Depois de uma semana marcada por tanta brutalidade, um sábado para
mergulhar no mais lírico, sensual e poético dos livros da Bíblia, o
Cântico dos Cânticos.
É um livro praticamente ignorado por conservadores e
fundamentalistas, porque celebra o amor livre e a sensualidade. Ao longo
da história, houve muitas interpretações sobre o livro. Ainda na
Antiguidade, no judaísmo, interpretou-se o Cântico dos Cânticos como
livro do amor de Deus por Israel. Há tratados sem fim sobre ele no
cristianismo e a corrente mais influente lê nos versos uma história de
amor entre Jesus e a Igreja ou entre Jesus e a humanidade, cada homem e
mulher. Os textos de Tomás de Aquino, Bernardo de Claraval e João da
Cruz sobre o livro são um dos pontos altos da elaboração cristã.
No Paz e Bem deste sábado, contentamo-no em declamar alguns dos
versos e deixarmo-nos conduzir por eles. O Cântico dos Cânticos é
composto por um prólogo, 10 poemas, um epílogo e um apêndice.
Diz-nos um trecho do poema, um diálogo entre o amado e a amada nos
versículos 15 e 16: “- Como és bela, minha amada, como és bela!… Teus
olhos são pombas… / -Como és belo meu amado, e que doçura! Nosso leito é
todo relva”.
A “capa” deste Paz e Bem 122 é a foto “cesto de maçãs”, Mauro Lopes, 2019
Fonte: https://pazebem.org/canal-paz-e-bem/100744/paz-e-bem-122-amor-livre-e-sensualidade-na-biblia/
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