domingo, 29 de julho de 2018

FESTIVAL #LULA LIVRE É AMOR DA CABEÇA AOS PÉS.

  Zezito de Oliveira

Ano de 1981,  um menino  como tantos outros,  estava  no   memorável show 1º de Maio, no Riocentro (RJ), organizado por Chico Buarque, Oscar Niemayer e tantos  outros bravos combatentes das trincheiras contra o arbítrio e a ditadura, conhecidos e anônimos. 

Um garoto, como tantos outros,  que amava os Beatles, Peter Frampton, Chico  &Caetano. Paulinho da Viola, Clara Nunes, Milton Nascimento, Luiz Gonzaga, Gil & Dominguinhos , Boca Livre e a Cor do Som. 
  
Como quase todo garoto,  gostava de ficar próximo ao palco, e em função do plano sinistro de explodir bombas, da parte de militares terroristas,  poderia não estar mais aqui, considerando a expectativa dos criminosos em causar mortes,  poderia também ter sofrido algum ferimento, quiçá com alguma sequela ou talvez estaria com um trauma psicológico que o  faria deixar de ficar próximo dos palcos dos shows de massa,  bem antes do tempo que deixou  de fazer isso, pois o tempo passa,   aumenta  a idade cronológica  e sob certos aspectos, fica-se mais comedido.

Isso também aconteceu com outra fake news em anos mais atrás, o plano Cohen, como nessa primeira, o atentado do Riocentro seria atribuída aos comunistas,  caso a bomba não tivesse explodido no colo do sargento que fazia parte da trama, junto com um capitão do exército brasileiro.

Assim como este memorável Festival #LulaLivre, o show 1º de maio de 1981 teve como objetivo colaborar com Lula, neste caso,  com o fundo de solidariedade dos trabalhadores do sindicato dos metalúrgicos do ABC e outros, que faziam enfrentamento aos empresários e ao regime militar por meio de greves, o que era proibido pela Lei de Segurança Nacional.

Já o atual, tem a liberdade de Lula como centro. Quando soube da realização do festival, e, na medida em que a data do festival ia chegando, me convenci de que seria um grande acontecimento, para ficar registrado como mais um grande dia em que artistas brasileiros, foram protagonistas de uma mobilização cultural e politica que iria entrar para a história. 

Essa  certeza começou a ficar mais clara, uma semana antes do festival, dai redobramos o esforço colaborativo de divulgação, tanto no facebook, como via blog da Ação Cultural. 

De Sergipe,  senti uma força muito grande vinda dos organizadores e da rede de colaboradores, uma força de AMOR, afeto, consciência critica, compromisso, responsabilidade, respeito e assim, não poderia ser de outra maneira.  

S U C E S S O!  E S P E T A C U L A R!

Simples entender que isso é produto do melhor que temos no Brasil, os brasileiros que pensam e agem para construir um Brasil para todos. 

E são estes que também produzem o melhor da nossa arte e da nossa cultura.

É com essa força,  que acredito na vitória de quem pensa em um Brasil para todos, com justiça e oportunidades  iguais.  Lembrando que votar apenas  em Lula é insuficiente, precisamos também  fazer melhores  escolhas em matéria de  deputados, senadores e governadores.



  Para assistir o Festival Lula Livre pelo canal da TVT no youtube, ou para quem quiser bis, é só clicar  AQUI 
E aqui, em partes.   
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SHOW DO RIOCENTRO, SHOW DOS ARCOS DA LAPA: PERDERAM, RICOS

Fonte: https://www.brasil247.com/pt/blog/91/363369/Show-do-Riocentro-show-dos-Arcos-da-Lapa-perderam-ricos.htm



Mauro Lopes





O que se viu na noite deste sábado nos Arcos da Lapa, no Rio, foi histórico. Respiramos um clima de anos 1980, nos estertores da ditadura, relançados à pós-modernidade. Não houve como não lembrar o show do Riocentro, em 1981.

Desta vez não houve bombas, mas a história repetiu-se como comédia, com uns brucutus com jalecos do Tribunal Regional Eleitoral do Rio arrancando faixas e panfletos. Muito simbólico: em 1981, os militares tentaram acabar com o show; desta vez, foi a mão longa do Judiciário. Os vetores principais dos golpes, o de 1964 (os milicos) e do de 2016 (o Judiciário) tentando intimidar o povo.

Não conseguiram; não conseguirão.

O que vimos ontem?

Tudo o que há de melhor no país reunido ao redor do grande líder do Brasil.

Algo estranho às elites brasileiras: tudo de graça, sem grana, sem esquema.

O que foi feito do discurso de que Lula estaria preso por crime de "corrupção"? Está no chão, aos pedaços.

No Brasil e no mundo é patente que ele é um prisioneiro político. 

Como construiu-se tal consciência? Foi a resistência democrática, sob a liderança firme do PT que construiu o reconhecimento meridiano de que Lula é a grande esperança do povo e, exatamente por isso, foi feito preso político.

O povo brasileiro ama Lula. 

Calem-se, ricos. Vocês já perderam.
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Leia a cobertura do portal Rede Brasil Atual aqui
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O show de 1981 no  Riocentro





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Kotscho: Lula Livre! empolga o Rio e as redes, mas Globo perde de novo o bonde da história

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A íntegra da carta de Lula aos artistas


247 – O ex-presidente Lula enviou carta aos artistas e ao público do Festival Lula Livre. Ela foi lida pelo ator Herson Capri no alto do palco central.
Confira na íntegra a carta de Lula:
Queridos artistas, estudantes, trabalhadores, meus queridos amigos reunidos nesse sábado. Eu só posso agradecer a solidariedade de vocês.
Quantas vezes, quando a sociedade calou diante de barbaridades, foram os nossos músicos, escritores, cineastas, atores, dramaturgos, dançarinos, artistas plásticos, cantores e poetas que vieram lembrar que amanhã há de ser outro dia?
Que ousaram acreditar em esperanças equilibristas e em flores vencendo canhões. Que se rebelaram contra o "Cale-se!" imposto pela censura, gritando que era proibido proibir.
Que disseram que o povo da favela só quer ser feliz e andar com tranquilidade e consciência. Que denunciaram o sofrimento de quem sai do nordeste expulso não pela seca, mas pela miséria e ganância dos coronéis.
Ou que era expulso de sua casa e vê ela ser demolida para passar "o progresso" que não inclui o trabalhador, como cantou Adoniran. Os que sempre estiveram onde o povo está, e que agora, nesta que é mais uma página infeliz da nossa história, se juntam novamente ao povo brasileiro para soltar a voz em nome da liberdade.
Onde querem silêncio, seguiremos cantando.
Vocês não sabem quantas vezes a música, os livros, a arte, tem me ajudado a atravessar essa provação, que não é maior que a de tantos pais e mães de família brasileiros que hoje não sabem como irão trazer comida para casa. É em nome deles que não podemos desanimar jamais
Porque a gente ainda vai festejar, e muito. A alegria, a liberdade e a justiça de um povo que não tem medo e que não se entrega não.
Muito obrigado pelo carinho de vocês.
Luiz Inácio Lula da Silva
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Intenso, efervescente, dinâmico. Foi assim o Festival Lula Livre. A música não parava. As trocas de músicos foram as mais rápidas e eficientes que já vi em um festival dessa magnitude. A repórter entrava em cena atropelando a música e euforicamente conversava com alguns dos corajosos artistas participantes. Mas logo, a música invadia a entrevista e o festival engolia novamente a todos presentes e espectadores. Os valentes técnicos de som e imagem tentavam inutilmente acompanhar aquela dinâmica eufórica. Mas a falha técnica era quase que inevitável. E o imenso público, que estava como que hipnotizado, inebriado, por aquela dinâmica, explodia pela sensação de estar perdendo momentos inestimáveis.
As músicas flutuaram entre o MPB, Samba, pagode, Funk, baião, forró, etc. Só não compareceu o sertanejo universitário, que acredito eu, já tenha se formado e mudado para Portugal ou Miami. Foram mais de 6 horas ininterruptas que, para o espectador, pareceram minutos.
Mas a tensão musical não foi constante. Não, ela foi num crescente, num caminho para um final apoteótico. Acreditei que o público, não esperaria mais. Sairia da Lapa diretamente para destroçar a Bastilha.
Mas não... a música parou. Ficamos como que abandonados em um coito interrompido.
Não queremos simplesmente ir para casa e dormir. Queremos continuar a luta. Queremos libertar Lula e trazer a democracia de volta. E com ela, nosso futuro.
Percebo agora, que toda a euforia do festival, toda velocidade e dinâmica do festival, se deve, só, e somente só, a ansiedade de todos ali presente e espectadores em ir à luta. Claro que a competência dos organizadores permitiu que os músicos bailassem em cena. Mas foi a angustia contida, a raiva engolida, a gota d’agua que está caindo, mas ainda não alcançou o copo, que transformou o balé em baile funk.
Agora, não há como nos parar. Agora, não vamos dormir. Agora vamos para os campos de batalha.

Canção que inspirou o titulo


outra canção que ajudou presentes na construção do texto.




Link pra quem quiser ouvir meu set (a parte que importa), sábado no Festival Lula Livre. Colagens, texturas, música, vida e protesto. Aos meus amigos e amigas que lutam por um país mais justo. Ao presidente Luis Inácio Lula da Silva. #lulalivre
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Aumenta o som! 🎼🔈

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