FOI ENTRE ELES
Chico Alencar
Acaba que foi o gerente corrupto Marco Aurélio, sócio de Odete, que atirou.
Acaba que o serviçal do gerente, Freitas, era mais vassalo ainda da que sempre esteve no topo.
Acaba que a milionária toda poderosa sobreviveu, é quase imortal.
Acaba que os honestos, sem pretensão de perfeição, viveram encontros amorosos, encontraram descendência, alguma cura, fé e festa. Como nos finais felizes dos folhetins.
O Brasil tem jeito, mas a burguesia tem força. Como o cinismo, a rasteira, o golpismo. O crime, na trama, foi punido apenas com... tornozeleira eletrônica. Rico não fica na cadeia. Como na vida real. Sempre?
Flávio Serafini
Ontem, descobrimos que a Odete não morreu, mas o que todo mundo já sabe é que o Congresso segue trabalhando pros mais ricos.
Na semana passada, votaram contra a taxação das grandes fortunas.
Essa semana, contra a taxação das BETS, empresas bilionárias que têm causado problemas reais na vida dos brasileiros.
O Congresso não pode seguir trabalhando para agradar os interesses de famílias como os Roitmans, enquanto o povo sofre.
Ano que vem tem eleição. É hora de virar o jogo e eleger quem defende os trabalhadores, que é a verdadeira maioria do país!
Odete Roitman não morreu.
Fernnanda Cappellesso|
Na versão original de Vale Tudo, exibida em 1988, a morte de Odete foi o símbolo do fim de um ciclo. O país saía da ditadura militar e o público precisava ver o poder cair. Ver Odete morrer era ver a elite arrogante — fria, autoritária e sem culpa — finalmente punida. Era um Brasil tentando acreditar que a justiça venceria.
Mas, em 2025, o remake subverte o mito: Odete forja a própria morte. E esse detalhe é o centro da leitura semiótica. A vilã não é mais apenas uma mulher poderosa — ela representa o próprio sistema de poder brasileiro.
Odete é o signo da elite que nunca morre, apenas muda de rosto. Ela simboliza a continuidade dos privilégios, o poder que sobrevive a governos, a crises e a derrotas.
Forjar a própria morte é o gesto do poder contemporâneo: sair de cena para continuar mandando.
É a política do desaparecimento simbólico — aquela em que o poder se reinventa para permanecer no comando.
Odete não é uma personagem. É um espelho.
E quando a ficção termina sem matá-la, ela deixa um recado político claro:
no Brasil, o poder não morre — ele se disfarça.
Como emendas parlamentares viraram canal de irregularidades | Podcast UOL Prime #90
🚓 A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Vai que Cola. O alvo é um grupo composto principalmente por agentes públicos suspeitos de desviar recursos públicos federais da Lei Paulo Gustavo.
🚓 A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta quinta-feira (16) a Operação Vai que Cola. O alvo é um grupo composto principalmente por agentes públicos suspeitos de desviar recursos públicos federais da Lei Paulo Gustavo.
👉 A lei federal, que homenageia o humorista morto em 2021, vítima da covid-19, serve como fomento para produções culturais.
📍 Em Pernambuco, agentes cumprem mandado de busca e apreensão em Jaboatão dos Guararapes, na Região Metropolitana do Recife (RMR) — a quantidade de mandados no estado não foi especificada.
➡ Ao todo, a Operação Vai que Cola cumpre 19 mandados de busca e apreensão. Além de Jaboatão dos Guararapes, as ordens judiciais também são para endereços em João Pessoa e Itapororoca, na Paraíba.
💲 As investigações da PF mostram que o grupo criminoso teria articulado um esquema para desviar recursos da União destinados a projetos culturais. Os criminosos usavam pessoas previamente indicadas para figurarem como beneficiárias dos editais da Lei Paulo Gustavo.
‼ "Essas pessoas eram selecionadas e simulavam a execução dos projetos, mas, após o recebimento dos valores, repassavam parte dos recursos aos servidores públicos envolvidos, em evidente desvio de finalidade dos recursos federais", explicou a PF, em nota.
https://www.instagram.com/p/DP358btFPWS/?igsh=MW9xaDFjaXdyc2h5
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