Fotos Jéssica Santos, Deivinho Santos , Leticia Lima e Pedro Estevão Filho.
Relatório
Relatório
Esta atividade aconteceu nos dias 24 e 25 de março de 2018 , com inicio no sábado por
volta das 10h, no povoado Aningas, municipio de São Cristóvão, quando colocamos as cadeiras embaixo das mangueiras. Antes de
discutir e aprovar as regras de convivência para os dois dias do
encontro, realizamos duas dinâmicas de integração.
Já no domingo, começamos por volta das 9 horas, fizemos uma tempestade de idéias com as melhores lembranças do dia anterior, fizemos a leitura das regras de convivência aprovadas no sábado e mais duas dinâmicas de integração.
A programação do encontro nos dois
dias, contou com caminhadas no povoado e ida ao rio para tomar banho, além de
momento livres para brincadeiras, como pique esconde, futebol e etc., além das
rodas de conversas e roda de cultura no período da noite de sábado, conforme relatado abaixo.
O encontro foi coordenado por uma equipe
formada por uma adolescente, dois jovens e um adulto, os quais se reuniram em
quatro momentos para planejar a programação do encontro. Este grupo foi quem liderou os times da metodologia, da cozinha e da limpeza, formados para os dois dias do encontro. A coordenação
pedagógica e estrutural/logistica ficou a cargo do professor e agente cultural, Zezito
de Oliveira.
Em termos de quantidade de
participantes contamos com a presença de 12 participantes, mas não em todos os
momentos, porque tivemos quem só participou em um dia.
Agradecimento especial a Prefeitura do municipio de Nosso Senhora do Socorro, pela colaboração no transporte do primeiro dia, no horário de ida e a José Menezes da Farmácia Menezes e Maxi Ferreira, integrante da Ação Cultural, pela colaboração financeira, assim também como as familias dos adolescentes e jovens que colaboraram com a alimentação.
Agradecimento especial ao casal Sr. Pedro Estevão e Sra. Olivia Estevão pela cessão do espaço da chácara, incluindo o acesso a residência para alimentação, banho e dormida.
Agradecimento especial a Prefeitura do municipio de Nosso Senhora do Socorro, pela colaboração no transporte do primeiro dia, no horário de ida e a José Menezes da Farmácia Menezes e Maxi Ferreira, integrante da Ação Cultural, pela colaboração financeira, assim também como as familias dos adolescentes e jovens que colaboraram com a alimentação.
Agradecimento especial ao casal Sr. Pedro Estevão e Sra. Olivia Estevão pela cessão do espaço da chácara, incluindo o acesso a residência para alimentação, banho e dormida.
As regras de convivência aprovadas são as seguintes:
1 – Respeitar os horários.
2 – Manter o local limpo.
3 – Manter o respeito.
4 – Manter a organização.
5 – Seguir as regras.
Formação de sub grupos para discutir as seguintes questões:
Roda de Conversa 01 - O que temos de pior e de melhor no Conjunto Jardim?
Melhor
As Escolas; A praça; O CRAS; A
preservação do meio ambiente; A maioria dos cidadãos; A força dos cidadãos no enfrentamento dos problemas diários; Algumas pessoas; O respeito.
Pior
Criminalidade; O lixo; A falta de consciência; A ausência dos governantes; A lagoa de estabilização do esgoto
doméstico (fossa); A delegacia desativada; A falta de saneamento básico; Os
problemas no atendimento a saúde; A ausência de uma praça da juventude; A forte
influência das drogas na comunidade; As
más companhias; As estruturas precárias das escolas; Os esgotos a céu aberto;
Os políticos.
O que colabora para o nosso crescimento?
A educação, os projetos
socioculturais; Os agentes culturais; A
família; Alguns amigos; Os professores; Os pais.
O que colabora para a nossa descida?
A falta de vontade de progresso;
A não valorização da comunidade; A falta de respeito e de compreensão; A
insegurança; O fato de saber que estamos sujeitos a tudo, que estamos expostos
ao perigo.
Roda de Conversa 02 - Lixo
O que fazer para diminuir o problema no Conjunto Jardim?
Situação – A comunidade joga lixo nas ruas, nos terrenos baldios, nos esgotos, no canal. Os pontos de descarte do lixo são os seguintes: Próximo as escolas Leão Magno, Seixas Dória, Poeta João Freire Ribeiro, Júlia Teles, ao bar Timbas, ao lado da lagoa de estabilização do esgoto ( fossa).
Foi lembrado que às vezes acontece atraso no recolhimento do lixo, principalmente por causa de atraso salarial dos funcionários. Entretanto, isso não deve servir como justificativa de nosso próprio erro. Reeducar o cidadão na comunidade; conscientizar a população através de frases em placas no ponto de coleta; Fazer palestra na comunidade sobre o lixo, trazendo especialistas para falar, assim como um gari; Colocar placas com frases criativas nos pontos de coleta.
Como podemos fazer para colaborar na nossa educação e dos demais com
relação ao problema do lixo?
Juntar o lixo em casa e esperar o
carro do lixo passar; As escolas fazer projetos de educação ambiental com
destaque para o lixo; Solicitar a prefeitura que instale pontos para a coleta seletiva do lixo; Fotografar os pontos
do bairro em que a população faz descarte, para
fazer exposição de fotografias nas escolas e em outros locais para
chamar a atenção da comunidade e das autoridades municipais; Solicitar da prefeitura ou do governo do estado, uma
oficina com material reciclado, para ser realizado com a colaboração das escolas e com a Ação Cultural/Ponto de Cultura Juventude e Cidadania.
Informação complementar. De 6 adolescentes/jovens presentes, 4 tem familiares que trabalham ou trabalharam como gari.
Informação complementar. De 6 adolescentes/jovens presentes, 4 tem familiares que trabalham ou trabalharam como gari.
Um dos participantes do encontro,
disse que no inicio do ano de 2017, um de seus professores comentou que tinha
um proposta de projeto de conscientização sobre o lixo, mas depois não voltou mais
a falar sobre isso.
Uma das participantes informou
que o problema do lixo é geral. Tem uma tia que trabalha como gari e que no dia
seguinte, após a festa do último reveilon na orla da praia de atalaia, foi
preciso a convocação de todas as equipes de limpeza para dar conta do serviço de limpeza na praia.
Os políticos podem ser aliados ou inimigos.
O que fazer para que a prefeitura de Nossa Senhora do Socorro cumpra com o seu papel com relação a questão do lixo?
Conscientizar os moradores,
apontando os prejuízos que temos em não cobrar os nossos direitos.
Fazer palestras que busquem conscientizar
crianças em escolas, pedindo aos que assistirem procurar passar adiante de
alguma forma o que aprendeu.
Mostras aos governantes que
estamos conscientes e que conhecemos nossos direitos e deveres.
Roda de Conversa 03 - O que temos de arte e cultura no Conjunto Jardim?
O que ajuda? Show de talentos nas escolas; CRAS com oficinas culturais; Grupo de capoeira Leão Terra Nossa; Dança em geral; A música do MC César Levines.
O que atrapalha? A falta de união das escolas. A falta de interesse da comunidade; As aulas de zumba (porque é uma dança que trabalha somente com o aspecto imediato, sem compromisso com a identidade cultural, é apelativa e atrai um grande numero de rapazes em busca de mulheres); A banda na escola (dificuldade de acesso dos alunos que estudam na escola, protecionismo/apadrinhamento pessoal, pouca preocupação com questões pedagógicas).
O que precisamos fazer em termos de planejamento das atividades do Ponto de Cultura Juventude e Cidadania.
Ampliar o projeto das oficinas culturais. Para isso precisamos de mais recursos, oficinas
artísticas variadas, mais divulgação, melhorar o comportamento nas oficinas. Mais
apoio dos governantes; Mais respeito, atenção e união; Mais materiais.
Contamos com pessoas interessadas, porém temos preconceitos de famílias e de alguns adolescentes e jovens da comunidade com relação a alguns tipos de linguagens e/ou estilos. Como é o caso do Rap e da dança. A dança sofre por conta de um padrão popularmente conhecido como dança imoral ou sexualmente apelativa. Mesmo que a oficina do Ponto de Cultura não trabalhe com esse padrão. Já o Rap ainda é considerando por muito como som de malandro, de marginal.
Para o ano de 2018 teremos a realização das oficinas de RAP e de Audiovisual, sem previsão de recursos governamentais. A primeira com inicio previsto para abril e a segunda com inicio previsto para maio, a serem realizadas na Escola Júlia Teles.
Em função da necessidade do aprofundamento da discussão sobre a questão do corpo na arte e o corpo na vida, principalmente com relação a dança, ficamos de marcar um momento na escola, durante uma manhã ou tarde de sábado para realizarmos esse debate, com convidados de fora. Foi sugerido o nome de um professor da universidade que tem estudos neste campo, inclusive partindo de referenciais bíblicos e professores (as) de dança com atuação na comunidade.
Foi lembrado da necessidade de continuidade das reuniões de planejamento para as oficinas de Rap e do Audiovisual.
Com relação a oficina de
RAP, foi solicitado com urgência de David Santos, que é instrutor e coordenador da
oficina, que concluísse o planejamento da oficina de rap especial que será
levado como convite e amostra para os estudantes das escolas da comunidade,
afim de atrair mais interessados para os encontros da oficina de Rap na Escola
Júlia Teles.
Da mesma maneira, foi solicitado que o mesmo desse continuidade ao planejamento 2018 dos encontros de oficinas no sábados a tarde.
O primeiro encontro de planejamento da oficina de audiovisual 2018, ficou marcado para o dia 26 de fevereiro, na Escola Júlia Teles.
Roda de Cultura – 05
Esta contou com apresentação de
documentários, clips, poesias e bate papo.
A Natureza do Lixo
Este documentário é resultado de um projeto de uma oficina de audiovisual, o que guarda bastante semelhança com uma de nossas atividades.
Dailisson – Gostei, tive mais aprendizado. O que achei errado foi matarem os urubus.
Samanta- Não sabemos o que acontecerá amanhã, mas hoje nos devemos preocupar . Tem que haver parceria da comunidade com a prefeitura para enfrentar a questão do lixo.
Daivinho Santos – O respeito a contribuição que todos fazem no debate do problema na comunidade e as campanhas contra a poluição.
Leticia – A imagem do lixão foi a imagem mais marcante para mim.
Samantha – Uma imagem que me marcou é quando a câmara parte do chão e vai subindo, mostrando a movimentação de lixo como papel e plástico que segue pelo ar. Considero que houve uma grande contribuição aos assuntos sobre o lixo que debatemos nas rodas de conversa (período da manhã).
Flores do Jardim
Gostamos da participação dos
alunos na realização do filme, mostrando o lado bom da escola na época, inclusive
com a quadra sendo utilizada. A escola em um estado de conservação um pouco
melhor. A disponibilização da escola entrevistas dentro dela. A imagem de uma
rua próxima a escola. Não gostamos do lixo.
Clip Voa Passarinho
A participação dos jovens; o vídeo
profissional; a música boa, espontânea , original e criativa.
1-
Fazer
uma organização melhor. Ex. Organizar os ingredientes para a fogueira da roda
de cultura. Promover mais dinâmicas; Produzir
um livro com seleção de canções e de poesias para melhorar a preparação da roda de
cultura.
I
Iniciar a preparação do segundo encontro, após o término desse, o qual será realizado nos meses de junho ou julho na Chácara da Pastora e o terceiro em outubro ou novembro na praia do Pontal em Indiaroba (o local será visitado para verificar condições). Os próximos encontros deverão começar na sexta e terminar no domingo.
Iniciar a preparação do segundo encontro, após o término desse, o qual será realizado nos meses de junho ou julho na Chácara da Pastora e o terceiro em outubro ou novembro na praia do Pontal em Indiaroba (o local será visitado para verificar condições). Os próximos encontros deverão começar na sexta e terminar no domingo.
Para os próximos encontros, uma parte do pessoal deverá chegar ao local antes, para arrumar o material, organizar o ambiente e etc.
Para os próximos encontros buscar mais assuntos ou temas para as rodas de conversa (opcional).
Providências para os próximos. Repelente e kit de primeiros socorros.
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2 comentários:
Parabéns a todos da Ação Cultural! Os Jovens são urgente e necessários para o páis, essa formação não pode parar.
Grato Isabela, Sem dúvida! Houvesse tido mais oportunidades como essa, principalmente da parte das escolas e de ongs com mais estrutura, multiplicando ações desse tipo, estaríamos em uma situação melhor.
Mesmo assim, há muitos como você e a equipe do projeto pescando memórias e como nós da Ação Cultural. Não é suficiente, mas já é alguma coisa.
Que mais pessoas, coletivos e organizações sigam essa direção.
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