) Annette Havenne, esteve por lá e conhece um pouco as mazelas do Haiti. Que dor e que povo de uma cultura diferenciada. Mover-se, situar-se lutar pelo que está lá no horizonte requer anos, e décadas. O povo haitiano sofre também de suas "inspirações". Entenderam?
Enquanto isso aqui nas fronteiras do país tratamos mal os haitianos. Que contradição. Ir como missão da ONU é ser solidário. Hummmm! E recebê-los aqui?
c) Aonde se mata mais: Haiti, nas guerras do Oriente Médio ou em nossas ruas e favelas? Seria bom o leitor consultar uma Ong que trabalha com essas estatísticas e comparar - em termos de homicídios - com os números oficiais do governo do Rio de Janeiro, por exemplo. Vá investigue e tire suas conclusões.
d) O mundo é uma bola. Os problemas sempre existirão em qualquer parte. Seja de guerra, seja de paz. Nesse período o interessante é, assistir aos jogos - muita gente mais muita gosta do esporte - e não perder de vista os outros acontecimentos. Bom cuidar-se. Podemos acordar após um jogo do Brasil com a casa em Marte...kkkkkkk. Ou então no Japão. Aonde a educação é excelente. Transporte pontual. Quase tudo funciona muito bem.
Mais digo a vocês. Fico e luto por aqui. Porque minha "anima" é brasileira. Somos desbravadores e sabemos do nosso potencial. Mesmo quando um juiz dá um pênalti indevido/inexistente. Ainda bem que foi um JAPONÊS.
Só para discutir ideias...pois, o mundo é uma bola..kkkkk!
Por favor, não me leve a mal. Todos têm direito a se divertir.
Mas como temos mais brancos ricos do que negros ricos por aqui (fato totalmente aleatório uma vez que não somos racistas) era de se esperar que isso acontecesse. Ainda mais, considerando-se a facada que pode ser um ingresso diretamente com a Fifa ou via a sagrada instituição do camelô.
Ouvindo o rádio, o locutor cravou: “Olha que maravilha! É a família brasileira voltando para os estádios''. Na verdade, um tipo específico de família, a de comercial de margarina. Pois os jogos de Copa são um momento em que o tecido espaço-tempo se rasga e tudo ganha caras de universo paralelo – regado a muito dinheiro público e ação pesada para manter as “classes perigosas'' longe. Na dúvida, bomba nelas.
Particularmente acho que a consequência imediata mais nefasta da presença de uma torcida que não frequenta estádios regularmente é que ela não empurra o time como necessário.
“Leleô, leleô, lelêo'', “Brasil, Brasil, Brasil'' e “Sou brasileiro, com muito orgulho, com muito amoooor!'' (#vergonhalheia) intercalados com grandes momentos de silêncio é algo estranho de se ver. Não estou defendendo que o estádio seja dividido entre a Mancha, a Gaviões e a Independente (essas, sim, capazes de empurrar qualquer coisa e que não param nunca – mas que vêm com a contrapartida de alguns dodóis que não sabem brincar sem bater). Apenas afirmando que aquela, no estádio, não era a “torcida brasileira''. Nem de longe! A torcida que, faça chuva ou faça sol, ganhando ou perdendo, está lá apoiando seu time, ao vivo, por mais medíocre que ele seja. Esse pessoal, que ajuda nosso futebol a ser o que é, mereceria estar melhor representado nas arquibancadas do Itaquerão.
Fico imaginando como seria se o preço fosse acessível e o acesso aos ingressos viesse pelas mais democrática das práticas: o sorteio de interessados cadastrados. Talvez mais gente que assistiu a partir do telão no Anhangabaú estivesse em Itaquera.
Pessoal que não tira selfie no trem, a caminho do jogo, e posta nas redes sociais pois já pega o mesmo trem todos os dias para ir ao trabalho.
Galera para a qual, esta quinta (12), não foi sua primeira, nem sua última vez na periferia da cidade.
Turma que trabalhou nas obras que tornaram o circo possível. Mas, agora, vão assistir tudo a uma distância considerada segura pelos donos da festa.
Quem é essa turma do vai tomar no c…
Por Jornalista Renato Rovai
junho 13, 2014 13:33
O Brasil
é um país complexo e muito difícil de explicar, mas a sua elite não.
Ela é previsível e está sempre no mesmo lugar. As elites do mundo não
costumam ser muito diferentes, mas a brasileira é das piores.
Não à toa o Brasil foi o último país do planeta a acabar com a escravidão, não à toa somos um dos poucos países que só agora está vivendo um ciclo democrático de três décadas. Todos os outros nossos períodos de democracia duraram menos do que isso.
E todas as ditaduras e a escravidão longínqua que tivemos são obras da nossa elite. Que se julga o Brasil. Que se acha a dona do país. Que é altamente corrupta, mas que faz de conta que o que lhe move na política é a defesa do interesse público.
Os que xingaram Dilma na tarde de ontem de maneira patife e abjeta são os netos e bisnetos daqueles que torturam negros nas senzalas. São os filhos daqueles que apoiaram a tortura na ditadura militar. São os mesmos que há pouco fizeram de tudo para que não fosse aprovada a legislação da empregada doméstica e que nos seus almoços de domingo regados a champanhe francês e a vinho italiano sobem na mesa para gritar contra o Bolsa Família.
Essa elite que xingou Dilma daquela maneira no Itaquerão sempre envergonhou o país. E ontem só aprontou mais uma. Não foi um ponto fora da curva no processo histórico. E também não foi nada inocente.
Aécio Neves mais do que todos os outros candidatos que o PSDB já teve simboliza esse elite. É o típico bon-vivant, que nunca trabalhou na vida, que surfou até os 20 anos no Rio de Janeiro e que depois foi brincar de motocross até os 25 anos na montanhas de Minas Gerais, para só depois entrar na política e ir defender os interesses da família e de seu segmento social.
Ontem, Aécio deu uma entrevista ao Globo onde atiçava seu eleitorado a sitiar a presidenta da República. E ao mesmo tempo milhares de panfletos eram distribuídos na entrada do Itaquerão associando o PT à corrupção. Pra criar o clima do ataque à presidenta.
O mesmo Aécio que botou a polícia do Rio para invadir a casa de pessoas que ele suspeita estarem criticando-o na Internet. O mesmo Aécio que silenciou a imprensa de Minas Gerais e colocou-a de joelhos para os seus projetos pessoais.
Quem xingou Dilma não foi nem um punhado de inocentes e nem a massa ignara. Foi o pedaço do Brasil que odeia o brasileiro.
Para este pedaço do Brasil que é a cara de Aécio, tanto faz se o presidente é Dilma, Lula, José ou Maria. O que eles não aceitam e que o país não seja apenas um lugar para eles exercerem sua sanha dominadora.
E por isso que o Bolsa Família, o aumento do salário mínimo, as políticas de cotas, a legislação da empregada doméstica e alguns outros programas sociais são tão abominados por essa gente. Eles querem que o povo morra de fome. Querem que o povo vá tomar naquele lugar. O xingamento não é para a presidenta. É para o Brasil que a elegeu. Porque na democracia desses patifes, o voto deles teria que valer mais do que o do sertanejo ou da mulher que luta pela sobrevivência dela e dos filhos nas periferias das grandes cidades.
Os netos e bisnetos dos escravistas e os filhos dos que apoiaram a tortura na ditadura. É esse Brasil que nos envergonha do ponto de vista histórico que nos envergonhou ontem xingando uma presidenta legítima, uma chefe de Estado que tem atuado dentro dos limites da Constituição.
Esse Brasil precisa ser derrotado mais uma vez. Porque se o projeto petista tem seus limites e poderia ser muito melhor, o desses caras é o que há de mais asqueroso. É o vai tomar no cu.
-----------------------------------------------------------------
Só para trocar ideias e lembrar que a vida...continua!
Alguns
indícios de "provincianismo" tomou conta do chamado Itaquerão no
primeiro jogo da Copa. Não vi, mais a imprensa relatou muito as vaias e
gritos contra Dilma Rouseff. Não ganho para e nem vou defendê-la. Mais
pontuar algumas coisas:Não à toa o Brasil foi o último país do planeta a acabar com a escravidão, não à toa somos um dos poucos países que só agora está vivendo um ciclo democrático de três décadas. Todos os outros nossos períodos de democracia duraram menos do que isso.
E todas as ditaduras e a escravidão longínqua que tivemos são obras da nossa elite. Que se julga o Brasil. Que se acha a dona do país. Que é altamente corrupta, mas que faz de conta que o que lhe move na política é a defesa do interesse público.
Os que xingaram Dilma na tarde de ontem de maneira patife e abjeta são os netos e bisnetos daqueles que torturam negros nas senzalas. São os filhos daqueles que apoiaram a tortura na ditadura militar. São os mesmos que há pouco fizeram de tudo para que não fosse aprovada a legislação da empregada doméstica e que nos seus almoços de domingo regados a champanhe francês e a vinho italiano sobem na mesa para gritar contra o Bolsa Família.
Essa elite que xingou Dilma daquela maneira no Itaquerão sempre envergonhou o país. E ontem só aprontou mais uma. Não foi um ponto fora da curva no processo histórico. E também não foi nada inocente.
Aécio Neves mais do que todos os outros candidatos que o PSDB já teve simboliza esse elite. É o típico bon-vivant, que nunca trabalhou na vida, que surfou até os 20 anos no Rio de Janeiro e que depois foi brincar de motocross até os 25 anos na montanhas de Minas Gerais, para só depois entrar na política e ir defender os interesses da família e de seu segmento social.
Ontem, Aécio deu uma entrevista ao Globo onde atiçava seu eleitorado a sitiar a presidenta da República. E ao mesmo tempo milhares de panfletos eram distribuídos na entrada do Itaquerão associando o PT à corrupção. Pra criar o clima do ataque à presidenta.
O mesmo Aécio que botou a polícia do Rio para invadir a casa de pessoas que ele suspeita estarem criticando-o na Internet. O mesmo Aécio que silenciou a imprensa de Minas Gerais e colocou-a de joelhos para os seus projetos pessoais.
Quem xingou Dilma não foi nem um punhado de inocentes e nem a massa ignara. Foi o pedaço do Brasil que odeia o brasileiro.
Para este pedaço do Brasil que é a cara de Aécio, tanto faz se o presidente é Dilma, Lula, José ou Maria. O que eles não aceitam e que o país não seja apenas um lugar para eles exercerem sua sanha dominadora.
E por isso que o Bolsa Família, o aumento do salário mínimo, as políticas de cotas, a legislação da empregada doméstica e alguns outros programas sociais são tão abominados por essa gente. Eles querem que o povo morra de fome. Querem que o povo vá tomar naquele lugar. O xingamento não é para a presidenta. É para o Brasil que a elegeu. Porque na democracia desses patifes, o voto deles teria que valer mais do que o do sertanejo ou da mulher que luta pela sobrevivência dela e dos filhos nas periferias das grandes cidades.
Os netos e bisnetos dos escravistas e os filhos dos que apoiaram a tortura na ditadura. É esse Brasil que nos envergonha do ponto de vista histórico que nos envergonhou ontem xingando uma presidenta legítima, uma chefe de Estado que tem atuado dentro dos limites da Constituição.
Esse Brasil precisa ser derrotado mais uma vez. Porque se o projeto petista tem seus limites e poderia ser muito melhor, o desses caras é o que há de mais asqueroso. É o vai tomar no cu.
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Professor Mario Resende - Via Facebook
Essa
Copa do mundo é uma copa de revelações. Chama atenção, por exemplo,
como a elite brasileira desistiu da representação e do pudor que lhes
eram peculiares. Diferente dos anos de 1970, quando aplaudiram o ditador
Médici, durante a Copa do México, ontem, desceram do salto, e mandaram,
ao vivo e a cores, diante do mundo, uma Mulher, mãe, avó, tomar no c.
Quando dizem que eles estão cheios de complexo de vira-latas, eu
protesto! Qualquer cão cheio de sarna é mais digno, mais educado e
refinado. O que eles demonstraram foi exatamente o que de fato são: o
lixo dentro da lata, gritando a frase mais auto representativa dos
próprios.
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gol contra
Na Copa, a mídia alemã e europeia perdeu o rebolado
E está perdendo o jogo. Para si mesma, é bom esclarecer. Os exemplos se multiplicam, sobretudo em Londres, Paris, Madri – e Berlim e arredores
por Flávio Aguiar, para a Rede Brasil Atual
publicado
12/06/2014 11:00
© reprodução
Todas as manhãs escuto notícias pelo rádio. E todas
as manhãs, ao longo das horas, vem a descrição de um país – o nosso – de
empedernidos e recalcitrantes corruptos, ineptos, tarados divididos
entre a pedofilia e a prostituição, um país de criminosos, traficantes,
ou então de pobretões choraminguentos e
Bom, podemos dizer que no Brasil A há muita gente que pensa assim. Já me cansei de ler artigos, ouvir e ver entrevistas, declarações uma atrás da outra, de que “nós” somos tudo aquilo descrito acima e mais algumas coisas. Claro: este “nós” é qualificado. Gramaticalmente estamos diante de uma proeza pronominal, porque este “nós” signifca na verdade “eles”, isto é, “os outros”, porque o “eu” que está com estes vitupérios da boca para fora não os internaliza: este “eu” é sempre uma exceção, um “herói disfarçado”, digamos, por manter sua identidade íntegra no país do cambalacho, da falta de vergonha, do estrupício, da falta de educação, de cultura, de tudo. Mais ou menos como os europeus primitivos viam os índios brasileiros: desprovidos de tudo, nus da cabeça aos pés e por dentro também.
Acontece que este jogo perigoso em que a mídia está entrando (grande parte da escrita, audiovisual e virtual também entra nesta), se tem língua longa, tem perna curta. Não me consta que as viagens para o Brasil tenham diminuído, ou que alguém que queria ir à Copa tenha desistido (a não ser por causa dos preços altos de tudo, mas isto, se não é agradável, é outra história) de fazê-lo por causa destas reportagens.
Quando escrevi que a mídia está perdendo o jogo para si mesma, quero dizer que está pondo em jogo a própria credibilidade. Quando vim morar na Alemanha, estava acostumado com este comportamento desqualificador por parte da nossa velha mídia. Além de vê-lo em ação em relação a nossos tr6es últimos governos, já o vira em 54, em 64 e tantas outras vezes. E aqui me chamava a atenção o comportamento, digamos, “mais equilibrado” da mídia, mais plural, menos editorializado na reportagem, menos preconceituoso.
É isto, esta aura de equilíbrio que está sendo trincada e logo pode despedaçar-se. Porque há uma novidade neste momento.
Sempre houve, junto com aquele senso de equilíbrio, alguns pontos nevrálgicos. Fidel Castro sempre era e é tratado como o ditador sanguinário (e agora corrupto) do Caribe; Hugo Chávez era sempre o bufão histriônico e populista; mais recentemente Cristina Kirchner aparecia como mandona e desequilibrada; os ditadores da Coreia do Norte eram e são sempre apresentados como débeis mentais, senil o pai (já falecido) e infantil o filho. Putin, que já era o vilão anti-europeu, ficou mais ainda depois que esta mídia do lado de cá ressuscitou a guerra fria por causa da Ucrânia, com ajuda empenhada da OTAN e dos Estados Unidos.
A diferença, no caso brasileiro, é que esta é a primeira vez em que se investe contra um povo inteiro, em que se cria um discurso para desqualificar um país de norte a sul, de leste a oeste e de ponta a ponta. Tudo é ruim no Brasil, nada presta, porque agora a mídia está mostrando o “”outro lado”, o “verdadeiro” país. Só se for o outro lado dos clichês , que ela mesma, mídia, alimentou: os clichês do país das praias, da vagabundagem, do café e das bundas à mostra, é bom não esquecer. Clichês que, tenham a certeza, voltarão assim que puderem.
Há vozes mais comedidas, por certo. Ouvi no rádio uma entrevista de David Barteltt, o diretor da Fundação Heinrich Böll (ligada aos Verdes) no Brasil, dizendo que se o quadro não era tão positivo como pintava o governo, também não era tão negativo como aparecia na mídia. Ouvi também um outro entrvistado, que recém chegara de S. Paulo, dizendo que as manifestações anti-copa não eram tão grandes como aqui (na Alemanha) se pintava. Mas são vozes isoladíssimas.
Fui a duas atividades – uma conferência no Ministério de Relações Exteriores e uma entrevista coletiva na Casa das Culturas do Mundo (que vai exibir em telões todos os jogos da Copa) – da Embaixadora do Brasil, sra. Maria Luiza Ribeiro Viotti. Sua vida aqui não tem sido nada fácil, respondendo regularmente a este coro de maledicências sobre o nosso país. Mas ele vem fazendo um trabalho muito firme e ao mesmo tempo muito ponderado. Em ambas as ocasiões deixou claro que existe, sim, um “outro” Brasil a ser descoberto, pois nosso país mudou muito já desde há tempos. Um país – claro – que fica “além do noticiário”. É isso aí.
O BRAZIL NÃO CONHECE E NEM MERECE O BRASIL.
sem
saída, favelados para sempre, ou então um bando de dementes e
mentecaptos que diante de uma bola começam a babar e a correr. Ah sim, e
um país onde nada funciona.
E que vão votar com a bola na cabeça: se o Brasil ganhar, a presidenta será reeleita; se perder, não.Bom, podemos dizer que no Brasil A há muita gente que pensa assim. Já me cansei de ler artigos, ouvir e ver entrevistas, declarações uma atrás da outra, de que “nós” somos tudo aquilo descrito acima e mais algumas coisas. Claro: este “nós” é qualificado. Gramaticalmente estamos diante de uma proeza pronominal, porque este “nós” signifca na verdade “eles”, isto é, “os outros”, porque o “eu” que está com estes vitupérios da boca para fora não os internaliza: este “eu” é sempre uma exceção, um “herói disfarçado”, digamos, por manter sua identidade íntegra no país do cambalacho, da falta de vergonha, do estrupício, da falta de educação, de cultura, de tudo. Mais ou menos como os europeus primitivos viam os índios brasileiros: desprovidos de tudo, nus da cabeça aos pés e por dentro também.
Acontece que este jogo perigoso em que a mídia está entrando (grande parte da escrita, audiovisual e virtual também entra nesta), se tem língua longa, tem perna curta. Não me consta que as viagens para o Brasil tenham diminuído, ou que alguém que queria ir à Copa tenha desistido (a não ser por causa dos preços altos de tudo, mas isto, se não é agradável, é outra história) de fazê-lo por causa destas reportagens.
Quando escrevi que a mídia está perdendo o jogo para si mesma, quero dizer que está pondo em jogo a própria credibilidade. Quando vim morar na Alemanha, estava acostumado com este comportamento desqualificador por parte da nossa velha mídia. Além de vê-lo em ação em relação a nossos tr6es últimos governos, já o vira em 54, em 64 e tantas outras vezes. E aqui me chamava a atenção o comportamento, digamos, “mais equilibrado” da mídia, mais plural, menos editorializado na reportagem, menos preconceituoso.
É isto, esta aura de equilíbrio que está sendo trincada e logo pode despedaçar-se. Porque há uma novidade neste momento.
Sempre houve, junto com aquele senso de equilíbrio, alguns pontos nevrálgicos. Fidel Castro sempre era e é tratado como o ditador sanguinário (e agora corrupto) do Caribe; Hugo Chávez era sempre o bufão histriônico e populista; mais recentemente Cristina Kirchner aparecia como mandona e desequilibrada; os ditadores da Coreia do Norte eram e são sempre apresentados como débeis mentais, senil o pai (já falecido) e infantil o filho. Putin, que já era o vilão anti-europeu, ficou mais ainda depois que esta mídia do lado de cá ressuscitou a guerra fria por causa da Ucrânia, com ajuda empenhada da OTAN e dos Estados Unidos.
A diferença, no caso brasileiro, é que esta é a primeira vez em que se investe contra um povo inteiro, em que se cria um discurso para desqualificar um país de norte a sul, de leste a oeste e de ponta a ponta. Tudo é ruim no Brasil, nada presta, porque agora a mídia está mostrando o “”outro lado”, o “verdadeiro” país. Só se for o outro lado dos clichês , que ela mesma, mídia, alimentou: os clichês do país das praias, da vagabundagem, do café e das bundas à mostra, é bom não esquecer. Clichês que, tenham a certeza, voltarão assim que puderem.
Há vozes mais comedidas, por certo. Ouvi no rádio uma entrevista de David Barteltt, o diretor da Fundação Heinrich Böll (ligada aos Verdes) no Brasil, dizendo que se o quadro não era tão positivo como pintava o governo, também não era tão negativo como aparecia na mídia. Ouvi também um outro entrvistado, que recém chegara de S. Paulo, dizendo que as manifestações anti-copa não eram tão grandes como aqui (na Alemanha) se pintava. Mas são vozes isoladíssimas.
Fui a duas atividades – uma conferência no Ministério de Relações Exteriores e uma entrevista coletiva na Casa das Culturas do Mundo (que vai exibir em telões todos os jogos da Copa) – da Embaixadora do Brasil, sra. Maria Luiza Ribeiro Viotti. Sua vida aqui não tem sido nada fácil, respondendo regularmente a este coro de maledicências sobre o nosso país. Mas ele vem fazendo um trabalho muito firme e ao mesmo tempo muito ponderado. Em ambas as ocasiões deixou claro que existe, sim, um “outro” Brasil a ser descoberto, pois nosso país mudou muito já desde há tempos. Um país – claro – que fica “além do noticiário”. É isso aí.
O BRAZIL NÃO CONHECE E NEM MERECE O BRASIL.
Só para trocar ideias e lembrar que a vida...continua!
a) No atual contexto da política mundial qualquer um ou uma que estivesse na presidência seria vaiado aos montes. A coisa de modo geral anda sem "rumo" ou sem uma explicação fácil. Muitos países estão passando por crises profundas: Iraque, Síria, Haiti e, neste último temos há 20 anos - aproximadamente - uma missão de paz. Quem tem? O Brasil. Alguns críticos acham que entre outros objetivos é para alcançar uma cadeira no Conselho de Segurança da ONU. Ai JESUS. Pode ser politicamente interessante? Que nada. Fundada em 1945 após a II Guerra Mundial.....a ONU esqueceu seus estatutos. Está longe se ser uma Organização e tornou-se uma....deixa prá lá (apesar dos funcionários abnegados e até mártires diplomatas que lá trabalham).
b) Haiti? Futebol? Qual o sentido? Para parte da imprensa é quase a mesma coisa. Não enxergam quase nada além de uma bola. Ir. (Ana) Annette Havenne, esteve por lá e conhece um pouco as mazelas do Haiti. Que dor e que povo de uma cultura diferenciada. Mover-se, situar-se lutar pelo que está lá no horizonte requer anos, e décadas. O povo haitiano sofre também de suas "inspirações". Entenderam?
Enquanto isso aqui nas fronteiras do país tratamos mal os haitianos. Que contradição. Ir como missão da ONU é ser solidário. Hummmm! E recebê-los aqui?
c) Aonde se mata mais: Haiti, nas guerras do Oriente Médio ou em nossas ruas e favelas? Seria bom o leitor consultar uma Ong que trabalha com essas estatísticas e comparar - em termos de homicídios - com os números oficiais do governo do Rio de Janeiro, por exemplo. Vá investigue e tire suas conclusões.
d) O mundo é uma bola. Os problemas sempre existirão em qualquer parte. Seja de guerra, seja de paz. Nesse período o interessante é, assistir aos jogos - muita gente mais muita gosta do esporte - e não perder de vista os outros acontecimentos. Bom cuidar-se. Podemos acordar após um jogo do Brasil com a casa em Marte...kkkkkkk. Ou então no Japão. Aonde a educação é excelente. Transporte pontual. Quase tudo funciona muito bem.
Mais digo a vocês. Fico e luto por aqui. Porque minha "anima" é brasileira. Somos desbravadores e sabemos do nosso potencial. Mesmo quando um juiz dá um pênalti indevido/inexistente. Ainda bem que foi um JAPONÊS.
Só para discutir ideias...pois, o mundo é uma bola..kkkkk!
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