Ainda será preciso aguardar um estudo mais aprofundado sobre como a Revolução Nicaraguense gerou essa monstruosidade, e negação dela própria a partir de um de seus lideres...Repetindo o que aconteceu com Stálin na extinta União Soviética.
Outro aspecto curioso é a Revolução Sandinista, como as outras duas mais potentes na América Central, El-Salvador e Guatemala, terem sido gestadas nas criticas às formas do exercicio do poder por parte dos dirigentes da União Soviética e dos países da chamada cortina de ferro, isso por parte da maioria dos grupos que compunham as frentes politicas e militar guerrilheira.
Isso também explica o conflito de um papa, João Paulo II, nascido em um destes países, a Polônia , com os cristãos revolucionários da Nicarágua.. Por outro lado, parcela significativa da igreja na Nicarágua teve papel de destaque na derrota dos sandinistas quando os EUA jogaram todas as fichas para alcançar este intento.. O incrível é que os cristãos sandinistas sofreram/sofrem dos três lados, do lado interno da igreja nicaraguense, do lado do Vaticano e hoje do lado do que outrora foi companheiro de jornada....
E mais, essa questão subjaz ao conflito hierarquia da igreja e sandinistas desde o inicio da revolução. Tanto que a igreja nicaraguense está cindida em duas, desde o inicio da revolução, e a igreja popular, o elo mais fraco nesse conflito atualmente, deve estar bem fraquinha, quase extinta.
Na verdade, Daniel Ortega é o avesso do avesso da maioria dos leais e combativos guerrilheiros sandinistas que tomaram o poder das mãos do sanguinário ditador Anastázio Somoza em 1979.
E Daniel Ortega não conseguiu nem ter a inteligência estratégica do governo chinês que alimentou/alimenta uma igreja paralela.....
De uma certa maneira, as esquerdas no Brasil, liderada pelo PT também tem dificuldade acerca da necessidade de alimentar uma igreja alternativa que subsiste dentro da primeira, sem nem precisar se separar de maneira traumática como aconteceu na Nicarágua ou na China..
Zezito de Oliveira
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