segunda-feira, 17 de fevereiro de 2014

Escola do Conj. Jardim em Socorro é selecionada no concurso Mais Cultura nas Escolas.

Mais Culturas nas Escolas

13.02.2014
As crianças e jovens das escolas públicas brasileiras experimentarão a dança, a pintura, o canto e o artesanato dos povos indígenas; técnicas de audiovisual para a produção de animação infantil, além dos elementos culturais do hip hop, como a dança de rua, o graffiti e o rap.
Esses são alguns dos exemplos das atividades que estão sendo selecionadas para serem desenvolvidas nas 5 mil escolas de ensino fundamental e médio incluídas no Programa Mais Cultura nas Escolas. As escolas selecionadas para participarem do Programa estão sendo divulgadas pelos Ministérios da Cultura e Educação em três etapas. A primeira lista, com 1.001 escolas foi publicada no site dos dois ministérios no dia 10 de janeiro e a segunda, com mais 447 escolas foi divulgada nesta quinta-feira (13). No dia 10 de março, o MinC e o MEC divulgarão mais uma lista de selecionados.
O Programa Mais Cultura nas Escolas, uma parceria dos Ministérios da Cultura e da Educação, tem investimento de R$ 100 milhões em sua primeira etapa e cada projeto selecionado receberá entre R$ 20 mil e R$ 22 mil do Programa Dinheiro Direto na Escola do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação para desenvolver as atividades culturais em 2014. O valor será calculado conforme o número de alunos matriculados na escola. O recurso deverá ser investido na  contratação de serviços culturais relacionados às atividades artísticas e pedagógicas, que poderão acontecer dentro ou fora da escola - durante o ano letivo, por no mínimo 6 meses.
"As crianças e os jovens terão oportunidade de vivenciar experiências inovadoras nesse processo educacional com iniciativas culturais produzidas em sua localidade", comenta o secretário de Políticas Culturais do Ministério da Cultura, Américo Córdula. A Secretaria de Políticas Culturais, por meio da Diretoria de Educação e Comunicação para a Cultura, é a responsável pela criação e desenvolvimento do Programa Mais Cultura nas Escolas.
O Mais Cultura Nas Escolas pretende potencializar processos de ensino e aprendizado por meio da democratização do acesso à cultura e da integração de práticas criativas e da diversidade cultural brasileira à educação integral.
Eixos Temáticos
Cada um dos projetos inscritos poderia dialogar com um ou mais eixos. Desse modo, o Mais Cultura nas Escolas procura incentivar o diálogo entre as várias linguagens artísticas e a diversidade da cultura brasileira. Os nove eixos temáticos estabelecidos  pelo Programa são: Criação, Circulação e Difusão da Produção Artística; Cultura Afro-brasileira; Promoção Cultural e Pedagógicas em Espaços Culturais; Educação Patrimonial; Tradição oral; Cultura Digital e Comunicação; Educação Museal; Culturas Indígenas; e Residências Artísticas para Pesquisa e Experimentação nas Escolas.
Das 14 mil escolas habilitadas para participarem do Programa Mais Cultura nas Escolas 63,17% escolheram apenas um eixo, sendo o mais procurado o de Criação, Circulação e Difusão da Produção Artística, com 10.070 projetos. O segundo eixo que teve mais inscrições foi o de Cultura Afro-brasileira, com 3.937 projetos apresentados. O eixo Promoção Cultural e Pedagógicas em Espaços Culturais foi o terceiro mais procurado, com 2.890 projetos, seguido do eixo Educação Patrimonial, com 2.386 inscrições.
O eixo Tradição Oral foi o quinto mais procurado, com 1.685 projetos inscritos, e em seguida, o eixo Cultura Digital e Comunicação com 1.580 inscrições. Em sétimo lugar ficou o eixo Educação Museal com 982 projetos apresentados, seguido pelo eixo Culturas Indígenas com 834 inscrições. O eixo menos procurado foi o de Residências Artísticas para Pesquisa e Experimentação nas Escolas com 777 projetos inscritos.
Veja alguns do Projetos Aprovados
Cultura Indígena
A Escola Municipal de Ensino Básico Ítalo Damiani de São Bernardo do Campo (SP) e próxima à aldeia guarani que fica na região de Taquacetuba, propiciará a seus alunos o a vivência da cultura indígena do povo guarani. O projeto de atividades culturais, que será desenvolvido pelo professor e ator Roger Muniz, incluem realizações, semanalmente, de brincadeiras indígenas, envolvendo música e teatro; apresentação de cânticos guarani por indígenas da região – crianças, adultos e idosos; e contação e encenação de histórias indígenas. O professor Roger Muniz, que desenvolve trabalhos com a aldeia Krukutu, levará ainda os alunos para conhecerem a vivência da comunidade indígena, promovendo a integração entre estudantes da escola com a comunidade indígena vizinha à escola.
Cultural Digital e Comunicação
A Escola Municipal Professora Aurora Costa de Carvalho, no município de Nísia Floresta (RN), selecionou um projeto do eixo Cultura Digital e Comunicação, que será ministrado pelo desenhista, ilustrador, editor e produtor de filmes e animações Lula Borges. Pelo projeto, os alunos da escola receberão formação em linguagem audiovisual, especialmente na técnica da animação, com a perspectiva de se formar um grupo local de realizadores e de se contribuir com a difusão do cinema de animação. O projeto prevê a realização de 60 exibições de filmes de animação, oficinas básicas de animação – com aulas de roteiro, massinha e desenho - e produção da série de animação com ao menos 10 filmes realizados pelos alunos. No final do projeto será realizada uma Mostra de Cinema de Animação no município.
Cultura Afro-Brasileira
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Senador Teotônio Vilela de São Paulo(SP), oferecerá aos seus alunos, por meio do Programa Mais Cultura nas Escolas, aulas sobre Cultura afro-brasileira. O Plano de Atividades, que será desenvolvido pelo Coletivo Cultural Poesia na Brasa – o Saraunabrasa da Vila Brasilândia-, incluirá as três linguagens artísticas (literatura, dança e música) vivenciadas sob a perspectiva da Cultura afro-brasileira. As aulas, que serão ministradas Sidnei Silva Júnior, propiciarão aos alunos conhecimentos como a poesia e a literatura afro-brasileira de identidade e resgate cultural. As atividades de dança abordarão as heranças africanas no Brasil e como isso se refletiu sobre a Cultura Popular Brasileira e terão oficinas de danças como o Samba de Bumbo e Jongo. Na área da música, além da História da Música afro-brasileira, os alunos conhecerão os ritmos do berimbau, além de fazerem oficina para aprender a construir o instrumento. Durante o desenvolvimento do Plano de Atividade Cultural os participantes deverão escolher lugares relacionados à história da cultura afro-brasileira para que os mesmos sejam visitados.
Criação, Circulação e Difusão da Produção Artística
A Escola Municipal de Ensino Fundamental Bela Flor, que fica no município de Epitacolândia (AC), levará aos seus estudantes, conhecimentos relacionado às artes como teatro de fantoches e contação de histórias. O Projeto de Atividade Cultural, apresentado pela Biblioteca de Epitacolândia e que será desenvolvido pela agente de leitura da região Lilia Valdivino de Oliveira ao longo de seis meses, terá como foco o cotidiano escolar e a cultura local. Estão previstas roda de leitura de literatura de cordel, além da criação e apresentação de musicais por alunos da escola e funcionários da Biblioteca e a realização de saraus na escola.  
Confira aqui a lista total com as 1.448 escolas já selecionadas.
Texto: Heli Espíndola, Ascom/SPC/MinC
Fotos: Foto 1-Gustavo Pires
Foto 2-Jogos Indígenas- Lenine Martins/Secom/MT
Foto 3-Conferência de Cultura do Extremo Sul/BA-Divulgação/Comunicação/Regional MinC/Bahia e Sergipe
Edição: Ascom / MinC

Leia mais: AQUI
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PROJETO QUILOMBO/ALDEIA JARDIM

 O  projeto inscrito pela Escola Estadual Júlia Teles em parceria com a Ação Cultural, é  fruto de uma demanda colocada em reuniões de professores que geraram a iniciativa pioneira de realização da Semana da Consciência Negra no ano de 2011. O sucesso da iniciativa, em razão da receptividade dos alunos (as), assim como o amparo da Lei  11.645/08 que versa sobre o ensino da  História e cultura afro-brasileira e indígena em sala de aula, motivou alguns professores a dar prosseguimento e aprimorar a proposta inicial, por meio da elaboração de um projeto mais amplo e detalhado, após duas reuniões e colhidas algumas sugestões, tem-se o QUILOMBO/ALDEIA JARDIM.
Através desse projeto pretende-se, por meio de oficinas de capoeira, dança, rap e fotografia/video, proporcionar um espaço para aprendizagem artistica, reflexão e  práticas pegagógicas e de convivência relacionadas a herança ancestral africana e indigena, visando  fortalecer a identidade cultural, o senso de pertencimento e os laços de solidariedade e coesão social.
Em termos quantitativos pretende-se atingir  100 estudantes da Escola Estadual Júlia Teles.
Para divulgar os resultados e aumentar a adesão da sociedade, serão produzidos ações de culminância com apresentação do resultado das oficinas e  produção de blog, video documentário e boletim  impresso .

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O produto cultural a ser gerado,  se constitui em uma mostra final das oficinas culturais, produzidas em duas etapas, a primeira antecedendo quatro meses da data de celebração do dia da consciência negra, 20 de novembro. A segunda constará de oficinas culturais, produzidas com antecedência de 70 dias da data de celebração do dia do índio, 19 de abril.

O processo de construção da mostra final por meio das oficinas artísticas e pedagógicas, será mostrado através de outros três produtos, o DVD documentário (100 und), o boletim informativo (4000 und)  e o blog de internet. A distribuição gratuita do primeiro será realizada para professores de escolas públicas, com isso,  espera-se que estes sejam estimuladas a realizar ou aprimorar iniciativas semelhantes com base na experiência acumulada e apresentada por meio do Quilombo/Aldeia Jardim.  Quanto ao boletim,  distribuído também de forma gratuita, junto ao público diretamente atingido pelo projeto, para outras escolas, pontos de cultura, ONGs e órgãos públicos que trabalham com a  cultura negra e indígena. Conterá  fotos, entrevistas, textos de oficineiros e mediadores, informações sobre o metodologia e recursos/materiais didáticos e  etc.  Todos estes  produtos estarão disponíveis no blog para download gratuito.

A opção escolhida do projeto em trabalhar com o formato  oficina,  tem,  entre outros pressupostos fundamentais, a percepção de que a crise da escola, não apenas da escola pública, decorre das bases fragilizadas sobre as quais estão assentadas os princípios e as técnicas dos atuais modelos  de ensino-aprendizagem. Explicando melhor, os modelos tradicionais de ensino ainda estão sustentados na ideia de um estudante com pouca ou nenhuma informação, no predomínio da comunicação verbal  e na divisão entre produtor e consumidor de informação, em outras palavras, os modelos tradicionais de ensino caminha a passos muito lentos para adentrar no século XXI. Tempos de maior facilidade de acesso  a informação, algo  nunca visto na história da humanidade, com uma sociedade cujas aprendizagens e relacionamentos sociais são mediados pelo uso de imagens e com as inúmeras possibilidade da  incorporação de pessoas comuns aos  circuitos de produção de conteúdos  e projetos e criações de diversos tipos e integrados as cadeias de circulação e consumo.
Com a opção realizada no projeto Quilombo/Aldeia Jardim, será possível contemplar as novas gerações com um método de aprendizagem de conteúdos educacionais e fruição da cultura que contemple as diversas dimensões do ser, como  alegria, afeto, diálogos com o diferente ou  com aquilo que já é  conhecido, porém em outras perspectivas , descobertas ou aprimoramento por meio do aprendizado e desenvolvimento de habilidades artisticas e no campo da comunicação. Tudo junto e misturado.




Identificação do Proponente

A Ação Cultural foi fundada em 13 de agosto de 2004. É composta por artistas e produtores culturais emergentes, além de educadores e lideranças de comunidade envolvidas com atividades culturais na periferia de Aracaju e municípios adjacentes. Obteve  o titulo de utilidade pública estadual conferido pela Assembléia Legislativa do Estado da Sergipe (Lei 6.588 de 15 de abril de 2009).
A criação da entidade inicialmente,  reuniu agentes culturais vitoriosos numa  mobilização pela aprovação da Lei 3.173 de 10 de Março de 2004 que cria o Programa de Valorização de Iniciativas Culturais (VAI) pela Câmara Municipal de Aracaju.
A entidade  tem como missão e fim institucional apoiar e realizar iniciativas voltadas para o desenvolvimento social, artístico e cultural das comunidades .
PRINCIPAIS INICIATIVAS DE SUCESSO
I e II Fóruns Comunitários de Politicas Públicas e criação da Rede de Agentes Culturais do Conjunto Jardim. (2001 a 2003)
Projeto Estatuto da Criança e do Adolescente com Arte (Ecarte).  (2001 e 2006) – Edital da Coordenadoria Ecumênica de  Serviços (CESE)
Fóruns Populares de Cultura (2005 a 2007)  - Edital da Coordenadoria Ecumênica de  Serviços (CESE) e do Banco do Nordeste do Brasil (BNB)
Encontro trimestral de Danças Circulares, Oficinas semestrais e Bailes anuais.  (2001 até 2011)
Consórcio Cultural – 2007 a 2009
Projeto Juventude, Cultura e Cidadania, selecionado na edição 2010/2011 do edital do programa Cultura Viva (Pontos de Cultura) baseado na experiência do Projeto Ecarte.
Movimento PRÓ-FASC - 2011
2ª Jornada Ecologia & Espiritualidade – Edital da Cáritas Brasileira – 2011/2012
Caravana Luiz Gonzaga vai à Escola – Edital Centenário Luiz Gonzaga/FUNARTE – 2012/2013

Para saber mais sobre a Escola Estadual Júlia Teles, clique AQUI








Para saber sobre  os pré-requisitos para a apresentação de projetos ao Edital Mais Cultura nas Escolas.  AQUI

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