informações sobre ações culturais de base comunitária, cultura periférica, contracultura, educação pública, educação popular, comunicação alternativa, teologia da libertação, memória histórica e economia solidária, assim como noticias e estudos referentes a análise de politica e gestão cultural, conjuntura, indústria cultural, direitos humanos, ecologia integral e etc., visando ao aumento de atividades que produzam geração de riqueza simbólica, afetiva e material = felicidade"
Em conversa com a vereadora Sonia Meire no final da assembleia dos professores da rede estadual, realizadas nessa tarde de 24/07 no Clube Cotinguiba, apresentamos o documentário realizado pela Ação Cultural Juventude e Cidadania no ano de 2016 "E se todas as escolas fossem um Ponto de Cultura?" .
A proposta é suscitar o debate sobre a necessidade do investimento nas escolas para proporcionar escolhas culturais diversificadas e plurais aos alunos, proporcionando dessa maneira um antidoto ou vacina que possa contrabalançar e/ou proporcionar :
A)A influência de grupos religiosos fundamentalistas interessados em criar nas escolas espaços para doutrinação religiosa como proposto no PL 47-2025, aprovado por unanimidade na Câmara Municipal de Aracaju em 17/07, mesmo contrariando a constituição federal e a LDB .
B)A influência de aliciadores de adolescentes e jovens em redes digitais para atos terroristas ou de pornografia , através do universo digital conhecido como "darkweb", a qual segundo a IA deepseek significa: A Dark Web (ou "Web Escura") é uma parte da Deep Web que não é indexada por motores de busca tradicionais (como Google) e só pode ser acessada com navegadores específicos, como o Tor (The Onion Router),
C)Prevenção do aliciamento para o consumo e tráfico de drogas.
D)Prevenção e tratamento da indisciplina e do bullying
E)Diminuição do tempo de uso do celular.
F)Prevenção ou tratamento de doenças psíquicas.
G)Melhoria da convivência e de relacionamento interpessoal decorrente da timidez e de outras limitações no campo comportamental.
A conversa foi bem recebida pela vereadora que já tomou iniciativas com o propósito mostrado no documentário em tela, além de outras com previsão de entrar na pauta dos debates no legislativo e na sociedade ainda este ano.
Como representante da Ação Cultural Juventude e Cidadania nos colocamos a disposição, junto com os demais (as) companheiros (as), para contribuir na discussão e implementação de iniciativas que visem colocar a questão cultural no centro da agenda politica e pedagógica.
Câmara de Aracaju aprova intervalo bíblico em escolas com risco de doutrinação da extrema direita evangélica
Dispõe sobre a garantia da liberdade de reunião religiosa entre alunos durante o intervalo escolar nas instituições de ensino do município de Aracaju.
O PREFEITO DO MUNICÍPIO DE ARACAJU:
Faço saber que a Câmara Municipal de Aracaju aprovou e eu sanciono a seguinte Lei:
Art. 1º Fica garantido aos alunos das instituições de ensino do município de Aracaju o direito de realizar reuniões religiosas durante os intervalos e períodos extracurriculares, desde que sejam respeitadas as normas de convivência e a ordem pública.
Art. 2º Todo cidadão tem direito à liberdade religiosa, a qual constitui um direito fundamental do indivíduo de manifestar publicamente sua crença, podendo essa manifestação ocorrer de forma individual ou coletiva. É vedado ao poder público proibir tais manifestações.
§ 1º A liberdade religiosa representa a exteriorização da liberdade de crença, consistindo na manifestação pública desse direito.
Art. 3º É vedado aos professores e à administração escolar impedir ou restringir a realização de reuniões religiosas entre os alunos, exceto nos casos em que houver perturbação da ordem ou desrespeito às normas da instituição.
Art. 4º Esta Lei assegura o respeito ao direito fundamental à dignidade da pessoa humana, bem como à liberdade de crença e à liberdade religiosa, conforme previsto no artigo 5º, incisos VI e VIII, da Constituição Federal. O exercício dessas liberdades deve ocorrer de forma plena, garantindo que todos os alunos possam manifestar sua crença religiosa em um ambiente de respeito e harmonia, dentro dos limites legais.
Art. 5º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.
Palácio Graccho Cardoso, Aracaju/SE, .... de ...... de 2025.
__________________________ ____________________
Vereador Pastor Diego
JUSTIFICATIVA
O presente projeto de lei tem como objetivo assegurar o direito à liberdade religiosa e fomentar a convivência pacífica entre os alunos, promovendo um ambiente escolar mais inclusivo e respeitoso. A recente mobilização ocorrida em Pernambuco evidencia a necessidade de regulamentação dessa questão, a fim de prevenir conflitos e garantir o respeito às diversas crenças presentes no ambiente escolar.
Palácio Graccho Cardoso, Aracaju/SE, .... de ...... de 2025.
A Faculdade de Direito da Universidade de São Paulo (USP) convocou para esta sexta-feira (25), às 11h, um ato público em defesa da soberania nacional e do sistema de Justiça brasileiro. O comunicado é assinado pelo diretor da instituição, Celso Campilongo, e pela vice-diretora, Ana Elisa Bechara. O evento acontecerá no Salão Nobre do Largo São Francisco e reunirá autoridades, juristas, representantes da sociedade civil e defensores dos direitos humanos.
“Como uma instituição vigilante da defesa do Estado de Direito e formadora do pensamento jurídico do Brasil, a Faculdade de Direito da USP convoca esse ato para fortalecer os pilares democráticos do Brasil diante de ameaças à soberania nacional. Nenhum outro país tem autoridade para interferir no sistema de Justiça nacional. Muito menos, constranger decisões tomadas pelo Judiciário, por contrariar interesses de empresas estrangeiras”.
ALERTA ABIN
Tarifaço de trump esconde ação da CIA em conjunto com b@$%#*& para 2ª tentativa de golpe contra Lula .
Agentes da Agência Brasileira de Inteligência (Abin) estão em alerta diante de indícios de que ações recentes do bolsonarismo não são apenas iniciativas isoladas de grupos extremistas nacionais, mas parte de um plano articulado com apoio direto do governo dos Estados Unidos. Segundo Jamil Chade, do Vero Notícias, cresce a convicção dentro da inteligência brasileira de que a estratégia para desestabilizar o governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) conta com envolvimento da CIA e aval da Casa Branca, sob o comando do presidente
donald trump.
O sinal mais evidente dessa ofensiva seria o chamado “tarifaço” imposto ao Brasil por trump, acompanhado de uma retórica agressiva contra o governo brasileiro e do fechamento de canais diplomáticos. Para analistas, essas medidas seriam apenas a face pública de uma operação mais profunda, com raízes no serviço secreto norte-americano e execução via personagens-chave do bolsonarismo.
“Trata-se de um típico roteiro elaborado pela CIA, alimentando atores nacionais para justificar um interesse estratégico estrangeiro”, afirmou um agente da Abin lotado no exterior.
O bananinha radicaliza sob proteção - Entre os principais sinais de que algo maior está em curso, a Abin destaca o comportamento cada vez mais hostil e desafiador do deputado licenciado e b (PL-SP). Nas últimas semanas, ele intensificou ataques à Polícia Federal, a ministros do Supremo Tribunal Federal e ao próprio Congresso, adotando um discurso de enfrentamento e desinformação sem demonstrar receio de punições.
Segundo integrantes do serviço de inteligência, essa postura indica a percepção de proteção internacional. O paralelo com o movimento trumpista é claro: nos EUA, trump e seus apoiadores se movem sob o discurso da “liberdade contra o sistema”, e agora aplica-se ao Brasil o mesmo enredo, com os bs no papel de mártires de um suposto regime autoritário.
De acordo com os analistas, a narrativa construída segue um roteiro clássico: um ex-presidente supostamente “amado pelo povo” (j b ), “exilados” perseguidos politicamente (como e b, allan dos santos e paulo figueiredo) e “ditadores” que usurpam o poder (nas figuras de Lula e Alexandre de Moraes).
“A palavra-chave é desestabilização”, alertou um experiente agente da inteligência. O objetivo, segundo ele, é fragilizar o governo brasileiro e preparar o terreno para que, em 2026, os EUA tenham um aliado incondicional no poder em Brasília.
Alerta ignorado pelo governo - Ainda em agosto de 2024, antes das eleições norte-americanas, diplomatas brasileiros elaboraram um mapeamento dos nomes influentes em um eventual segundo governo trump. A recomendação era abrir canais com esses interlocutores para conter possíveis choques futuros.
A Abin sugeriu inclusive traçar um perfil psicológico de trump, visando identificar traços de personalidade e vulnerabilidades que pudessem ser exploradas diplomaticamente. Mas essas propostas ficaram paradas em gavetas do Itamaraty e do Palácio do Planalto, sem implementação prática.
Agora, com os primeiros sinais concretos de uma operação em curso, integrantes da diplomacia avaliam que o país poderá enfrentar um longo ciclo de instabilidade. O uso de sanções econômicas, campanhas de desinformação e manipulação de redes sociais serve para construir, aos poucos, a narrativa de ilegitimidade de um governo eleito.
“Falta apenas um juan guaidó brasileiro para se consolidar a existência de uma tentativa de golpe”, disse um diplomata experiente, fazendo referência ao líder opositor venezuelano apoiado pelos EUA. Ver menos
"Deputados Bolsonariatas levantam faixa em apoio à Trump em entrevista coletiva no Congresso Nacional. O que dizer? São traidores da pátria, inimigos do Brasil, como sempre foram. Lamentável alguém votar na extrema-direita!!! Que em 2026 as pessoas lembrem-se disso." Célio Turino
Pera aí, que isso, rapaz?
Que isso, olha só que Zé ruela ali
Aí! Ô, ô, ô, chega aí! (Eu?)
Tu é brasileiro, malandro?
Sou!
Tem certeza? (É, of course!)
Ah, então por que que tá com essa camisa aí, cara?
É porque eu gosto, eu gosto muito dos Estados Unidos!
Eu adoro hotdog, rock'n roll, rap
Ah, tu gosta de rap?
Rap? Oh yeah, yeah!
Que bom! Então escuta esse negócio aqui! Presta atenção, mano!
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Eu fico puto, eu fico louco, eu fico logo mordido
Porque se fosse um americano eu já não ia gostar
Mas o pior é brasileiro quando cisma de usar
Uma jaqueta ou uma camiseta com aquela estampa
Daquela porra de bandeira azul vermelha e branca
Eu não suporto ver aquilo no peito de um brasileiro
Me dá vontade de manchar tudo de vermelho
Vermelho sangue
Do sangue do otário
Que não soube escolher a roupinha certa no armário
E saiu de casa crente que 'tava abafando
Eu vou tentar me segurar, mas eu num tô mais aguentando
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Cores dos States com as estrelas e as listras
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Não somos patriotas nem nacionalistas
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Como o Tio Sam sempre quis
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Amigo, vai nessa que tu tá é fudido
Ué? Você não gosta de americano, não, cara?
Não é isso, pô, por mim não devia nem existir fronteira
Mas já que existe... Então vamo' usar a nossa bandeira!
Então mete bronca!
Ele saiu de casa crente que 'tava abafando
Eu fico puto, eu fico triste, eu fico quase chorando
De pena, de raiva, de tristeza, de vergonha
Quando eu vejo esses babacas, esses panacas, esses pamonhas
Que tem coragem de ir pra rua com um boné ou camiseta
Com as cores da bandeira mais nojenta do planeta
Tem azul com estrelinha, tem branquinho, tem vermelho
O filho da pátria é burro, cego, ou a casa dele não tem espelho?
Eu acho que é burro mesmo, coitado!
Sem rumo, sem governo, totalmente alienado
Bitolado, do tipo que acredita no enlatado
Que passou no Supercine desse sábado passado
Eu tento me controlar, conto até dez, respiro fundo
Ô, filho da pátria, é assim que você pensa que vai chegar no mundo?
Vestindo essa bandeira de outro povo
Vestindo essa roupa escrota de submisso baba-ovo
Que vergonha, que vexame, que tragédia, que fiasco
O enforcado desfilando com a bandeira do carrasco
Condenado, parece que merece a morte
Me enraivece um colonizado usar a bandeira da metrópole
E não espere eles invadirem a Amazônia
Pra saber que não passamos de uma mísera colônia
Em pleno século vinte e um, beirando o ano dois mil
Por essas e outras devemos usar a bandeira do Brasil
E lutar por um país fudido no quadro internacional
Tira a camisa dos Estados Unidos, seu débil mental!
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Cores dos States com as estrelas e a listras
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Não somos patriotas nem nacionalistas
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Como o Tio Sam sempre quis
Quando eu vejo um filho da pátria com a camisa dos Estados Unidos
Amigo, vai nessa que tu tá é fudido
E aí, tá gostando mané?
Ué, tô meio indeciso!
Pra evita qualquer tipo de mal entendido
Eu chamei um amigo meu americano aqui pra falar sobre isso
I'm an american and I'm proud of my flag
But Gabriel is my friend and I understand what he said
You gotta have personality keep your own nationality
Look at yourself, try to live your reality
And maybe we will all have just one nation some day
But now use your own flag let me be USA
Each one has his own country but life is way above
We ain't talking about hate, it's all about love
E agora entendeu?
Ó, não entendi, não, mas eu achei muito bonito em inglês
Os Estados Unidos é perfeito, é perfeito, eu adoro!
Não seja um imbecil, meu irmão
Amigo, cê tá perdido, enganado, iludido
Já devia ter sabido o que são os Estados Unidos
Um país infeliz, o mais hipócrita da terra
Malucos suicidas e imbecis que adoram guerra
Misturados num lugar cheio de farsa e preconceito
Me diz, por que essa merda de bandeira no seu peito?
O quê que cê quer dizer quando veste uma camisa
Exaltando as belas cores dos opressores que te pisam?
O quê cê quer passar pra pessoa que olhar
Pro seu peito e num entender de que lado você tá?
Mas não precisa responder, cê tá do lado de baixo
Você é uma fêmea no cio e o Tio Sam é o seu macho
Você é o capacho dos norte-americanos
Por isso ainda acho que existe algum engano
Porque eu não me rebaixo a passear vestido
Com a roupa do inimigo: os Estados Unidos
Aí ô Gabriel, Gabriel, até que eu gostei dessa música aí
Mas eu acho que você tá exagerando aí, é ofensa, chamar de inimigo!
Não, ofendendo eu não tô, não, cumpade'
É uma metáfora, é maneira de dizer
Não, tá sim, tá sim! É preconceito seu, hein, olha aí, é preconceito isso!
Ô, cumpade', eu já falei que eu não tenho preconceito nenhum
Se tu não entendeu, então fuck you, cocksucker, motherfucker
Hein?
Strip this fucking T-shirt in your ass, man
Como é que é? Pera aí, pera aí, ô, Gabriel!
Pera aí, quê que ele disse? Quê que ele disse, brother?
Quê que ele disse?
Ele disse pra você tirar essa camisa ridícula, imbecil!
🌱 Na última sessão do primeiro semestre na Assembleia Legislativa de Sergipe, os deputados votaram em 49 projetos, tudo às pressas, urgente, sem debate público. Um deles foi o Projeto de Lei 200/2025, do governador Fábio Mitidieri (PSD), que facilita a dispensa de licenciamento ambiental em áreas rurais no estado, abrindo caminho para a devastação.
Mesmo com falta de documentos e debates, o projeto foi aprovado. Dos 24 deputados, só Linda Brasil (PSOL) e Paulo Júnior (PV) votaram contra. “Em um momento de emergência climática global, com secas extremas, enchentes, não podemos abrir mão de mecanismos de proteção ambiental. Pelo contrário, deveríamos fortalecer as leis, não flexibilizá-las”, afirmou a deputada Linda Brasil.
Ela ainda lembrou que as áreas rurais abrigam ecossistemas sensíveis, territórios tradicionais e recursos hídricos essenciais. “A Caatinga e os manguezais já estão sob pressão, e a liberação de atividades sem avaliação adequada pode acelerar a degradação”. Mas, de nada adiantaram os apelos da deputada. Cristiano Cavalcante (União), disse que o projeto vai “destravar, desburocratizar pequenas obras. Não podemos travar o estado”.
A Mangue Jornalismo já publicou mais de uma dezena de reportagens denunciando o permanente ataque institucional ao meio ambiente em Sergipe. A Administração Estadual do Meio Ambiente assegurou que o PL 200/2025 “não representa, em nenhuma hipótese, a flexibilização do licenciamento ambiental na zona rural”.
Enquanto o país dormia, deputados aprovam projeto que desmonta décadas de proteção ambiental e colocam em risco populações, biomas e a imagem do Brasil no cenário internacional.
Na calada da noite, enquanto o país dormia, a Câmara dos Deputados aprovou, às 3h40 da madrugada desta quinta-feira (17), um dos maiores retrocessos ambientais da história recente do Brasil. O Projeto de Lei do Licenciamento Ambiental, apelidado por organizações e especialistas como “PL da Devastação”, passou com 267 votos favoráveis e 116 contrários, ignorando veementemente os apelos da sociedade civil, de ambientalistas, de cientistas e de representantes de povos tradicionais. Em meio a discursos inflamados no plenário e uma votação remota feita pelo aplicativo Infoleg, o Congresso selou uma decisão que pode custar caro ao presente e, principalmente, ao futuro do país.
Não se trata apenas de um ajuste burocrático ou técnico. Trata-se de um esvaziamento profundo das regras que protegem o meio ambiente brasileiro. O texto aprovado permite, entre outras aberrações, que grandes empreendimentos se autolicenciem, dispensando estudos prévios de impacto ambiental e livrando-se da obrigação de ouvir comunidades afetadas. Dá um cheque em branco ao setor produtivo e desarma o Estado na função de fiscalizador. A aprovação acontece, ainda por cima, às vésperas da COP30, a conferência global do clima que será realizada em Belém, no coração da Amazónia. Ou seja, enquanto o Brasil tenta se posicionar como líder climático no exterior, dentro de casa avança o desmonte da proteção ambiental.
O projeto também retira poderes de órgãos essenciais como Ibama, ICMBio e Funai, fragilizando ainda mais os direitos de indígenas, quilombolas e comunidades tradicionais. Libera o agronegócio de obrigações básicas e flexibiliza o licenciamento de obras urbanas sensíveis como cemitérios, avenidas e aterros sanitários, com possíveis impactos diretos à saúde pública. É uma avalanche de retrocessos aprovada à revelia da maioria da população.
Em Sergipe, quatro deputados votaram a favor do projeto: Delegada Katarina (PSD), Ivaro de Valmir (PL), Nitinho (PSD) e Rodrigo Valadares (União). Três parlamentares estavam ausentes: Gustinho Ribeiro (Republicanos), Thiago de Joaldo (PP) e Yandra Moura (União). Apenas João Daniel (PT) votou contra a proposta, posicionando-se ao lado da preservação ambiental e da responsabilidade política.
É impossível dissociar essa aprovação da ganância e da sede de lucro que movem setores do poder legislativo. A pressa, o horário incomum e a condução do processo mostram que não havia interesse em debate público ou em transparência. Essa é mais uma demonstração de como interesses econômicos conseguem se sobrepor, sem pudor, ao interesse coletivo, colocando em risco a vida da fauna, da flora e, inevitavelmente, a nossa também.
Agora, o texto segue para a sanção presidencial. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem até 15 dias para decidir se veta — total ou parcialmente — o projeto. Cabe a ele, que construiu sua imagem no exterior como defensor do meio ambiente, mostrar coerência entre discurso e prática. A sociedade brasileira aguarda com apreensão, e o mundo observa atentamente.
*Emanuel Rocha é historiador, coautor dos livros Bacias Hidrográficas de Sergipe, Unidades de Conservação de Sergipe e Bairro América: A saga de uma comunidade. Também atua como repórter fotográfico e poeta popular.
Em diferentes partes do mundo, a democracia enfrenta um momento de grandes desafios. A erosão das instituições, o avanço dos discursos autoritários impulsionados por diferentes setores políticos e o crescente desinteresse dos cidadãos são sintomas de um mal-estar profundo em amplos setores da sociedade. A isso se somam as persistentes desigualdades, o retrocesso nos direitos fundamentais, a disseminação da desinformação e de discursos de ódio em plataformas digitais, e a expansão de redes criminosas que desafiam a legitimidade do Estado.
Diante desse cenário, não cabe o imobilismo nem o medo. Defendemos a esperança. Em um mundo cada vez mais polarizado, como líderes progressistas temos o dever de agir com convicção e responsabilidade frente àqueles que pretendem enfraquecer a democracia e suas instituições. Porque não basta evocar a democracia nem falar em seu nome: devemos fortalecê-la, renová-la e torná-la significativa para aqueles que sentem suas promessas não cumpridas. É com mais democracia que criaremos mais oportunidades para as gerações futuras, e como melhor nos adaptaremos aos desafios globais impostos pela inteligência artificial ou a mudança do clima. Resolver os problemas da democracia com mais democracia, sempre.
Esse é o princípio que convoca os governos do Chile, Brasil, Espanha, Uruguai e Colômbia à Reunião de Alto Nível “Democracia Sempre”, a ser realizada em Santiago no próximo dia 21 de julho.
Esse esforço compartilhado não é apenas a continuação do encontro impulsionado pelos governos do Brasil e da Espanha durante a Assembleia Geral das Nações Unidas no ano passado, mas dá um passo adiante. Porque, longe de ser um gesto isolado ou simbólico, é uma iniciativa que busca defender a democracia como um bem comum.
Sabemos que as democracias não se constroem apenas a partir dos governos. Construir propostas conjuntas e eficazes que fortaleçam a coesão social, a participação cidadã e a confiança nas instituições é um trabalho que não pode se limitar a cartas de boas intenções ou recair apenas sobre os governos de turno e seus representantes. Por isso, essa iniciativa também convoca organizações sociais, centros de pensamento, juventudes e diversos atores da sociedade civil, porque sua participação e ação são fundamentais para que a democracia recupere sua capacidade transformadora.
Sabemos também que defender a democracia exige que sejamos capazes de condenar as derivas autoritárias e, ao mesmo tempo, falar de forma positiva, propondo reformas estruturais para enfrentar a desigualdade em nossos países e no mundo. A história nos demonstrou repetidamente que a democracia é o melhor caminho possível para garantir a paz e a coesão social, e as oportunidades para todos. Impulsionar estratégias comuns em favor do multilateralismo, do desenvolvimento sustentável, da justiça social e dos direitos humanos é um imperativo ético e político. Porque a democracia é frágil se não for cuidada.
Hoje nos reúne a certeza compartilhada da necessidade de melhorar a resposta do Estado às demandas de nossos povos e governar com eficácia, com justiça, com direitos. Com democracia, sempre. E com a convicção de que defender a democracia nestes tempos difíceis não é apenas resistir e proteger, mas propor e seguir avançando. Essa é a tarefa urgente do nosso tempo.
🇧🇷 Luiz Inácio Lula da Silva
Presidente da República Federativa do Brasil
🇨🇱 Gabriel Boric Font
Presidente da República do Chile
🇪🇸 Pedro Sánchez Pérez-Castejón
Presidente do Governo da Espanha
🇺🇾 Yamandú Orsi Martínez
Presidente da República Oriental do Uruguai
🇨🇴 Gustavo Petro Urrego
Presidente da República da Colômbia
Presidente Lula em 21/07/2025
Este encontro no Palácio de La Moneda, ao lado dos presidentes Boric, Pedro Sanchez, Petro e Yamandu, tem uma simbologia especial. Aqui a democracia chilena sofreu um dos atentados mais sangrentos da história da América Latina.
Nossos países conhecem de perto os horrores de ditaduras que mataram, perseguiram e torturaram. O caminho para a reconquista da liberdade foi longo. Democracias não se constroem da noite para o dia. Zelar pelos interesses coletivos é uma tarefa permanente.
Vivenciamos uma nova ofensiva anti-democrática. O sistema político e os partidos caíram em descrédito. Por essa razão, conversamos sobre o fortalecimento das instituições democráticas e do multilateralismo em face dos sucessivos ataques que vêm sofrendo.
Concordamos sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais e do combate à desinformação, para devolver ao estado a capacidade de proteger seus cidadãos. A chave para um debate público livre e plural é a transparência de dados e uma governança digital global.
Liberdade de expressão não se confunde com autorização para incitar a violência, difundir o ódio, cometer crimes e atacar o Estado Democrático de Direito.
Reconhecemos a urgência de lutar contra todas as formas de desigualdade. Não há justiça em um sistema que amplia benefícios para o grande capital e corta direitos sociais. O salário médio global de um presidente de multinacional é 56 vezes maior que o de um trabalhador.
Políticas de austeridade obrigam o mundo em desenvolvimento a conviver com o intolerável: 733 milhões de pessoas passam fome todos os dias. A Aliança contra a Fome e a Pobreza lançada pela presidência brasileira do G20, no ano passado, busca superar definitivamente esse flagelo.
A justiça tributária é outro passo para recolocar a economia a serviço do povo. Os super-ricos precisam arcar com a sua parte nesse esforço. Só o combate às desigualdades sociais, de raça e de gênero pode resgatar a coesão e a legitimidade das democracias.
A crise ambiental introduz novas formas de exclusão, com impactos desproporcionais para os setores mais vulneráveis. Sem um novo modelo de desenvolvimento, a democracia seguirá ameaçada por aqueles que colocam seus interesses econômicos acima dos da sociedade e da pátria.
Este encontro também foi um momento de reflexão sobre o estado da integração regional e do mundo. A América Latina e o Caribe são uma força positiva na promoção da paz, no diálogo e no reforço ao multilateralismo. Com a Espanha e a Europa compartilhamos uma longa história e laços econômicos e sociais.
Somos duas regiões incontornáveis na ordem multipolar nascente. Enfrentamos desafios semelhantes no enfrentamento da discriminação racial, da xenofobia e da mudança do clima. Também nos une a promoção e proteção dos direitos humanos.
Neste momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos. A defesa da democracia não cabe somente aos governos. Requer participação ativa da academia, dos parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado.
No dia de hoje, participaremos de diálogo para aproximar nossa iniciativa dos movimentos sociais, das ONGs, dos sindicatos, da academia e dos estudantes.
Esta caminhada continuará em setembro, com outro evento em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU, envolvendo mais países latino-americanos, europeus, africanos e asiáticos.
Presidente Lula participa de encontro com a Sociedade Civil no Chile
Discurso de Lula na íntegra:
"Este encontro no Palácio de La Moneda, ao lado dos presidentes Boric, Pedro Sanchez, Petro e Yamandu, tem uma simbologia especial.
Aqui a democracia chilena sofreu um dos atentados mais sangrentos da história da América Latina.
Nossos países conhecem de perto os horrores de ditaduras que mataram, perseguiram e torturaram.
O caminho para a reconquista da democracia e da liberdade foi longo.
Democracias não se constroem da noite para o dia.
Zelar pelos interesses coletivos é uma tarefa permanente.
Vivenciamos uma nova ofensiva anti-democrática.
Para reagir a esse movimento, Espanha e Brasil promoveram um encontro à margem da Assembleia Geral das Nações Unidas, em setembro do ano passado.
De lá para cá, a situação no mundo se agravou.
O quadro que enfrentamos exige ações concretas e urgentes.
A reunião de hoje, organizada pelo presidente Boric, é um passo nessa direção.
A democracia liberal não foi capaz de responder aos anseios e necessidades contemporâneas.
Cumprir o ritual eleitoral a cada 4 ou 5 anos não é mais suficiente.
O sistema político e os partidos caíram em descrédito.
Por essa razão, conversamos sobre o fortalecimento das instituições democráticas e do multilateralismo em face dos sucessivos ataques que vêm sofrendo.
Concordamos sobre a necessidade de regulamentação das plataformas digitais e do combate à desinformação, para devolver ao estado a capacidade de proteger seus cidadãos.
A chave para um debate público livre e plural é a transparência de dados e uma governança digital global.
Liberdade de expressão não se confunde com autorização para incitar a violência, difundir o ódio, cometer crimes e atacar o Estado Democrático de Direito.
Reconhecemos a urgência de lutar contra todas as formas de desigualdade.
Não há justiça em um sistema que amplia benefícios para o grande capital e corta direitos sociais.
O salário médio global de um presidente de multinacional é 56 vezes maior que o de um trabalhador.
Políticas de austeridade obrigam o mundo em desenvolvimento a conviver com o intolerável: 733 milhões de pessoas passam fome todos os dias.
A Aliança contra a Fome e a Pobreza lançada pela presidência brasileira do G20, no ano passado, busca superar definitivamente esse flagelo.
A justiça tributária é outro passo para recolocar a economia a serviço do povo.
Os super-ricos precisam arcar com a sua parte nesse esforço.
Só o combate às desigualdades sociais, de raça e de gênero pode resgatar a coesão e a legitimidade das democracias.
A crise ambiental introduz novas formas de exclusão, com impactos desproporcionais para os setores mais vulneráveis.
Sem um novo modelo de desenvolvimento, a democracia seguirá ameaçada por aqueles que colocam seus interesses econômicos acima dos da sociedade e da pátria.
Este encontro também foi um momento de reflexão sobre o estado da integração regional e do mundo.
A América Latina e o Caribe são uma força positiva na promoção da paz, no diálogo e no reforço do multilateralismo.
Com a Espanha e a Europa compartilhamos uma longa história e laços econômicos e sociais.
Somos duas regiões incontornáveis na ordem multipolar nascente.
Enfrentamos desafios semelhantes no enfrentamento da discriminação racial, da xenofobia e da mudança do clima.
Também nos une a promoção e proteção dos direitos humanos.
Neste momento em que o extremismo tenta reeditar práticas intervencionistas, precisamos atuar juntos.
A defesa da democracia não cabe somente aos governos.
Requer participação ativa da academia, dos parlamentos, da sociedade civil, da mídia e do setor privado.
Logo mais, participaremos de diálogo para aproximar nossa Iniciativa dos movimentos sociais, das ONGs, dos sindicatos, da academia e dos estudantes.
Esta caminhada continuará em setembro, com outro evento em Nova Iorque, à margem da Assembleia Geral da ONU, envolvendo mais países latino-americanos, europeus, africanos e asiáticos.
É presente dominical lindo essa passagem de Lucas (10, 38-42), relatando a visita de Jesus a Marta e sua irmã Maria, a convite da primeira (por sinal, as mulheres têm grande protagonismo no Novo Testamento, mas até hoje a cultura patriarcal em muitas igrejas as relegam a um papel subalterno...).
Marta, Maria e Jesus: um encontro singelo, despretensioso, mas carregado de afeto e lições do cotidiano.
Marta é como tanto(a)s de nós: no afã de receber bem o Amigo, aflige-se com os afazeres, não para, fica estressada, ansiosa para que tudo corra bem.
Já Maria quer receber do Mestre o que ele tem de melhor: sua sabedoria, suas palavras de vida eterna. Leve, escolhe o que considera o essencial, a "melhor parte", a mais perene: ouvi-lo, refletir, vivenciar a arte do encontro.
"Marta, Marta, você se preocupa e se agita com tantas coisas... No entanto, poucas são necessárias, talvez uma só" - pondera Jesus (v. 41 e 42).
O desafio para nós é equilibrar contemplação e ação, prática e meditação, reflexão e trabalho digno e bom. Silêncio e som.
O mundo veloz do "time is money" e da blogosfera e das fake news escraviza, neurotiza e mediocriza. Enfrentá-lo não é refugiar-se numa "espiritualidade" desencarnada e autocentrada, alheia às dores dos semelhantes e às guerras genocidas. Nem ter uma religiosidade do ego, da "salvação" individual, distante dos clamores por justiça, direitos coletivos e por um mundo menos desigual e devastado.
Encontrar o equilíbrio entre tarefas diárias e oração nos faz crescer em fraternura e ter paz interior, imprescindível para lutar por Paz na Terra.
Atualizando o encontro no vilarejo de Betânia, vejo Jesus dizendo para Marta: "Obrigado, querida, mas desligue o celular, vamos conversar...".
PS:Hoje, 20/7, é o DIA DO AMIGO, no Brasil e em alguns outros países. Sugestão do médico argentino Enrique Febbraro feita há 56 anos, quando da chegada do homem à Lua ("com ciência, afeto e vontade, nada nos é impossível" - afirmou).
Amiga(o) é aquela(e) irmã(o) que a gente escolhe e gesta na vida. Sou grato a Deus por ter encontrado tant@s, que me ajudam a ser. Ainda que os que já "partiram fora do combinado" - e são cada vez mais - deixem um vazio de doída saudade ..
Chico Alencar é professor, historiador, escritor e atualmente está deputado federal pelo PSOL do Rio de Janeiro
A canção abaixo fica por conta da memória afetiva e cultural do editor deste blog. Lembrança principalmente como jovem e depois pai, de um programa musical em fita VHS produzido pelas edições paulinas que incluiu essa canção. A versão no programa "Ilha dos Sonhos" é muito bonita e conta com a participação de três meninas, porém essa interpretação não está disponível no youtube.
Zezito de Oliveira
A Turma do Balão Mágico - É Tão Lindo ( Exclusivo Áudio HQ )
Na década de 1880, face ao crescente interesse das potências europeias pelo continente africano, também Portugal quis fazer valer o seu “direito histórico” na África, elaborando um plano, que ficou conhecido como o “mapa cor de rosa”. Tratava-se basicamente de ligar Angola a Moçambique por uma linha férrea, acrescentando centenas ou milhares de quilómetros de cada lado! Apesar de arrojado, não era para a época de modo algum insensato, o que levou a França e a Alemanha a concordarem com a pretensão lusa. Portugal, contudo, já dava sinais nítidos de decadência do seu império (o Brasil tinha decretado a sua independência), e internamente, o enfrentamento da monarquia com as forças republicanas atingia uma tensão insustentável. A Inglaterra opôs-se veementemente a este projeto.
Ora, a Inglaterra era a primeira aliada de Portugal desde o início da nacionalidade, aliança selada no século XIV com o casamento de Dom João I com a princesa Filipa de Lencastre. Nas constantes lutas contra a Espanha, nas invasões francesas e principalmente no episódio da fuga da família real para o Brasil em 1807, as forças inglesas foram fundamentais. A Inglaterra era “nossa amiga”! Mas, como bem sugere a gíria popular, “amigos amigos, negócios à parte”! É sabido também, que por trás da oposição inglesa havia o seu interesse em construir um caminho de ferro do Cairo à cidade do Cabo na África do Sul. Em 1890, o primeiro-ministro britânico Lord Salisbury não hesitou em dar um ultimato a Lisboa, ameaçando bombardear a capital, se Portugal não renunciasse às suas pretensões. A monarquia portuguesa, mais fiel à ligação dinástica do que aos interesses nacionais, na pessoa do recém empossado D. Carlos, cedeu a Londres. O hino nacional “a portuguesa” nasceu exatamente como reação ao Ultimato. Os seus versos assim o retratam:
“Heróis do mar, nobre povo, Nação valente, imortal, levantai hoje de novo
O esplendor de Portugal! (...) Às armas, às armas! Sobre a terra, sobre mar, às armas, às armas! Pela Pátria lutar! Contra os canhões, marchar, marchar!”
O embaixador português em Londres trabalhou em favor dos ingleses! A monarquia alegava laços ancestrais. Com isso, a já fragilizada dinastia de Bragança, assinava o seu fim! Acusada de conspirar contra a pátria, viu surgir com força implacável os ideais republicanos, que poucos anos depois aboliriam o antigo regime e proclamariam a República. Os “traidores” pagaram com a vida; o regicídio de 1908 matou o rei e o príncipe herdeiro. Este episódio triste da história portuguesa revela duas coisas: em momentos difíceis da nação, a soberania não pode ser negociada, custe o que custar, porque daí deriva a própria essência do que se é como país independente! Em segundo lugar, é exatamente em circunstancias delicadas e constrangedoras, que se revelam os verdadeiros patriotas.
O Brasil vive sob um ultimato! É grave afirma-lo, mas não restam dúvidas perante as cartas “midiáticas” de Trump! Ou a justiça brasileira se submete à humilhação de rasgar os ditames constitucionais e subverter os trâmites processuais legítimos e normais, ou o país amarga pesado tarifaço sobre os seus produtos exportados aos EUA. Não existe eufemismo para esta operação! Talvez o que nos surpreenda não seja a verborreia do presidente americano que já mostrou o quanto é falastrão e mentiroso. São os cerca de 20% de brasileiros (e vários políticos de renome) que apoiam a bizarrice do hóspede da casa Branca. Não existe nenhuma justificativa para esta aberração. Os magnatas do Agro sabem e os grandes industriais também, que pesa acima de tudo uma enorme injustiça e uma falácia, uma vez que o Brasil respondeu por 1,2% dos produtos importados pelos Estados Unidos e por 2,39% das exportações americanas, de janeiro a maio deste ano.
O nome do caldo litigioso é outro! São as bilionárias big techs! Promotoras de fake News, de misoginia, de atentados contra a Democracia e Estado de Direito, aptas a derrubar regimes legitimamente eleitos. Seus donos almoçam em Washington! Trump sabe onde quer chegar. Mas o Brasil tem instituições sólidas o suficiente para brecar seus intentos escusos!
'Postagem recomendada para quem quer entender como articular melhor canções, filmes e literatura com o debate politico e existencial na contemporaneidade'
"A América católica e gospel produzindo ridículos tiranos, como também estadistas brilhantes. Para entender a força da religião nas Américas", abordada por Caetano Veloso em"Podres Poderes" , também de forma contraditória, pois "Enquanto os homens exercem seus podres poderes, índios e padres e bichas, negros e mulheres. E adolescentes, fazem o carnaval"
. Recomendo para o dia de hoje, além da canção de "Apesar de Você", "Vida de Gado","Kizomba", o filme "Apocalipse nos Trópicos".Este nos ajuda a entender como a religião foi importante na construção de dois ridículos tiranos e na construção do estadista brilhante, embora o foco do filme esteja mais voltado para a construção da liderança dos dois primeiros...
E vamos dar a maior força a Música Popular Brasileira em toda a sua diversidade, pois como afirma Caetano em "Podres Poderes". "Será que apenas os hermetismos pascoais, e os tons, os mil tons, seus sons e seus dons geniais, nos salvam, nos salvarão dessas trevas e nada mais" & "Eu quero aproximar o meu cantar vagabundo, daqueles que velam pela alegria do mundo, indo e mais fundo. Tins e bens e tais".
E vamos sorrir hoje, como também assistir o filme e ler o livro "Ainda Estou Aqui" para ajudar a compreender porque #semanistiapara Bolsonaro e seu bonde de criminosos golpistas.
Vale também ler o icônico "Brasil Nunca Mais", relançado recentemente. Este livro foi fruto de uma operação ousada e arriscada de uma ação ecumênica articulada por um cardeal católico, um pastor presbiteriano e um rabino judeu, com apoio do Conselho Mundial de Igrejas. Aqui a América católica e protestante mostra a sua melhor face... Luís Inácio Lula da Silva é um dos brilhantes líderes que resultaram desta ação articulada, como de milhares de outras nas Américas e em outras parte do mundo. Confrontando o lado sombrio e obscuro do cristianismo.
Livro Brasil: Nunca Mais completa 40 anos com edição especial
Obra foi escrita clandestinamente nos nos finais da ditadura militar
Brasil Nunca Mais: 40 anos de memória e luta contra a ditadura
Nesta edição da coluna Vozes de Emaús, Magali Cunha destaca o legado do livro, que revelou o papel das igrejas na denúncia da violência da ditadura e aponta caminhos para uma nova esperança. AQUI
"Eles vão queimar todos os processos! Já fizeram isso antes!" Nos últimos anos da ditadura, uma advogada e um advogado, engajados na defesa de presos políticos, estão decididos a encontrar uma forma de preservar a documentação arquivada no Superior Tribunal Militar. São centenas de milhares de páginas, que revelam os abusos cometidos pelo poder judiciário e as mais terríveis violações de direitos, incluindo tortura, mortes e desaparecimentos cometidos por agentes do Estado. Como fazer isso? Quem pode ajudar? E o que pode acontecer se esse trabalho for descoberto?
NUNCA MAIS é uma série em podcast apresentada pelo Grupo Prerrogativas, produzida pela NAV Reportagens e apresentada por Camilo Vannuchi.
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Quando recebi noticia do mais recente e ultrajante ataque desferido ao Brasil pelos americanos do norte, eu me lembrei de quatro canções que tratam dessa questão do patriotismo fake e da elite do atraso, estes que fazem o que pode para a maioria dos brasileiros não viverem como filhos abençoados por Deus de um país tropical e bonito por natureza.
Aí me lembrei o quão importante são as canções que ouvimos na infância e na juventude, e que nos levam nesses momentos a nos lembrar quem somos, de onde viemos e os melhores caminhos que devemos seguir como pessoas e como nação.
Canções bem diferentes do que a maioria de nossas crianças, adolescentes e jovens ouvem atualmente nos programas de rádio e de televisão de maior audiência.
Logo, "há que se cuidar do broto para que a vida nos dê flor e fruto" proporcionando oportunidade para que canções como as que eu lembrei por conta do ataque mais infame sofrido pelo Brasil nestes último anos, possam ajudar mais pessoas a encontrar respostas ágeis e decididas para a defesa dos valores materiais e simbólicos que mais nos interessam como classe e como nação.
Jair Bolsonaro organizou novo 8 de Janeiro contra carteira dos brasileiros
CELSO ROCHA DE BARROS (*)
Jair Bolsonaro é o único presidente brasileiro que conseguiu aumentar impostos depois de deixar o cargo. O imposto Bolsonaro é bem maior e bem menos justo do que qualquer coisa proposta por Fernando Haddad e contribui para reduzir o déficit público americano, não o brasileiro.
A turma que destruiu a praça dos Três Poderes agora quer fazer um 8 de Janeiro na sua carteira, leitor.
Desta vez as "Déboras" querem assinar com batom a sua demissão. Ao invés de roubarem a toga do Alexandre de Moraes, querem roubar a mensalidade da escola do seu filho. Ao invés de esfaquearem o quadro do Portinari, querem esfaquear seu plano de saúde. Ao invés de quebrarem o vaso chinês ou o relógio antigo do Planalto, querem quebrar sua empresa.
Depois de perder no voto e no golpe, Jair agora tenta voltar ao poder como governo fantoche de potência estrangeira.
Os bolsonaristas pediram que o país mais poderoso do mundo deixasse os brasileiros mais pobres por muitos anos até que o Brasil aceitasse deixar de ser um país soberano e uma democracia com Judiciário independente. Afinal só neste caso Jair escapa da cadeia.
No passado, países foram sancionados por violações graves de direitos humanos, como no caso da África do Sul do Apartheid. O Brasil é o primeiro país a receber sanções por ser uma democracia com um Judiciário independente.
O que ofende Trump no Brasil não é nenhum de nossos defeitos, mas o fato de que nossa democracia foi capaz de julgar, e deve ser capaz de prender, um ex-presidente que, como Trump, tentou dar um golpe de Estado quando perdeu uma eleição.
O segundo governo Trump, aliás, é a prova de que o Brasil fez certo em punir seus golpistas. Quando eles conseguem fugir da cadeia, voltam com muito mais ousadia. As tarifas contra o Brasil violam inclusive as leis americanas, mas Donald não se importa.
De agora em diante, se Jair Bolsonaro for inocentado ou anistiado, nada disso terá acontecido pelo funcionamento normal dos Poderes Judiciário ou Legislativo. Jair terá fugido da cadeia durante uma intervenção estrangeira liderada por suas tropas de quintas colunas. Todo defensor da anistia é um soldado nessa tropa.
Quanto a Trump, o sugar daddy dos bolsonaristas, é claro que a defesa de Bolsonaro não foi o único motivo de sua declaração de guerra ao Brasil.
As big techs trumpistas estão tristes porque o STF quer que elas gastem algum dinheiro impedindo que suas redes sociais sejam usadas para tráfico sexual de crianças ou organização de golpes de Estado.
Trump está subindo tarifas alucinadamente de qualquer jeito: acaba de impor 35% ao Canadá para tentar anexá-lo.
Nada disso apaga o fato de que Bolsonaro e seus cúmplices, como Eduardo Bananinha e Paulo Figueiredo, o nepobaby do golpe, trabalharam, com sucesso, para convencer Trump a roubar esse dinheiro dos brasileiros.
Torço para que o governo Lula resolva essa crise e devo falar disso em outras colunas. Mas, por enquanto, a traição dos Bolsonaros só tem um lado bom: quando a direita se preparava para abraçar os golpistas em 2026 com paixão, Trump esfregou em sua cara o que o bolsonarismo sempre foi: um movimento violento, criminoso e que agora se revela como tropa avançada de fascistas estrangeiros mais poderosos.
(*) Servidor federal, é doutor em sociologia pela Universidade de Oxford (Inglaterra) e autor de "PT, uma História"
FSP 12.07.2025
Bolsonaro alvo da PF: trompetista toca marcha fúnebre para ex-presidente, réu por tentativa de golpe
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EMOCIONANTE CLÁSSICO CHILENO CANTADO EM PORTUGUÊS: “O POVO UNIDO JAMAIS SERÁ VENCIDO” | Cortes 247
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Ler a canção brasileira e os filmes por dentro e no entorno para compreender melhor o Brasil e os brasileiros...
CULTURA
Nem romântica, nem ingênua: o sentido oculto de “Baby”, sucesso de Gal Costa escrito por Caetano
Tomada como uma música de amor juvenil, “Baby” traduz, com certa melancolia, um embate brasileiro de natureza histórica entre projetos de governo inconciliáveis entre si
O Brasil tem uma música popular que não deve nada e nenhuma outra, e eu posso provar.
Por isso, coloco na lista de maiores músicas de todos os tempos da revista Rolling Stone equivalentes brasileiras, que estejam mais ou menos no mesmo nível. Quando possível, tentei achar músicas de épocas semelhantes, com temas semelhantes, características semelhantes, contextos semelhantes.
Espero que ajude algumas pessoas a conhecerem músicas incríveis, ou repensar e revisitar velhas conhecidas.
Agradecimento especial aos amigos do AIPO que discutiram comigo vários pontos dessa lista.
Do choro no Senado ao ‘toc toc toc’ da PF
Decisão do STF de botar tornozeleira em Bolsonaro é recado claro de que a soberania do Brasil é inegociável. Resta saber até quando Trump fará o jogo do bolsonarismo, que custa caro para a direita golpista.
Jair Bolsonaro anda à flor da pele. Nesta semana, ele apareceu na TV aos berros, bateu boca com um jornalista, chorou no Senado e pediu para que rezassem por ele. Ainda teve o famoso “toc toc toc” da Polícia Federal na sua casa e na sede do PL em Brasília para o fazerem usar uma tornozeleira eletrônica.
Os dias estão cada vez mais difíceis para o líder golpista. Além do medo da cadeia vindoura, ele tem visto o bolsonarismo ser espancado no debate público após o anúncio do tarifaço golpista de Donald Trump.
O presidente Lula, por outro lado, passou a semana altivo e tranquilo. Discursou em defesa da soberania nacional, imitou Eduardo Bolsonaro chorando e gravou vídeo oferecendo jabuticaba para o Trump. O bolsonarismo abriu o caminho para Lula desfilar como o líder que vai defender o país da ameaça estrangeira. A narrativa caiu no colo do presidente.
Em pronunciamento em rede nacional, Lula chamou a ofensiva de Trump de “ataque à soberania nacional” e os políticos brasileiros que o apoiam de “traidores da pátria”. Disse que atuará para que as big techs americanas respeitem as leis brasileiras e não aceitará ataques ao Pix.
Lula demonstrou que há duas visões claras sobre o Brasil em jogo e só uma delas é patriota. Esse deve ser um dos principais motes das próximas eleições. E a bandeira do patriotismo, dessa vez, estará com as candidaturas de esquerda.
A vassalagem que a família Bolsonaro demonstrou nos últimos dias foi tanta que constrangeu até mesmo seus aliados. “Não aceito que Trump meta o bedelho”, disse o general Hamilton Mourão. Até os presidentes da Câmara e do Senado se viram obrigados a fechar com o governo na defesa da soberania nacional.
Está ficando difícil sustentar o malabarismo retórico que justifica a bandeira do patriotismo. A imagem que fica é a do Tio Sam querendo taxar o Pix e a 25 de março enquanto os Bolsonaros balançam o rabinho.
Pouco antes do pronunciamento de Lula, Trump escreveu uma carta aberta endereçada a Bolsonaro. Disse que o “julgamento deveria acabar imediatamente” e admitiu que o tarifaço em cima do Brasil é uma retaliação política à perseguição que Jair estaria sofrendo de um “regime ridículo de censura”.
Ele terminou a ladainha com uma ameaça velada: “continuarei observando de perto”. Imediatamente, Eduardo Bolsonaro, que em breve ganhará o status de foragido da justiça brasileira, apareceu pulando e fazendo festinha pro presidente americano. “Obrigado, senhor presidente”, disse ele. O deputado ainda deixou clara a sua influência na publicação da carta: “ao que parece são as autoridades brasileiras que estão isoladas de Donald Trump, não eu”. É tudo muito ridículo.
Depois do pronunciamento de Lula, Eduardo Bolsonaro apareceu em um novo vídeo sugerindo ser o porta-voz de possíveis ameaças bélicas de Trump. Como se já não bastasse seu irmão Flávio Bolsonaro falar em “bombas atômicas”, Eduardo agora traz a imagem de um “porta-aviões” americano em Brasília. “Está muito mais fácil um porta-aviões chegar no lago Paranoá – se Deus quiser, chegará em breve, né? – do que vocês serem recebidos com o Alckmin nos Estados Unidos”, avisou o deputado, em tom de deboche.
Trata-se de uma ameaça feita com base em uma fala de Alexandre de Moraes, que disse, ironicamente, que o STF só seria influenciado pelos EUA se eles mandassem um porta-aviões até o lago Paranoá. Perceba que Eduardo diz que, “se Deus quiser”, os EUA mandarão tropas para Brasília “em breve”. Ele declaradamente está torcendo para que o Brasil vire alvo de uma ação militar da maior potência bélica do mundo. Este é um tipo de cristão e patriota que só o bolsonarismo pode produzir.
As pesquisas indicam que a maioria da população está enxergando o óbvio. Segundo a Atlas/Intel, 62,2% dos brasileiros acreditam que as medidas de Trump contra o Brasil são infundadas; 61,1% acreditam que o presidente Lula representa melhor o Brasil do que o ex-presidente Bolsonaro; 60,2% avaliam como boa a política externa brasileira. A população não comprou o barulho do bolsonarismo.
Pesquisa Quaest mostrou que a distância entre desaprovação e aprovação da administração petista caiu de 17 pontos para 10 pontos de maio para julho. A recuperação da popularidade do governo aconteceu principalmente entre a classe média do Sudeste com alta escolaridade.
A vassalagem da família Bolsonaro está custando cada vez mais caro para a direita golpista. Por outro lado, o custo econômico e social para o Brasil também será alto. Apesar de analistas indicarem que o PIB do país não deva sofrer tantos abalos com o tarifaço, não há o que comemorar. Há setores da economia que irão penar gravemente.
Os produtores do polo de fruticultura do Vale do São Francisco, que fica entre Pernambuco e Bahia, sinalizam que haverá um colapso nos próximos meses. O tarifaço entrará em vigor no mesmo mês em que se inicia o período de exportação de manga para os EUA. A região movimenta cerca de R$ 2,7 bilhões em exportações por ano, gerando 250 mil empregos diretos e 950 mil indiretos na região.
Milhares de brasileiros pagarão com seus empregos pela aventura golpista do bolsonarismo em conluio com o governo americano. Trump declarou guerra tarifária para o mundo inteiro, mas deixou claro que, no Brasil, o tarifaço será maior por causa de Bolsonaro.
Resta saber o quão disposto Trump está para fazer o jogo do bolsonarismo dentro da política interna brasileira. O custo econômico e social para os EUA também pode ser relevante quando a reciprocidade for implantada.
No dia seguinte à carta patética de Trump e ao showzinho emotivo do ex-presidente no Senado, a Polícia Federal fez “toc toc toc” na casa de Bolsonaro e na sede do PL em Brasília. Os policiais cumpriram mandado de busca e apreensão determinado pelo STF e obrigaram o líder golpista a usar tornozeleira eletrônica.
Segundo apuração da Folha de S.Paulo, “as falas do norte-americano” e o “desespero” demonstrado por Bolsonaro foram determinantes para que o tribunal tomasse a medida. Há fortes indícios de que ele preparava uma fuga para os EUA sob a benção de Donald Trump.
A medida do STF é um recado claro do estado brasileiro para os golpistas de cá e de lá: a soberania do Brasil é inegociável. Enganou-se quem pensou que o país iria se curvar facilmente, como se fosse uma republiqueta das bananas.
A bola agora está de volta no campo de Trump. Ele irá continuar puxando essa corda, que só prejudica a economia dos dois países, para defender a anistia de Bolsonaro? Trump é imprevisível, mas é difícil acreditar que ele seja primitivo a esse ponto.
O que o americano fará agora que Bolsonaro é o mais novo usuário de tornozeleira eletrônica? Aumentará o tarifaço para 100%? Mandará o porta-aviões desejado por Eduardo? Jogará as bombas atômicas de Flávio? Ou largará os Bolsonaros feridos na estrada? Aguardemos as cenas dos próximos capítulos.
'Cortejo da Tornozeleira' comemora em BH restrições impostas a Bolsonaro
*Manifestantes vão se concentrar a partir das 10h no Centro da capital. Convocação pede que todos usem verde e
Imagem circulando nas redes sociais convoca manifestação a favor das restrições impostos pelo STF ao ex-presidente Bolsonaro