sexta-feira, 17 de janeiro de 2025

O campo da cultura em Aracaju ficou em aberto. Se a nova prefeita de Aracaju Emilia Corrêa (PL) souber preencher pode surpreender Aracaju, Sergipe e além fronteiras.

 


Se o legado orçamentário não está sendo bom para a gestão,  daí a importância de definir logo o gestor, assim como o  formato institucional,  se secretaria ou fundação, colocar dinheiro para a cultura no orçamento 2026, além de ações emergenciais para começar a apagar o legado anterior com ações positivas... Va lá que uma prefeitura comandada por uma integrante do PL consegue dar melhor atenção a cultura  que um prefeito do PDT. Será manchete em grandes veículos de comunicação no eixo Rio-SP.

Importante não esquecer, politica cultural não pode se resumir majoritariamente a eventos, como tem sido comum em Aracaju e Sergipe, desde sempre.

Por isso a luta hercúlea de agentes culturais Brasil a fora,  incluindo Sergipe,  pela construção e aprovação das Leis Paulo Gustavo (LPG) e Lei Aldir Blanc 2 (PNAB), assim como destinação de dinheiro, no caso da segunda, via orçamento federal, o que só foi possível graças ao compromisso assumido e cumprido pelo  Presidente Lula na campanha eleitoral de 2022 e nos primeiros dias do seu governo,  com potencial de colaborar na necessária  revolução cultural em favor da democracia e dos direitos humanos. 

ZdO

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O Sergipense, no Instagram

Criado em 2001, o “Projeto Verão” é um dos grandes eventos anuais do calendário cultural da prefeitura de Aracaju. O evento tem como marca a diversidade de estilos e contempla atividades culturais, shows, campeonatos e atividades esportivas. Apesar do sucesso de público que marcou as últimas edições, neste ano a prefeitura não realizará o evento.

O cancelamento do “Projeto Verão” reflete o clima do início da gestão de Emília Corrêa (PL), marcado por queixas acerca da situação financeira da prefeitura de Aracaju. Em recentes pronunciamentos, a prefeita afirma que a antiga gestão deixou dívidas milionárias, incluindo a empresa de coleta de lixos e outra empresa que gere a maternidade do município. Somente com a empresa responsável pela coleta de lixo, Emília afirma haver uma dívida superior a R$ 63 milhões.

Nesse cenário, a prefeitura decidiu por não realizar o “Projeto Verão” e justificou que “a gestão anterior não colocou o Projeto Verão no orçamento de 2025 e nem deixou dinheiro em caixa para realização de eventos”. Apesar de o argumento de não haver dinheiro em caixa ir em concordância com o discurso da prefeita acerca das condições em que recebeu a prefeitura, o orçamento atual prevê R$ 3,2 milhões para o chamado “calendário verão cultural”.

Com o cancelamento, a Prefeitura de Aracaju aproveitou para afirmar estar empenhada em organizar as comemorações do aniversário de 170 anos da cidade, que será celebrado em março. A expectativa na gestão é de que a celebração seja maior do que as realizadas em 2024, buscando superar as críticas frequentes recebidas durante a gestão de Edvaldo Nogueira (PDT).

É lamentável que o ano comece com a ausência de um evento tão querido pela população, que, em edições anteriores, transformou a Orla de Atalaia em um espaço de celebração da vida e da arte. Resta a esperança de que, em 2026, o “Projeto Verão” retorne ao calendário cultural de Aracaju, trazendo de volta a energia e a diversidade que marcaram suas edições.

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A discussão precisa além dos shows musicais: o município ainda não definiu a fonte do Fundo de Cultura, o Conselho ainda não tem a parte civil eleita como determina o Marco Regulatório, o Plano de Cultura foi aprovado às pressas para não perder o prazo da PNAB, contendo um texto frágil que precisa ser revisado pra ontem. A nova gestão ainda não bateu o martelo se a Cultura seguirá no organograma como Fundação ou Secretaria, começou o ano sem um gestor definitivo. Tem muita coisa rolando e é preciso estar atento para cobrar política pública a longo prazo.

Jéssika Lima no Instagram

quinta-feira, 16 de janeiro de 2025

Perigo! A democracia continua sob ataque da extrema direita. Dessa vez por meio da fake do PIX. E agora? As respostas dos jornalistas Wilson Ferreira, Rodrigo Savazoni e Mauro Lopes

 LULA PRECISA CRIAR GABINETE DE INTELIGÊNCIA SEMIÓTICA, DIZ ESPECIALISTA


8 de janeiro de 2025
Presidente Lula, convoque seus hackers: é hora de agir. Precisamos de uma volta às origens. Às nossas origens.
Rodrigo Savazoni

Hoje faz dois anos que um bando de celerados invadiu o Congresso Nacional, o Palácio do Planalto e o Supremo Tribunal Federal para tentar impedir o início do terceiro governo de Luiz Inácio Lula da Silva. Os golpistas que se articularam em rede, por meio do uso de plataformas proprietárias de redes sociais, eram buchas de canhão de um golpe de estado que estava sendo articulado nos bastidores pelo ex-presidente Jair Bolsonaro e alguns covardes generais. Há alguns anos, e mais intensamente depois dos tristes episódios de destruição que vimos em 2023, as instituições democráticas brasileiras têm agido para impedir o avanço da infâmia, condenando os criminosos que atentam contra a nossa frágil democracia. A mão pesada da lei age, mas isso ainda é pouco, porque o golpismo segue se multiplicando na sociedade, por meio de articulações virtuais e atuais.
Ontem, num movimento que antecipa a posse de Trump como presidente e de Elon Musk como CEO dos Estados Unidos, Mark Zuckerberg anunciou mudanças nas políticas de moderação das plataformas Facebook, Instagram e Whatsapp, geridas pela Meta, sua corporação global. Segundo ele, essa atitude configura-se como uma volta às origens dos sites de redes sociais, que teriam surgido para “dar voz” às pessoas. Na prática, o empresário decidiu remover uma série de mecanismos de filtragem desenvolvidos nos últimos anos por força da pressão social democrática para impedir a propagação de mentiras. Mas não foi só isso. Ele também anunciou que irá reduzir o controle dos conteúdos políticos em suas plataformas e que irá agir alinhado à política externa do novo presidente americano, em busca de enfrentar o que chamou de “censura”.
Zuckerberg citou três territórios que quer enfrentar e apresentou suas razões para isso. Segundo ele, a Europa possui leis restritivas, que drenam a inovação; a China impede, dentro de suas fronteiras, a presença de suas empresas; e a América Latina é uma região onde a remoção de conteúdos ocorre na surdina através da atuação de tribunais secretos, numa alusão ao STF brasileiro. O movimento da Meta é geopolítico, baseado nessas falsas premissas apresentadas pelo seu CEO, e precisa ser respondido à altura. O que ocorre no Brasil não é secreto. Muito pelo contrário. É a aplicação de medidas baseadas em leis criadas para proteger nossa sociedade. Mais que nunca, fica evidente que a convivência pacífica com corporações cuja missão é a propagação de valores da extrema direita (portanto do fascismo) não é possível. Sim, enfrentar o poder político e econômico dessas plataformas golpistas não é um desafio simples, ainda mais por conta do uso intensivo de redes sociais feito no Brasil. Mas é a hora de fazer isso.
Como? Também precisamos de uma volta às origens. Às nossas origens. No início do primeiro governo de Lula, o Brasil se destacou por promover um discurso crítico e inovador sobre a internet, baseado em reconhecimento do potencial democratizante da rede mundial de computadores. A aliança criativa entre hackers e gestores públicos produziu uma visão de mundo que tinha como premissa a nossa soberania digital e a aposta no investimento público em robustas infraestruturas cidadãs. A falta de apoio estratégico para essa visão, somada aos movimentos globais de concentração de capital, impediu que pudéssemos ter, atualmente, um outro arranjo que não fosse tão dependente desses monstros corporativos que não respeitam leis democráticas. Mas a política é assim, dá suas voltas, e a declaração de guerra de Zuckerberg convoca o presidente Lula a dar uma resposta à altura. 
O episódio da Praça dos Três Poderes, de dois anos atrás, está conectado com a declaração de Zuckerberg. São movimentos correlacionados articulados por uma onda global autoritária que, se não for combatida, resultará na destruição da nossa humanidade. 
Por isso, presidente, chame pra perto os hackers e realize um grande encontro, o quanto antes, para pensar uma política soberana, do Brasil para o mundo. Temos inteligência acumulada neste país para fazer algo urgente, que resulte em um conjunto de ações cujo objetivo será promover a nossa independência digital. Neste cenário absurdo, presidente, políticas estratégicas seguem sendo articuladas por meio de grupos de Whatsapp. Provavelmente, seus ministros estão discutindo a declaração de guerra da Meta por meio de canais corporativos. Precisamos mudar isso. Lembre-se de sua luta pela liberdade de Assange. Do que nos ensinou Snowden, anos atrás. O senhor tem legitimidade para liderar esse processo e irradiar para o mundo uma resposta: não aceitamos que meninos mimados do Vale do Silício governem o planeta de forma antidemocrática.




Uma onda de notícias falsas levou governo a recuar da decisão sobre o Pix
A cronologia da crise inclui um vídeo falso feito por inteligência artificial, um comentário de Bolsonaro e a atuação do deputado Nikolas Ferreira: https://bbc.in/4g0eSIE

sábado, 5 de novembro de 2022 (atenção a data) Lula tem que desativar máquina de manipulação de Bolsonaro. Da série: É a comunicação também, estúpidos!! (2) Lula precisa urgentemente investir em recursos que lhe permitam mergulhar no pântano do adversário", diz Helena Chagas https://acaoculturalse.blogspot.com/2022/11/lula-tem-que-desativar-maquina-de.html

as as reações:

domingo, 12 de janeiro de 2025

38º Curso de Verão - 2025 – “Semear o bem-viver: caminhos para o cuidado da saúde mental

 

Mística do Dia realizada em 11/01. Com o símbolo das mãos como inspiração, o encontro promoveu reflexões sobre cuidado, união e memória coletiva.

Entre os momentos marcantes estão:

🎶 Cantos simbólicos como "Dá-nos um coração" e "A tua mão na minha", que embalaram a roda de ciranda. 🤲 Uma vivência de cuidado mútuo, com uma massagem coletiva conduzida por Cida da Sala da Saúde. 💐 A emocionante homenagem à Ya Neide, referência de acolhimento e dedicação. Assista e confira como as mãos podem ser ferramentas poderosas de transformação e afeto.

O QUE É O CURSO DE VERÃO?
O Curso de Verão é Popular, ecumênico e realizado em mutirão é organizado para um grande número de pessoas e, ao mesmo tempo, garante trabalho em pequenos grupos. Dentro da proposta metodológica da Educação Popular, combina reflexão e criatividade, arte e celebração, além da convivência fraterna e o compromisso transformador no retorno à prática nas pastorais e movimentos sociais. Tem caráter nacional, mas é aberto à participação de pessoas de outros países que falem/entendam a língua portuguesa. Dedica especial atenção às juventudes, que iniciam a sua militância pastoral e social.

MAIS INFORMAÇÕES:
assista os vídeos com as palestras desta semana no canal do curso de verão no youtube. A partir de amanhã, 13/01/2025, a transmissão retoma no canal.


recorte da vivência da roda da terapia comunitária




Roberto Malvezzi que fecha o curso de verão 2025 na PUC-SP é conhecido e querido de muitos sergipanos, esteve aqui várias vezes.. É um dos  melhores intelectuais orgânicos que temos em nossa região, mesmo tendo nascido em São Paulo. 
Uma pergunta:
​​Gogó, como convencer nossas lideranças religiosos a compreenderem a necessidade de fazer a Laudato Si e a Fratelli Tutti, serem popularizadas por meio de ação cultural e da arte educação popular?

ZdO



quarta-feira, 8 de janeiro de 2025

PENSANDO NA IDA DE FREI RUTIVALTER E NOS POUCOS, MAS BONS MOMENTOS DE NOSSA CONVIVÊNCIA.

 

Acabo de saber do falecimento de um amigo querido: Frei Rutivalter (Franciscano Capuchinho). Figura rara. Ontem na madrugada pensei na situação dele e de como a nossa morte em geral se unirá ao Frei querido. Seguirá em paz na sua Páscoa.

Romero Venâncio (UFS)

Lembrando o Cap. 3 do livro bíblico Eclesiastes..

  Tempo para ir... Tempo para chegar..

Tempo para receber.. Tempo para entregar..

O tempo todo para aprender e de surpreender..

O planeta terra como uma estação. Aqui lembro o genial Bituca e seus amigos também geniais do clube da esquina. 

“Todos os dias é um vai e vem

A vida se repete na estação

Tem gente que chega pra ficar

Tem gente que vai pra nunca mais”

De onde para onde? As tradições espirituais, as filosofias  e as ciências buscam oferecer respostas..

Uma certeza, a morte tem uma sabedoria oculta, necessária, assim como a vida. Há pouco tempo comecei a entender São Francisco de Assis e a forma como se referia a morte, como irmã.

Vida e morte... A cara e a coroa de uma mesma moeda..

Vida eterna para quem  viveu ou pode viver o aqui e o agora da melhor maneira...

Vida eterna para quem foi impedido de bem viver o aqui e o agora, no presente e no passado..

Zezito de Oliveira - Ação Cultural

Pássaro da PAZ.

Cantamos a vitória 

Herodes perdeu, 

Bom para os Magos 

Que a Jesus defendeu.

Cantamos nas CEBs 

"Irá chegar um novo dia" 

É a pátria dos que vencem,

Com o sol e o clarão 

De um santo capuchinho 

Que ensinou a ser irmão.

Descanse em paz,

Amigo de S. Francisco. 

Ilustre pregador, 

Alegre no sorriso,

Que fique a Esperança,

Do teu hábito contrito.

(Herodes sempre perde 

Herodes sempre perderá, sempre.

Herodes como os covardes se escondem. 

A vida, não, ela sempre se mostra. Ela é vitoriosa, "ressurecta", extraordinária e bela como a flor que surgiu do túmulo desse capuchinho).

Feliz Páscoa, amigo e irmão.

Frei Rutivalter Brito - descanse irmão em paz.]

Pe. José Soares de Jesus - Arquidiocese de Aracaju