sábado, 22 de junho de 2013

*Dez lições das ruas.* e outras análises de conjuntura



*- Só para começar -*

*Roberto Malvezzi  (Gogó)*

1.       Estamos vivendo os primeiros momentos de uma nova era,
caracterizada pela crescente democracia direta, feita pela internet, meios de comunicação e nas ruas. As novas tecnologias permitem essa nova forma de fazer política com mais constância e profundidade. Veio para ficar.

2.       As manifestações de rua não foram contra os partidos ou
movimentos, como querem alguns, mas contra os oportunismos partidários de aparecerem somente quando o povo já está na rua.

3.       As manifestações questionam, sim, a inércia do sistema
representativo quando se trata da defesa dos interesses populares:
partidos, sindicatos, movimentos sociais organizados, silenciados nos últimos anos por deliberação própria, para não incomodar o governo, ou pela ocupação dos cargos públicos para defesa de interesses pessoais ecorporativos, também estão sob o crivo das ruas.

4.       Não há risco de ditaduras ou golpes. Quem está nas ruas quer
liberdade de expressão porque não se sente expresso e representado nos meios institucionais. A direita – e sua extrema nazista – pode ter pego carona nos acontecimentos, mas é minoritária e não tem força própria nos meios populares.  Portanto, muito ao contrário de ditaduras, o povo quer ter voz própria.

5.       Não há mais como autoridades públicas esconderem-se sob rótulos ideológicos. Quem não tiver alguma competência administrativa, mesmo que de esquerda, será julgado pelas ruas.

6.       A manifestação da rua exige uma revisão das políticas públicas e de desenvolvimento. O transporte público é o exemplo do momento, menosprezado diante da indústria automobilística do carro individual.
Entretanto, a política para recuperar a economia foi pela isenção do IPI para novos veículos particulares. As ruas estão entupidas de carros e o transporte público emperrado. Alguma autoridade um dia terá que enfrentar  esse paradoxo. Mas, esse é um paradoxo de um modelo de civilização, não apenas de um governo.

7.       Os gastos com obras faraônicas – maioria inútil – doravante
estarão sob o crivo da crítica popular, não somente de especialistas ou da mídia convencional.  A prática promíscua da relação entre o dinheiro público e as empresas privadas vai estar sob o fogo cerrado com o aumento  das informações.

8.       As manifestações tem um caráter mais de classe média, mas, se  ameaçarem o Bolsa Família, agências bancárias e organismos públicos verão a  onda das massas mais pobres da sociedade surgirem praticamente do nada.

9.       Nosso povo quer mesmo investimentos em transporte público, saúde,  educação, saneamento, etc. Ou as autoridades se debruçam sobre essas exigências com decisão política de implementá-las, ou o povo voltará às ruas na próxima oportunidade.

10.   A mídia convencional está mais perplexa que as autoridades públicas. O circo das copas e das olimpíadas acabou. Novas cobranças virão. A mídia também está sob o olhar das ruas.


Um vídeo muito interessante e que acho devia ser compartilhado porque nas rua tem muita gente quem nem sabe porque está lá.



Massa de Manobra de Uma Mídia Reacionária

Por Amaro Fleckestudante de Filosofia pela Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC) colaborador da Revista Vaidapé.
Fotos por Gabriela Batista [FotoEnquadro]
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Como outros milhares de brasileiros, sobretudo jovens de classe média, fui aos protestos de ontem. Diferentemente deles, porém, o que me moveu até o protesto era mais uma mescla de curiosidade e perplexidade do que, propriamente, de indignação (embora certamente esteja indignado, e não pouco, com a situação presente). Saí mais confuso e perplexo do protesto do que cheguei nele. E gostaria de dividir os motivos e algumas reflexões, correndo o risco de fazer a análise em meio ao acontecimento, sem saber ainda o que pode e vai resultar dele.
Em primeiro lugar, é preciso não ceder ao (completo) pessimismo. O Movimento Passe Livre (MPL), principal organizador dos protestos, ao menos no começo deles, é um movimento progressista, com um discurso coerente, afinado e sobretudo inteligente. A sua reivindicação não só é legítima como correta. Eles pedem um serviço de transporte público gratuito, de qualidade, financiado por impostos progressivos que incidam sobre a parcela mais abastada da população (é pena que esta última informação seja pouco dada, sobretudo pela grande imprensa). Isto não só é possível como melhoraria muito a vida e o trânsito das cidades, e diminuiria um pouco o imenso abismo que divide os dois brasis, o dos ricos e o dos pobres.
Os ganhos imediatos das manifestações também não foram poucos: 1) As tarifas dos ônibus diminuíram ou deixaram de ser aumentadas em várias cidades (e isto é uma vitória que não deve ser menosprezada); 2) A pauta por melhorias no transporte público foi elevada de um assunto secundário para tema de primeira grandeza, de modo que, num futuro próximo, é bastante provável que tenhamos melhorias consideráveis (em grande parte por temor de nossos governantes); 3) Nos últimos anos, toda manifestação que não tinha uma pauta puramente conservadora era tachada imediatamente de baderna e tratado como caso de polícia, desta vez foi diferente (aliás, passou a ser diferente após os confrontos no protesto da primeira quinta feira, em São Paulo, quando diversos jornalistas foram presos e agredidos), e, acredito, pode passar a ser diferente nos próximos (já que, doravante, qualquer manifestação é fogo perto de barril de pólvora); por fim, mas não menos importante, foi uma grande demonstração, legítima, de insatisfação popular, sobretudo com os gastos abusivos do dinheiro público com a copa das confederações e do mundo, assim como com as olimpíadas. Este dinheiro podia e devia ter sido mais bem aplicado, em mudanças estruturais, e foi desperdiçado, trará pouquíssimos benefícios, e estes serão dados principalmente para a parcela abastada que poderá pagar por ingressos tão caros e pelos times de futebol milionários que ganharão os estádios passado os eventos.
Mas nem tudo são flores. Em um dia chuvoso e cinzento, com vinte mil pessoas reunidas e a cidade parada, demorei algum tempo para ouvir um grito mais inteligente do que “capa de chuva a cinco reais”. Um discurso moralista e vazio de “basta de corrupção” era o predominante. O ódio a todos os políticos e partidos também. A ausência de qualquer discussão mais aprofundada por medidas institucionais (como o financiamento público de campanhas políticas) que dessem crédito a alguma esperança de mudança na vida política brasileira era notável. Aqui e acolá eram vistos cartazes com os ditos “fora PT” ou “fora Dilma”. Nada contra, estou entre os primeiros dentre os decepcionados com este partido e com este governo. Mas quem por em seu lugar? PSDB? DEM? PMDB? Ou o novo partido dos banqueiros, a REDE da Marina Silva? “Nem direita, nem esquerda, para frente”. Sério? Parece um slogan na medida para a REDE ou o PSD, Kassab assinaria embaixo.
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As juventudes do PSOL, PSTU, PCB e mesmo gatos pingados do PT e do PC do B eram hostilizados pelos jovens nacionalistas, enrolados na bandeira positivista que clama por “ordem” e cantando um hino ufanista e conservador que tomam por brasileiro. Eram chamados de oportunistas, eles, que sempre estão nas manifestações progressistas, sejam estas por melhorias de transporte, por moradia popular, por direitos das minorias, mesmo quando a polícia reprime e a televisão não noticia. Lástima. Infelizmente, nenhuma mudança virá se não passar por vereadores, prefeitos, deputados, senadores e um ou uma presidente/a que ao menos compartilhem de algumas de nossas (?) visões.
Quem confunde Jean Wyllys com a bancada evangélica, Romário com a bancada da bola, Suplicy com os mensaleiros (sejam tucanos, sejam petistas), não percebe nem qual é o problema, nem qual a solução. E assim, viram a massa de manobra para uma mídia reacionária que está revoltada desde que seus favoritos não estão no comando desta tão imperfeita e indecente República. Se há ganhos por enquanto, parece ser este o momento de retornar às casas e aumentar o longo e penoso processo de politização social, debater os rumos e fazer as reflexões necessárias. Melhorias não vêm por acaso, e é preciso bons debates antes delas. O nível de politização dos protestos serve de claro aviso de que podem não vir boas coisas de uma continuação dele. Por enquanto, o melhor é pressionar o governo (nacional) existente e não substituí-lo. Tentar, na medida do possível, jogá-lo para a esquerda quando tantas e tão poderosas forças parecem levá-lo, cada vez mais, para a direita.
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 10 Coisas que grifei do discurso de Dilma


Ana Estela Haddad:

10 Coisas que grifei do discurso de Dilma 

1. "Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas." -Sobre as manifestações

2. "Você, que está se manifestando pacificamente, eu estou ouvindo você."

3. "Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos."

4. "Vamos apresentar um um plano para destinar 100% dos royalties do petróleo para a educação."

5. "Se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também correndo o risco de colocar muita coisa a perder."

6. "O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos."

7. "Não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem."

8. "Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a saúde e a educação."

E DISSE MAIS: 
9. Vai priorizar o Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo.

10. Condenou a violência "promovida por uma pequena minoria", que "envergonha o Brasil". 

Ana Estela

ASSISTA AO VÍDEO
http://youtu.be/1qNUbjF7-5g
1. "Se aproveitarmos bem o impulso desta nova energia política, poderemos fazer, melhor e mais rápido, muita coisa que o Brasil ainda não conseguiu realizar por causa de limitações políticas e econômicas." -Sobre as manifestações

2. "Você, que está se manifestando pacificamente, eu estou ouvindo você."

3. "Vou convidar os governadores e os prefeitos das principais cidades do país para um grande pacto em torno da melhoria dos serviços públicos."

4. "Vamos apresentar um um plano para destinar 100% dos royalties do petróleo para a educação."

5. "Se deixarmos que a violência nos faça perder o rumo, estaremos não apenas desperdiçando uma grande oportunidade histórica, como também correndo o risco de colocar muita coisa a perder."

6. "O governo e a sociedade não podem aceitar que uma minoria violenta e autoritária destrua o patrimônio público e privado, ataque templos, incendeie carros, apedreje ônibus e tente levar o caos aos nossos principais centros urbanos."

7. "Não podemos conviver com essa violência que envergonha o Brasil. Asseguro a vocês: vamos manter a ordem."

8. "Jamais permitiria que esses recursos saíssem do orçamento público federal, prejudicando setores prioritários como a saúde e a educação."

E DISSE MAIS:
9. Vai priorizar o Plano Nacional de Mobilidade Urbana para privilegiar o transporte coletivo.

10. Condenou a violência "promovida por uma pequena minoria", que "envergonha o Brasil".

Ana Estela Haddad

ASSISTA AO VÍDEO
http://youtu.be/1qNUbjF7-5g


Preocupações

Debate na USP alerta para perigo de pauta difusa e necessidade de reformas


Professores afirmam que apropriação de protestos pela mídia tradicional e por interesses conservadores leva a dificuldade em prever os próximos passos. Marcos Nobre pede reforma política urgente

por Redação RBA publicado 22/06/2013 13:38, última modificação 22/06/2013 13:56


Danilo Ramos. RBA

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De uma semana para cá, o apoio da mídia tradicional provocou uma mudança no tom dos atos.

São Paulo – O crescimento dos protestos nos últimos dias e o surgimento de reivindicações variadas e antagônicas leva à necessidade de vigilância para que o resultado disso não seja um retrocesso no processo de construção da democracia brasileira. Reunidos ontem (21) na USP, debatedores mostraram que o momento atual pode ser lido de maneiras muito diferentes, mas que de modo geral as marchas da última quinta-feira (20) difundiram o temor de que o momento atual seja capturado por interesses contrários à vida democrática.

"Esses jovens não são de direita, são gente despolitizada que todos na família temos. Chamamos para as ruas pessoas que cresceram vendo o Jornal Nacional e lendo a Veja", disse o professor de Políticas Sociais da USP Pablo Ortellado, que também é um dos fundadores do Movimento Passe Livre. Responsável por iniciar os protestos que desembocaram na revogação do aumento da tarifa de transporte público em dezenas de cidades brasileiras, o movimento anunciou ontem que não vai convocar novas manifestações em São Paulo, preocupado com as vozes antidemocráticas surgidas no meio da última passeata.

Para Ortellado, a mobilização mudou de rumo após a repressão policial na capital paulista e no Rio de Janeiro, há pouco mais de uma semana, na quinta-feira (13). De lá para cá, houve um alinhamento midiático simpático aos manifestantes e com sugestão de que fossem incorporados novos temas ao debate. “Essa proposta de um meio de comunicação encontrou eco nos manifestantes, levou novos manifestantes às ruas, o que, por um lado, deu enorme dimensão ao movimento, mas, por outro, gerou uma enorme difusão de pautas que está provocando um processo muito confuso, que a gente não sabe para onde vai, na verdade.”

Na última passeata, tanto em São Paulo como no Rio houve hostilidade a militantes de partidos políticos, que tiveram bandeiras e outras insígnias tomadas e queimadas. O editor da revista Fórum, Renato Rovai, afirma que será preciso aprender a lidar com a nova situação. “A rua não é só das esquerdas. As direitas também vão ocupar as ruas. Essas ruas serão disputadas porque as pessoas estão organizadas. Organizadas aonde? Pelas redes sociais”, disse, durante o debate realizado na Faculdade de Filosofia, Letras e Ciências Humanas (FFLCH). “A gente vai ter de conviver com isso tentando eliminar riscos de um retorno a processos fechados, processos ditatoriais.”

Ricardo Antunes, professor titular de Sociologia no Instituto de Filosofia e Ciências Humanas da Unicamp, acrescentou que é preciso trabalhar para desfazer distorções dos fatos. “A imprensa está pautando o movimento das ruas, colocando a ideia de que a corrupção e os vândalos são a esquerda, quando os corruptos e os vândalos são os fascistas e os para-fascistas.”

Em São Paulo, nas últimas marchas houve pedidos de intervenção militar, impeachment de Dilma Rousseff, fechamento de partidos políticos e depredação de prédios públicos. Ontem, em pronunciamento oficial em cadeia de rádio e televisão, a presidenta da República condenou excessos, informou que vai receber no Palácio do Planalto os representantes dos movimentos pacíficos e disse que debaterá com os presidentes dos outros poderes uma agenda que inclua a reforma política.

Marcos Nobre, pesquisador do Centro Brasileiro de Análise e Planejamento (Cebrap), considera que esta é a questão mais urgente que surge dos protestos das últimas semanas porque a população não se sente representada por parte das forças políticas. “O rompimento com o PMDB é uma coisa absolutamente necessária. Claro que aí seria preciso sustentar um governo de minoria e um governo de minoria só é sustentável na rua”, sugere, acrescentando que a aliança política promovida pelo governo Lula alterou a maneira como se entende a divisão entre direita e esquerda no Brasil, sendo necessário voltar atrás. “Uma frente ampla, que vá contra a estrutura do sistema político brasileiro atual e ao mesmo tempo tenha pautas concretas. Por exemplo: como é feito o orçamento e como são definidas as metas sociais do governo.”

 Uma democracia sem partidos não existe'
por publicado 21/06/2013 12:58

Paulo Vanucchi, analista político e membro da Comissão Interamericana de Direitos Humanos, da OEA, faz um balanço sobre as manifestações que acontecem pelo país, destacando a intolerância de alguns manifestantes mais radicais que rechaçaram a  presença de partidos políticos no Paulista. AQUI

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 Movimentos Sociais produziram ontem uma carta aberta que será enviada à Presidenta Dilma Rousseff.  AQUI

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 Palavras do Deputado Jean Wyllys (PSOL-RJ), um mais mais sóbrio e atuantes parlamentares hoje no congresso.

 1. Quem esperava equivocadamente que o discurso da presidenta trouxesse solução pra "tudo isso que tá aí" deve tá um tanto decepcionado, né?
2. Até porque a solução pra "tudo isso que tá aí" não cabe só à presidenta nem ao governo federal apenas...
3. A solução pra "tudo isso que tá aí" deve passar por governadores e prefeitos e suas secretarias...
 
3. A solução pra "tudo isso que tá aí" deve passar por governadores e prefeitos e suas secretarias...
4. A solução pra "tudo isso que tá aí" passa pelo Congresso Nacional, mas também por assembléias legislativas e pelas câmaras de vereadores.
5. A solução pra "tudo isso que tá aí" passa pelo eleitor (deve valorizar seu voto!) e pelo cidadão (não praticar a corrupção que condena!).
6. Manifestantes devem se lembrar de que, além do Congresso Nacional  e da presidenta, existem prefeitos, governadores, deputados estaduais e vereadores!
7. E os manifestantes devem se lembrar de que existe o Judiciário (há juízes corruptos!), o MP e outras instituições responsáveis!
8. Que as manifestações (a democracia participativa é boa!) prossigam sempre que necessárias, mas com responsabilidade e discernimento!

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  Chico Alencar

O QUE FALTOU NA FALA DA DILMA:

Para além do óbvio - o valor dos espaços democráticos duramente conquistados, que devem ser preservados -, Dilma deveria condenar os abusos de uma polícia (des)educada para reprimir indiscriminadamente (herança da ditadura), fazer autocrítica dos gastos abusivos com estádios (que JAMAIS serão ressarcidos pelas empresas privadas), criticar a corrupção sistemática até de seus aliados (os partidos fisiológicos da base do governo) e detalhar o tipo de Reforma Política pela qual se declarou empenhada (sem financiamento público exclusivo e austero nada avançará). De toda forma, ao menos a Presidenta falou: antes tarde do que nunca...






  • Nas ruas, os 'cara limpas' (encapuzados que saqueiam não valem). Nos parlamentos, os 'cara de pau' (que agora colocam a máscara de admiradores das multidões que condenam suas práticas corrompidas).
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Alô galera: agora surgem muitos lobos com pele de cordeiro. Todos elogiam o clamor das ruas, mas quase todos (E SEUS PARTIDOS) têm as práticas mais abomináveis, comprando votos nas campanhas e defendendo interesses das grandes empresas nos mandatos. Para eles, os gastos com a Copa e o protetorado da FIFA, por exemplo, eram inquestionáveis... Observem quem propôs a 'cura gay', a PEC 37, quem resiste ao voto aberto no parlamento, quem aprovou a Lei Geral da Copa, quem elegeu Renan presidente do Senado etc.

Início


Entenda o projeto que destina 100% dos royalties do petróleo para a educação

Amanda Cieglinski - Portal EBC 21.06.2013 - 21h35 | Atualizado em 21.06.2013 - 21h47



Pelo texto, todos os recursos dos royalties e da participação especial referentes aos contratos firmados a partir de 3 de dezembro do ano passado, sob os regimes de concessão e de partilha de produção de petróleo, destinam-se exclusivamente à educação (Marcello Casal Jr/ Agência Brasil )

A presidenta Dilma Rousseff destacou hoje (21) em seu pronunciamento em rede nacional a importância da aprovação pelo Congresso Nacional do projeto de lei que prevê a destinação de 100% dos royalties do petróleo para a educação. "Confio que o Cognresso Nacional aprovará o projeto que apresentei que destonará 100% dos royalies do petroleo pra educação", disse. 

Leia também:



De autoria do Executivo, a proposta tramita em regime de urgência constitucional e está trancando a pauta de votações ordinárias da Câmara. Pelo texto, todos os recursos dos royalties e da participação especial referentes aos contratos firmados a partir de 3 de dezembro do ano passado, sob os regimes de concessão e de partilha de produção de petróleo, destinam-se exclusivamente à educação. 

Com os recursos extras, seria possível aumentar os investimentos públicos em educação. Atualmente, o Brasil investe 5,3% do PIB na área, considerando os recursos investidos nas redes e instituições públicas – o chamado investimento público direto. O projeto de lei que cria o novo Plano Nacional de Educação (PNE),também em tramitação no Congresso Nacional, inclui uma meta para ampliar esse percentual de investimento em educação para 10% do PIB no prazo de dez anos. A meta foi aprovada pela Câmara e agora tramita no Senado. Saiba mais sobre o PNE
  • Direitos autorais: Creative Commons - CC BY 3.0
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Lara Haje, da Agência Câmara


Reforma Política Já - Financiamento público de campanha


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Policia terrorista, "politboys" e movimentos urbanos pós-Lula disputam as ruas do Rio!

por Ivana Bentes (Via facebook)  em Sexta, 21 de Junho de 2013 às 10:46

 O que aconteceu no Rio foi incrivel e inaceitável ao mesmo tempo. A policia barbarizou pós-passeata quando todos voltavam ou iam para a Lapa e Cinelândia reunir e conversar! A tensão e as ondas de corre e de refluxo começaram depois da Central do Brasil ainda em plena Manifestação que vinha tranquila. 


Enquanto os helicopteros da Globo filmavam tudo de cima e transmitiam ao vivo no horário do JN e da novela a policia ainda tentou se conter, mas já reagiam de forma brutal e despreparada, transformando o prédio da Prefeitura em um bunker de guerra. 


Ainda nas manifestações vi aumentar os "politboys", os garotos nacionalistas-direitistas do Cansei, do Basta, que compraram a pauta conservadora e são contra  "a politica em geral" e atende a um apelo midiático e moralista contra a "corrupção em geral". 


Mas foi bonito ver que a passeata trouxe também em massa as criticas mais contundentes a organização da Copa do Mundo, que passou por cima de todos os direitos para se impor como espetáculo e vitrine do novo Brasil em que pra ter direitos precisa ser "consumidor", pra ter direitos precisa ter patrão em emprego fordista e morto ou grana pra comprar ingresso pra Copa.  Uma violencia real, que expulsou os pobres do Maracanã e das suas casas, removidos, e agora recebe os refluxos da violencia real e simbólica! 


Foi bonito de ver que estavam presentes na Central do Brasil os gays, movimento GLBT, os jovens negros, os estudantes cotistas, a garotada da periferia (midiativista da Maré filmando e fotografando) os estudantes da ECO/UFRJ nas ruas com milhares de outros), os jovens que emergiram das mudanças pós-Lula, dos novos movimentos urbanos, ambientalistas, indigenistas, pela legalização das drogas,galera do funk, movimentos por fora dos partidos e que o próprio PT não entendeu nada! 


A policia do Rio é a do pé na porta da favela, das remoções para a Copa, e agora esse terror chegou na classe média. Na Lapa, na Cinelandia, no IFCHs....Na ditadura foi assim também! Precisou a policia prender e torturar os estudantes e ativistas da classe média para se entender que o Estado de Exceção é insuportável, que a policia de comportamento é insuportável. Foi alegre e foi triste! 


Vambora disputar as ruas! 

"Tome sentindo inútil aqui!" disse a minha amiga Isabela Santiago antes de eu me perder dela  na dispersão. Não é e nem será inútil ir pras ruas! Fo intenso, estressante e confuso, por isso mesmo mais do que nunca temos que disputar o sentido politico de tudo isso.
 Via Facebook  (abaixo)
 
Vimos nessas últimas semanas no Brasil uma grande manifestação que se espalha do centro à periferia, do litoral ao sertão. As pessoas, felizmente lutam por melhoria na qualidade do transporte público, na saúde e na educação.

Por outro lado, determinados grupos, incluindo alguns partidos que sempre tiverem do lado do interesse do capital estrangeiro, dos banqueiros, das transnacionais e até mesmo a Rede Globo, que sempre foram contrários às manifestações das Diretas Já e de enfretamento à ditadura militar, dentre outros, começam agora a agir como oportunistas tentando conduzir o movimento. Como diria Zé Ramalho em Vida de gado “Vocês que fazem parte dessa massa”.

Não se pode cair nessas ciladas não adianta derrubar prefeitos, governadores ou presidente, pois “derrubamos” Collor, mas pouca coisa mudou. Um país democrático se faz sim com educação de qualidade, sobretudo para quem não tem condição de pagar. Um país democrático se faz sim com saúde pública de qualidade e não com Unimed e afins. Um país democrático se faz sim com uma imprensa livre, mas regulada a serviço do povo e não de interesses de classe, de interesses internacionais e do consumo. Não é possível que os principais veículos de comunicação do país estejam na mão de poucas famílias que fazem uso de uma concessão pública para construírem grandes impérios.

Por fim, não podemos generalizar e afirmar que todos os partidos e políticos são corruptos. Esse pensamento só contribui para afastar pessoas de bens, éticas e competentes dos mandatos eleitorais e vai ao encontro dos políticos de carreira que se veem obrigados a cuidar do jogo sujo. Não adianta terceirizar a responsabilidade de todos os eleitores a um pequeno grupo de pessoas eleitas e achar que está tudo bem. É nosso dever fiscalizar e cobrar. Assim sendo, está na hora apoiarmos todos aqueles políticos que estão alinhados com a vontade popular e implantar imediatamente um reforma política. Esse é o primeiro passo. Penso que o restante depende disso. Não dá para esperar muito de deputado que acabou virando um curandeiro. Reforma política é pra já!
 
Leia também.

Sejamos criticos, mas não sejamos bobos.  AQUI  
 Sopro de primavera antes da festa da Fifa e Safatle: juventude perdeu o medo do capitalismo.  AQUI
 Há almoço grátis? Há financiamento privado de campanha política com base no interesse público? AQUI

Estamos brincando de revolução

jun 20, 2013 by     177 Comentários    Postado em: Política
Estive hoje no protesto no Centro do Recife. Como moro na Boa Vista, bastou uma caminhada de uns duzentos metros e lá estava eu, no meio do furacão. Encontrei com o Presidente da Adufepe, o Professor José Luiz, e fomos caminhando juntos e conversando.

Percebi que existia um clima de Fora Collor no ar, o que para mim vem com uma grande nostalgia, já que á época já era líder estudantil, e participei ativamente da organização das passeatas em Recife.

Vi no protesto muita gente que nunca foi às ruas, o que é muito bom. Sem essa de ficar rotulando as pessoas pela sua característica despolitizada. São cidadãos como qualquer um de nós, que por algum motivo resolveu sair do sofá e ir às ruas.

Para entender o que está acontecendo, é preciso compreender que esta é basicamente uma crise urbana, e majoritariamente de classe média. Novamente, não há nada de pejorativo nisso, já que a classe média é imensa hoje no país.

Falo isso porque é impossível não perceber que, apesar da melhora do padrão de renda dos últimos anos, a vida nas grandes cidades tem piorado bastante em alguns aspectos, em especial a mobilidade urbana, estopim desta crise. E a inflação, localizada de maneira aguda no setor de serviços, tem afetado fortemente a classe média.

Uma família com uma renda alta, em torno de R$ 10 mil mensais, sempre resolveu seus problemas colocando seus filhos na escola privada, pagando plano de saúde e tendo dois carros em casa.

Com um grupo de jovens indo às ruas por causa de um aumento de passagem, e observando os preços dos serviços aumentarem muito, inevitavelmente as pessoas começaram a parar para pensar: Por que diabos eu pago R$ 1500,00 de escola para meus dois filhos? Por que eu gasto mais R$ 1 mil em plano de saúde? Por que preciso de dois carros na garagem, ao invés de usar o transporte público?

E a absoluta incapacidade do Estado em responder com serviços públicos decentes, presos a uma burocracia medonha, gerou uma onda de rua que talvez o país nunca tenha visto, nem mesmo em outros movimentos, já que todo dia tem passeata neste país.

E aí onde quero chegar.


O movimento tem alguns pontos importantes que devemos prestar atenção.

1 – Por ser um movimento de insatisfação urbana por serviços públicos, está atraindo todo mundo. É um movimento desprovido de ideologia. Quem está nas ruas é o que chamam de sujeito médio (termo horrível), que é aquele que não se preocupa com o noticiário político.

2 – É um movimento sem liderança alguma. Como não temos experiência em mobilizações horizontalizadas via rede, é impossível qualquer comando.

3 – Carrega um forte teor de rejeição a movimentos sociais e partidos políticos. 

Observando este itens, percebemos um caldo sinistro se formando.

A rejeição aos partidos não tem nada de despolitizado. É simplesmente uma fortíssima crise de representação. O “sujeito médio” mobilizado neste momento não consegue visualizar saída democrática pelos partidos que aí estão, muito menos pelos políticos que aí estão.

Quando olham para os movimentos sociais, percebem que a abdução destes foi clara, já que algumas entidades se assemelham a cartórios de grupos, quando não sindicatos familiares.

Estão insatisfeitíssimos com o PT, e quando olham para o lado, só o que aparece é o PSDB. Ele não quer ir para a esquerda do PT, muito menos para a direita do PSDB. Ele quer alguém que coloque o Estado a seu serviço, e na cabeça deles, os dois fracassaram. O resto, para ele, é resto.

E esta crise de representação teve sua senha dada na eleição presidencial de 2010, com a votação de Marina Silva nas capitais. Mesmo que não se enxergasse Marina como alternativa confiável, optaram pelo voto nela, com o objetivo de mandar um recado.

Recado este que não foi ouvido pelo PT.

E como este movimento está imenso e sem comando, o perigo ronda o tempo todo. Não há com quem negociar, e com a ausência de conhecimento deste tipo de movimento horizonta de característica meio anárquica, abre-se espaço para todo tipo de aventura.

Hoje vimos invasões de prédios públicos, vândalos em escala crescente e cada vez mais gente nas ruas. Isto sem falar no absurdo de agressões a partidários nas passeatas. Obvio que levar bandeira de partido que está no poder, como PT e PCdoB, é algo desproposital e sem noção neste momento, já que o protesto leva muita gente contra estes partidos, a democracia se faz com a participação de todos.

Não estou falando do protesto de Recife, que foi marcado em sua maioria pela tranquilidade. Não devemos desmerecer o clima ameno da passeata. O que vimos aqui foi um belo exemplo de democracia e civilidade.

Já em outros lugares, não está sendo bem assim. Ver o PT vaiado, com bandeira queimada, é algo de assustar. Não foram fascistas, como alguns querem mostrar, mas de um teor anárquico explosivo, principalmente porque tem o apoio da maioria. Ainda mais com manifestações praticamente diárias e cada vez mais ousadas.

E neste ambiente horizontal, sem ter com quem negociar, sem pauta clara de reivindicação, com os Governos aturdidos por falta de experiência em movimentos desta forma, e vendo extremistas de esquerda e direita de mãos dadas a uma massa revoltada e sem perspectiva política clara, só posso chegar a uma conclusão…

Estamos brincando de revolução.

E já sou vivido o suficiente para acreditar que isso pode não acabar muito bem.
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 Amstalden (Via facebook)
ATENÇÃO, URGENTE. Lembrei de um fato importante para quem vai a manifestações. Em 84, no início, era comum agentes de repressão ou pessoas pagas por conservadores, se misturarem às passeatas para provocar confusão, agredindo policiais e promovendo quebra quebra. O objetivo era desmoralizar o movimento e classificá-lo como "vândalo". Assim a polícia estava "justificada" para reprimir. Então, CUIDADO! O exaltadinho violento que pode estar ao seu lado, nem sempre é apenas um manifestante radical. As vezes é um infiltrado. Afaste-se dele e DENUNCIE-O A POLÍCIA QUE ESTIVER LÁ. Ele estar ali EXATAMENTE PARA CRIAR O CONFLITO. NEUTRALIZE-O! (Dica de um "tio" que gastou muita sola de sapato e voz em 84 e 92). Espalhe, compartilhe e avise os amigos. Abs.
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 José Cleyton N. Lopes - Via facebook
Há um problema de interpretação sobre as manifestações que precisa ser resolvido o quanto antes. Quem faz pichações? Quem depreda? Quem incita o conflito com a PM? A meu ver, as pessoas que estão fazendo isso têm dois perfis distintos. Um deles é aquele “moleque” que faz isso todos os dias na cidade. Faz isso sem nenhuma razão política. O segundo é o reacionário articulado com outros tantos que estão interessados em produzir “caos”. E, assim, demandar intervenção das forças armadas. Com isso desestabiliza o governo federal pela via conservadora-autoritária. Porque eles julgam os programas sociais do governo – pasmem – socialistas! Esse segundo perfil sabe que a mídia vai dar ênfase nos atentados e reforçar a opinião pública a favor dessa intervenção para impor a “ordem”, a “organização”, a “civilidade”. Eles também atacam militantes de partidos da esquerda e anarquistas. Pois os consideram inimigos mortais. E, finalmente, adoram quando a massa se regozija com o ultranacionalismo.

 Aos amigos ativistas de esquerda que estão confusos neste momento
Em todas as grandes mobilizações mundiais que eu tenho notícia a ultradireita esteve presente. Na França, Le Pein e cia, além dos votos em urna, tiverem representantes nas ruas para fazer valer sua opinião. Na Grécia, a ultradireita neonazista compareu aos atos em grandes blocos. Tiveram muitos votos na urna também. Na Espanha, Portugal e Itália também.
O Brasil vive uma crise. O povo está puto e insatisfeito e não há saídas organizadas e unânimes para ela. A ultradireita está disputando nas ruas sua política, que passa por afastar o “mal do comunismo” da massa. Eles são espertos, se escondem atrás de um sentimento generalizado de insatisfação contra os partidos. Este setor é um câncer para as manifestações e precisa ser denunciado e combatido. Estou certa que eles são uma minoria. Militarmente organizados, e por isso parecem fortes, mas uma minoria.
Mas dois graves erros se reproduzem neste momento.
O primeiro é achar que os milhões que saíram às ruas estão organizados com esta ultradireita. É uma grande miopia. O povo rechaça os partidos porque não confia nos métodos tradicionais de se fazer política. Não confia nos velhos partidos brasileiros que sempre governaram para poucos. Desiludiram-se com a esquerda quando o PT traiu a confiança da massa. Em quem eles vão confiar agora? Eles não confiam em ninguém, porque as grandes referências partidárias no país os traíram. Infelizmente, a maioria da massa não pôde fazer a experiência com os demais partidos de esquerda. Convenhamos, a esquerda consequente no país ainda é nanica. Vocês se esqueceram disso? Na confusão e na falta de informação o povo rechaça o partido como forma, porque não sabe diferenciar ainda em conteúdo as distintas formas de partido. Aqueles que bradam para baixar as bandeiras fazem porque não se identificam com partido nenhum. O único sentido de pertencimento é ao Brasil como pátria. Mas este fato não quer dizer que esta massa defende o golpe militar no país, um partido único, o Collor, o AI-2, ou sei lá o quê.
Essas pessoas são os seus primos que nunca foram em ato nenhum, a sua mãe, a sua tia, o seu amigo que achava uma bobagem toda a sua atividade política. Os colegas da escola. Mas quais oportunidades estas pessoas puderam debater com a esquerda? Quantas vezes essas pessoas se reuniram conosco? Nenhuma. Nunca.
Daí vem o segundo erro. Essa gente confusa, cheia de dúvidas decide sair às ruas. E parte da esquerda que nunca esteve acostumada a debater com tanta opinião distinta se assusta e começa a defender o fim das manifestações. Ou ainda, começa a propor que a esquerda não saia mais às ruas. Vocês ficaram loucos?
Vocês acham que estas pessoas vieram da onde? Um contingente de milhões de aliens que a direita trouxe de Marte para dar o Golpe no país? Essas pessoas são o cobrador do ônibus, ou o filho dele. O taxista, ou os netos dele. A atendente do Mc Donalds, ou os primos dela. A telefonista do telemarketing, ou os amigos dela. O nerd da sala, que nunca nem abria a boca pra falar de política, ou os amigos errepegistas dele. Essa multidão é gente nem de esquerda e nem direita que saiu às ruas para protestar. E agora que eles saíram vocês pedem pra voltar? Acusam de golpistas de direita? Vocês só podem estar loucos. Ou mal acostumados. Nas ruas a esquerda convicta é minoria mesmo. Mas não era assim antes? Nas ruas tem a direita, a esquerda, os confusos, os nem isso nem aquilo, os ambas as coisas. Mas não era assim antes? Mas agora essa gente toda está na rua. E você, com seu preconceito de classe média ilustrada, os acusa de bando de ignorantes, mal-educados e direitosos.
Como eles não são e não pensam como você, você desiste e volta a se contentar com seu Facebook. Jesus apague a luz, os coxinhas não estão nas ruas segurando a bandeira do Brasil e com a cara pintada de verde e amarelo. Eles estão vestindo camisetas vermelhas com a cara do Che Guevera. Que mundo estranho, isso sim está me deixando confusa. Mas eu prefiro seguir nas ruas, é lá que as dúvidas serão tiradas a limpo.
Fraternalmente,
Nathalie Drumond, GTN Juntos!

 Leia o texto acima, na fonte original.  AQUI


O GIGANTE ACORDOU E CAIU DO PÉ DE FEIJÃO

VIA Sallete Elias e Julio Kling (facebook) 1 - Protestarás "contra a corrupção" acima de qualquer outra reivindicação concreta.
2 - Usarás nariz de palhaço, carinha pintada ou roupinha branca pra simbolizar "a paz".
3 - Exaltarás o seu país, ignorando o caráter internacionalista dos movimentos no resto do mundo.
4 - Não permitirás bandeiras de partidos políticos, a despeito de esses partidos lutarem por melhorias desde muito antes de você nascer.
5 - comprarás o discurso da mídia, papagueando jargões como "O gigante acordou".
6 - Darás o melhor exemplo possível de analfabetismo político, evitando sempre escolher um lado da luta. "Nem direita nem esquerda, bróder, eu quero é ir pra frente, rsrs".
7 - Dividirás o protesto, fazendo seu papel de guardião da moral e dos bons costumes, classificando como "vandalismo" qualquer atitude que vise abalar a ordem Estatal.
8 - Apoiarás o capitalismo e a democracia representativa, mesmo sendo "apartidário". No fundo você não quer que as coisas mudem tanto assim.
9 - Pedirás o impeachment da Dilma, ignorando que algum outro político profissional irá substitui-la. Isso não é importante, você só quer o impeachment e zuar o PT.
10 - Cantarás o hino nacional bem alto, afinal, se você já cumpriu os 9 mandamentos acima, é um legítimo filho do Brasil: Ignorante, alienado e despolitizado.
 Mauro Garcia (facebook)
Uma esperança cresce, pela participação popular; mas, o fato é que, acabei de chegar rua. Fiz questão de ir à boca da cratera, para ver(sentir, respirar, ouvir etc) que tipo de larva saia do buraco. É preocupante. Uns estudantes muito jovens, i d e a l i s t a s , s i m ; mas, completamente alienados da realidade que nos cerca. E são daqueles tipos mauricinhos, daquelas loiras mais burras que porta, e, portanto, estão, claramente , sendo usados pela velha burguesia retrógrada. Pouco tem a ver com as pessoas que enfrentavam o poder, outrora, que , sabiam bem o que é esquerda-direta; comunismo-capitalismo, alienação-pé-no-chão...etc. Esse pessoal, que vi, ali, bem de pertinho é, em sua grande maioria, sem cultura e , daquele tipo que bate-no-peito, por não entender nada de política. Mas - como se diz : Tudo bem ! Ainda terão um longo caminho pela frente, para aprenderem... se quiserem... Pelo menos fui minha conclusão, caminhando pelas ruas, e pela Br 116, com eles, em Registro-SP. Espero que, em outras cidades, a coisa tenha sido melhor. Aliás, independente de ser teleguiados ou não, e s t ã o d e p a r a b é n s , pq, parar uma BR desta ,não é coisa simples não.

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