Ao longo de todo o ano de 2012 foi possível perceber o
esforço e o empenho do Governo de Sergipe, através da Secretaria de
Estado da Cultura (Secult), para fazer avançar a política cultural em
execução no Estado. Entre eventos, editais, oficinas, apoio a
iniciativas da sociedade civil, obras e outros projetos, foram diversas
ações realizadas ao longo do ano que atestam o compromisso do poder
público em desenvolver ainda mais a cultura sergipana.
De acordo com a secretária de Estado da Cultura, Eloisa Galdino, 2012
foi um ano muito representativo para a Secult. “Neste ano, consolidamos
alguns projetos e realizamos muitos outros. Estreitamos parcerias e
caminhamos para atingir nossa meta, que é firmar a política cultural de
Sergipe como uma das mais sólidas do país”, destaca a gestora.
Muitas obras
Uma das mais importantes conquistas do Governo, no
que diz respeito à área estrutural,, foi o anúncio de reforma do
Complexo Cultural Gonzagão, em agosto. Através de uma parceria com o
Ministério da Cultura (MinC), a Secult conseguiu viabilizar a reforma do
espaço localizado no conjunto Augusto Franco, em Aracaju. No total,
serão investidos R$ 405 mil na obra.
Além dos serviços que serão realizados no Gonzagão a partir do
primeiro semestre de 2013, a Secult está finalizando os trâmites
burocráticos para a abertura do Cine Vitória, que marcou época em
Aracaju. O antigo cinema será reaberto pelo Governo de Sergipe, através
da Secult, em parceria com a Casa Curta-SE.
Ao todo foram investidos R$ 275.573,17 para a aquisição e instalação
de equipamentos. Desse total, R$ 218.058,54 foi fruto de convênio
firmado com o Ministério da Cultura (MinC) e R$ 54.514,63 provenientes
do Governo de Sergipe. A previsão é que o espaço comece a funcionar em
fevereiro de 2013.
Outras obras que foram concluídas no ano de 2012 foram aquelas
realizadas através do programa Monumenta em São Cristóvão e Laranjeiras.
Entre os serviços que foram realizados estão a restauração no Lar
Imaculada Conceição e da antiga delegacia (futura instalação do Museu da
Polícia Militar), ambas em São Cristóvão. Algumas ruas da cidade também
tiverem seu calçamento restaurado.
Já em Laranjeiras, o programa abrangeu a restauração do Casarão dos
Rolemberg e do sobrado ao lado e da antiga Carpintaria, que abrigam
hoje, um restaurante, uma Secretaria Municipal e um Centro Comercial,
respectivamente. O investimento total do Monumenta em Sergipe foi
superior a R$ 1 milhão.
“A atuação do Monumenta procura requalificar os espaços urbanos das
áreas tombadas e agregar novos usos a esses imóveis, que passam a servir
para a vida cultural da cidade e como mais um atrativo para os
turistas. Foi isso que fizemos em Sergipe e ficamos muito felizes pelos
resultados alcançados”, destaca a superintendente do IPHAN em Sergipe,
Terezinha Oliva.
Espaços cênicos
Os teatros também tiveram sua vez no leque de reformas realizadas em
espaços culturais do Estado. O Teatro Lourival Batista, por exemplo,
funcionou durante parte do ano apenas como espaço de integração da
classe artística e palco para oficinas de capacitação. A programação de
espetáculos foi suspensa para uma pequena reforma e modernização, que
permitiu melhorias no telhado, troca do sistema de climatização e
aquisição de um moderno equipamento de iluminação cênica.
Já o Teatro Atheneu teve a sua obra concluída e foi reaberto para a
classe artística sergipana e sociedade em geral no dia 05 de março de
2012. Na obra foram investidos, aproximadamente, R$ 3 milhões com
recursos oriundos do Governo Federal (R$ 1,8 milhão) e do Governo
Estadual (R$ 1,2 milhão) em parte estrutural como a substituição do
sistema de ar-condicionado, reforma da bilheteria, administração e hall
de entrada, assentamento de carpete na parte da plateia, pintura interna
e externa, além de reforma da cobertura.
O assoalho do palco e o telhado, que estavam degradados pelo tempo
também receberam reparos. Foram feitos ainda ajustes no projeto
elétrico, que foi detalhadamente refeito; separação da parte hidráulica,
sanitária e de esgotamento, que anteriormente era interligada ao
Colégio Atheneu; e muitos outros serviços. Já na fachada do teatro foram
instalados painéis que homenageiam grandes artistas das artes cênicas
em Sergipe, como Luiz Carlos Reis, Valdice Teles, Otto Cornélio, Mariano
Antônio e César Macieira.
Entre os produtores e agentes culturais, a reabertura do Atheneu foi
muito importante, afinal, reabriu uma nova opção para espetáculos na
cidade. “Foi muito importante para nós, afinal, só estávamos com um
teatro, sempre com pautas muito disputadas, além de ser menor e mais em
conta para nós produtores locais. Este ano, inclusive, conseguimos
trazer mais do dobro de espetáculos que o ano passado”, afirma o
produtor cultural, André Vilela.
Projetos culturais
Um dos pontos chave do ano que chega ao fim são os inúmeros projetos
culturais realizados pela Secult. Simpósio do Encontro Cultural de
Laranjeiras, Verão Sergipe, Festival Sergipano de Teatro, Semana
Sergipana de Dança, Festejos Juninos, Agosto Para Todos, Alumiar –
Festival de Novas Composições de Forró, entre outros, que buscam, acima
de tudo, destacar a importância da valorização da cultura sergipana.
Além dos projetos que renderam eventos, existiram muitos outros que
levaram ótimos frutos para diversos argentes culturais de todo o Estado.
Entre eles estão os editais como o Prêmio de Reconhecimento às
Quadrilhas Juninas que premiou 20 quadrilhas sergipanas com um recurso
para auxiliar nas despesas dos festejos juninos do próximo ano; e o
Edital do Núcleo de Apoio à pesquisa para a Cultura, que premiou cinco
projetos de pesquisas destinadas as mais diversas manifestações
culturais.
Além deles foi realizada ainda a primeira edição do Edital de Apoio a
Obras de Audiovisual, que premiou cinco curtas produzidos em Sergipe
com um recurso de R$ 30 mil; e o Edital de Intercâmbio e Difusão
Cultural, um projeto que contemplou mais de 20 projetos e que
mensalmente, contribuía com passagens para agentes culturais sergipanos
que eram convidados a participar de eventos fora do Estado, fossem para
dentro ou fora do país.
Uma das pessoas que foram contempladas com o projeto de Intercâmbio
Cultural, foi o mestre da Chegança e dos Lambe Sujos, Zé Rolinha. Graça
ao edital ele pôde aceitar um convite da Universidade de Alicante, na
Espanha, e levar um pouco da arte sergipana para aquele país. “A Secult é
minha grande parceira. Não é a primeira vez que ela me ajuda a realizar
meus projetos, e depois dessa viagem à Espanha proporcionada pela
secretaria, eu posso dizer que essa iniciativa foi maravilhosa”, observa
o mestre.
Novas ações
Em 2013, o trabalho pautado na disseminação das raízes sergipanas
continua na Secretaria de Cultura. Exemplo disso poderá ser visto
através do Edital de Apoio a Oficinas Culturais, realizado em parceria
com a Secretaria da Inclusão Social (Seides). O edital foi lançado em
2012, e as ações iniciarão no primeiro semestre de 2013. Nesta ação, 30
projetos de oficinas culturais com foco na inclusão social através da
cultura, foram selecionados.
Vale lembrar que essas oficinas integram o plano ‘Sergipe Mais Justo’
e serão destinadas a jovens em situação de extrema pobreza da Grande
Aracaju. O total do investimento será de R$ 450 mil. “Este projeto é
muito especial, pois envolve a inclusão cultural de muitas crianças do
nosso Estado. Através dele teremos um nítido fortalecimento da nossa
política cultural, com ações efetivas e que mostrarão o envolvimento dos
agentes como peças fundamentais para a inclusão cultural em nosso
Estado”, argumenta a secretária Eloisa.
Outro projeto que irá movimentar a Secult em 2013 é o ‘Orquestra
Jovem’, um projeto que proporcionará aos jovens carentes da capital
sergipana o contato com a música clássica para que essa possa se tornar
uma porta de entrada para a profissionalização. Será atendido um público
de 100 crianças e jovens dos bairros Santa Maria e Coqueiral. Ao longo
do próximo ano, elas terão aulas de iniciação e aprimoramento em estudo
de instrumentos de corda e canto coral.
“Este é mais um projeto pautado na cultura como ferramenta de
inclusão social, afinal, cada vez que um jovem deixa de estar nas ruas e
vai para dentro de uma aula de atividades culturais ou esportivas ele
está tendo a oportunidade de se inserir na sociedade e construir um novo
futuro”, frisa a secretária Eloisa Galdino.
Fonte: Secult_SE
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