quarta-feira, 8 de maio de 2019

Precisamos conversar sobre o impacto dos ressentimentos e recalques na destruição atual do Brasil.



Cena do filme "Tranças de Maria"


                                      Cena do sarau arte na garagem. Realização Ação Cultural

Percebo uma grande dose de ressentimento e recalque, quando converso com pessoas que votaram em Bolsonaro, tanto nas redes, até quando foi possível, e agora presencialmente.

Muitas vezes nem tratamos de Bolsonaro, mas percebo pelo enfoque temático  e escolha das palavras predominantes do debate  no campo social, politico e cultural, o quanto de ressentimento e recalque  está presente no fundo das mentes  e dos  corações de muitos brasileiros (as). Sem esquecermos que isso foi estudado e fomentado pelos estrategistas e operadores da guerra psicológica em curso contra o Brasil e contra os brasileiros.

Segundo o site  https://www.significados.com.br/ressentimento/O ressentimento é a ação de ressentir, ou seja, de sentir de novo ou sentir repetidamente as emoções negativas que foram provocadas a partir de uma atitude que foi mal recebida pela pessoa ressentida.”
Segundo a Wikipédia, Recalque [1] é um dos conceitos fundamentais da psicanálise, tendo sido desenvolvido por Sigmund Freud. Denota um mecanismo mental de defesa contra ideias que sejam incompatíveis com o eu. Freud dividiu a repressão psicológica em dois tipos: a repressão primária, na qual o inconsciente é constituído; e a repressão secundária, que envolve a rejeição de representações inconscientes. A repressão é o processo psíquico através do qual o sujeito rejeita determinadas representações, ideias, pensamentos, lembranças ou desejos, submergindo-os na negação inconsciente, no esquecimento, bloqueando, assim, os conflitos geradores de angústia. 

Conforme  argumento que apresento no texto, "O Brasil não é um paraíso gay. Mas quem quiser vir pra cá fazer sexo com mulher, fique à vontade". (Bolsonaro), todo esse ressentimento e recalque tem bases históricas e  sociológicas, assim também como dos campos do conhecimento ligados a antropologia e a psicologia.

Nesse sentido, os aspectos da subjetividade e da cultura, combinado com os aspectos das explicações no campo da economia, da história e da sociologia,   precisa encontrar lugar,  e um bom lugar, em nossas discussões e ações  estruturantes no campo do enfrentamento às tentativas  de retomar o Brasil a condição de colônia e dos brasileiros a condição de escravizados, no campo mental. Porque em sociedades mais complexas, a dominação das mentes e dos corações, precede a dominação dos corpos e a tomada do território e das riquezas.
No texto A união da religião, da ciência e da arte como apoio terapêutico preventivo às neuroses e às paranoiasfaço alusão ao Reculturarte, iniciativa socio-cultural-educativa da qual participei em Aracaju (SE), na década de 1990, assim como ao projeto 4 varas, experiência exitosa que tem  lugar em Fortaleza, Ceará,  e referência para muitas iniciativas Brasil afora, incluindo no campo das politicas públicas, como práticas integrativas e complementares no campo da saúde e os serviços de fortalecimento de vínculos no campo da assistência social.

A Caravana Cultural Arcoiris por La Paz, com a qual interagi durante um bom tempo, embora não lembrada no texto abaixo, também merece reconhecimento como fonte de aprendizagem para lidarmos com pensamentos, sentimentos e desejos negativos. 
Em uma iniciativa atual, participo de um grupo denominado  Cantinho do Afeto, formado por professores, artistas, funcionários públicos, pessoas da área da saúde.  Buscamos enquanto coletivo, fazer algo semelhante ao que está apresentado acima.

O que fazer? Onde aprender ou reaprender? Onde agregar mais conhecimentos e vivência ao que temos?


Do Ceará nos chegam dois convites. O qual estendo a quem leu e concorda com o que escrevi acima. 


Zezito de Oliveira - Educador e produtor cultural

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P.S.: Enviado por um amigo leitor do blog.







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