informações sobre ações culturais de base comunitária, cultura periférica, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
A nova edição da pesquisa Cultura nas Capitais, que fez um levantamento sobre hábitos culturais nas 26 capitais e no Distrito Federal, foi lançada nesta quarta-feira (19). A pesquisa realizou entrevistas com 19,5 mil moradores dessas cidades. O levantamento aponta, entre outros destaques, que o Rio está acima ou igual à média nacional em quase todas as atividades listadas (livros, jogos eletrônicos, cinema, teatro, shows e visitas a locais históricos, entre outros), à exceção de eventos de dança e saraus.
Outra curiosidade do levantamento é que, apesar de o carnaval ser citado como o evento mais importante da cidade, para 27% dos entrevistados, ele perde na frequência para as festas juninas, às quais 77% dos entrevistados citaram ter comparecido nos últimos meses, à frente de blocos de carnaval (53%) e desfiles (30%).
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Pesquisa aponta o Rio como capital que mais consome cultura no país; MPB lidera como gênero preferido
A pesquisa entrevistou 19 mil moradores de todas as capitais brasileiras. Por aqui, o sertanejo e o funk se destacaram como os gêneros menos ouvidos pela população
Por Victor Serra -20 de fevereiro de 2025
Com fortes raízes culturais, principalmente ligadas à ancestralidade, o Rio se orgulha do mais novo título que acabou de receber. A nova edição da pesquisa Cultura nas Capitais, que fez um levantamento em 26 capitais brasileiras, apontou o Rio de Janeiro como campeã no quesito cultura. Ou seja, os cariocas são os que mais consomem cultura dentre os mais de 19 mil moradores entrevistados de todas as cidades participantes. Os números foram divulgados nesta quinta-feira (19/02), em um evento no Museu do Amanhã.
Aqui no Rio, a pesquisa ouviu 1,5 mil cariocas entre fevereiro e abril de 2024, a respeito de seus hábitos culturais nos últimos 12 meses. Quando o assunto é música, a MPB é o gênero mais citado, sendo preferido por 39% dos entrevistados. Em seguida, aparecem o pagode (30%), gospel (25%), rock (24%), pop (19%), sertanejo (17%), samba (15%) e funk (13%). Curiosamente, a capital fluminense, ao lado de Recife, foi uma das únicas cidades que não elegeu o sertanejo como o gênero musical preferido.
Além dos gostos musicais, a pesquisa revelou que os cariocas estão acima ou iguais à média nacional em diversas atividades culturais, como leitura de livros, jogos eletrônicos, cinema, teatro, shows e visitas a locais históricos. No entanto, a cidade ficou abaixo da média nacional em eventos de dança e saraus, áreas que não têm a mesma adesão popular.
O Brasil é o país do samba e o do Carnaval? Não é bem assim. De acordo com a pesquisa “Cultura nas capitais”, nós somos o país do sertanejo e da festa junina. O sertanejo é o gênero musical favorito em 15 das 27 capitais e é citado por 34% do público como um de seus três ritmos prediletos, superando o pagode e o samba somados. Enquanto 78% dos moradores das capitais frequentam festas juninas, menos da metade vai a desfiles ou blocos de Carnaval. No entanto, se a pergunta é sobre a festa mais importante da cidade, mais gente cita a folia que a festa caipira.
JLeiva lança pesquisa Cultura nas Capitais
Por Redação
04/02/2025
A JLeiva Cultura & Esporte lança nesse mês a pesquisa inédita Cultura nas Capitais. O estudo foi baseado em 19,5 mil entrevistas presenciais em todas as capitais e no Distrito Federal, e é considerado o maior já realizado no Brasil sobre o tema.
O evento de lançamento ocorreu na última segunda-feira (03) na cidade de São Paulo (SP), em seminário realizado no Itaú Cultural. Estão programados outros seminários em Curitiba (PR), Belém (PA), Rio de Janeiro (RJ), Brasília (DF) e Belo Horizonte (MG). As inscrições devem ser feitas aqui.
A pesquisa teve como base os seguintes questionamentos: Quem vai a teatro, museu, show de música, festas populares e outras atividades? Quais atividades são mais acessadas em quais capitais? Como o acesso varia de acordo com a idade, o gênero, a cor/raça e a religião? Qual a importância da educação e da renda? Qual o tamanho do público potencial (quem não acessa mas tem interesse)? Como as pessoas ouvem música? Onde veem filmes e séries?
Os resultados podem ser acessados em sua totalidade, ou por variáveis sociodemográficas, nesse link.
A Prefeitura de Aracaju anunciou, nesta quarta-feira, 19, a programação oficial do aniversário de 170 anos da capital. As celebrações ocorrerão de 8 a 30 de março, com uma agenda diversificada que inclui 75 atrações, entre shows de artistas nacionais e sergipanos, além de atividades culturais, esportivas e recreativas. A programação também contará com exposições, feiras de artesanato, competições esportivas e ações que valorizam a história e a cultura aracajuana, proporcionando lazer e entretenimento para toda a população.
Segundo a prefeita Emília Corrêa, mais de R$ 3 milhões serão injetados na economia com a realização da festa. “É uma celebração que beneficiará Aracaju de forma ampla, com ações em vários bairros. Com isso, a Prefeitura de Aracaju contribuirá para o impulso do comércio local e beneficiará trabalhadores, como ambulantes e proprietários de pequenos comércios. Além disso, haverá um significativo incentivo à cadeia turística do município, como, por exemplo, hotéis, restaurantes e prestadores de serviços. Tenho certeza de que será uma comemoração que ficará marcada na história de nosso município”, disse Emília.”
A programação de shows contará com 38 atrações, sendo 15 artistas nacionais, como Negra Li, Joelma, Aline Rosa, Titãs, Mestrinho e Mariana Aydar, Fernanda Brum, Raça Negra, entre outros. No cenário regional, com 23 nomes como Mestre Saci, Joésia Ramos, The Baggios, Maysa Reis, Nona, Lula Ribeiro e Luiz Fontinele são alguns artistas que representarão a música sergipana. A festa será dividida em 12 circuitos, com destaque para os de Cultura Urbana, Afro, Escolar, Esportivo, Gastronômico, Artes Visuais, Sustentabilidade, entre outros, oferecendo uma experiência diversificada ao público.
A abertura oficial da festa em comemoração aos 170 anos de Aracaju acontecerá no Dia Internacional da Mulher, 8 de março, com o Show “Delas” na Praça Fausto Cardoso, apresentando Joésia Ramos, Maysa Reis e Aline Rosa. Além das apresentações musicais, a programação esportiva também será voltada para o público feminino, com a Corrida para as Mulheres, que terá largada no calçadão da 13 de Julho, e atividades distribuídas em diversos pontos da cidade, como futsal feminino na Estação Cidadania, no Bugio, apresentações de modalidades de luta, como capoeira, muay thai, karatê, taekwondo e jiu-jitsu, no Campo da Orla, no bairro Porto Dantas, e flag football feminino na Praça Fausto Cardoso.
Outra novidade bastante aguardada é a programação voltada para o movimento negro da capital, que pela primeira vez as religiões de matrizes africanas terão participação ativa no aniversário de Aracaju. Na sexta-feira, 28 de março, na Praça de Eventos da Orla de Atalaia, o público poderá aproveitar atrações como Mestre Saci, aracajuano da comunidade da Maloca, o Descidão Quilombola e Lia de Itamaracá de Pernambuco.
Nesse período festivo, as 79 escolas municipais também irão movimentar a cidade com o Festival de Artes na Escola, que ocorrerá de 17 a 21 de março. Para alegria da criançada, a programação dos 170 anos de Aracaju também contará com shows de Patati Patatá, Duda Galvão e Maruska Kids.
A programação solene em comemoração ao aniversário de 170 anos de Aracaju contará com momentos tradicionais no dia 17 de março, incluindo a Missa em Ação de Graças na Paróquia de Santo Antônio, o deslocamento do fogo simbólico da Colina do Santo Antônio até a Praça do Mini Golf e a solenidade de aposição de flores no monumento a Inácio Joaquim Barbosa, fundador da capital sergipana.
No dia 29 de março, acontece a tradicional 40ª Corrida Cidade de Aracaju, a maior competição de rua do Norte-Nordeste, que contará com três percursos, tendo a principal largada no Centro Histórico de São Cristóvão. Além da corrida, tem o Passeio Ciclístico organizado pela SMTT. Ainda no segmento esportivo, a Prefeitura promoverá uma ampla programação, envolvendo 10 modalidades esportivas em atividades distribuídas por 15 bairros da capital, incentivando a prática esportiva e a integração da comunidade.
Opinião do editor do blog
O padrão de grande evento continua, porém ao menos melhorou a qualidade das escolhas e a diversidade, não apenas de atrações musicais, como de linguagens, embora a linguagem da música ocupe um espaço e orçamento com muita expressividade.
Outro aspecto foi a descentralização como acontece no Recife e como defendemos também para o FASC e para o Forrocaju. Por outro lado, é aguardado a urgente e necessária atenção a formação cultural na base, nos bairros e nas escolas, em especial por meio dos Pontos de Cultura. O que significa investir em formação de público qualificado e em formação de futuros profissionais para o campo da cultura, mesmo de forma indireta. A ação cultural de base comunitária é a sementeira de mais apreciadores da boa arte, e de futuros artistas, técnicos, produtores, pesquisadores da cultura, gestores e etc.
E para finalizar, como um grande admirador de Lia de Itamaracá, estaremos na primeira fila para celebrar e dançar ciranda com Lia. Por último, o desejo de assistir DJ Alok e Odair José. Estas duas sugestões valem para o FASC também.
E de Sergipe, gostaria de assistir Paulo Lobo e Rubens Lisboa. Já a banda "Alapada" que talvez não possa ressurgir como tal, quem sabe um bom diretor ou diretora com uma boa equipe, não aprova em edital da PNAB, um documentário de longe metragem para contar a história da melhor banda de pop rock de Sergipe e do nordeste, e porque não dizer, uma das melhores do Brasil. Embora pouco conhecida.
Zezito de Oliveira
CONFIRA A PROGRAMAÇÃO: FESTIVAL ARACAJU 170 ANOS
Uma celebração da cultura, esporte, gastronomia e história da cidade!
CIRCUITO SHOW 170 ANOS
08/03/2025 – SÁBADO | Praça Fausto Cardoso
– Joésia Ramos (SE)
– Maysa Reis (SE)
– Aline Rosa (BA)
09/03/2025 – DOMINGO | Orlinha Bairro Industrial
– Nação Hip-Hop (SE)
– Arauto (SE)
– Negra Li (SP)
CIRCUITO DE TEATRO
12/03/2025 – Quarta | Teatro Tobias Barreto
– 20h30 Espetáculo “César Leite e a Boneca Genoveva – A Morte do Matador”
– 21h Espetáculo “Jessier Quirino – Eu Parece Que Tô Vendo”
CIRCUITO DE TEATRO
27/03/2025 – Quinta | Praça General Valadão
Dia Mundial do Teatro
– 17h Espetáculo “Mamulengo do Cheiroso – A Grande Cobra”
– 18h “Grupo “Imbuaça – A Peleja de Leandro na Trilha do Cordel”
14/03/2025 – SEXTA | Orla de Atalaia
– The Baggios (SE)
– Digão Raimundos com participação Rock 7Nove (DF/SE)
– Àttooxá (BA)
– Titãs (SP)
15/03/2025 – SÁBADO | Orla de Atalaia
– Juninho Alê (SE)
– Cleyton Queiroz (SP) – Fernanda Brum (RJ)
16/03/2025 – DOMINGO | Orla de Atalaia
– Samba Arnesto (SE)
– Nona (SE)
– Raça Negra (SP)
– Joelma (PA)
17/03/2025 – SEGUNDA | Praça Fausto Cardoso
– Orquestra Sanfônica de Sergipe (SE)
– Zéq Oliver (SE)
– Mestrinho & Mariana Aydar (SE/SP)
– Fortuna
21/03/2025 – SEXTA | Colina Santo Antônio
– Show “A Cura” -Tributo a Igor Rodsi (SE)
– Rivando Goes (SE)
– Lula Ribeiro (SE)
22/03/2025 Sábado – Parque da Sementeira
Maruska Kids (SE)
Duda Galvão (SE)
Patati Patatá (SP)
23/03/2025 – DOMINGO | Orla Pôr do Sol
Tatua Mensageiro do Forró (SE)
Luiz Fontinele (SE)
Bia Villa Chan (PE)
30/03/2025 – DOMINGO | Parque Sementeira
– Mike Oliveira
– Flávio Vitor Junior
CIRCUITO CULTURA URBANA
Data: 09/03/2025 Orlinha do Bairro Industrial
Horário: 16h
Atrações: Nação Hip Hop, Arauto, Negra Li
CIRCUITO AFRO
Data: 28/03/2025 – SEXTA | Praça de Eventos – Orla de Atalaia
Atrações:
Descidão Quilombola (SE)
Mestre Saci (SE)
Lia de Itamaracá (PE)
CIRCUITO ESCOLAR
Festival de Artes nas Escolas
Período: 17/02 a 21/03
Local: Escolas da rede municipal
CIRCUITO ESPORTIVO
08/03/2025 – Sábado
Corrida para Mulheres | 06h – 08h | Calçadão da 13 de
Segundo pesquisadores mais antigos, no inicio do século de 1900, Sergipe era um estado que tinha um dos maiores numeros de manifestações da cultura popular no Brasil e Aracaju contribuía com um pouco dessa riqueza.
A força da cultura popular era tamanha, que Silvio Romero, um dos intelectuais sergipanos mais brilhantes e conhecidos do inicio do século XX, destacou-se no plano nacional como estudioso da cultura de nossa gente.
O tempo passou e hoje há quem continue repetindo a afirmação de que Sergipe é um dos estados de maior presença de manifestações da cultura popular, todavia pouco a conhecemos de forma mais substantiva e quando isso acontece, vemos reduzidas a pequenas expressões em quantidade e de reconhecimento por parte do poder público e da sociedade.
Que bom, se Aracaju pudesse receber como presente de aniversário, um programa vigoroso de valorização da cultura, não apenas da cultura tradicional, das “antigas”, como também da cultura contemporânea que pode ser enriquecida com as vitaminas e sais minerais da cultura popular.
Fundamental em uma cidade, cujos habitantes pressionados pela cultura comercial importada, precisam melhorar a auto estima, o senso de pertencimento, os espaços de convivialidade, a criatividade, como também se apropriar do potencial de geração de riqueza econômica, para além da riqueza simbólica que as artes e a cultura podem proporcionar.
Lembrando que o aracajuano em particular, deve fazer também o dever de casa, valorizando, prestigiando e consumindo o produto cultural local.
Em todos os anos, durante o mês de março, é elaborada uma vasta programação para comemorar o aniversário da cidade. No ano de 2005, quando foram comemorados os 150 anos, publicamos no jornal Cinform o presente artigo.
Para resumir o motivo pelo qual o texto está sendo reeditado na íntegra, aqui no Overmundo, podemos lembrar da frase de uma composição do Legião Urbana: “Mudaram as estações e nada (ou quase nada) mudou” na área da ação cultural transformadora e inclusiva.
O que nos deixa perplexos é o fato de que a cidade, sendo governada desde o ano 2000 por uma aliança de partidos de esquerda, ainda não atendeu aos anseios de quem tanto esperou e espera do grupo.
Afinal, a expectativa era de que o segmento artístico/cultural fosse considerado prioridade no governo da mudança. Mas o que se percebe é que na área da cultura quase tudo está por fazer.
Esperamos que nos próximos aniversários, possamos registrar o melhor e mais duradouro presente, que são as políticas públicas de cultura à altura da importância que a área requer no atual momento histórico nacional e mundial.
Enquanto isso não acontece, continuaremos como propõe o ditado popular jogando “água mole em pedra dura, que tanto bate até que fura.”
Esperamos que muito mais gente se some, para que nos transformemos em uma forte correnteza que provoque uma real mudança de atitude, muito além da retórica, por parte dos nossos companheiros e camaradas.
Eis o texto. Que também pode se chamar:
Aracaju nos seus 152 anos e a cultura que fica.
Os casais sabem que nas relações de amor um dos aspectos mais importantes, e que deixam marcas muito fortes na memória, é o entrosamento do casal na cama. Existe até um ditado que se refere a isto como o ‘amor que fica...’.
Como cultura é uma palavra feminina, e Aracaju também, tanto que nas peças publicitárias referentes ao aniversário dos 150 anos a nossa cidade é apresentada como uma bela menina, penso que o referido dito popular, nesse caso, pode ser aplicado à cultura também.
Concordo com o prefeito Marcelo Déda, no estilo dado às comemorações do aniversário da nossa cidade, com as tradicionais entrega de medalhas, alvoradas, corridas e shows musicais. Eu não faria diferente, afinal este tipo de programação me lembra as declarações de amor, as flores, os bombons e os bichos de pelúcia que quase toda mulher gosta de receber. O problema é que apenas isso não sustenta uma relação que se quer firme, duradoura e inteira.
Mas e a cultura que fica? Como nas coisas do amor , vai muito além dos eventos que o Governo do Estado ou Prefeitura estão oferecendo para celebrar o aniversario da nossa bela menina.
A cultura que fica é aquela que garante um orçamento digno para o crescimento e sustentabilidade deste setor no município. A cultura que fica é aquela que coloca em prática leis de fomento aprovadas pela Câmara Municipal, como à de incentivo à cultura e a que institui o ‘Programa VAI’ que apóiam, respectivamente, as iniciativas dos artístas profissionais e dos artistas e/ou grupos culturais emergentes da periferia.
A política cultural que fica prepara agentes culturais, incluindo gestores municipais, para melhor planejar e administrar o setor na cidade. A política cultural que fica se propõe a construir um teatro municipal.
E, principalmente, a política cultural que se quer firme, duradoura e inteira consulta os artistas, produtores culturais, intelectuais e as lideranças comunitárias para ouvir e atender as suas demandas, utilizando como pressuposto que cultura não é gasto, e sim investimento que resulta na melhoria da qualidade de vida da nossa população e daqueles que nos visitam.
A política cultural que fica é tarefa dos vereadores, que precisam discutir e aprovar a proposta de lei encaminhada pela ECOS - Entidades Culturais Organizadas - no ano de 2003, instituindo o Fundo Municipal de Incentivo à Cultura, conhecido no meio artístico de nossa cidade pela sigla FICA.
Do contrário, é alimentar, em relação à cidade, uma opinião/atitude do machão brasileiro, que vem desde os tempos do Brasil-Colônia, ao afirmar a existência de dois tipos ideais de relação com as mulheres: a de um casamento formal com uma e as relações extraconjugais com outras. As primeiras são as esposas que cuidam da casa e dos filhos. As outras para todo o prazer que houver nessa vida.
Trazendo o exemplo para Aracaju, moramos, trabalhamos, descansamos e, de vez em quando, namoramos com a nossa menina. Já com as outras (Salvador, Recife, Fortaleza, Rio de Janeiro e São Paulo) nos divertimos, nos esbaldamos e nos deliciamos pra valer. E, neste caso, vale tanto para quem gosta de lixo cultural como para quem gosta da “papa fina”, do “biscoito fino”, da cultura brasileira e universal.
Se no campo das relações conjugais muitos homens e mulheres estão conseguindo ser completos e viver juntos com plenitude, contribuindo para um novo modo de relacionamento que pode dispensar a necessidade de amantes, penso que o mesmo vale para a nossa capital.
Neste sentido, queremos Aracaju por inteira, dando e recebendo tudo do bom e do melhor nos dois planos: afetivo/sexual e cultural. TE AMO MUITO ARACAJU.
P.S.: O prefeito atual de Aracaju é Edvaldo Nogueira do PC do B, que foi reeleito em 2004, como vice-prefeito na coligação PT-PC do B. O prefeito na época em que esse texto foi escrito, Marcelo Déda (PT), atualmente é o nosso governador.
O Programa VAI de Aracaju, inspirado em proposta do mesmo nome do município de São Paulo, foi tranformado em lei através da Câmara Municipal no ano de 2003 e aguarda ser retirado da gaveta pela Fundação Municipal de Cultura (Funcaju).
O FICA ficou parado em uma das comissões na Câmara Municipal, espera-se que com a posse de um suplente de vereador, Chico Buchinho, identificado com as demandas do meio artistico/cultural, o projeto possa andar.
Praia de Copacabana - Rio de Janeiro - década de 1940 - Fotografia de Kurt Klagsbrunn (*)
Em 1964, Rubens Paiva precisou encontrar palavras para explicar o inexplicável.
Refugiado na embaixada da Iugoslávia após o golpe militar, ele escreveu uma carta emocionante para seus cinco filhos, tentando traduzir a brutalidade política em palavras que pudessem ser compreendidas por crianças.
"Vocês sabem que o velho pai não é mais deputado? E sabem por quê? É que no nosso país existe uma porção de gente muito rica que finge que não sabe que existe muita gente pobre (...).
O papai sabia disso tudo e quando foi ser deputado começou a trabalhar para reformar o nosso país e melhorar a vida dessa gente pobre.
Aí veio uma porção daqueles muito ricos, que tinham medo que os outros pudessem melhorar de vida, e começaram a dizer uma porção de mentiras (...).
Eles se juntaram – o nome deles é gorila – e fizeram essa confusão toda, prenderam muita gente, tiraram o papai e os amigos dele da Câmara e do governo (...)."
Mesmo diante da perseguição, Rubens tentou plantar uma semente de esperança nos filhos:
"Mas a maioria é de gente pobre, que não quer saber dos gorilas, e mais tarde vai mandar eles embora, e a gente volta para fazer um Brasil muito bonito e para todo mundo viver bem.
Vocês vão ver que o papai tinha razão e vão ficar satisfeitos do que ele fez."
Essa carta, escrita em meio à incerteza e ao medo, revela a força de um pai tentando manter o vínculo com seus filhos e explicar, da forma mais doce possível, o que estava acontecendo no Brasil.
No dia 25/02, terça-feira, às 20h, o ICL vai apresentar uma entrevista ao vivo de Juliana Dal Piva, com Vera e Marcelo Rubens Paiva, filhos de Rubens e Eunice Paiva.
Lá eles vão contar a parte da história que não coube no filme “Ainda Estou Aqui” para você se aprofundar ainda mais no tema, e fazer um esquenta para o Oscar 2025.
Esse é o seu convite para participar da transmissão ao vivo conosco e manter a memória de Rubens Paiva viva!
Para participar, você só precisa se inscrever clicando no link abaixo:
Além disso, a repórter Juliana Dal Piva também está lançando um livro sobre o caso de Rubens Paiva, chamado Crime Sem Castigo, e durante a entrevista ela também compartilhará detalhes de tudo que aconteceu.
Essa é uma oportunidade única de conhecer detalhes do caso que não couberam no filme que está emocionando o mundo!
O olhar de um imigrante judeu descobre um Brasil fascinante. O Brasil das belas paisagens, da gente simples e das festas refinadas, da alegria do carnaval e da preparação para entrada em uma guerra. Foi esse o cenário que o austríaco Kurt Klagsbrunn descobriu quando aportou no Rio de Janeiro no fim dos anos 1930.
Já fotografo profissional, trabalhando para importantes revistas nacionais e estrangeiras, como a Fon Fon e Life, Kurt registrou o país ao longo de toda a década de 1940, documentando os momentos históricos mais importantes do período, como a entrada do Brasil na Segunda Guerra, a eleição de Getúlio Vargas e a final da Copa de 1950; o comportamento da época e personagens ilustres de diversas áreas, como Getulio Vargas, Luiz Carlos Prestes, Villa-Lobos, Graciliano Ramos, Oscar Niemeyer, Evita Peron, Orson Wells. (...)
O Capitalismo escancarado mostra suas garras na Argentina, sem pudor. O presidente do país, ídolo dos neoliberais e da extrema direita, aplica golpe de Criptomoeda em seu próprio povo.
O token $LIBRA foi criado exatamente três minutos antes de Javier Milei publicar o tweet com a propaganda da criptomoeda. Sob tema complexo como esse, ainda mais uma publicação com link e várias informações muito específicas, seria praticamente impossível que o presidente da Argentina tivesse tempo hábil para fazer o post. Portanto, ele já sabia previamente sobre o horário de lançamento do projeto. Milei o seu tweet como um impulsionamento do negócio. Sem esse impulsionamento o token não teria voado como ocorreu, chegando a capitalizar mais de US$ 4 bilhões de dólares em poucas horas. Após isso, os criadores começaram a sacar e retiraram pelo menos US$ 87 milhões do projeto, que rapidamente foi ladeira abaixo.
O presidente da Argentina sabe que se complicou muito e está consultando juristas a respeito dos crimes que pode ter cometido.
O principal especialista em criptomoedas da Argentina (Santiago Siri) disse hoje que “o Congresso inteiro” está telefonando para ele em busca de entender os pormenores e a dimensão da fraude na qual Milei está inegavelmente envolvido até o pescoço. O exemplo argentino deveria ser levado em conta pelos eleitores brasileiros que se animam com golpistas locais, como o tal de Marçal ou o cantor sertanejo das Bets. Que ao menos aprendam com los hermanos.
Jornalista do Pagina 12 fala da repercussão do escândalo
Golpe da criptomoeda $LIBRA: Sergio Amadeu explica o que Milei fez e por que deve ser punido
Javier Milei, o escândalo das criptomoedas e até onde pode chegar a crise na Argentina
Leonardo Sakamoto
Javier Milei vem sendo tratado como gênio por atores dos mercados, apaixonados por seu choque de ultraliberalismo na economia argentina — o fato de a pobreza no país vizinho ter piorado com o seu ajuste, é apenas um detalhe para esse pessoal. Agora, o “jênio” fez algo que, na melhor das hipóteses, é uma burrice sem tamanho. E, na pior, um crime.
Ele vai ser investigado pela Justiça por ter promovido em sua rede social uma criptomoeda chamada $Libra, na última sexta (15). Seu endosso fez com que investidores do seu país e de outros comprassem o token, o que ajudou em uma forte valorização. Mas poucas carteiras detinham 80% da cripto e passaram a vendê-la logo depois disso, embolsando milhões de dólares em lucros. Diante das acusações de envolvimento em uma fraude, Milei apagou a sua postagem no X (!), disse que não conhecia antes os detalhes do projeto (!!) e, por isso, resolveu tirar a informação (!!!). O seu segundo post ajudou a piorar as coisas, derrubando de vez o valor da moeda. Investidores teriam perdido bilhões.
Diante do caos, Milei seguiu a cartilha de governantes da ultradireita, terceirizando responsabilidades. “Eu não promovi, apenas divulguei”, afirmou em uma entrevista a uma TV. Disse que foi enganado por terceiros e agiu de boa-fé. E apesar de defender para que as criptos aumentem sua participação na economia do seu país, não corou ao compará-las a jogos de azar: “Se você vai ao cassino e perde dinheiro, qual é a reclamação, se você sabia que tinha essas características?” Traduzindo a arrogância: a culpa é das vítimas.
Seus aliados saíram em sua defesa, dizendo que o cidadão Milei tem liberdade de expressão. Fica parecendo que ele se diz libertário porque defende uma “liberdade para enganar trouxa”.
Uma das regras mais importantes para mercados saudáveis é que seus atores circulem informações de forma correta e sem privilegiar ninguém, o que não parece ser o caso. Mas os mercados vão continuar tratando-o como gênio se ele seguir entregando o que querem, independente de incompetência ou da má-fé. Até porque o ajuste na Argentina está sendo feito com chicotada no lombo dos trabalhadores com proteção total aos mais ricos e ao capital.
Em janeiro passado, o debate sobre os limites da liberdade religiosa e a laicidade do Estado voltou à tona com a reportagem do portal UOL intitulada “Intervalos de louvor devocional entram na rotina das escolas públicas”.
Esses "devocionais", que incluem cânticos de louvores, leituras bíblicas e pregações, têm se tornado comuns em pelo menos 19 estados brasileiros, segundo o levantamento do portal.
O tema já foi alvo de desinformação e foi checado pelo Coletivo Bereia, em outubro do ano passado.
Na ocasião, o ex-deputado federal e ex-prefeito de Jaboatão dos Guararapes (PE), Anderson Ferreira (PL), membro da Assembleia de Deus, “denunciou” uma suposta proibição dos eventos religiosos nas escolas de Pernambuco, após uma reunião do Ministério Público de Pernambuco (MPPE) com entidades responsáveis pelos eventos.
No entanto, como o Bereia verificou na época, a reunião convocada pelo MPPE não teve como objetivo proibir os “Intervalos Bíblicos”, mas sim discutir o ensino religioso, com foco em assegurar a laicidade e a pluralidade no ambiente escolar.
📲 Saiba mais sobre o evento, que tem sido usado para explorar o tema da suposta perseguição a cristãos no Brasil, na matéria completa no site do Bereia.
Se escolas não podem ser quartéis e nem templos religiosos, o que podem e devem ser? Além de um Ponto de Cultura, um lugar de práticas esportivas e de iniciação/experimentação em ciência e tecnologia. Um debate a ser encaminhado pelo campo progressista dentro e fora da institucionalidade, para não ficar refém da agenda da extrema-direita..
ZdO
E se todas as escolas fossem um Ponto de Cultura?
Após proibição de celular, escola no Ceará adota forró nos intervalos para promover interação entre alunos
A Escola de Ensino Médio em Tempo Integral (EEMTI) Cônego Luiz Braga Rocha, localizada na cidade de Ibaretama, encontrou uma nova maneira de entreter os estudantes após a proibição do uso de celular na instituição. Professores percebem melhoria na concentração e focos dos alunos.
"Nas escolas da Finlândia, aprender a identificar notícias falsas e desinformação é tão importante quanto ciências ou matemática. O país europeu de 5,5 milhões de habitantes incluiu a disciplina de “alfabetização midiática” no currículo escolar desde as séries primárias. [...] Os esforços das escolas da Finlândia têm dado resultados. O país ficou em primeiro lugar em resiliência contra a desinformação entre as 41 nações da Europa."
Iran BarbosaLinda BrasilSônia MeireCamilo Daniel Boa ideia para apresentar na CMA E NA ALESE para não ficar apenas reagindo a pauta da extrema direita no parlamento como Escola Sem Partido, por exemplo.
Carlos Minc deputado estadual (PT_RJ) tem projeto em tramitação com esse teor...
FAKE NEWS NAS ESCOLAS DA FINLÂNDIA
Há dois anos atrás, nós apresentamos na Alerj um projeto de lei pioneiro para ensinar, nas escolas, a distinguir o que é uma notícia falsa e verdadeira.
Era um projeto completo, baseado justamente nessa lei da Finlândia, e que fazia varias distinções: notícias falsas, notícias alteradas, notícias sem comprovação, notícias que confrontam a ciência.
O nosso PL incentivava recursos de pesquisa, como ver sites, ouvir cientistas e professores, e consultar a família. Não tinha cunho ideológico — afinal, pode haver fake news de direita e de esquerda.
Esse projeto passou na Comissão de Justiça da Alerj, e agora vamos pedir sua inclusão para votação no plenário. Ele é muito atual, e o Brasil não consegue lidar com essa problemática.
Não basta estabelecer punição para fake news; a habilidade de distinção do que é real ou não tem que vir lá de trás. Ao ensinar isso nas escolas, milhões de jovens vão influenciar suas próprias famílias, vão estar atentos à necessidade de comprovação.
Fizemos uma audiência pública online, no tempo da pandemia, da qual participaram Felipe Neto, Gabeira, o deputado Orlando Silva — relator de um PL federal sobre essa temática na Câmara — e vários responsáveis do governo federal nas áreas de informação e telecomunicação.
Vamos agora no Rio acelerar a votação do nosso PL! Vamos avançar!
Parlamentares de outras casas legislativas municipais e estaduais abraçarem a proposta.
Veículos de comunicação realizar programas e reportagens com conteúdo baseado no tema alfabetização midiática.
Ministério da Educação realizar uma potente campanha semelhante a que promoveu a proibição do celular nas escolas e fortalecer este programa de formação pedagógica para educadores e protagonistas juvenis na escola.
Ministério da Cultura lançar mais editais para Redes de Formação em Cultura Digital, como já fez em outros anos.