Roda de conversa realizada após a 1ª sessão que inaugurou o Cine-Realidade, quando foi exibido o filme "Uma onda no ar", cujo tema principal são as rádios comunitários. Ao centro, o radialista Renato Nogueira e o educador e produtor cultural Zezito de Oliveira, autor do texto em tela.
Nestes tempos vorazes, um filme pode ser assistido de
diversas maneiras ou em vários suportes, cada um destes, reservando a quem faz,
uma experiência diferenciada de prazer sensorial, estético e intelectual.
Os suportes podem ser o projetor digital dos cinemas dos
shoppings ou do cinema de rua, o DVD ou
Blue Ray, a internet ou o celular.
As maneiras podem ser assistir no shopping com todo o
aparato de conforto e serviços oferecidos tanto pelo cinema, como pelas lojas
do local. Os cinemas de rua, com seus serviços e instalações simples e com a sua programação
destinada a um público mais escolarizado e/ou com exigências mais voltadas para
filmes de autor e/ou com abordagens mais reflexivas e com características estéticas mais inovadoras,
porém sem grande pirotecnia.
Outra maneira bem importante, mas que carece de mais apoio
são os cineclubes. Os cineclubes representam um espaço fundamental para a
formação de uma plateia com um nível de conhecimentos acima da média, acerca das
diversas histórias que nos fazem pensar
e ser do jeito que somos, além de aspectos importantes sobre a história e a
linguagem audiovisual. Tudo isso, fazendo uma diferença substancial na vida de quem incorpora
este hábito, possibilitando que alguns possam fazer parte do mercado ligado a cadeia produtiva do audiovisual.
O cineclube possibilita também um espaço de interação e
socialização, que julgamos superior as
outras maneiras de assistir o audiovisual, sem negar o mérito o valor das outras maneiras ou formas. Isso acontece
por causa do momento inicial de apresentação do filme e do momento da roda de
conversa após a exibição.
Como uma das possibilidades de resposta a uma questão
levantada por uma música de sucesso regravada por Frank Aguiar , que reclamava “as pessoas não se falam mais”, o cineclube
pode ser um espaço para que as pessoas se encontrem para conversar, para falarem mais. E melhor
ainda, para falarem sobre uma porção de experiências humanas apresentadas por
uma variedade de obras de audiovisual, experiências humanas de sucesso,
derrotas, vitórias, perdas, alegria, tristeza, solidão, coletivas e etc..
Mesmo assim, podemos utilizar as possibilidade de assistir
os filmes produzidos por outros ou por nós via internet, sozinhos (as) ou
acompanhados (as). Afinal, estes tempos
vorazes, também são tempos em que podemos assumir várias opções e formas de ser
e estar no mundo. No campo da produção e da circulação do audiovisual, tanto os
avanços e barateamento do uso da tecnologia tornaram isso possível, assim como
os novos modelos de negócios.
Foi pensando nisso, que estendemos o Cine Realidade para a
internet. Mesmo que a presença física e a experiência coletiva de assistir um
filme, não deixe de ser a nossa
prioridade.
Ainda temos mais o que conversar, mas fica para a segunda
parte.
Enquanto isso, encerraremos as sessões de férias de verão
com um documentário sobre a Juventude do ABCD paulista, produzido pela então produtora TV dos
Trabalhadores (TVT), no ano de 1999. Uma
obra especial para encerrar com chave de ouro a programação de férias. Quem é
adolescente/jovem e/ou tem interesse em temas ligados a essa faixa de idade,
não sabe o que estará perdendo, caso não faça um esforço para estar presente.
Será na próxima sexta-feira, 26/02, das 15 às 17h30. no auditório/refeitório da Escola Estadual Júlia Teles, no Conj. Jardim. Quem for leve salgados, doces, frutas, sucos ou refrigerantes, para partilhar na hora do lanche comunitário.
Será na próxima sexta-feira, 26/02, das 15 às 17h30. no auditório/refeitório da Escola Estadual Júlia Teles, no Conj. Jardim. Quem for leve salgados, doces, frutas, sucos ou refrigerantes, para partilhar na hora do lanche comunitário.
Mesmo que uma edição parcial e com entrevistas na
atualidades sobre o documentário “ABCD jovens”,
possa ser assistido pela internet, através de link que consta no post Cine
Realidade na internet- 1ª sessão.
Já para quem também quer fazer um filme, recomendamos seguir os passos descritos no post abaixo:
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