quinta-feira, 17 de maio de 2012

Grupos do interior marcam presença na Semana de Dança

Maratona de apresentações encerra a VI Semana Sergipana de Dança

Por Glauco Vinícius, da Ascom/Secult
“Ter a oportunidade de dançar no palco de um teatro tão belo quanto o Atheneu representa uma emoção muito grande para nós”. As palavras de Jaci Santos, integrante da Cia de Dança Entre Olhares, do conjunto Orlando Dantas, sintetiza o sentimento dos quase 30 grupos participantes da maratona de espetáculos realizada no domingo, 20. Foi nessa data que foi encerrada a sexta edição da Semana Sergipana de Dança, evento realizado pelo Governo de Sergipe, através da Secretaria de Estado da Cultura (Secult).

O último dia do evento foi reservado aos grupos e companhias que, em sua maioria, estão dando os primeiros passos na cena cultural sergipana. Bailarinos e bailarinas que dedicam dias a ensaiar passos de street dance, ballet clássico, flamenco, samba e outros estilos de dança. “Essa maratona é um pleito dos agentes culturais da área que fizemos questão de atender, já que através dela o público teve uma noção do quanto é vasta a produção de dança em nosso Estado”, disse a coordenadora de Eventos da Secult, Wener Brasil.

A intensa série de apresentações teve início à tarde, com a Mostra Infantil. O grupo Evolução, companhia Novas Estrelas (com duas coreografias) e quadrilha mirim Xodó da Vila encantaram o público e mostraram que a futura geração da dança sergipana já está aquecendo os passos. O grupo Get Up foi o primeiro composto por adultos a pisar no palco durante o último dia do evento e apresentou um verdadeiro show de dança de rua, empolgando o público que lotou o Teatro Atheneu.

A noite ainda foi marcada por coreografias inspiradas na cultura árabe, religiosa, baiana, moderna e hip hop, por exemplo. Como o objetivo da maratona era mostrar a efervescência do movimento que acontece fora das academias e companhias consagradas do Estado e aproximar esses grupos dos profissionais com carreira já consolidada, as inscrições para essa etapa específica da Semana Sergipana de Dança dispensaram curadoria.

Público aprova iniciativa

Durante os seis dias de evento, mais de duas mil pessoas compareceram ao Teatro Atheneu para prestigiar os grupos de dança que atuam em Sergipe. Diante da organização do evento e da qualidade das apresentações, o público rasgou elogios à iniciativa. “É uma ótima proposta, pois democratiza o acesso da população com acesso gratuito aos espetáculos e dá aos grupos amadores uma oportunidade de vivenciar um pouco do corre-corre de um grande evento realizado num grande teatro”, contou a professora Suzannah Freitas.

Opinião semelhante teceu o estudante William Petruttely, que mora na cidade de Itabuna, no interior da Bahia. De passagem por Aracaju, soube da realização da Semana de Dança e foi conhecer o evento. “Achei a ideia muito interessante. Dá para notar que rola uma interação legal entre os integrantes dos mais diversos grupos, o público fica entusiasmado com cada apresentação... Artistas e sociedade ganham com essa iniciativa”, argumentou William.


Grupos do interior marcam presença na Semana de Dança

Por Carla Sousa, da Ascom/Secult

O segundo dia de programação da Semana Sergipana de Dança levou para o Teatro Atheneu uma diversidade de ritmos que mostra a cara de Sergipe na dança. Três grupos do interior do estado e um de Aracaju marcaram presença na segunda noite do evento, promovido pela Secretaria do Estado da Cultura (Secult) e Sindicato dos Artistas e Técnicos em Diversões do Estado de Sergipe (Sated/SE).

Direto do município de Laranjeiras, o Balé Folclórico levou para a Semana de Dança um pouco da riqueza cultural do município. Lambe-sujo, Batalhão, Reisado e São Gonçalo foram algumas das manifestações folclóricas apresentadas por um grupo animado de jovens e crianças laranjeirenses. Fundado em 1998, o Balé Folclórico de Laranjeiras vem difundindo ao longo desses anos a cultura sergipana, dentro e fora do Estado.

O grupo se apresentou pela primeira vez na Semana Sergipana de Dança e para o seu fundador, João Pinheiro, essa oportunidade foi ótima para dar mais visibilidade ao trabalho que tem sido feito com os jovens. “É ótimo poder mostrar nosso trabalho ao público de Aracaju. Além disso, é importante mostrar que a dança é muito mais ampla e que não se limita só ao clássico ou a outras vertentes”, enfatizou João.

Essa diversidade já é uma marca da Semana Sergipana de Dança. Além da dança popular representada pelo Balé Folclórico de Laranjeiras, a noite de quarta-feira, dia 16, também foi dedicada ao street dance do grupo Irmão de Rua, do município de Pirambu, que participou pela terceira vez do evento. Para Diego Vieira, um dos integrantes do grupo, a participação na Semana representa muito para o Irmão de Rua.

“Uma das grandes contribuições do evento é o incentivo à profissionalização. E é também uma forma de ficar conhecido e mostrar para o público de Aracaju que o interior tem muitos grupos bons”, destaca o dançarino. Com movimentos rápidos e muitas acrobacias no palco o grupo Irmão de rua conseguiu levantar o público do Teatro Atheneu durante a apresentação.

“Esse retorno do público é sempre maravilhoso e muito gratificante”, declarou a diretora e dançarina do grupo, Ivanilde Galvão. “Poder participar da Semana de Dança é uma oportunidade única pra gente, porque pudemos mostrar para a sociedade que a dança de rua está sendo valorizada. Nosso trabalho também tem sido esse, de divulgar a dança de rua para que ela deixe de ser marginalizada”, afirmou.

Intercâmbio
Outro grupo que também participou da programação da noite de quarta-feira, dia 16, representando a dança do interior do Estado, foi a Nelson Santos Cia de Dança, da cidade de São Cristóvão.

Consagrada como uma das companhias mais antigas do estado, a Nelson Santos completou  14 anos no mês de março e resolveu levar um espetáculo especial para o público da Semana de Dança, denominado ‘Folcloreando’, que levou para o palco diversos elementos da cultura brasileira.

Segundo o diretor, Nelson Santos, todos os anos o grupo prepara algo especial e muito bem planejado para apresentar na Semana de Dança. “O público já conhece o nosso trabalho e eu percebo que a expectativa é sempre muita grande e o retorno também é muito bom para gente”, destacou. Para este espetáculo, a companhia contou com oito bailarinos e seis figurantes, não só da cidade de São Cristóvão, mas também de Itabaiana e Aracaju.

Para o diretor da Yaônilé de Dança Afro e Negra, Danilo Aguiar, esse intercâmbio que há entre os grupos durante a Semana de Dança possibilita uma troca muito rica para os dançarinos. “A Semana de Dança nos dá essa oportunidade de ver o que nosso irmão da terra está produzindo. E é muito bonito ver os nossos colegas subindo no palco para mostrar o que estão fazendo. É uma verdadeira exaltação da dança sergipana”, ressaltou.

Comprovando mais uma vez a diversidade presente na programação da Semana de Dança, a Yaônilé levou para o palco do Atheneu um espetáculo de dança afro que homenageou as divindades da água. O grupo que tem apenas três anos de estrada tem corrido atrás das oportunidades para poder mostrar o seu trabalho e o evento surgiu como uma grande vitrine para os componentes.

“A Secult está de parabéns por abrir mais esse espaço. E acredito que as oportunidades sempre irão aparecer para aqueles que se dedicam e trabalham para representar bem o nosso Estado”, ressaltou Danilo

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