domingo, 19 de outubro de 2025

Protestos "No Kings": milhões nas ruas dos Estados Unidos contra um país cada vez mais autoritário e militarizado

 No Kings! not ridiculous tyrant! - Rei não- Não aos ridiculos tiranos.

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Sapo antifascista! Quê? Sim, um homem vestido de sapo viralizou após ser atingido por spray de pimenta e falar: “já comi tamales mais picantes”. O “sapo antifa” ganhou até piadaa no programa do Stephen Colbert. Mas é aquilo, isso em meio a protestos violentos - por lado da ICE - em Portland.

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O que é o Movimento "No Kings"?

O "No Kings" (Sem Reis, em português) não é uma organização formal com líderes, sede ou uma plataforma política única. Em vez disso, é um lema, um princípio ideológico e um grito de guerra que emerge principalmente de círculos libertários, conservadores da velha guarda, constitucionalistas e de alguns grupos de direita alternativa nos Estados Unidos.

O cerne do movimento é uma oposição radical à concentração de poder, especialmente no poder executivo do governo federal. Seus adeptos acreditam que as instituições políticas americanas – a Presidência, o Congresso, o sistema de agências regulatórias (o "Estado Profundo" ou "Deep State") – se afastaram dos princípios originais da Constituição dos EUA, criando uma nova forma de "monarquia" ou governo tirânico.

O nome "No Kings" é uma referência direta à fundação dos EUA, que foi uma rejeição explícita ao domínio do Rei George III da Grã-Bretanha. O lema evoca esse espírito revolucionário, sugerindo que uma nova revolução contra um governo central opressivo é necessária.

Principais Crenças e Características

Antiautoritarismo Extremo: A crença central é que nenhuma pessoa ou instituição deve ter poder incontestável sobre os cidadãos. Isso se aplica a presidentes de ambos os partidos, burocratas não eleitos e grandes corporações que coludem com o governo.

Desconfiança do "Estado Profundo" (Deep State): Acreditam que uma rede de burocratas de carreira, agências de inteligência e funcionários públicos permanentes opera para minar a vontade do povo e dos presidentes eleitos, governando efetivamente sem supervisão democrática.

Soberania Estadual e Local: Defendem um governo federal extremamente limitado, com a maior parte do poder residindo nos estados e nas comunidades locais, conforme idealizado pelos Pais Fundadores (especialmente pelos Anti-Federalistas).

Não é um Movimento Partidário: Embora muitas de suas críticas sejam direcionadas a figuras do Partido Democrata, os adeptos do "No Kings" são igualmente críticos dos republicanos que eles consideram "RINOs" (Republicans In Name Only - Republicanos Só no Nome) por expandirem o governo e o poder executivo.

A Importância para a Democracia nos EUA: Uma Perspectiva de Duas Faces

A importância do "No Kings" para a democracia americana é complexa e pode ser vista de duas maneiras fundamentalmente opostas:

1. Como um Guardião da Democracia e dos Princípios Fundadores (Perspectiva dos Apoiadores)

Nesta visão, o movimento é uma força vital para a saúde da república:

Freio ao Poder: Atua como um freio cultural e filosófico crucial contra a tendência natural do governo de expandir seu próprio poder. Ele lembra aos governantes que seu poder deriva do consentimento dos governados.

Defesa da Constituição: Posiciona-se como um defensor intransigente da Constituição original, especialmente da Carta de Direitos (Bill of Rights), contra interpretações que consideram expansivas e distorcidas.

Empoderamento do Indivíduo: Enfatiza a soberania individual e a responsabilidade pessoal, que são pedras angulares da identidade política americana.

Alerta Contra a Tirania: Serve como um lembrete constante de que a liberdade é precária e deve ser vigilante e ativamente defendida.

2. Como uma Ameaça à Democracia e à Estabilidade (Perspectiva dos Críticos)

Nesta visão, o movimento representa sérios perigos para o sistema democrático:

Erosão da Confiança nas Instituições: Sua retórica antigovernamental radical mina a confiança do público em todas as instituições – eleitorais, judiciais e midiáticas – o que é essencial para o funcionamento de uma democracia estável.

Paralisia Governamental: A visão de um governo federal mínimo e impotente pode levar a uma oposição a qualquer ação governamental, mesmo em crises nacionais, resultando em paralisia e incapacidade de enfrentar problemas complexos.

Teorias da Conspiração: Muitas vezes está entrelaçado com teorias da conspiração sobre o "Estado Profundo" e eleições roubadas, o que dificulta o debate factual e a busca por soluções baseadas em evidências.

Conclusão

O movimento "No Kings" é um sintoma moderno de uma tensão que existe desde a fundação dos EUA: a tensão entre a necessidade de um governo eficaz e o medo de que esse governo se torne um tirano.

Para seus defensores, é a encarnação do espírito revolucionário americano, uma defesa necessária da liberdade contra a usurpação do poder.

Para seus críticos, é uma força desestabilizadora e anárquica que ameaça o contrato social e o funcionamento ordenado do governo.

Sua "importância" para a democracia americana, portanto, depende inteiramente do ponto de vista. Ele demonstra que o debate sobre a natureza do governo, o poder e a liberdade continua tão vivo e acalorado hoje quanto era em 1776. Ele força uma discussão contínua sobre os limites do poder governamental e o papel do cidadão em uma república, questões que estão no próprio cerne da experiência democrática dos EUA.

Texto com IA deepssek

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domingo, 5 de outubro de 2025

Fomos enganados! Os EUA nunca foram suficientemente democráticos como apregoavam e agora menos ainda.

 Rodrigo Tavares

Professor catedrático convidado na NOVA School of Business and Economics, em Portugal. Nomeado Young Global Leader pelo Fórum Econômico Mundial, em 2017.

(Folha de SP)

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