" A escola como um túmulo de utopias" A última frase da fala,
no debate após a apresentação do artigo que escrevi sobre o Cineclube
Realidade. Na hora, não consegui me lembrar da canção que utiliza essa
expressão, fazendo menção ao samba. Se assim tivesse feito eu completaria,
"mas possível novo quilombo de Zumbi".
Porém, já tínha dito antes em
conjunto com Rafael, jovem estudante de cinema e integrante de um coletivo
cultural que atua em um bairro popular da cidade de Fortaleza (CE). "Mas
para buscarmos alternativas, precisamos buscar alianças fora do muro da escola,
com os próprios estudantes, reunidos em coletivos culturais e de outros tipos,
e com outros atores sociais da comunidade, além da necessidade de buscarmos
aliados no campo governamental, ongs, sindicatos e universidades. E isso tem a
ver com o conceito de quilombismo, um termo que me lembrei esta manhã, a partir
das apresentações/discussões no seminário sobre intelectuais negros, realizado
na UFS e organizado pelo professor Romero Venâncio.
No fundo mesmo, o Cineclube Realidade, as oficinas e as mostras culturais do
Ponto de Cultura Juventude e Cidadania, buscou/busca fazer isso. Quilombismo!
Antes, vivi essa experiência, até com mais intensidade, na AMABA/ProjetoReculturarte. Cujo livro sobre a iniciativa está em fase de pesquisa e
elaboração.
Vivi com muita intensidade, porque dependia muito menos das estruturas
governamentais conservadora e/ou neoliberal, incluindo a escola.
Sessão do Cine Realidade com debate ao final da exibição do filme "A maldição do Cacique Serigy". (2016)
Abaixo: Festa Kizomba na sede da Amaba. (1995)
Outro momento no referido seminário.
"Se a pulsão de morte tá acontecendo com mais força,
precisamos repensar o que foi feito de nossa educação. Também nas universidades."
Pergunta sintese do eco ou rescaldo da palestra do professor
César Guimarâes, proferida no dia de ontem na UFS, 14/05/2019, no II Seminário
Interdisciplinar de CInema.
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