quarta-feira, 29 de agosto de 2018

Para enfrentar o crescimento do fascismo, com tudo de ruim que isso representa.



 
O que uma esquerda que quer se reinventar já começou  a fazer , considerando que as eleições passarão e a propagação  de ideias antidemocráticas, excludentes, falso moralistas e  odientas tendem a aumentar.

Não considerar as eleições como um fim em si mesmo, mas como um espaço privilegiado para discutir e apresentar saídas  ou alternativas contrárias a barbárie. 

Realizar um processo coletivo pedagógico  de discussão das idéias contrárias a barbárie,  durante a  construção dos programas e  plataformas , antes, durante e após o periodo  da campanha eleitoral.

Buscar conhecer  os diferentes modelos ou formatos de mandatos coletivos, no sentido de fortalecer esse tipo de proposta, a qual  leva em consideração  o anseio de milhares de pessoas, em especial  boa parte dos milhões de jovens que foram as ruas em 2013, os que cansaram do velho modo de  escolher candidatos para cargos eletivos, fazer campanhas eleitorais e exercer  mandatos.

Considerar a necessidade de apoiar as iniciativas culturais da juventude, em especial dos jovens da periferia, iniciativas como grupos culturais, oficinas artísticas, saraus, slams, cineclubes, ocupações culturais de espaços públicos como praças , atividades culturais nas escolas no contra turno e finais de semana, iniciativas de comunicação alternativa no território e na internet. Um papel para indivíduos, mas também para organizações e instituições como sindicatos, religiosos progressistas, mandatos parlamentares progressistas, secretarias da cultura, da educação, da assistência social, saúde, segurança pública e etc., nestes casos, sempre que possível, de forma integrada ou conjunta.

Nos casos de organizações e instituições acima, sempre que  possível,  financiar atividades por meio da criação de um fundo de apoio, mediante a criação de editais democráticos e transparentes. Inclusive sindicatos e mandatos parlamentares, podem  se valer desse instrumento, mesmo que seja para disponibilizar recursos para baixíssimo orçamento, o que podemos definir como  valores situados entre R$1.000 e R$5.000. No caso dos mandatos parlamentares,também é importante escolher assessores que possam contribuir com o apoio técnico e politico,  na discussão e implementação de estratégias visando a sustentabilidade dos empreendimentos culturais e/ou comunitários, em especial os que trabalham com o conceito de economia solidária. Essa sugestão se aplica também a outros espaços, organizações e instituições que disponham de estrutura para fazer isso. 

Da parte das organizações ou instituições citadas acima, também se faz necessário buscar um diálogo com os agentes sociais e culturais que atuam em favor de uma sociedade mais justa e democrática, buscando conhecer suas histórias e demandas, sempre que for proposto  programa, projeto ou ações que envolvam estes agentes e os públicos como os quais eles atuam. Fundamental para isso, começar com um  diagnóstico participativo, pensado  e realizado com estes atores e sujeitos históricos. 

No campo da comunicação, é urgente e necessário se conhecer os diferentes modos de criar e distribuir conteúdos com  baixo custo, assim como buscar fortalecer os espaços para a troca de experiências e desenvolvimento de trabalhos coletivos e destinar recursos financeiros, no caso de organizações e instituições e participar das campanhas de financiamento colaborativo , no caso de pessoa física.

Incentivar a realização de pesquisas, rodas de conversa, seminários, oficinas,  publicações  e etc., com  agentes sociais e culturais que atuam nos territórios,  formadores de opinião e lideres que atuam nos poderes públicos, iniciativa privada e sociedade civil.  Junto e misturado e junto e separado. As universidades tem um papel crucial nisso.

Buscar retomar os estudos de pensadores ou intelectuais que ficaram “fora de moda”, mas que refletiram e buscaram agir em tempos semelhantes ao que estamos vivendo.  Como é o caso do italiano Antônio Gramsci e dos brasileiros  Paulo Freire, Darcy Ribeiro, Manoel Bomfim e Abdias do Nascimento, entre outros.

 Para saber mais....

Educação Popular 

Frei Betto FSM Salvador 2018 "Educação popular e a restituição de poder ao povo"

Sobre Mandatos Coletivos

terça-feira, 3 de julho de 2018


Mandatos compartilhados, papel e limites 

Sobre iniciativas culturais da juventude. 

quarta-feira, 18 de julho de 2018


Por onde andam os Pontos de Cultura?

sexta-feira, 27 de janeiro de 2017


VAI - O empurrão que a produção cultural na periferia de Aracaju e na região metropolitana precisa.

terça-feira, 8 de maio de 2018


Videos e outros subsidios para a discussão e implementação de uma produtora cultural colaborativa

 

 Reexistir: apontamentos da articulação entre cultura e política de periferias

 

O vídeo começa por volta dos 34 minutos.

 


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