domingo, 5 de maio de 2024

Depois do ato de protesto da sociedade civil contra a demolição do prédio A. Fonseca, antes casa de Manoel Bomfim, como prosseguir a luta em favor da memória e da revitalização do centro histórico de Aracaju?

Acima, antes de 05 de maio de 2024. Abaixo, depois.. Foto: acima Rás de Sá, abaixo Jéssika Lima

 https://www.instagram.com/reel/C6lxZIxurQH/?igsh=aXB4Y3hoenQzZTA0

Patrimônio Histórico de Aracaju vilipendiado!

Neste sábado, 04 de maio, por volta das 12h fomos informados extraoficialmente sobre a decisão judicial pela demolição parcial do prédio A Fonseca, edificação comercial do século XX, componente do patrimônio histórico sergipano, mais precisamente “protegida” pela lei do Plano Diretor de Aracaju (42/00) em seu anexo XI como sendo “Declarada de Interesse Cultural”.

Enquanto conselho, buscamos alternativas jurídicas sem êxito por conta da tempestividade do ato, ocorrido na manhã de hoje e porque não éramos parte do processo. O ponto positivo foi a união com diversas outras entidades na tentativa de barrar tal demolição e salvar a fachada do prédio, já que existem outras formas de preservação da construção que podem ser substituídas pela demolição, além da inegável necessidade da segurança para a população que transita por ali.

Infelizmente a demolição parcial ocorreu, a defesa civil fez o trabalho dela de forma técnica mas também nos ouviu e o prédio não foi completamente demolido.

Agora iremos acompanhar os próximos passos dessa situação e, dentro de nossas possibilidades, buscaremos meios para que situações tristes como essa não voltem a acontecer, que degradam o nosso patrimônio arquitetônico sergipano, ou pelo menos o que ainda nos resta!


A primeira live do ciclo "Arte contra a ditadura militar e pela democracia em Sergipe" está sendo um sucesso em visualizações. A segunda será em 25 de maio, sábado, às 19horas

 


Agradecemos a Deus em primeiro lugar, ao aceite do convite por parte de Luiz Eduardo Oliva, a equipe técnica, Raoni Smith e Maxivel Ferreira, assim como o engajamento de dezenas de pessoas que compartilharam e/ou assistiram ao vivo e depois..

A próxima será com o ator e técnico/gestor cultural, Isaac Eneas Galvão, com a temática "teatro sergipano nos tempos da  redemocratização, anos finais da década de 1970 e década de 1980".

Nessa segunda edição contamos com a mesma energia positiva e o engajamento de quem se identifica com a temática. Como sugestão,  deixamos o convite para que a próxima live seja assistida em clima de mesa de bar ou conversa na varanda, mesmo que não estejamos fisicamente próximos,   para isso preparemos em nossas casas -  cerveja gelada, vinho, sucos e outros tipos de bebidas, ao gosto de cada um,  além de petiscos.

Também estamos a disposição para quem quiser e puder continuar a conversa acerca da live presencialmente,  o que pode ser em nossa casa ou em outro local, neste caso é só entrar em contato pelo whatasap para podermos combinar. 

Isaac Galvão sobre o Festival de Artes de São Cristóvão



DÉCADAS DOURADAS DAS ARTES E DA CULTURA SERGIPANA

13/09/2023 /  Por Eugênio Nascimento

ELITO VASCONCELOS – Jornalista, advogado e fazedor de poesia.

A década dos anos 80 até meados dos anos 90, o movimento artístico e cultural em Sergipe, nas suas mais variadas formas de expressão (teatro, cinema, dança, artes plásticas, coros, poesia, etc.) foi, sem dúvidas, efervescente. 

A Universidade Federal de Sergipe (UFS) teve uma grande participação nessa efervescência cultural, com ações impulsionadoras que envolviam professores, estudantes e admiradores das artes e da cultura. Para tanto, possuía Pró-Reitoria e outros órgãos internos ligados diretamente à cultura, que proporcionavam e propagavam ações culturais.

Podemos citar o Centro de Cultura e Arte (CULTART), que atuava como uma trincheira e palco para o desenvolvimento de várias ações culturais. A sede do CULTART, localizada no prédio da antiga faculdade de Direito, na avenida Ivo do Prado, transformou-se na “casa dos artistas”. Prova disso é que os porões do prédio histórico foram destinados para abrigar os grupos teatrais, de dança e folclóricos, onde eram guardados seus adereços e materiais, além, é claro, de servir como local de ensaios.

Vale ressaltar que, à época, a grande maioria daqueles que se envolviam nos movimentos culturais, especialmente, no teatro, dança, poesia, etc. e tal, era a estudantada da UFS, principalmente dos cursos da área de ciências humanas (licenciamento em letras, história, geografia; pedagogia, etc.).

Dos grupos de teatro amador existentes e deveras atuantes à época, destacavam-se o grupo “Opinião”, “Imbuaça” (teatro de rua), “Mamulengo do Cheiroso” (teatro de bonecos), “Raízes” e “Experimental da UFS”; tendo como personagens centrais ou que lideravam, “as irmãs Sandes”  (Walmir e Walkyria Sandes); Lindolfo Amaral, Mariano (in memorian), Pierri, Valdice Teles( in memorian), Isabel Santos: Augusto Barreto, Aglaé D’Avila Fones de Alencar; Jorge Lins; Tadeu Machado, Lânia Conde Duarte, Amilton Andrade, Benedito Letrado, Isaac Galvão; professor, ator e diretor João Costa (in memorian) , jornalista, autor, escritor, diretor e ator Vieira Neto,  e tantos outros não tão menos importantes.  

A área do teatro estava tão organizada que até mesmo uma entidade representativa atuava intensamente. Trata-se da Federação de Teatro Amador do Estado de Sergipe. Por lá passaram como Presidentes, os atores Lindolfo Amaral, Isaac Enéas Galvão, Luiz Carlos Dussantus e Virgínia Lúcia.

Além de congregar e defender os interesses dos grupos e dos artistas, a federação promovia cursos, seminários e, anualmente, os encontros regionais de teatro amador de Sergipe, em Aracaju e nos municípios sergipanos. Lembro-me que participei de alguns desses encontros, realizados em Aracaju e no município de Santo Amaro das Brotas.

Após longos e intensos ensaios, os grupos de teatro produziam belas peças teatrais, que ao longo do ano eram encenadas em Aracaju, no interior e em outros Estados da federação, inclusive, participando de festivais regionais e nacionais.

Algumas peças teatrais que chamaram a atenção do público à época – “Brefaias”, “A Cara do Povo Como ela é”, “Transe”, “O Macaco e a Velha”, “Voomitos Coloridos e tantas outras. Mesmo com poucos espaços culturais para apresentação, isso não impedia que o movimento cultural efervescente dos anos 80 e 90 em Sergipe mostrasse a sua cara. Tínhamos apenas em funcionamento o Auditório/teatro “Lourival Baptista”, no bairro Siqueira Campos e o “Atheneu”, no bairro São José, além do auditório/teatro no CULTART, no prédio da antiga faculdade de Direito, na avenida Ivo do Prado.

Mesmo com toda essa precariedade de espaços culturais, quase que mensalmente tínhamos apresentações de produções teatrais locais.

Na música vivemos e apreciamos bons momentos, com a explosão da música essencialmente sergipana, realização de festivais e apresentações nos poucos espaços culturais que tínhamos à época, superados pelos bares e restaurantes bem freqüentados pelos estudantes, artistas, intelectuais, jornalistas, ativistas políticos e culturais e outros bichos mais, a exemplo do bar “Gosto Gostoso”, no bairro Grageru. O fuzuê mesmo era às quartas-feiras, quando o bar se estendia até a rua, com mesinhas espalhadas e interrompendo o trânsito. Não dava para quem queria.

Por lá, tive a oportunidade de presenciar, além de figuras tresloucadas, debochadas, revolucionários, falsos burgueses, até o ex-vice-Reitor da UFS, professor José Paulino, Renato Brandão- ex-deputado estadual e ex-prefeito de Propriá, Marcelo Déda – ex-governador ( freqüentadores assíduos),   o ex-deputado federal José Dirceu e o atual Presidente Lula.

O Gosto Gostoso “era o bar da guerrilha citadina nos anos 80”, como dizia o jornalista e poeta Amaral Cavalcante.

O “Lavocar” era outro bar dos encontros e desencontros, localizado na avenida Hermes Fontes com a  av. Nova Saneamento. Este, na verdade era um posto de lavagem de veículos. Durante o dia funcionava como posto de lavagem; e a partir dos finais de tarde um movimentado bar, com música ao vivo.

Nesses dois bares a música ao vivo era a tônica. Por lá encontrávamos com Chico Queiroga, Cataluzes, Ismar Barreto (in memorian), Cláudio Miguel, Joseane de Josa, Sena & Sergival, Tonho Baixinho ou Tom Robson, como queira chamá-lo; forrozeiros, declamadores de poesia.

Não podemos esquecer de outro espaço cultural surgido naquelas décadas áureas. O “Circo Amora & Amores” idealizado e posto em funcionamento pelo jornalista, ator, produtor, diretor e ativista cultural Jorge Lins, tinha como local a brisa mar das areias da praia da Coroa do Meio.

O circo, sempre lotado, principalmente nos finais de semana,  servia como palco para apresentações artísticas ( teatro, música, saraus de poesia, dança, etc….). Por lá passaram vários artistas locais e nacionais – Chico Queiroga, Clemilda, Alceu Valença, Dominguinhos, Cataluzes e outros.

O movimento cultural vivenciado nos anos 80/90 em Aracaju, também fervilhava com as artes plásticas. A falta de espaços, tal qual sofria os grupos teatrais, não intimidava os artistas plásticos e produtores.                       À época, como até hoje, praticamente tínhamos apenas três galerias de arte: Galeria Municipal “Álvaro Santos”, localizada na praça “Olímpio Campos”; “J. Inácio” – na biblioteca pública estadual “Epifânio Dórea” e “Florival Santos” – no Centro de Cultura e Arte (CULTART), da UFS, localizada no prédio da antiga faculdade de Direito, na avenida Ivo do Prado.

Mesmo assim, mensalmente eram realizadas exposições de artes plásticos com novos e famosos artistas plásticos sergipanos, além de saraus poéticos, lançamentos literários, sempre regados a fartos coquetéis, no dia da abertura.  Mesmo com a falta de recursos financeiros, os diretores das galerias, principalmente da Álvaro Santos, buscavam apoios culturais, junto aos empresários locais, que patrocinavam os fartos coquetéis.

Vale ressaltar as exposições coletivas de artes plásticas realizadas sempre nos finais de ano, que reuniam obras de artistas plásticos sergipanos vivos e já falecidos. Hoje deparamo-nos com espaços vazios, mórbidos e sem criatividade.

 Mas, não pára por aí. As artes literárias também eram intensamente movimentadas. Na efervescência da cultura, os autores sergipanos produziam e lançavam livros de poesias e poemas, contos,  etc.

E foi justamente na década dos anos 80 que surgiu a COOPOESIA. Idealizada pelo poeta potiguar, à época residente em Aracaju, Jaécio de Oliveira Carlos. A COOPOESIA  reunia poetas famosos e iniciantes, a exemplo de Carlos Ayres de Britto, Jeová Santana, Iara Vieira, Maruze Reis, Ancelmo Oliveira, Vera Vilar, Antônio Santos Souza Neto, Lizaldo Vieira, Joval Santos, Carlos Magno, este escriba e tantos outros.

Os integrantes da COOPOESIA reuniam-se informalmente aos sábados em locais variados, geralmente bares e restaurantes e, entre uns goles e outros de cervejas, debates sobre poesias e poetas, além, é claro, de produção literária ao punho em guardanapos.

A COOPOESIA chegou a produzir e lançar duas ou três edições do APERITIVO POÉTICO. Coletânea de poemas e poesias dos seus integrantes, colaboradores e convidados.

Na dança, anualmente, sempre no mês de dezembro, a estonteante professora e bailarina Lú Spinelli (Studium Danças) produzia um grande espetáculo, com a apresentação no teatro Atheneu, de um resumo de suas aulas e peças realizadas durante o ano, com a participação de seus alunos e alunas e bailarinos profissionais.

A tradicional música de coros também era uma tônica nas décadas dos anos 80 e 90. Anualmente a Universidade Federal de Sergipe realizava o Festival de Coros, com a participação de corais de Sergipe e de vários Estados brasileiros. De Sergipe, destacavam-se os corais da UFS, UNIT, do Tribunal de Justiça do Estado de Sergipe, dentre outros.

Pois bem! Com todas as dificuldades da época, falta de espaços e recursos financeiros, os anos dourados das décadas 80 e 90 em Sergipe permitia-se afirmar, como dizia o saudoso jornalista e colunista social João de Barros, que, “Brilhar era o axial”.

Fonte: Blog Primeira Mão de Eugênio Nascimento

Madonna arrasa no Rio e deixa fortes marcas em Sergipe.

 ANÁLISE | Se Madonna não tivesse subido ao palco gigante montado na praia de Copacabana, neste sábado (4), só sua presença no Brasil, e a iminência do show, já teriam sido suficientes para chacoalhar o país. 📲 Leia mais na #Folha: https://mla.bs/cd9f0963



MADONNA NÃO RECEBEU DINHEIRO DO GOVERNO FEDERAL!   
Não caiam nessa mentira! O Show da Madonna não recebeu dinheiro do Governo Federal, o show teve patrocínio do Itaú e da Heineken, além do apoio do Governo do RJ e da Prefeitura do RJ. Não espalhem fake news!


BRASIL

Secretário desmente ida de Janja a show da Madonna no Rio: "está em Brasília"

Márcio Tavares, do Ministério da Cultura, destacou que a presença de Janja no RJ nesta sexta-feira se deu pois ela "participa ativamente da construção das ações de cultura do G-20"



sábado, 2 de setembro de 2023

 Este semana tive vontade de ouvir Live To Tell, uma canção bela e melancólica ao mesmo tempo, como tantas canções de ritmos e origens diversas, inclusive da nossa querida música brasileira.

A vontade em ouvir esta semana eu não sei o motivo, faz tempo que não a ouço, mas sei que os primeiros acordes do arranjo de Live To Tell me remete ao primeiro momento do grupo de dança Reculturarte, inicio dos anos 1990, sob a batuta do professor Henrique e da professora Adriana, em especial desta,  que ficou mais tempo dando aulas e montando coreografias para e com o grupo...

Com o lançamento dos editais da Lei Paulo Gustavo esperamos mais uma vez contar com o auxilio desta lei de fomento, assim como se sucedeu com o edital da Lei Aldir Blanc 1 na pandemia, o que tornou possivel a publicação do primeiro volume.

E se não foi possível fazer o lançamento do primeiro volume com pompa e majestade, por causa da pandemia da COVID, a qual quase me levou para o outro plano, assim também como por causa das limitações do orçamento, esperamos no caso do lançamento deste segundo volume fazer uma festa regada a boa comida, a boa bebida e a boa música, incluindo algumas de Madonna, como esta que estamos trazendo aqui em destaque, assim como canções do Olodum, Marisa Monte, Ilê Ayê, do álbum Saltimbancos Trapalhões e outras, cuja lista faremos com a memória das ex-professoras e ex- integrantes do grupo de dança Reculturarte.

E se foi um tempo bom, confesso que vivi, mas também às vezes com cada tipo de situação de sufoco e perrengue... 

E para saber como foi, não deixem de adquirir  o segundo volume, quando estiver disponível. Possivelmente ainda este ano, se tudo correr dentro das expectativas...

Leia mais e assista/ouça no link abaixo:

https://acaoculturalse.blogspot.com/2023/09/a-lembranca-de-live-to-tell-de-madonna.html


Madonna em Sergipe foi um travesti retratado no filme  'Madonna e a Cidade Paraíso'

O curta metragem sergipano retrata a vida da irreverente e conhecida travesti Madonna, que vivia no centro de Aracaju. No filme, Madonna e Val vivenciam as expectativas em torno do Pré-Caju, festa que antecede o carnaval na cidade Paraíso. Entre a agitação e a violência da cidade nesta época, Madonna acaba sendo vítima do preconceito de um grupo de homens. A obra provoca reflexões acerca do alto índice de violência contra homossexuais e travestis.

'Madonna e a Cidade Paraíso' já foi exibido em diversos festivais, a exemplo do Festival Curta o Gênero (Brazil 2015), Visões Periféricas (Rio de Janeiro), Fincortex 2015 (Colômbia), Freedon Film Festival 2015 (Los Angeles - EUA), 15º Blackbird Film Festival ? (Cortland, New York) e no 15 Festival Ibero Americano de Cinema , sendo premiado nas categorias: Melhor Curta Sergipano Juri Oficial | Melhor Curta Sergipano Juri Popular | Melhor Curta Sergipano Direção | Melhor Curta Sergipano Direção de Fotografia | Melhor Trailler Juri Oficial.


página do filme no facebook. AQUI


08/05/2018 19h59

Pianista sergipano toca com Madonna

João Ventura faz doutorado de música em Lisboa.

Na noite desta segunda-feira (7), o pianista sergipano João Ventura tocou para a cantora Madonna no Baile de Gala do Metropolitan Museu, em Nova York, nos Estados Unidos.

Leia/assista mais: https://g1.globo.com/se/sergipe/noticia/pianista-sergipano-toca-com-madonna.ghtml

SHOW HISTÓRICO

A cantora que é considerada a rainha do pop fez a homenagem durante a execução da música "Live To Tell", presente no terceiro álbum de sua carreira intitulado "True Blue" de 1986, ano em que a doença vitimou várias pessoas e personalidades. Durante a música, a artista ícone cultural do século XX se emocionou. Click no link para ler a matéria completa:

https://www.instagram.com/p/C6ksxRJsmZb/?igsh=MTdtYWhpNjZ5N3h1Yg==


CELEBRATION TOUR

Erika Hilton, Marielle, Marina Silva e Chico Mendes são homenageados por Madonna

Em show apoteótico que atraiu mais de 1,6 milhão de pessoas no Rio, cantora não mediu esforços ao fazer tributo a grandes nomes

Leia matéria completa AQUI 



"MADONNA É UMA PUTA!
Puta e indecente, disse meu pai, ao ver o comercial que anunciava seu show a ser exibido na band, talvez o ano fosse 97, eu tinha 10 anos. Obviamente, eu assisti escondido aquele show. E não era só Puta, era isso e muito mais.
Vi uma mulher que desejava! Era ela dona, meretriz, chefe, sensível, forte - literalmente forte-, feroz, volátil, sexual, puta e desejante. Chamá-la de puta era a resposta de seu próprio comando. Quão poderoso era isso! 
Cresci ouvindo sobre ela, e sobre Adriane galisteu com Sena, Xuxa com Pelé, Elza Soares com Garrincha, todas mulheres ruins, putas, indecentes e interesseiras. O que me causou fascínio instantâneo por escutá-las, “lê-las”, ouvi-las, percebê-las sob outra perspectiva. 
Nem Evas, nem Marias. Nem Santas, putas, boas ou más, sobretudo mulheres desejantes. 
Como mulher é odiada! As desejantes em potencial reforço. 
A mulher nao pode desejar. O desejo parte do homem, elas esperam, e agradecem se são. 
A primeira a desejar, na literatura bíblica, foi Eva. E por Deus, como essa mulher errou feio, não?! 
Isso porque objeto não deseja, ele é desejado, ele serve, ele tá lá pra ser acessado e descartado. Ele obedece e sempre diz sim. O desejo delas é visto como uma ameaça à quem tem poder sobre elas. 
Madonna nunca esteve nesse lugar. Ela é quem deseja. 
O desejo foi tomado do outro, para ela. Ela se concretizou não na limitação do ser desejada, mas naquela que deseja. O foco muda da órbita para si, para o corpo de um outro, homem ou não, mas não antes de partir de si mesma. Isso foi, é e sempre será chocante.  Mordeu a maçã porque quis, a serpente foi ela mesma, glória à deusa. 
Adiantou Madonna a grande revolução, sendo a pedra fundamental de um movimento que é imparável. Mulheres desejam! 
Tomou dos homens, tomou da igreja, tomou do meu pai. 
Em Madonna a mulher desejante pôde tudo. Dizer sim, dizer Não. Engravidar, abortar, casar, descasar, nunca casar, amar, desamar, construir uma carreira, ir ou ficar. 
Madonna  está para as mulheres e os homens gays, como Alexandre O grande está para a civilização moderna. Se fez maldição, deu voz, luz e palco. Eu me sinto honrado em ser seu contemporâneo."
Douglas Amorim - Um psicólogo em Cuiabá

Chico Alencar 

O grande momento do show da Madonna foi quando ela dividiu a cena com a Pablo Vitar e uma bateria de escola de samba com integrantes de várias baterias-mirins do Rio. Nos telões, homenagens a brasileiros e brasileiras que fazem parte da nossa história, como Marielle, Cazuza, Paulo Freire, Betinho, Raoni, Gilberto Gil, Abdias do Nascimento, Bruno Pereira, Fernanda Montenegro, entre outros.



Madonna, a discografia: g1 coloca todos os 14 álbuns da diva na ordem (do pior ao melhor)

VÍDEO mostra mini críticas dos discos da rainha do pop, que canta neste sábado (4), na Praia de Copacabana, no Rio. Lista tem 'Like a Prayer', 'Music', 'Like a Virgin' e 'Ray of Light'.





sábado, 4 de maio de 2024

Delírios Utópicos: A Genealogia dos Pontos de Cultura na gestão Gilberto Gil no MinC (2003 a 2008)

Na aurora do séc. 21 d.C., o Brasil raiava no cenário global como um farol, iluminando caminhos para a transformação: “o outro mundo possível” do Fórum Social Mundial (inaugurado em PoA em Junho de 2001), a eleição de Lula para a presidência da República (em 2002) e a nomeação do artista tropicalista Gilberto Gil como Ministro da Cultura (leia seu discurso de posse) davam o tom a uma proposta de renovação radical da cultura brasileira.

“A multiplicidade cultural brasileira é um fato. Paradoxalmente, a nossa unidade de cultura unidade básica, abrangente e profunda também. Em verdade, podemos mesmo dizer que a diversidade interna é, hoje, um dos nossos traços identitários mais nítidos. É o que faz com que um habitante da favela carioca, vinculado ao samba e à macumba, e um caboclo amazônico, cultivando carimbós e encantados, sintam-se e, de fato, sejam igualmente brasileiros. Como bem disse Agostinho da Silva, o Brasil não é o país do isto ou aquilo, mas o país do isto e aquilo. Somos um povo mestiço que vem criando, ao longo dos séculos, uma cultura essencialmente sincrética. Uma cultura diversificada, plural, mas que é como um verbo conjugado por pessoas diversas, em tempos e modos distintos. Porque, ao mesmo tempo, essa cultura é una: cultura tropical sincrética tecida ao abrigo e à luz da língua portuguesa.” (GIL, 2003)

A diversidade pulsava como valor privilegiado das políticas públicas culturais. Navegando contra a standardização imposta pela indústria cultural para consumo das massas, a proposta da Cultura Viva nascia com a diversidade como seu estandarte. Em uma teia hiperconectada, na era da digitalização, a Cultura era convocada a tornar-se uma força concreta para a expansão da participação social nos assuntos que nos interessam em comum. Pulsando no epicentro destes delírios utópicos estavam os Pontos de Cultura.

A utopia foi sintetizada por Célio Turino em seu livro sobre os Pontos de Cultura: “O Brasil de baixo para cima”.  Empoderar na base, des-silenciar os brasileiros costumeiramente silenciados, potencializar a participação social da população usualmente marginalizada – eis alguns dos objetivos dos Pontos. Longe de apenas objeto ou vítima das políticas públicas, longe também de estarem simplesmente abandonadas pelo Estado e entregues ao próprio azar, cada célula do grande organismo de nossa população era convocada a se assumir enquanto cidadão e agente cultural. 

Aquela “cultura do silenciamento” e aquela “inexperiência democrática” criticadas por Paulo Freire, e que a Pedagogia do Oprimido nasceu para remediar, estavam com os dias contados: os Pontos de Cultura seriam um espaço para que nascessem os cidadãos empoderados de sua própria expressão e munidos com as ferramentas para que entrassem de cabeça no século XXI.

Como disse o jornalista Julian Dibbell em matéria da revista Wired, uma das mais importantes publicações do mundo sobre tecnologias, o Brasil era identificado mundo afora como “nação open source”. Um país futurível, navegando rumo ao futuro com a ousadia dos que estão abertos a todos os experimentos e renovações.

Trocando em miúdos, nascia uma cultura viva que queria insuflar a chama do ativismo cidadão – para evitar a proliferação, como diz Turino inspirado em Milton Santos, de “deficientes cívicos”, o que ocorre sempre que há a “dissociação entre cultura e educação” (seminário Inteligência.com, Célio Turino e Viviane Mosé, SESI – Assista na íntegra).  

Na sua gênese, o Ponto de Cultura é pensado em analogia com práticas e saberes ancestrais: Gil, como veremos, os pensava a partir de um horizonte orientalizante e que ia buscar inspiração na acupuntura (o do-in antropológico), mas Turino gosta de falar que a noção remete a Arquimedes de Siracusa, 287 a.C. – 212 a.C.) (o Sr. “eureka!”) quando disse – “me dê um ponto de apoio e uma alavanca que levantarei o mundo.” 

Continue a ler em..... 

 https://acasadevidro.com/pontos-de-cultura/

Rio acima dos 40 graus e Rio Grande do Sul debaixo d'água. O que tem a dizer acerca disso? Papa Francisco, cientistas e pessoas de bom senso.

 

E O PAPA FRANCISCO TEM RAZÃO. UMA NOTA

E o Papa Francisco estava coberto de razão. Com a publicação da exortação: “Laudate Deum”, o Papa chegou a ser ridicularizado por uma extrema direita católica virulenta e delirante. Diziam os direitistas quando da publicação do documento papal: as preocupações ambientais do Papa não faz sentido e não seria o papel de uma liderança religiosa. Teria o Papa Francisco abandonado os temas dogmáticos e assumido de vez o seu "modernismo". A extrema direita católica caminha cada vez mais para o isolamento e para um comportamento de seita sectária.

O Papa Francisco estava (e continua) correto e antenado com os acontecimentos do mundo real. Ao publicar a "Laudate Deum" no dia 4 de outubro de 2023, dava continuidade as suas reflexões sobre as questões ambientais que assolam o mundo numa leitura teológico-política. Em 6 capítulos e 73 parágrafos, olhando para a COP28 em Dubai, o Papa pretendia fazer um apelo à corresponsabilidade diante da emergência das mudanças climáticas, porque o mundo "está desmoronando e talvez se aproximando de um ponto de ruptura" - profético?. É um dos "maiores desafios que a sociedade e a comunidade global enfrentam", "os efeitos das alterações climáticas recaem sobre as pessoas mais vulneráveis" - Parecia uma previsão do está ocorrendo no Estado do Rio Grande do Sul no Brasil nesta semana.

Volto a exortação papal para demonstrar sua atualidade e de como os opositores de Francisco na Igreja Católica estão completamente equivocados. Diferentemente dos extremados católicos, o Papa prefere avançar no mundo mundo moderno, dialogando com seus mais graves problemas e tomando uma posição profética diante da grave crise sócio-ambiental por que passa o mundo. O Papa tem plena consciência de duas coisas:

primeiro. Os sinais da mudança climática cada vez mais evidentes e destrutivos. É preciso que se diga. É preciso que estudemos esse incontornável fenômeno. É preciso que encontremos saídas ou a coisa tenderá a uma situação sem volta. Numa firmação categórica: Afirma: "é possível verificar que certas mudanças climáticas, induzidas pelo homem, aumentam significativamente a probabilidade de fenômenos extremos mais frequentes e mais intensos". E para aqueles/aquelas que minimizam por alguma razão ideológica, responde o Papa: "aquilo que agora estamos a assistir é uma aceleração insólita do aquecimento"... Provavelmente, dentro de poucos anos, muitas populações terão de deslocar as suas casas por causa destes fenômenos". O que já está ocorrendo.

Segundo. A culpa não é dos pobres. As classes dominantes deste mundo com sua ganância e política necrófila, destroem diariamente a "casa comum" e esmagam os mais vulneráveis. Citando Marx numa frase genial: "O capital onde chega toma as proporções de Deus, transforma tudo a sua imagem e semelhança". Com certeza o Papa concordaria com o filósofo alemão e com boa parte de seu "Manifesto comunista", para assombro dos reacionários católicos. Paciência. O Papa não se tornará "comunista" por isto.  É Francisco e não Marx que afirma hoje: "... que uma reduzida percentagem mais rica do planeta polui mais do que o 50% mais pobre. A África, que alberga mais da metade das pessoas mais pobres do mundo, é responsável apenas por uma mínima parte das emissões no passado". A maior responsabilidade ficará na conta dos grandes ricos deste planeta. 

O Papa Francisco não é perfeito, mesmo que seja considerado "infalível" pelo Vaticano I. Mas podemos afirma que este Papa Francisco é melhor do que sua Igreja, em média. O que é raro. Na história da Igreja, geralmente, os Papas são piores do que a base da Igreja. 

Romero Venâncio (UFS)

LAUDATE DEUM: NOVA EXORTAÇÃO APOSTÓLICA AFIRMA QUE NATUREZA NÃO É UM MERO RECURSO A SERVIÇO DOS SERES HUMANOS 

Papa Francisco faz apelo e ultrapassa barreiras do catolicismo ao destinar exortação apostólica a ‘todas as pessoas de boa vontade sobre a crise climática’, aponta estudioso,

Leia AQUI 








Sobre a emergência climática e ambiental no RS
Prof. Dr. Rualdo Menegat, IG-UFRGS

Devemos reconhecer, em primeiro lugar, que não só há um apagão da infraestrutura do Estado do RS - que Leite e Melo privatizaram e que agora gerenciam de forma incompetente, estruturas como CEEE-Equatorial, Corsan, entre outras. Sartori e Leite desmontaram também a inteligência estratégica do Estado: Metroplan, FZB, FEE, SEMA e CIENTEC. 
Além disso e muito importante: há um apagão da natureza para mitigar os efeitos de eventos climáticos extremos, posto que a drenagem natural e os ciclos hídricos foram destroçados pelas políticas de uso intensivo do solo. Flexibilizaram leis para aumentar áreas de plantio de soja, desmontaram planos diretores para ampliar a especulação imobiliária em zona ribeirinhas, para implantar minas de carvão e para favorecer a especulação imobiliária. Sem inteligência social e com a infraestrutura natural destroçada, temos pela frente um longo caminho para adquirirmos condições de enfrentar a emergência climática e ambiental que estamos atravessando. Temos que ter em mente que isso é apenas um começo. Temos que agir estrategicamente se quisermos encorajar a sociedade a enfrentar os tempos que estão aí e os que advirão. 
A UFRGS é uma instituição fundamental para isso.  É a inteligência estratégica que sobrou em um Estado que está sendo desmontado peça por peça.  Sem inteligência social, a sociedade não só fica muito mais vulnerável frente aos impactos adversos dos  tempos severos, mas também fica refém da ação de forças externas, sobre as quais não tem controle, como o Exército e empresas privadas. Tudo conduz para a ideia que nada podemos fazer enquanto sociedade, cada vez mais submetida à inclemência da natureza e ao horror de políticas autocráticas e ignorantes. A Universidade é a esperança possível para desenvolver uma inteligência social que encoraje a sociedade a enfrentar a emergência climática-ambiental do século XXI.

"Vamos todos arregaçar mangas e colaborar, cada um do seu jeito. Salvando o Rio Grande do Sul, estamos salvando o Brasil", escreve Hildegard Angel
04 de maio de 2024, 13:47 h
Vamos ouvir com muita atenção o desabafo desse prefeito gaúcho, de um município da região de Nova Colônia, no encontro em Porto Alegre com o presidente Lula, os ministros, o governador.
Escutem também a resposta de Lula e como está determinado a ajudar a reerguer o Rio Grande do Sul. 
O RS é um país dentro do Brasil, maior que muitos países estrangeiros. Um estado diversificado e laborioso, construído pelo trabalho. Ele mistura conservadores e progressistas, arte regional e arte de vanguarda, sua economia é múltipla, vai dos calçados ao têxtil, dos alimentos ao vinho, do turismo ao agro exportador, da agricultura familiar ao aço. 
O Rio Grande do Sul é uma força, agora em confronto com a maior das forças, a da natureza. Estado que nos deu Mário Quintana, Moacyr Scliar, dois Verissimo - Érico e Luís Fernando, Raul Bopp. Nas artes plásticas, Iberê Camargo e dois Carlos - Scliar e Vergara. Elis Regina, José Lewgoy e Teixeirinha. O RS é muito mais que isso. É o empreendedorismo da família Silveira, de Gramado, com seu Kur do envelhecimento saudável. São os chocolates artesanais, o café colonial, os churrascos. O chimarrão. Os Centros de Tradição Gaúcha. Tantas coisas... 
Aí percebemos que só quando acontece uma tragédia de proporção catastrófica, as gentes, seduzidas por discursos políticos mitológicos e enganadores, percebem que precisam mesmo é ter um gestor de fato, experiente, informado e cumpridor da palavra, e não de um político de ocasião, político de promessas jamais cumpridas, político purpurina, feito só para brilhar e lacrar. 
Por isso meu conforto em saber que temos um líder de fato conduzindo o Brasil. Um comandante para tempo bom, céu de brigadeiro, para ventos e tempestades. Um Lula! 
Vamos todos arregaçar mangas e colaborar, cada um do seu jeito. Salvando o Rio Grande do Sul, estamos salvando o Brasil, cada um de nós. Pois novas tragédias climáticas virão, a ciência já avisou faz tempo. Teremos todos nosso quinhão desse apocalipse ambiental. Como já tivemos em Itaipava, Petrópolis, Mariana e Brumadinho, Sergipe, seja por ação imediata da ambição dos homens, seja pela ação lenta e gradual do mundo capitalista e consumista. 
Obrigada, presidente Lula!



"Na verdade mesmo! É viver amor integral. Amor por inteiro e não pela metade.  Não sendo assim. não há e nem haverá saída... O Papa Francisco já deu a visão. Rezemos, sejamos solidários como já é tradição da  nossa gente, e nos coloquemos em movimento para abrir os olhos e os ouvidos de quem está cego ou surdo pela metade e quem sabe, como um milagre,  abrir os olhos e ouvidos dos que estão cegos e surdos totalmente. Até para não repetir tragédias como essa, fazer a prevenção necessária e não esquecer como acontece com outras tragédias recentes. Quando passado o momento da comoção, pouco é feito para reduzir as causas e prevenir outras tragédias nas mesmas proporções." Zezito de Oliveira

 O SAL DA TERRA



 RS; Leite e o pedido por redes sociais




LEMBRAR PARA NÃO REPETIR





Lelê Teles: Negacionismo climático criando dilúvios
Ilustração: O Grito, de Munch, adaptado; feito com IA

Negacionismo climático

Por Lelê Teles*

“o ser, tao, vai vir amar”

o tao, você sabe, é o princípio do equilíbrio, é a ordem natural das coisas.

tao pai, tao filho.

mas as coisas estão fora de ordem, tá tudo de pernas pro ar.

é o tal do negacionismo climático agindo.

chove a cântaros no verão e o sol racha no inverno.

o sorveteiro, coitado, não sabe mais quando deve abrir sua bodega.

o urso polar naufraga num cubo de gelo se liquefazendo.

florestas ardem em chamas, animais indefesos carbonizam e viram cinzas, tempestades de areia banham cidades, furacões furiosos fulminam, el niño y la niña se agrandan, os rios, rasos ou secos, agonizam, a desertificação avança sobre os campos…

mas pro negacionista, enquanto tiver carvão e carne, tem churrasco.

tá de boas.

tá frio, ele bota um casaco, esquentou, ele liga o ar condicionado, choveu demais e as ruas alagaram, ele sai de jet ski.

o que vemos hoje no rio grande do sul é um efeito antrópico.

Apoie o VIOMUNDO
nunca se viu tanta precipitação pluvial desde noé.

e não é maquinação de deuses ou deusas, é a mão do negacionismo criando dilúvios.

e cada um que zarpe em sua arca, quem não tiver uma que braceje até cansar.

os ricos fogem do risco, a miséria nada.

tudo começou quando deixamos de dizer meu ambiente e passamos a falar meio ambiente.

a natureza passou a ser o que está lá fora.

o negacionista a observa da janela, com o rifle na mão, atirando contra tudo o que se move.

é caça e pesca esportiva.

pode importunar baleias, pode enjaular e engaiolar, pode-se construir aquários gigantes pra golfinhos divertirem crianças de cara rosada.

a árvore, a ave e o bicho viraram mercadoria.

o matuto é um jeca, o indígena é a eterna criança sem alma e sem razão.

o cara é o jeff bezos, aquele bilionário que mandou pro espaço uma caravela em formato de piroca.

as caravelas estão na origem da nossa desgraça ambiental.

desde que aqueles assassinos imundos aportaram nessas paragens nunca se matou e se desmatou tanto.

a cruz e a espada têm o mesmo formato.

uma matava a alma, a outra concluía o serviço.

e tudo virava lenha pra alimentar caldeiras.

o carvão botava o trem pra correr nos trilhos, e ele passou a correr cada vez mais rápido.

tudo se converteu em matéria prima pra alimentar a revolução industrial.

o capetalismo é o diabo com uma cruz numa mão e uma espada na outra.

ventando fogo das ventas pra queimar fauna e flora.

só a total descolonização do poder, do ser e do saber pode nos redimir.

o ser humano passa por um profundo processo de desumanização.

robotizaram instintos e sentimentos, e agora temem que os robôs se humanizem e nos aniquilem como máquinas velhas.

é preciso nos reumanizarmos.

o primeiro passo é aceitar o meio ambiente como meu ambiente.

e cuidar do mundo como quem cuida do lar.

o segundo passo é reunir os negacionistas em praça pública, sapatênis, copo stanley e dorso nu…

e colocar uns robozinhos para chicoteá-los muitas vezes e sem piedade.

shilápite, shilápite e shilápite.

palavra da salvação.

*Lelê Teles é jornalista, roteirista e mestre em Cinema e Narrativas Sociais pela Universidade Federal de Sergipe (UFS).


Prédio no Centro será demolido parcialmente. Aracaju antiga vai desaparecendo e nossa auto estima e sentido de pertencimento vai indo abaixo. Quem ganha com isso?

RAS de SÁ - Habitué em eventos culturais em Aracaju, em especial música e cinema, além de vendedor de livros e revistas HQ, publicou no facebook a foto acima com o comentário abaixo em 01 de Setembro de 2023.

"Se não me engano, essa é a casa onde nasceu e cresceu Manoel Bonfim. Hoje abriga muitos ratos e baratas. Qualquer dia desaba. Infelizmente esse espaço qualquer dia vai desabar ou ser demolido para se tornar mais um estacionamento como aconteceu com outros casarões antigos do centro de Aracaju."

 Em resposta Carlos Pronzato confirma o que muitos em Aracaju desconhece e  acrescenta uma boa sugestão.

"Exatamente, é a casa natal de "um dos maiores intelectuais brasileiros" como disse Darcy Ribeiro. No nosso documentário PORQUE NAO SE FALA EM MANOEL BOMFIM (2018/40 minutos) fica evidente esta afirmação e também, através do testemunho da ex deputada Ana Lúcia, discorremos sobre o abandono desse patrimônio, que deveria ser tombado, reformado e ser centro cultural."



em 3 maio, 2024 17:25

Em cumprimento a uma determinação judicial, a Prefeitura de Aracaju realizará no domingo, 5, a partir das 7h, a demolição parcial da estrutura do prédio A. Fonseca, situado na avenida Rio Branco, no bairro Centro.

A ação ocorre em atendimento à sentença emitida pelo juiz de Direito Dr. Anderson Clei Santos Rochão, em audiência na última quinta-feira (2) na 3ª Vara Cível, no Fórum Gumersindo Bessa. Para tanto, diversos órgãos municipais foram mobilizados e atuarão com todo o aparato necessário à execução da eliminação dos riscos existentes na edificação.

A Defesa Civil atuará com a parte técnica para orientação da demolição controlada; a Empresa Municipal de Obras e Urbanização (Emurb) com o maquinário e equipes para auxiliar na demolição; a Empresa Municipal de Serviços Urbanos (Emsurb) fará o recolhimento de restos de construção civil que venham a cair na via; e a Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito (SMTT) atuará na reordenação do trânsito. A Energisa também foi acionada para desligar temporariamente o fornecimento de energia na localidade, visando a segurança da operação.

“Desde 2017 a Defesa Civil de Aracaju acompanha o processo judicial com relação ao prédio denominado A. Fonseca, localizado na avenida Rio Branco, no Centro da capital. Na audiência do último dia 2 de maio, com base nas exposições de relatórios apresentados pela Defesa Civil sobre o risco de colapso de parte da estrutura, o juiz da 3ª Vara Cível  determinou que fosse feito o colapso parcial da estrutura, para eliminação do risco em sua integralidade, cabendo ao proprietário arcar com os custos dessa execução de demolição parcial como também da restauração de toda a fachada do prédio, posteriormente”, explica o secretário municipal da Defesa Social e da Cidadania, tenente-coronel Silvio Prado.

O secretário acrescenta que os órgãos foram mobilizados para que a ação seja a mais rápida possível. “Tão logo seja concluída a demolição parcial o trânsito será liberado e a energia elétrica restabelecida. A data e horário da demolição foram definidos visando reduzir impactos ao trânsito como também ao comércio da localidade”, destaca.



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Aracaju,  cada vez menos a  cidade do houvera e mais do haverá. Neste segundo caso mais gentrificada, excludente, opaca,  com pouca memória histórica e consequentemente com frágil identidade cultural, sentido de pertencimento e coesão, com o clima mais quente e cara para os mais pobres.


O CD COMPLETO

Leia também:
Possibilidade de salvar o que ainda resta de prédios históricos  em Aracaju e em outras cidades brasileiras.

sábado, 20 de abril de 2024

Após o compartilhamento dessa postagem no whatsapp, recebemos as seguintes respostas:

"É tão triste vê nossa memória escorrer por entre os dedos. Saber que além de uma geração "zumbi" que os grandes empresários criam dia-a-dia, com os novos processos tecnológicos e a recarga ou domínio emocional pelo consumismo. "A burguesia literalmente fede"
Nicy Alves, escritora da memoria história e afetiva  Barra dos Coqueiros e um pouco de Aracaju também. Já que são municipios muito próximos separados pelas águas do Rio Sergipe e um pouco do mar de Atalaia. Escritora de memórias em versos e prosa. E amanta da museologia, com curso em fase de conclusão na UFS.

Já um artista visual lembra: "Albano Franco, ex-senador e ex-governador,  demoliu um casarão, esquina Rua Itabaiana com Barão de Maruim. Hoje é a Caixa Econômica."
Deixei como sugestão para ele e por aqui também: Vamos fazer uma lista colaborativa? Quem topar é só deixar escrito nos comentários.

Outro artista, neste caso realizador de audiovisual contribuiu,  lembrando a destruição que o SESC fez no mesmo endereço, onde era o antigo Cabaret Miramar, em outra quadra. SESC-SE que está sob a orientação do senador Laércio Oliveira que poderia fazer como fez o SESC em outros estados, que aproveita a fachada de prédios históricos e algumas estruturas internas, sem descaracterizá-los completamente..

E uma realizadora de audiovisual faz uma boa pergunta. Cadê o IPHAN?

Já outro: " Para mim Manoel Bonfim é um dos maiores intelectuais de Sergipe e merecia um museu com o nome dele nesse lugar ...."

Mais uma sugestão para a lista colaborativa:
Estação da Leste.. no Siqueira seria um puta Centro Cultural