segunda-feira, 14 de março de 2022

Um relatório meio crônica do que mais me marcou na primeira reunião de planejamento do CNLB - Sergipe neste ano de 2022.

A reunião aconteceu em 12 de Março de 2022 no Oratório de Bebé.

 

Ver e Julgar a realidade dos leigos e da CNLB (Conselho Nacional do Laicato do Brasil)  no contexto da Igreja no Brasil e em Sergipe,  será ao mesmo tempo,  descobrir nestes últimos anos,  como foram construídos os consensos e os dissensos que nos fizeram chegar ao atual  estágio de aproximação ou diálogo que temos ou que podemos ter com irmãos pastores, irmãos do laicato e com pessoas e organizações de boa vontade que não são estritamente religiosas ou católicas. A partir do Concilio Vaticano II pode ser um bom recorte temporal..

Assim como seu inverso, ou seja,  o distanciamento, os estranhamentos e,  porque não dizer,  as rupturas até,  que as últimas eleições no Brasil mostraram muito bem,  em decorrência da emergência pública do cristofascismo.

Particularmente estou fazendo isso,  junto com o papel de pesquisador/escritor sobre a memória da educação popular e das mobilizações democráticas e cidadãs que sacudiram e ainda sacodem o cenário social, politico e cultural brasileiro desde a década de 1960, tempos em que vi o mundo ou em que vim ao mundo.

E aí, fazendo este caminho, não posso deixar de me encontrar com documentos e histórias produzidas pelo magistério da Igreja ou pelos intelectuais orgânicos ligados aos organismos e movimentos de base católica e protestante, assim como documentos e histórias produzidas por intelectuais orgânicos não vinculados diretamente ao pensamento ou ideário cristão, mas que dialoga e complementa o  pensamento social católico e de outros credos cristãos...

E para ser bem objetivo, trago uma reflexão altamente pertinente do Professor Romero Venâncio (UFS), com o complemento que fiz em seguida:

“UMA NOTA

Tenho observado que desde 2013, as agressões e a desqualificação sistemática do Concílio Vaticano II têm só aumentado. Nas redes sociais e em diversos eventos de grupos católicos (de direita!). Parece-me que defender as resoluções do Concílio, o papado de Francisco e volta ao trabalho de educação popular e religiosidade popular com os mais pobres é uma das importantes tarefas do ser esquerda (católica) hoje num país como o Brasil. Acho!”

(católica) foi acréscimo meu.....

Respondi:

 Bem lembrado!! Me recordo de um episódio no tempo em que Dom Henrique passou por Aracaju, ainda quando Bento XVI era Papa, quase no final inesperado do pontificado,  foi realizado um seminário comemorativo do Concilio Vaticano II, em clima bem dejavu, como algo do passado..A TdL e as CEBs, oh my gold!!

E a leitura ou releitura dos textos base das Campanha da Fraternidade de 1982 e 1998, nos dias que correm e rugem, me faz querer saber mais sobre o Concilio Vaticano  II e as Conferências de Medellin  e Puebla. Isso por causa das citações ...Inclusive....

Se é uma vontade e um objetivo pessoal, penso que pode ser acompanhado por mais pessoas...

Pelas falas que ouvi na reunião citada, acredito que a médio e longo prazo isso  melhorará a compreensão e o relacionamento, tanto dentro como fora do CNLB-Sergipe...

Bem na linha do mito do enigma da esfinge, decifra-me ou te devoro, ou continuamos devorando. Coloco neste caso como processo continuo, porque estamos tratando de sistemas de poder históricos. 

Desta maneira, um estudo sobre os documentos do magistério da Igreja, não pode prescindir de  um estudo paralelo sobre história da igreja, que não é  história isolada da história da sociedade ...

Assista:

🔥 Agenda  do Canal  Não é Heresia🔥

🗓️ 19/03 às 19:30h – Concilio Vaticano II e o ódio da extrema-direita católica – Com Prof Romero Venâncio (UFS)

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