domingo, 3 de outubro de 2021

O que fazer para incorporar mais gente as mobilizações Fora Bolsonaro e além?

 PENSANDO AQUI

Vi cenas dos atos deste sábado (2/10) pelo Brasil e procurei escutar alguns comentários de pessoas que acompanho nessas redes sociais. Participei do ato em Aracaju como costumo fazer. Fiquei com uma preocupação ainda superficial e sem fechar a avaliação. Foram atos bonitos, criativos e das esquerdas históricas que combatem esse governo. Não tem a participação popular esperada. Aqui em Aracaju nos lugares onde passamos (periferia da Coroa do Meio), alguns apoiam, mas a maioria olha com aquele ar de espectador. Parece não ser com eles... Conclusão provisória: os atos são importantes para outras coisas, não para derrubar bolsonaro. Nesse formato de ato e sem grande apoio popular, ele fica até o fim (e fim, literalmente!!!). Pode ser que esteja equivocado. Espero.

Romero Venâncio no facebook

Muito bom! Não posso afirmar muita coisa, porque não pude ir, em razão de limites com a minha mobilidade. Embora esteja andando, o que consigo diariamente é um quarteirão, e às vezes dois.
Pelo "buxixo" aqui no Facebook e a midia progressista via YouTube que acompanho, os atos foram dentro da boa expectativa em termos da quantidade de pessoas e de cidades participantes. Me refiro a boa expectativa, porque havia dúvidas sobre o tamanho dos mesmos, se conseguiria um número igual ou maior que os anteriores. O balanço ainda não está fechado, mas em algumas cidades ao que parece superou.
Aqui no facebook, percebi, através do formato dos memes, que está havendo a entrada de novos atores, além da esquerda histórica que foi para as ruas inicialmente. Percebo pelas frases e pelos traços, tanto que vou juntar alguns desses memes em uma postagem no blog da Ação Cultural com o titulo: Fora Bolsonaro com arte, amor, humor e poesia.
Mas quanto ao alheamento de uma parcela expressiva da população, concordo com você. Para isso,acredito concorrer vários motivos, mas sem dúvida nenhuma, o distanciamento por décadas das esquerdas do cotidiano da população, colabora bastante para esse tipo de situação. Afinal a velha tríade continua valendo, organização, formação e mobilização.
E concluindo poeticamente, a esquerda esteve com relação as populações das periferias e do campo, perto dos olhos e longe do coração, e pior, às vezes, nem perto dos olhos. Trago aqui a lembrança de uma bela canção interpretada por Zizi Possi. E quando me refiro a esquerda, não me refiro somente a esquerda política. Me refiro também a esquerda acadêmica com seu distanciamento que pode ser notado pelo lugar da extensão nos cursos de graduação, da esquerda sindical pelo excesso de apego ao viés economicista.
Dia desses refletindo com um amigo que teve uma passagem pelo movimento sindical, conversavamos sobre a falta de preocupação dos sindicatos com a inclusão dos familiares dos associados, em especial, criancas e jovens no universo sindical. O que poderia ser feito por meio da arte, da cultura, da educação popular, das novas tecnologias, de ações no campo da ecologia, do esporte e etc..
Para não ser injusto, fica melhor afirmar, uma parcela da esquerda esteve perto dos olhos e longe do coração, das populações da periferia e do campo, às vezes, distante das duas maneiras. Só aparecendo em época de eleições.

Zezito de Oliveira no facebook

EM ARACAJU, 02 de Outubro de 2021

Foto:  página do Mauro Cibulski


As manifestações do 2 de Outubro: sucesso ou fracasso? Rudá Ricci comenta








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incluído neste blog em 07/10/2021

Manifestação Fora Bolsonaro em São Paulo

No dia 2 de outubro uma esperada manifestação da esquerda tentou atrair o centro e centro-direita… Mas havia um elefante na avenida.





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