quarta-feira, 15 de outubro de 2025

Professor! Profissão sob ataque dos neoliberais e dos neofascistas. O que é preciso fazer para enfrentar? Como conseguir resistir em meio a isto?

A charge acima foi publicada em postagem no facebook por Lailton Araújo - São Paulo (SP)

O pano de fundo da discussão de muitas reuniões pedagógicas nestes tempos "ansiosos", remete a um tipo de "polarização" pedagógica bastante presente, mas não tão claros ou explicitados.
  De um lado, o time dos tecnocratas que defendem a educação como estatística e as pessoas como número, de outro lado o time dos educadores que defendem uma educação humanista e humanizadora. Os exemplos de como isso ocorre nem precisam ser citados em sua extensão, quem está no chão da escola sabe muito bem como isso acontece, no primeiro caso com o excesso de avaliações externas quantitativas e pela obsessão em manter o diário de classe atualizado diariamente, fora os embates de aluno com professor, causando desgaste emocional diariamente e sem alternativas para mitigar ou resolver o problema de forma mais eficaz, o que é agravado pela aprovação quase automática, como mostrado na charge acima, mesmo que não sejamos favoráveis a reprovação pura e simplesmente. 
O que fazer? - Há quem ache possível nos adaptarmos a esse tipo de situação e tenta conciliar os dois polos, um exemplo é tentar aplicar a pedagogia de projetos dentro desse contexto, tarefa impossível, se pensarmos a pedagogia de projetos na extensão e profundidade que esta tem e merece. 
 Mas resta uma saída: realizarmos projetos de forma mais performática, o que é possível, entretanto, seja no primeiro caso , como no segundo, faz-se necessário encontrar tempo e disposição em meio aos exemplos aqui citados, da educação tecnicista nos imposta, para mim impossível no primeiro caso da pedagogia de projetos como eixo estruturante do projeto politico-pedagogico da escola, mas possível como projetos performáticos. Ou seja, projetos pontuais e voltados bem mais ao produto final do que ao processo.
Para ilustrar o pano de fundo explicitado acima, uma bela canção da banda Engenheiros do Hawaii.  Somos quem podemos ser.
 E a luta não pode parar, para superar este tipo de situação que descrevo acima, para além do proposto na canção citada e no tipo de projetos pedagógicos performáticos como apresento,  é preciso  mais inteligência e criatividade, dentro e fora da escola, no segundo caso, por exemplo,   com  distribuição de material impresso e audiovisual do sindicato junto a população com linguagem mais acessível,  e fazendo conexão da questão da luta salarial dos professores com as necessidades da população que tem filhos na escola pública, como  estruturas fisicas precárias em muitas  escolas, equipamentos insuficientes e/ou de baixa qualidade, aqui destaco os eletroeletrônicos,  qualidade da merenda e etc... 
Até porque,  as concepções de educação estão cada vez mais  em disputa, e o campo democrático-popular precisa aumentar as alianças e parcerias, na sociedade principalmente, e no campo  institucional,  para enfrentar  o campo neoliberal (representado por setores majoritários das secretarias de educação e em Brasília pelo MEC, infelizmente) e em São Paulo pelo neofascismo do governador Tarcísio, em Cuiabá, do prefeito Brunini e etc...Sobre o ridiculo prefeito de Cuiabá recomendo assistir a este excelente vídeo. AQUI e AQUI
Sem contar que em maior ou menor grau,  as concepções e práticas neoliberais e neofascistas caminham juntas em muitos lugares. Um exemplo são os governos do Paraná e de Minas Gerais, e mesmo o de São Paulo, sem esquecermos, se complementam, pois o neoliberalismo prepara o terreno para a ascensão do neofascismo.
Zezito de Oliveira (ZdO) - Aracaju (SE)
P.S.: Sobre a Pedagogia de Projetos
A pedagogia de projetos é uma metodologia de ensino que usa a experiência e a investigação para ensinar, tornando o aluno protagonista de sua aprendizagem. Em vez de aulas fragmentadas, ela integra diferentes áreas do conhecimento em torno de um tema ou problema real, incentivando a autonomia, o pensamento crítico e a colaboração. O professor atua como um mediador e guia nesse processo de descoberta e construção do conhecimento. 


Anjos da Guarda - Leci Brandão - Canções afirmativas



"Hoje é um dia que se celebra o lugar da condição humana, somos nós que de várias descobertas, elaborações e boas metodologias, desvendamos o que podemos ser coletivamente." Simão Neto - Recife (PE)

Cantor João Gomes se emociona ao encontrar professores no show e faz homenagem



Um salve ao meu eterno Professor! Feliz diz do professor, Mestre. (Josef Wendell no facebook)
Respondi: Olha! Mais jovem na foto. Ao lado de um ex-aluno que me ajudou a compreender a importância da cultura hip-hop. Só Alegria! Só Gratidão! Gracias a la vida!!
Em tempo, para Josef e centenas de alunos e alunas "da hora"  que tive e  tenho,  uma canção de Marcelo D2 com o filho. "Eu me desenvolvo e evoluo com meu filho", e no meu caso. "Eu me desenvolvo e evoluo com meus filhos e com meus alunos... "(ZdO)

Loadeando no Altas Horas.. 

 E dedicação final de canção vai, para as colegas professoras "maluquinhas" e para os professores "maluquinhos". Uma missão que o modelo tecnicista neoliberal e o modelo neofascista procuram extinguir, o que é fim da utopia da sociedade democrática, justa e fraterna que almejamos, como humanistas radicais que somos. ZdO

Fernanda Takai - Menina, Amanhã de Manhã (Uma Professora Muito Maluquinha)



Abaixo, a homenagem do vereador Ricardo Vasconcelos, presidente da Câmara Municipal de Aracaju  a uma das professoras "maluquinhas" que conhecemos, mas que infelizmente não está mais entre nós.." A  querida e também saudosa  vereadora Ângela Melo


PROVOCAÇÃO HISTÓRICA - 15/10/25 - “A ETERNA CRISE DA EDUCAÇÃO BRASILEIRA''


Daniel Cara reflete sobre aulas expositivas em tempos de redes e decolonialismo




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sábado, 11 de outubro de 2025

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Rick Afonso-Rocha no Le Monde Diplomatique (edição em português)





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