terça-feira, 23 de julho de 2019

O nordeste que nos veste...Alma, corpo, direção, projetos....Sem esquecer as injustiças e desigualdades regionais.

Já fui um paraíba no RJ com alguma vergonha do nordeste. Hoje sou um paraíba que nasceu em Sergipe, com alguma pena e lamento pelos cariocas. Pelas razões que sentia vergonha do nordeste, sinto pena dos cariocas. Mas eis que os ventos politicos mudam a direção...Espero que lá também, futuramente mais à esquerda, como soprou lá um dia, e nunca mais tão a direita por aqui, como nas paraíbas do passado e no RJ de hoje . O que salvou de não ter vergonha completa do nordeste no passado, foi a nossa cultura. Da mesma forma, como a cultura do RJ me faz acreditar que a cidade tão importante na minha formação, ainda voltará a ser a cidade maravilhosa, mas que de uns tempos para cá, deixou prevalecer os maus, os perversos, os predadores, os ignorantes. Salve a Mangueira! Salve Luiz Gonzaga.Viva o povo brasileiro!!
Zezito de Oliveira - educador, agente/produtor/assessor de iniciativas culturais de base comunitária e blogueiro.



Lenine - Leão do Norte



Imagine o Brasil ser dividido e os paraíbas e nortistas ficarem independentes. De cara, temos ótimos candidatos, bem melhor do que isso que é chamado de presidente do Brasil: Jacques Vagner, Flavio Dino, Randolfe Rodrigues, Edmilson Rodrigues e Ciro Gomes.








Conheço o Meu Lugar
Belchior
O que é que pode fazer o homem comum
Neste presente instante senão sangrar?
Tentar inaugurar
A vida comovida
Inteiramente livre e triunfante?
O que é que eu posso fazer
Com a minha juventude
Quando a máxima saúde hoje
É pretender usar a voz?
O que é que eu posso fazer
Um simples cantador das coisas do porão?
Deus fez os cães da rua pra morder vocês
Que sob a luz da lua
Os tratam como gente - é claro! - aos pontapés
Era uma vez um homem e o seu tempo
Botas de sangue nas roupas de Lorca
Olho de frente a cara do presente e sei
Que vou ouvir a mesma história porca
Não há motivo para festa: Ora esta!
Eu não sei rir à toa!
Fique você com a mente positiva
Que eu quero é a voz ativa (ela é que é uma boa!)
Pois sou uma pessoa
Esta é minha canoa: Eu nela embarco
Eu sou pessoa!
A palavra pessoa hoje não soa bem
Pouco me importa!
Não! Você não me impediu de ser feliz!
Nunca jamais bateu a porta em meu nariz!
Ninguém é gente!
Nordeste é uma ficção! Nordeste nunca houve!
Não! Eu não sou do lugar dos esquecidos!
Não sou da nação dos condenados!
Não sou do sertão dos ofendidos!
Você sabe bem: Conheço o meu lugar!




Bomfim
NaurÊa

É muito chão, é muito sol
Muito sinal, muito desdém
É muito mais além

É muito santo e proteção
Muito trabalho e oração
É muita perdição

É muita dor, muito suor
Muito swing e carnaval
É música afinal

É muito frio, muito calor
Muito pedir, tanto favor
Bondade mata, meu senhor, iô iô iô

No fim a gente ganha
Bomfim a gente ganha
Sim senhor 2x

Minha menina
Estrela matutina
Brinco sem dinheiro
Como é bom ser brasileiro

Minha menina
Estrela matutina
Vivo só brincando
Como é bom ser sergipano


O Nordeste Cantado por Luiz Gonzaga na Música “Nordeste Pra Frente (1968)”  (artigo)





Arte - Fernando Duarte (PE).

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