sábado, 1 de janeiro de 2022

Frei Betto em quatro momentos neste final de 2021

Vamos nos embriagar de Frei Betto? Pode vir acompanhado de bom vinho, entremeado, ou depois, com boas leituras, boas comidas, boas canções, bons filmes e boas companhias... Logo, não tem como não ser feliz o ano todo....

Frei Betto é uma das melhores pessoas que temos neste país.  Está a altura de um Lula, de um Dom Hélder, de um Darcy Ribeiro, de um Paulo Freire e tantos outros, vivos e mortos.

É um sábio, de inteligência e raciocinio perspicaz e bastante comprometido com o Brasil, os brasileiros mais pobres e com a humanidade. 

Entrevista com Frei Betto - 'Vanguarda popular deve ser protagonista da história'   

 https://www.youtube.com/watch?v=z7ixTKETEjI&t=2477s



FREI BETTO | Papo Astral com Marcelo Gleiser





Prerrogativas - Os significados da festa de Natal, com Frei Betto





ENTREVISTANDO FREI BETTO: O PT DEVE UMA AUTOCRÍTICA?




Frei Betto aqui no blog



Filho de uma tradicional família mineira, com mãe católica e pai avesso aos homens de batina, Frei Betto teve uma infância e adolescência agitadas em Belo Horizonte na década de 60. Com um primo, se fantasiava de Zorro para entrar na casa dos amigos à noite e assustar as “vítimas”. A dupla fazia dublagens de artistas como Elvis Presley e Maurice Chevalier e chegaram a marcar uma apresentação na TV Italocomi, da qual Frei Betto desistiu. Sua carreira artística não decolou, mas a paixão pelos livros já era latente e o talento para escrever, também. Foi na mudança para um colégio público, onde estudava à noite e com colegas de várias classes sociais, que Betto começou a mudar. Logo depois, conheceu e entrou para a Juventude Estudantil Católica e percebeu que tinha uma vocação: a religiosa.

Lançamentos internacionais

O livro foi finalista do Prêmio Jabuti 2017 e lançado em Cuba durante a Feira Internacional do Livro, pela Editora José Martí. Em 2020, a biografia será lançada no Reino Unido pela Sussex Academic Press.

Os dois autores revelam detalhes da vida e da obra de Frei Betto, passando por momentos-chave como a descoberta de sua vocação, a militância na educação e na Igreja e o engajamento na luta contra a ditadura militar no Brasil, a partir de 1964. Sua resistência lhe rendeu uma prisão, mas também um dos seus principais livros: “Batismo de sangue”, em que conta a participação dos frades dominicanos do Convento das Perdizes na Aliança Libertadora Nacional e na captura e morte de seu principal líder, Carlos Marighela.

Temas polêmicos

Os autores fizeram longas entrevistas com Frei Betto para o livro e não deixaram temas polêmicos de fora da obra, como o fato do biografado não ter sofrido tortura na prisão por ser sobrinho de um general que tinha ligações com os militares no poder. A controversa saída de Frei Betto do governo Lula, registrada no livro “A mosca azul”, e as críticas que recebeu dos petistas por isso também estão registradas. Os autores mostram como Frei Betto mantinha relações com vários setores da sociedade e também circulava com desenvoltura e tinha bom diálogo com pessoas de classes sociais diferentes.

O livro traz a sua participação na Teologia da Libertação, corrente mais progressista da Igreja Católica, e sua atuação nas greves do ABC paulista, onde estreitou a amizade com Lula, na criação do Partido dos Trabalhadores e nas campanhas petistas à Presidência da República. Revela também seus hábitos simples, sua carreira literária e a sedução que exerce sobre as mulheres. Para Frei Betto, que, segundo a obra, já experimentou o Santo Daime e se consultou com cartomantes, o celibato proporciona a liberdade de poder ter várias amigas, sem o compromisso de um casamento.

Ajuda aos amigos

A sua vocação para ajudar os amigos e pessoas em dificuldades materiais ou espirituais é uma característica ressaltada na biografia de Frei Betto. Na doença e na morte de Tancredo Neves, por exemplo, Betto era uma presença frequente no hospital e, por ordem de dona Risoleta Neves, viajou no avião que levava o corpo do então presidente para Minas – mesmo com a contrariedade da cúpula militar, recém-saída da ditadura, da qual Frei Betto era considerado um dos inimigos. Muito próximo à família Buarque de Hollanda, batizou uma das filhas de Chico Buarque, Helena, a pedido da própria, com a qual manteve longas conversas sobre religião.

Fidel Castro

Também foi a religião que o aproximou definitivamente de Fidel Castro, que escreveu o prefácio desta biografia. O brasileiro é autor de um dos maiores best-sellers da história editorial cubana, “Fidel e a religião: conversas com Frei Betto”, no qual o ex-presidente de Cuba afirma, para surpresa dos compatriotas, a necessidade de união entre cristãos e comunistas. Frei Betto acompanhou a visita de dois Papas católicos a Cuba e é uma espécie de consultor e traço de união da Ilha com Roma.

Com depoimentos de escritores, como Luiz Ruffato e Raduan Nassar, e personalidades como o Prêmio Nobel da Paz Adolfo Perez Esquivel e o arcebispo emérito de São Paulo, Dom Paulo Evaristo Arns, “Frei Betto – Biografia” revela o significado histórico da vida e do trabalho desse personagem que fez da religião, da política, da literatura e da militância instrumentos para a criação de uma sociedade democrática e plural, que possa acolher todos os cidadãos e diminuir as desigualdades sociais no mundo.

Depoimentos para o livro

“Frei Betto é um dos homens mais inteligentes que conheço. Tem qualidades mui­to próprias: consegue defender suas posições com convicção e determinação ao lado de uma enorme capacidade de reunir pessoas, mundos, projetos diferentes.”  – Dom Paulo Evaristo Arns, arcebispo emérito de São Paulo.  

“Uma amizade construída faz anos por antípodas: Frei Betto com seu fervor re­ligioso e um desprovido de fé. A diferença em nada impediu o afeto e a conver­gência do nosso modo de perceber o desvairado mundo que está aí, cabendo ao ativo dominicano uma inquietude no que escreve. Acompanho de perto sua opção pelos pobres, os humilhados e ofendidos, que clamam por justiça e solidariedade, causas a que Frei Betto tem dedicado sua vida.”  – Raduan Nassar, escritor  

“Frei Betto é alma comovente de integridade e entrega à sua convicção. É um apoio à resistência, pela salvação da alma, em meio à emergência da vida comum. Ele é a memória de que, na mesa de jantar, no almoço entre amigos, no plantio do umbigo da minha filha no jardim de rosas da Pampulha, no meu casamento com o Nando, no grupo de oração, na luta pela democracia e justiça, no trabalho e na arte, estamos a serviço do Sagrado em cada gesto singelo do cotidiano. Ele é compromisso com a verdade, com a integridade, com o Amor.”  – Letícia Sabatella, atriz

“Frei Betto é muito fraterno, muito amigo, uma pessoa com quem você pode con­tar na dificuldade. Não é à toa que ele é frei. Várias vezes eu chamei Frei Betto não para resolver problemas meus, pessoais, mas para ajudar pessoas que pre­cisavam, que estavam passando por algum aperto existencial ou religioso. E ele foi sempre solícito, generoso. Não me lembro de o Frei Betto dizer não. Sempre disponível e sempre de bom humor. Ele tem prazer em ser solidário.”  – Chico Buarque, compositor e escritor

“Frei Betto é um dos profetas de nosso tempo que nos faz sonhar com um mundo melhor e transformar esse sonho em realidade.” – Adolfo Perez Esquivel, Prêmio Nobel da Paz

https://www.sindbancarios.org.br/index.php/frei-betto-biografia-tem-lancamento-no-sindbancarios-dia-12/

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